A Relíquia Perdida escrita por letter


Capítulo 3
Capítulo 2 - Presságios


Notas iniciais do capítulo

A parte em itálico é do livro relíquias da morte, para ajudar que não leu entender. Obrigada a todos que estão lendo e comentando, esse é pra vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/146693/chapter/3

(...)Ele continuou. Chegando à orla da floresta, ele parou(...)

(...)A pedra negra com um corte no centro, ajustou-se nas duas metades do pomo. A Pedra da Ressurreição tinha quebrado na linha vertical representando a Varinha Mestra. O triângulo e o círculo que representavam a capa e a pedra ainda eram visíveis.

E, novamente, Harry percebeu sem sequer pensar. Não tinha importância trazê-los de volta, para ele era apenas ir para junto deles. Ele não os procurava. Eles é que o procuravam.

Ele fechou os olhos e virou a pedra três vezes na sua mão.

Ele sabia que tinha ocorrido, porque ouviu suaves movimentos ao seu redor que pareciam ser frágeis corpos que tocavam o chão que marcava o limiar da floresta. Ele abriu os olhos e observou.

Eles não eram nem fantasmas nem seres vivos, podia ver isso(...)

(...)Menos sólidos que corpos vivos, mas mais que fantasmas, eles avançaram até ele(...)

(...)A pedra da ressurreição escapou por entre os seus dedos(...)

    Enquanto Scorpius tentava espichar o pescoço mais do que era capaz para copiar o dever de Albus, o moreno fechava lentamente o livro que usou como fonte de consulta, Contravenenos Asiáticos, e com um grande sorriso que era capaz de mostrar seu par de covinhas, enrolava lentamente seu pergaminho.

      - Err... Albus?

      - Hum?

      - Posso dar uma olhadinha no seu dever? – perguntou o loiro disfarçadamente

      - Claro – o loiro fez menção de pegar o pergaminho e propositalmente Albus o puxou para longe – Amanhã, depois de cumprir sua parte na detenção.

       - O quê? Por quê?

       - Porque eu não vou perder um galeão – disse ele se levantando e se espreguiçando – Talvez Benjamin tenha feito, por que não copia dele? – Albus perguntou ironicamente

       - Cara, isso é maldade!

       - Maldade é alimentar testrálios sozinho, isso sim.

       - Você sabe que é feio guardar ressentimentos, não sabe?

       - Olha quem ta falando – bufou Emmie, sentada próxima aos garotos lendo algumas matérias no profeta diário – Você guarda rancor da Rose até hoje, pelo simples fato de ela ser melhor que você em tudo – disse a morena virando calmamente uma página do jornal.

       - Emmie, me lembre uma coisa, sim?

       - Claro – disse ela abaixando o jornal.

       - Quem te chamou na conversa? – Scorpius perguntou alterando o tom.

       - E eu que pensava seriamente no fato de emprestar os meus deveres a você – respondeu Emmie com desdém levantando novamente o jornal.

       - Não, não, não – Scorpius andou de joelhos sobre o felpudo tapete verde até a poltrona da amiga – Desculpa Emmie, você sabe que eu estava brincando – disse ele apoiando os braços nas pernas da morena – Eu juro que não faço mais isso, por favor, me empreste seu dever.

       - Muito contato físico – disse ela empurrando os braços dele – E eu guardo rancor, viu senhor Malfoy?

                  Albus se divertia tanto com a cena, que foi a contra gosto que saíra do Salão Comunal e sozinho foi enfrentar o frio e a escuridão das masmorras, afinal tinha de cumprir suas responsabilidades de monitor. Ele tinha uma forte desconfiança de que Pirraça, o poltergeist, tinha feito a proeza de apagar os archotes das masmorras apenas para deixá-las mais frias que o normal.

                 O vento zunia em seus ouvidos, e apenas seu barulho era audível. Embora nada estivesse fora do normal, Albus se sentia bastante desconfortável.

     Estava decido. Albus falaria com Rose Weasley e imploraria para que ela trocasse o horário de patrulhar os corredores com ele. Ele não iria se importar de acordar cedo, afinal isso até poderia ser legal, acordar antes de todos, talvez ele pudesse estudar para os NOM’s antes do horário de aulas começarem e praticar quadribol para compensar o tempo que perdera em detenção.

                   A prima não recusaria a oportunidade de ter mais algumas horas de sono, poderia tranquilamente patrulhar os corredores ao cair da noite em vez de Albus. O moreno inventaria algumas de suas esfarrapadas desculpas e estaria tudo bem, ele apenas não admitiria a ninguém que estava assustado. James já o implicava em seu normal, Albus já conseguia ouvir a voz do irmão ressoando em seus ouvidos – “É por isso que você não está na Grifyndor, onde está sua coragem maninho?” – era revoltante o fato de se sentir tão assustado com nada. Mas que diabo era aquela sensação de estar sendo perseguido? Vigiado? Por que aquele frio na espinha ao andar sozinho pelos terrenos de Hogwarts? E aquele sentimento de que fizera algo que não devia? Sem contar os pesadelos... Malditos pesadelos.

      - Lummus – estava tudo bem, tudo perfeitamente bem, Albus repetia o pensamento em silêncio enquanto caminhava pela escura e fria masmorras – Não tem nada o que temer – falou ele para si mesmo subindo a escadaria de mármore – É tudo coisa da minha cabeça – disse ele respirando fundo – Tudo fruto da minha imaginação.

                   Cautelosamente Albus terminou de subir as escadas, agora já não estava mais escuro, as enormes janelas do primeiro andar deixava o brilho da lua penetrar por entre elas.

      - Nox – mais aliviado pela claridade o moreno guardou a varinha de tamanho médio e de núcleo de fibra de coração de dragão dentro das negras vestes.

      - Albus! – involuntariamente o moreno pulou num só pé, se sobressaltando.

      - James – falou ele se virando, e se deparando com a figura do irmão que era apenas alguns centímetros mais alto, com os conhecidos cabelos castanhos sempre bagunçados, o conhecido sorriso irônico sempre colocado de lado, as conhecidas vestes sempre desabotoadas e a gravata desamarrada – Você devia estar na cama.

     - Meu maninho vai me tirar alguns pontos?

     - O que você quer James?

     - Por que tão sério? – James perguntou passando a mão pelos cabelos, numa visível tentativa de não permitir que esses ficassem no lugar – Chegou carta do papai – o garoto levantou um amassado pergaminho em direção de Albus – Eles não ficaram nada felizes de saber que o perfeitinho levou detenção.

     - Cala a boca – resmungou Albus correndo os olhos pela caligrafia do pai.

     - Relaxa – disse o irmão bagunçado os negros e arrumados cabelo de Albus – Quando receberem a próxima carta falando de minha nova detenção eles esquecem de você.

     - Nova? Já pegou outra? – Albus perguntou incrédulo.

     - O professor Longbottom não gostou de nós termos nos divertido com as mandrágoras – o garoto respondeu dando de ombros – Mas não se preocupa, já estou indo pro meu quarto. Tenho que descansar para ganhar o jogo de amanhã.

     - Vai sonhando – respondeu Albus em tom divertido – O jogo já é nosso.

     - Tão ingênuo meu maninho – disse James se virando e indo direção às escadas – Boa noite.

     - Boa noite – respondeu Albus guardando o pergaminho do pai dentro das vestes.

                   Não havia necessidade de que Albus patrulhasse os andares superiores, isso era trabalho de outros monitores, de forma que ele precisava apenas patrulhar as masmorras, o Salão Principal e o hall de entrada, e assim ter certeza de que nenhum aluno quebrava o toque de recolher.

                  Já cansado e clamando por sua cama Albus retornava as masmorras, mas um aluno fora da cama o fez desviar o caminho. A sombra de alguém andando sorrateiramente pelo corredor oposto em direção ao hall de entrada o chamou a atenção. 

     - Hey! Você! Já são mais de nove da noite, volte para seu dormitório.

                 A pequena claridade o impedia de enxergar claramente, de forma que tirou a varinha das vestes e apressou o paço em direção ao infrator. Essas pessoas não sabem olhar as horas?

       - Você não estava pensando em sair do castelo, estava? – perguntou ele a pequena figura que se esgueirava numa falha tentativa em direção as portas do castelo – Afinal, quem é você? - o moreno forçava os olhos cor de esmeralda tentando focalizar melhor a figura – Lummus.

                 O pequeno ato fez a loira a sua frente se sobressaltar. Seus olhos cor d’água estavam arregalados, mostrando o quanto estava assustado e sua atitude apenas ajudou Albus constatar o fato. Ele olhou a loira de cima abaixo, mas não a reconhecera. Ela teria sua idade ou seria não muito mais velha, sua meia-calça rasgada, acompanhada de uma saia até a altura dos joelhos e um camisete amarrotado e manchado, indicavam realmente que era aluna da escola. Mas de qual casa seria? Não havia gravata, ou capa com o brasão de uma das casas de Hogwarts. Falando em capa... Onde estava? Afinal estavam em novembro, o inverno já começara! O próprio Albus mal sentia os dedos dos pés de tão frio que estava.

       - Quem é você? – repetiu ele á garota extremamente pálida a sua frente.

                  Novamente ela não respondera, sua cabeça virava de um lado para o outro, como se procurasse por alguma saída. Suas atitudes levaram Albus a pensar que talvez ela estivesse feito algo muito errado, não havia justificativa mais obvia por não responder Albus e estar tão assustada.

       - Eu sou monitor – disse ele apontando para o crachá – Você tem de voltar para seu dormitório agora, ou serei obrigado a tirar pontos de sua casa. Qual é mesmo sua casa?  Estou falando com você – disse ele alterando o tom, ela não poderia ser surda ao ponto de ignorá-lo dessa maneira.

                  A loira se focalizou em Albus pela primeira vez. Ele realmente a lembrava alguém, mas quem? A mesma altura, as mesmas feições e até a mesma voz, mas e aqueles olhos? Ela não se lembra de haver nenhum par de olhos cor esmeralda tão penetrantes. Era o garoto que aparecera na floresta, o garoto que ela procurava... Mas não era esse garoto que ela esperava, era outro. Quem era o outro? Sua cabeça voltara a doer. Aquela maldita e insuportável dor! A loira pressionou as mãos sobre as têmporas e instintivamente se agachara sobre si. Albus se assustou com que vira. O que ele fizera? 

       - Hey – disse ele se aproximando da loira e agachando ao seu lado – Você está bem?

       - Dói... Tanto – as palavras escapuliram da boca da loira de forma suave e infantil.

       - Vamos à ala-hospitalar, Madame Pomfrey pode te ajudar – disse ele colocando as mãos sobre o ombro da garota, mesmo através de seu fino camisete, Albus foi capaz de sentir o quanto sua pele estava fria – Vamos, você esta congelando.

       - Não! – exclamou ela se levantando com dificuldades – Não posso.

                  Albus não soube o que fazer diante da situação, que diabo era aquilo? Subitamente a loira se desvencilhou da mão de Albus e se virou em direção á porta do castelo. Albus mal notara que fora atrás dela e a segura-la pelo braço. 

       - Você não pode sair do castelo – disse ele com a voz firme.

       - Eu preciso ir – a loira falou tentando em vão se soltar de Albus.

       - Não posso deixá-la, sou monitor.

       - Por favor, deixe-me ir – pediu ela com a voz e os olhos suplicantes, Albus se viu perdido em meio aos claros e infantis olhos da garota e sem permissão seus batimentos cardíacos aceleraram subitamente – Por favor, deixe-me ir – repetiu ela.

       - Está congelando lá fora.

       - Eu não posso ficar aqui, deixe-me ir – suplicou ela.

                  Sem pensar no que fazia, Albus tirou sua culpa e entregou as mãos da garota.

                  Ela olhou para a capa em suas mãos e olhou para Albus, um “obrigado” escapulira de seus l[avios e sem se virar ela correu para fora do castelo.

                  Albus ficou parado onde estava por algum tempo, pensando e repensando, que diabo acontecera ali?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

bem monótono, não? Prometo que o próximo terá acontecimentos mais emocionantes, reviews?