A Relíquia Perdida escrita por letter


Capítulo 21
Capítulo 20 - Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Bom... Se alguém estava curioso para descobrir sobre a morte da Lizzie e o que há por trás dela então aproveita *o*



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Meryl não cabia em si de tanto orgulho próprio, ela havia conseguido levara a si e Albus para há quase noventa anos no passado com sucesso e sem nenhum dano aparente.

- Temos quanto tempo? – indagou Albus com as feições frias e vazias, Meryl sabia o quanto isso lhe custava, mas sabia que o amor de Albus pela Gaunt era maior do qualquer coisa.

- Não muito, doze horas talvez, ou menos, ou mais... – respondeu a morena olhando em volta. O topo da torre de relógio parecia o mesmo, tanto no passado, quanto no presente... Ou futuro, depende do ponto de vista.

- Certo... Melhor irmos – disse o garoto se virando e indo em direção a saída da torre, talvez fosse impressão de Meryl, mas Albus perdera todo o calor e segurança que costumava esvair de si. Seria efeito colateral? Ou seria efeito do que estavam prestes a fazer?

- Lembre-se Al, sorria e seja gentil com as pessoas, elas vão ficar sem graça por não se lembrar de você e irão de tratar bem – afirmou Meryl tentando acompanhar os pesados paços de Albus que descia as escadas como se já soubesse o que teria de fazer agora.

- Certo.

- Para que pressa? – indagou Meryl – Provavelmente estarão todos terminando de almoçar e irão voltar para as aulas.

- E o que faremos? – disse Albus com um tom alterado se virando abruptamente para fitar Meryl – Não sabemos quanto tempo temos Meryl, temos de fazer o quanto antes.

- Do que você tem medo Al? – perguntou a morena com a voz mais baixa o fitando com os olhos clementes – Se você quiser desistir, nos escondemos em algum lugar e esperamos até o feitiço passar e voltarmos.

- Eu tenho de fazer isso Mel, eu devo isso a Lizzie... Mas tenho medo de desistir, por isso temos de ser rápidos – explicou ele.

- Entendo isso Al, mas você não pode simplesmente procurar por uma garota que não faz ideia que você existe e dizer para ela não ir à Floresta na tarde de hoje. Você sabe que ela pode lhe atacar? Pode nos separar, e temos de estar juntos na hora de voltar. Coisas horríveis aconteceram com bruxos que mexeram no tempo.

- Eu sei, mas...

-... Mas tem o fato de que também temos de descobrir como e o porquê que ela foi assassinada, pois podemos impedir que ela morra hoje, mas o que quer que seja pode voltar outro dia, e eu lhe disse Al, é uma única chance, não estrague tudo.

Albus odiava admitir, mas Meryl estava certa. O garoto soltou um pesado suspiro de frustração e se encostou na parede mais próxima.

- O que fazemos agora? – indagou ele

- Temos de ter certeza que voltamos ao tempo certo – explicou ela – Então...

- Entendi – disse ele se colocando novamente em movimento.

Em um mórbido silêncio, Albus e Meryl desceram lado a lado até o salão Comunal. Havia pequenos detalhes que denunciavam os dois. Ao desceram passaram por um grupo de estudantes que os fitaram com olhares suspeitos. Principalmente a Meryl.

O uniforme dos dois era basicamente diferente do usado naquela época. As saias das garotas iam até um palmo abaixo do joelho, a de Meryl e de todas outras garotas de 2021 tinham a saias dois palmos acima do joelho.

- Acho que voltamos ao tempo certo – murmurou Meryl ao entrarem no Salão Principal e fixar a vista ao longe, Albus tentou ver o que a garota via, mas não tinha muito sucesso. Por sua vez seus olhos passaram na mesa da Grifinória, vira várias pessoas que lhe pareciam familiar e que ele sabia que eram seus antepassados. Correu os olhos para a mesa da Sonserina na esperança de ver Elizabeth, mas não a vira. Uma parte de si dizia a ele que ele não a veria, que era tudo apenas uma grande ilusão e que logo ele acordaria desse sonho insano.

- O que você está olhando? – indagou ele a Meryl.

- Cheryl – disse ela.

- Perdão – disse ele.

- Minha avó, Cheryl – explicou ela. Albus tento acompanhar, e avistou na ponta da mesa da sonserina uma jovem, de não mais que quinze anos. Tinha os cabelos tão platinados quanto os de Quin, e os olhos tão claros como o da garota, mas as feições era as mesmas de Meryl.

- Não está pensando em falar com ela, está? – indagou Al olhando de soslaio para Mel.

- É claro que não – respondeu a garota – Moramos juntas, para que vou querer falar com ela? – realmente Mel tinha razão.

- O que faremos agora? – perguntou Al.

- Esperamos.

- Seja mais especifica.

- Daqui a pouco vão se dar conta de que não somos realmente daqui... Talvez seja melhor nós nos escondermos perto de onde acharam o corpo da Lizzie, e esperamos até a hora de agir.

- Temos um plano? – perguntou Albus

- Esse é o plano – a garota atraiu vários olhares enquanto passava pelas mesas até a saída do lado oposto que havia no salão principal. Albus a seguiu a certa distância, pensando, sabia que teria de ser eternamente grato a Meryl por ela lhe ajudar a salvar a vida de Elizabeth, mas sabia que ela não fazia isso e bom coração, ele conhecia Meryl suficientemente bem para saber que seus motivos eram outros. Mas não se importava, Elizabeth estaria a salvo e teria sua vida. Se casaria com Charlus e...

- Mel! – exclamou Al alto de mais, mas já estavam do lado de fora, seguindo a trilha que dava para a floresta, então não fazia diferença.

- Grite mais, o castelo inteiro ainda não deve ter ouvi-lo – censurou ela sem olhá-lo.

- Meryl! – Albus a virou pelos ombros e ficou segurando – Não podemos fazer isso.

- Vai amarelar na ultima hora Potter?

- Se a Lizzie ficar viva, as chances de ela construir uma família com meu bisavô são altas de mais. Isso mudaria toda a história. Meu avô... Meu pai... Eu... Nenhum de nós nasceria, e teria o fato de que Lord Voldemort seria imbatível – Como Albus não havia pensado nisso antes? Ele se alto recriminava por pensar nisso, mas Meryl era esperta, como ela não pensou? Albus a fitava e viu um pequeno brilho correr pelos olhos escuros da garota, e tudo fizera sentido – Você sabia – murmurou ele baixo de mais dando alguns passos para trás.

- Você não pode voltar atrás agora – alertou a morena.

- Você sabia... Você fez de propósito...

- Sim Albus, fiz, e você sabia muito bem disso, você não é nenhum idiota.

- Que diabos há de errado com você? – indagou ele se virando e refazendo o caminho de volta para o castelo. Iria embora, e iria dar ele mesmo um jeito de ajudar a Lizzie sozinho e sem que isso não interferisse no mundo.

- Você não vai conseguir voltar, eu já lhe disse, temos de estar juntos. Mãos dadas e tudo mais – explicou ela novamente.

- Pois bem, esperemos! – exclamou ele levantando as mãos para cima e se virando para ela – Eu sabia que você nunca ajudaria ninguém a menos que lhe favorecesse – cuspiu ele.

- Eu te ajudei – interpôs ela – Tenho te ajudado esse tempo todo, e nunca pedi nem um obrigado.

- Então porque está fazendo isso? – perguntou ele voltando até ela novamente – Me diz Meryl, qual seu brilhante plano?

- Você não precisa saber dele. E quer saber? Eu não preciso de sua ajuda, você precisa da minha. E você não vai atrapalhar meus planos.

Meryl era ágil, isso tínhamos que admitir. Albus teve apenas tempo de piscar até que ela pegou sua varinha e apontou para ele. A última coisa que o moreno viu fora um clarão azul, e logo tudo se apagou.


Albus acordara sentindo a cabeça pesar. Julgava que isso era devido aos NOMs, não fora fácil, ainda mais aquela ultima prova... Ele nem se lembra o que era. Mas tivera sonhos depois disso, confusos sonhos. O garoto não queria abrir os olhos, estava mais confortável com eles fechados. Com esforço ele tentou reconstruir os sonhos, mas estavam difusos de mais. Lembra de Meryl... Lembra de berrar qualquer coisa... Lembra de... Vozes interromperam seu raciocínio:

- Vamos Potter, você não é o mais rápido e veloz apanhador que já jogou na Grifyndor?

- É o que dizem, onde você está?

- Melhor reverem isso – respondeu uma melodiosa e sua voz feminina seguido por um encantador riso – Venha me procurar.

Albus abriu os olhos instantaneamente. Estava tudo escuro. Não foi um sonho, pensou ele. Al tateou as roupas até encontrar a varinha.

- Lumus – murmurou ele, um fio de luz escapuliu de sua varinha, Al se viu alojado em qualquer lugar pequeno e escuro. Não tinha tempo de procurar a porta, se o que ele estava ouvindo era o que realmente era...

- Me lembre de nunca mais te emprestar minha capa, Lizzie.

Lizzie. Um arrepio correu pela espinha de Albus, e logo veio em sua cabeça uma lembrança “Charlus era o único que me chamava assim... Lizzie”

- Bombarda! – exclamou Albus apontando a varinha para qualquer lugar. Ligeiramente ele vira o por do sol. Uma parede explodiu em fragmentos e logo ele vira que estava em deposito que viria futuramente ser a cabana de Hagrid.

O barulho deve ter assustado a todos, pois as vozes se cessaram.

Lizzie estava em qualquer lugar ali perto. Viva. Respirando.

- Charlus? – chamou a voz da garota novamente, de forma infantil, provavelmente ouvira o barulho. A voz vinha da orla da Floresta, Albus correu para lá, jurava ter visto de relance cabelos loiros voando ao vento, mas fora puxado para trás de uma árvore.

- Que diabos... – murmurava ele prestes a berrar com Meryl por segurar ele, mas não era Lizzie. Era um homem grande e de costas curvadas, tinha uma longa barba malfeita e um cabelo ralo por aparar – Quem é você? – murmurou ele sentindo suas batidas levemente acelerar.

- Expelliarmus! – a varinha que estava na mão do homem e que Albus não vira voara direto para mãos de Elizabeth Gaunt. Al queria impedir Meryl de salvá-la, afinal isso mudaria tudo. Mas ao ver a garota longe, relembrou todos os momentos que teve e os que nunca teriam com ela. Ele a amava. Não poderiam impedir Meryl de salvá-la, independente de qual fosse o motivo. Elizabeth tinha uma vida toda pela frente e merecia vivê-la – Bom te ver, papai – murmurou ela. Albus mal reconheceu a voz, mas estava mais preocupado era com o que acabara de ouvir.

- Lizzie, o que diabos... – começara um recém chegado na cena. Poderia ser irmão gêmeo de Albus, tirando os olhos. Charlus Potter.

Onde estava Meryl? Era apenas isso que Albus queria saber. E o que por raios ele iria fazer agora? Mas... Isso significava que... O pai de Lizzie a tinha matado? Não... Mas, haveria outra explicação para ele estar ali?

- Tão ousada quanto sua mãe – sibilou Morfino com certa dificuldade – Veja a onde ela está agora.

- O senhor não deveria estar aqui – disse Charlus se colocando ao lado de Elizabeth.

- Me devolva e eu vou embora filhinha – disse Morfino com escárnio.

- Pegue – respondeu à loira, Elizabeth.

Morfino abriu um sorriso dissimulado e apertou Albus com mais força contra ele.

- A pedra por seu amiguinho – como isso soara infantil, mas Albus não sabia o quanto o assunto era sério, afinal, o assunto que levara a morte de Elizabeth.

- Al saía daí! – berrou Meryl em algum lugar, mas como ele sairia? Morfino o prendia – Você está em cima do fosso! – não era preciso dizer mais nada. Agora Albus podia imaginar tudo. Morfino queria a pedra que estava com Elizabeth e arrumou uma emboscada, depois de ela ser jogada no fosso por ele, ele pegara a pedra e deixou lá, para morrer. A capa de Charlus demarcou o lugar naquela época.

- Já perdi muito tempo – sibilou Morfino, e só depois que ele arrancara a varinha das mãos de Albus foi que o garoto percebera que ele estava usando a ofidioglosia. Sem dizer uma palavra Morfino Gaunt apontara a varinha em direção de Elizabeth e Charlus e sem aviso prévio chamas começaram a se espalhar pelo local.

- Fogo maldito – disse Meryl pulando de cima da árvore – Petrificus Totalus – bradou a menina em direção a Morfino, rapidamente enquanto as chamas se alastravam e m volta deles Meryl conseguiu soltar Albus das mãos petrificadas de Morfino – Eu tinha tudo sobre controle... – murmurou ela – E não são doze horas... Porque você tinha de atrapalhar? Vamos não temos mais tempo.

Mas Albus era quem estava petrificado agora no lugar, não conseguia tirar os olhos de Elizabeth ou Charlus. As chamas o acertaram em cheio, e ambos estavam desmaiados no chão.

- Não podemos ajudá-los – afirmou Meryl ao ver o que ele olhava – Segure minhas mãos, ok?

Albus não segurou, correu para Elizabeth. Ele viera para salvar ela, e iria fazer isso. De um jeito ou de outro.

- Não podemos! – tornou a berrar Meryl, e mesmo que gritasse o fogo conseguia falar mais alto que ela.

- Não podemos deixá-los morrer! – tornou ele a berrar, sentindo a visão ficar ofuscada por causa da fumaça, ele que calculava que em dois minutos o fogo já teria tomado conta de onde estavam.

- Argh! – resmungou Meryl. As coisas aconteceram rápidas de mais para ser registradas, Albus tentava ver Meryl, mas apenas via sua silhueta, quando olhou para o lado Charlus já não estava lá. Sentia seus olhos lacrimejarem e tudo foi escurecendo até a tingir a escuridão total.

Albus Potter sentiu-se sendo puxado para dentro de um buraco, queria gritar, mas sua voz sumira, assim como todo o resto a sua volta.

Sem qualquer aviso prévio ele sentira-se tombando no chão, poderia ouvir o estralo que seu corpo liberou quando atingiu o chão. Tossia de forma desesperada, e aos poucos voltava a enxergar. Meryl estava sentada ao seu lado, virada de mal jeito fitando qualquer coisa ao chão.

- Voltamos? – indagou Albus, mas Meryl não o respondeu – Meryl, voltamos?

O moreno se levantou e andou até ela.

- O que há de... – sua voz quebrou no meio da fala.

Ao lado de Meryl estava um corpo adormecido, apenas um leve levantar de seus peitos denunciava que a garota estarrecida no chão estava viva.

- Impossível – balbuciou Meryl sem acreditar no que seus olhos viam. 



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Notas finais do capítulo

Juro que em minha cabeça tinha ficado melhor )): por isso não me culpem, ok? Mas eu realmente espero que tenham gostado, e por favor eu ficaria muito feliz de ver reviews falando o que achou *-*