A Relíquia Perdida escrita por letter


Capítulo 22
Capítulo 21 - Idas e vindas


Notas iniciais do capítulo

NOTA-SE: O capitulo NÃO foi betado, combinei com o Igor que como falta pouco vou postar um por dia e depois ele vem e bata. E mais IMPORTANTE, o capitulo se passa ANTES dos acontecimentos do último.



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Rose Weasley andava sorrateiramente em meio à escuridão da biblioteca até a sessão restrita, nem a luz de sua varinha a ajudava enxergar muito a frente, e o peso dos livros em sua outra mão não era dos mais confortáveis para a situação.

A ruiva havia ficado por algum tempo, longo de mais em seu ponto de vista, esperando Madame Pince terminar o seu turno e sair da biblioteca. Houve momentos em que câimbras tomaram conta de suas pernas, afinal, não era nada legal ficar agachada de mau jeito atrás de estatuas.

O fato era que o ano letivo estava chegando ao fim, e Rose tinha muitos livros em seu poder, os quais deveriam ter devolvido no ultimo semestre. Rose não queria ser banida da biblioteca, e elaborou o brilhante plano de entrar na biblioteca escondida, e colocar os livros em um lugar muito improvável de se achar, e da próxima vez que Madame Pince perguntar o paradeiro dos benditos, Rose abriria um grande sorriso dizendo que os devolveu, e faria Madame Pince os procurá-los até achar, no caso escondido na sessão restrita. Envergonhada, Madame Pince pediria perdão a Rose e lhe daria passe livre na biblioteca. Era um plano perfeito.

Rose conhecia a biblioteca como a palma de sua mão, não tinha problemas em andar sozinha e na escuridão por lá, mas ela realmente deseja um mínimo de luz, pois a sessão restrita era novidade para ela. Os livros de lá pareciam assustadores à medida que sua varinha se aproximava, e ela poderia jurar que alguns livros sussurravam para ela, chegou até a se arrepiar com isso.

Ela apenas não ascendia algum dos archotes ou candelabros, pois temia que qualquer um visse e resolvesse entrar. Não queria ser pega em flagrante, não seria bom para sua reputação.

Achara uma prateleira livre a sua frente, suficiente para colocar todos os livros que carrega. Era um alivio, uma vez que ela já estava assustada com o local.

Assim que Rose colocou os livros no lugar ela se petrificou no local. Um sussurro, alto de mais para um sussurro, saíra da prateleira de trás dela. Mas... Não tinha um livro se quer ali, nenhum livro amaldiçoado ou coisa parecida para aquilo acontecer. Ou teria?

A curiosidade sobrepôs o susto e Rose dera uma investida por de trás da prateleira e descobriu de onde provinham os sussurros.

– Malfoy? – indagou ela assombrada.

Scorpius Malfoy que estava sentado ao chão, forçando as vistas com a luz da varinha para poder enxergar melhor o que lia, levantou os olhos e se surpreendera ao ver parada a sua frente Rose Weasley com uma visível confusão no rosto.

– Ei – cumprimentou ele sem saber exatamente qual emoção esboçar.

– Que faz aqui? – perguntou ela se agachando de frente a ele.

– Lendo – respondeu ele em um tom que sugeria que era algo muito obvio para ela descobrir sozinha.

– Eu sei, mas... – Rose balançou a cabeça e se aproximando de Scorpius colocou a palma da mão em sua testa e bochechas apalpando-as – Um Malfoy na biblioteca, não é sinal de sanidade. Tem tomado seus remédios regularmente?

– Há-há – respondeu Scorpius – NOMs já passaram, não vai absorver mais nada útil esse ano.

– Sei, sei... – murmurou ela – O que está lendo?

Scorpius levantou a capa do livro e era possivel se ler, mesmo com a luz tênue, em uma letra bem extravagante a seguinte descrição: Como Dominar um Espírito Agourento, por Gilderoy Lockhart.

– Brincadeira, né? – perguntou Rose arregalando os olhos.

– Não mesmo – respondeu o garoto.

– Lockhart não passava de um farsante metido a inventar estórias e você ainda lê livros dele? E pra que diabos você quer saber como dominar um espírito agourento?

– Para ajudar Albus, ele está perdidinho com esse rolo com a Gaunt, tenho que ajudar ele, é minha obrigação como melhor amigo, e você deveria fazer o mesmo.

– Elizabeth não é um espírito agourento – contrapôs Rose querendo rir.

– Se não servir para ela, serve para você – Scorpius deu de ombro

– Não teve a mínima graça – rebateu Rose.

– Talvez não seja uma piada – Scorpius baixou o livro e fitou Rose.

– Talvez eu esteja perdendo meu tempo aqui – Rose se levantou.

– Talvez você goste de ficar perto de mim – Scorpius também se levantou.

– Talvez você esteja redondamente enganado.

– Talvez você precise aprender a mentir melhor.

– E talvez você precise ter mais atitude, Malfoy – cuspiu Rose.

– Pois bem, vá ao baile comigo e eu te mostro minha atitude.

– Tipo um... Encontro?

– Não seria nosso primeiro – Scorpius deu de ombros – E que eu me lembre bem, temos um assunto inacabado, o qual a um bom tempo atrás Albus nos interrompeu.

– Acho que você tem razão – murmurou Rose relembrando de seu encontro embaixo da árvore, e o momento em que ela estivera por um misero milímetro separado de Scorpius, mas chegara seu primo interrompendo-os perguntando “o que era uma sala precisa” – Quer mesmo esperar o baile para terminamos o que começamos?

No escuro Rose não via, mas um brilho passou pelo olhos de Scorpius e um sorriso maroto brotara em seu rosto.

– Estava esperando você dizer isso – respondeu ele enquanto sincronizadamente ambos murmuravam “nox” se entregando a total escuridão e terminar o inacabado de outro dia.



– Lils? – chamou Hugo mexendo suas peças de xadrez enquanto a prima estava deitada no meio do Salão Comunal folheando uma revista.

– Hm?

– Olhe para mim Lils – pediu o garoto pulando do sofá e sentando ao lado dela – Lily Luna levantou o rosto para o primo.

– Estou olhando – respondeu ela secamente.

– Pare com isso, por favor – pediu Hugo – Já faz meses que você mal olha para mim.

– Você sabe muito bem o porquê disso – murmurou à ruiva sentando.

– Eu nem gosto da Quin! – exclamou o garoto – Só saí com ela porque seu irmão pediu – Hugo encolheu os ombros.

– Você pode sair com quem quiser Hugo, mas antes de tudo tem de se lembrar que eu te ajudei com Quin, e não era preciso ficar me ignorando como você fez... E foi só dar o fora nela que veio correndo pra pedir atenção. Tenho sentimentos Hugo, não sou uma pedra.

– O que eu posso fazer? – perguntou Hugo.

– Tenho mesmo de responder? – indagou Lils.

– Não... – Hugo abriu um sorriso, e levantou os olhos para Lily. Lily adorava os olhos de Hugo, eram claros como cristalina, e as sardas em volta os enfeitavam – Me desculpe Lily. Agi errado, mas eu sou um idiota, o que esperava de um idiota? Sou um burro, otário, palerma, não mereço seu perdão, mas acima de tudo você é minha melhor amiga, e odeio ter te deixado de lado. Fiz o que fiz para ajudar seu irmão, mas Quin não queria me ver com você e me afastei, mas sinto muito. Se eu for sair com uma garota que não aceita meus amigos, eu não vou sair com ela. Me desculpe, por favor, por favor, eu até lhe deu meu tabuleiro de xadrez e a beijo de novo. Não que eu te beijaria só para você me desculpa, eu te beijaria sempre... Quer dizer...

– Hugo, você poderia ter parado no: Me desculpe Lily – interrompeu a ruiva rindo.

– Quer dizer que estou perdoado? – perguntou o garoto.

– De todas as maneiras – assentiu Lily – E a Quin?

– Ela é popular, não vai sentir minha falta. No fim ela só se interessou em mim, depois que me viu com você – Hugo de ombros.

– Ela vai superar – concordou Lily pegando a revista de volta.

– E que tal aquele beijo? – perguntou Hugo.

– Não vai rolar – respondeu Lily com um sorriso – Segundo a revista, depois que se beija muito a mesma pessoa começa a ficar estranho – explicou ela levantando a revista para mostrar á Hugo.

– Tudo bem... – murmurou ele – Quer jogar xadrez?

E dessa forma Hugo Weasley e Lílian Potter voltarem a ser os velhos e melhores amigos que sempre foram e que sempre seriam. Alguns anos depois Lilian arrumaria seus namorados e seria a vez de Hugo ficar com ciúmes, haveria intrigas, haveria brigas, mas acima de tudo, haveria amizade, e ela sim seria mantida.


No mesmo lugar onde estavam Hugo e Lily, agora, algumas horas mais tarde, estava James. O garoto estava sentado de forma desconfortada no sofá, fitando a lareira. O Salão estava deserto, e o garoto estava imerso em pensamentos.

O retrato da mulher gorda se abriu e Rose passou por ele.

– Ei – cumprimentou James.

– Oh, ei... – cumprimentou Rose surpresa, não esperava que ninguém estivesse acordado a essas horas, e repentimanete sentiu suas bochechas queimarem, como se de alguma forma James pudesse saber o que acabara de fazer.

– Onde estava? – perguntou ele – Já é bem tarde para senhorita está fora do Salão.

– É... É... Ronda... Isso, eu estava fazendo minha ronda como monitora.

– A sim... – murmurou James. Para sorte de Rose, não era apenas Albus que era lerdo, esse era um mal que tomava conta de todos os homens da família Potter, e mal saberia James que não se faz rondas depois das duas da manhã. Rose murmurou uma despedida e correu para a escadaria que levava ao dormitório feminino. James ouviu um estrondo e a voz de Rose “Eu estava fazendo ronda!” e logo ouviu passos correndo a escada.

– Se você diz... – murmurou outra voz descendo as escadas, que igualmente Rose, ficou surpresa ao ver James no sofá – Ah... Oi.

– Oi Alice – cumprimentou James sorrindo ao ver a loira parada aos pés da escada – E aí?

– Perdi o sono – explicou ela tentando não se embaralhar com as palavras – Mas já vou subir.

– Não, que isso... fique – pediu James chegando para o lado e deixando um espaço para Alice se sentar – Também perdi o sono – comentou ele.

– Algum problema? – perguntou a loira educadamente, tentando fingir que as mãos não soavam e que ela não estava nervosa ao falar com ele.

– Não é só... Albus.

– James se preocupando com o irmão? – perguntou Alice em tom de assombro.

– O que? Acha que sou um galinha sem coração que só sabe voar e dar em cima de garotas? – indagou o moreno.

– Bom... – começou Alice com um tom que sugeria que sim, que ela achava isso.

– Não diga mais nada – respondeu ele rindo – É que ninguém vê o Al desde ontem, e não sei se ele está se escondendo de todo mundo por não ter ido tão bem nos NOMs ou outra coisa... E ele é meu irmão mais novo, obrigatoriamente eu tinha de ser responsável por ele... E... não sei.

– Não se preocupa, Al sabe se cuidar, ele é pode ser meio lerdo, mas sabe se virar, deve estar fazendo algo importante, ou coisa do tipo. Ele deve estar com os amigos estranhos dele, se algo tivesse acontecido, Scorpius teria contado.

– É verdade, o Scorpius existe pra isso mesmo – comentou James se esquecendo disso – Ah, ele tem o Scorpius, e também a tal da Marie está bem! – e um alívio repentino invadiu James.

– Meryl – corrigiu Alice sem jeito – Bom... Eu não sabia que você se importava tanto... – murmurou ela.

– Tem muita coisa de mim que você não sabe Alicinha. Mas aparece lá na Toca esse verão que eu posso te mostrar. Afinal você é melhor amiga da Rose, não vai ter problema passar uns dias lá.

– É... Seria legal conhecer você melhor... Não, não, quer dizer... Eu não quis dizer conhecer no sentido de conhecer de verdade e ser íntimos de mais, quer dizer, eu quis dizer no sentido de...

– Ei, Alice, você tem par para o baile? – perguntou James a interrompendo.

– Eu... É... bom...

– Legal, então vamos juntos – respondeu James se colocando de pé e beijando as bochechas rosadas da garota – Valeu.

E assim James subiu para seu dormitório, deixando uma Alice toda sonhado aos suspiros no sofá.


Scorpius ficou aliviado por não encontra ninguém acordado no Salão Comunal quando entrou. E antes que qualquer monitor acordasse, o garoto se disparou em direção ao quarto. Colocou a mão na maçaneta, e com muito, mas muito cuidado mesmo a girou, a última coisa que queria era acordar Benjamin e ser azarado, ou pior, ter de inventar explicações.

Mas quando abriu a porta ficou petrificado lá mesmo. Os olhos arregalados, e poderia sentir sua boca se abrindo cada vez mais.

Foi o mesmo barulho de um desentupidor se separando de algo que Benjamin fez ao se separar da boca de Emmie.

– Droga, pensei que você ficaria fora a noite toda assim como Albus! – exclamou Benjamin.

– Eu n... Não queria interromper – explicou Scorpius.

– É seu quarto – falou Emmie – Não é sua culpa – quando foi que Emmie se tornara tão calma? Se perguntou Scorpius – É melhor eu ir.

– Tudo bem, até de manhã – despediu-se Benjamin selando os lábios de Emmie com os seus.

Scorpius deu passagem para que Emmie passasse, e assim que ela passou ele fechou a porta com muito cuidado e andou a curtos e leves passos até sua cama, digerindo o que acabou de presenciar.

– E isso acontece desde...? – perguntou ele.

– Não sei cara – respondeu Benjamin se jogando na cama e fitando o teto – Ela gostava do Al, eu da Meryl...

– Então era uma tentativa de passar ciúme neles?

– Não seu idiota, se não estaríamos ficando em publico. Estávamos carente e resolvemos nos consolar.

– E você nem pra me contar? E a lealdade de melhor amigo, onde fica? – perguntou Scorpius ainda incrédulo. Desde que se lembra, Emmie tinha repulsa por Benjamin.

– Você só esta assim porque levou um murro quando tentou beijar a Emmie.

– Claro que não seu besta – respondeu Scorpius também se jogando na cama.

– E onde está o Albus? – perguntou Benjamin pensando em Emmie.

– Deve estar na casa dos gritos... – respondeu Scorpius pensando em Rose.

Mal poderiam imaginar ambos que nesse momento Albus estava no passado, ouvindo o berrar de Meryl, sendo segura por Morfino e pensado em Elizabeth.


Prévia para o próximo:


"... Pai, me ouça, não tenho tempo e é muito importante.

"... Quais as chances de ela acordar? – perguntou Harry Potter.

– Segundo os curandeiros, nem sabem como ela ainda respira. 

" - Talvez agora eu simplesmente esteja livre para partir... – comentou Elizabeth com sua sinuosa voz fatasmagórica. 

"... – respondeu ela, e a luz tomou conta de Elizabeth Gaunt que desapareceu na frente de Albus"


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Notas finais do capítulo

Ok, não teve emoção alguma, mas é que como a fic está quase no fim, eu queria fechar os pontos que ficaram abertos, por isso, perdões, mas garanto que o próximo está bem melhor, de verdade. Besos pra vocês.