A Relíquia Perdida escrita por letter


Capítulo 12
Capítulo 11 - Mediando




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           - Fala sério! – exclamou Rose arregalando os olhos.

           - É sério, por mais que eu odeie admitir – murmurou Scorpius encostado no tronco da árvore – Só não conte a ninguém, vão pensar que eu sou um frangote se souberem.

           - A Parkinson te deixa de olho roxo e você quer pensem que você é corajoso? Por favor;

           - Em todo caso, a culpa é do seu primo.

           - Albus? O que ele tem haver com a história?

           - Eles meio que estavam juntos na época, e se eles não tivessem, em qualquer outra ocasião, Emmie teria adorado o beijo que eu dei nela – explicou Scorpius Malfoy dando de ombros como se não tivesse culpa.

           - Você não vale nada Malfoy – censurou Rose, tentando disfarçar um sorriso que ameaçara vir em seus lábios – Se Jeremy tentasse me beijar, ou pior, me beijasse, eu com certeza daria uma de Emmie – concluiu cruzando os braços.

           - Mas aí eu entenderia, quer comparar Jeremy Dino Thomas com Scorpius Hyperion Malfoy?

           - Desculpe desapontá-lo, mas para mim... Não faz muita diferença os dois.

           - Não? Quantas vezes Jeremy Thomas a chamou para sair, e você recusou? Eu consegui um encontro com você de primeira.

           - Concordamos que isso não é um encontro – retrucou à ruiva.

           - Mas no fundo, você queria que fosse – disse Scorpius no ouvido de Rose.

           - Você está invertendo os papéis. Vim na esperança de conhecer o tal lado desconhecido e inacessível de Scorpius Malfoy. E o que eu encontro? Um Scorpius Malfoy piorado. Me conte como isso é possivel, estou tentando pensar como alguém pode ficar mais insuportável que o normal.

           - Desculpa – falou ele rindo, voltando a se recostar no troco da velha árvore – Força do hábito...

           - Ser insuportável? – supôs Rose.

           - Te tirar do sério – corrigiu ele, com um sorriso nos lábios – Já lhe disseram que você fica linda nervosa? Pois fica, por isso é tão legal de implicar – por aquela Rose não esperava, mas ela não queria deixar Scorpius ver que ela realmente gostou de ouvir aquilo.

           - Está explicado porque o passa-tempo preferido de Jeremy é me tirar do sério – murmurou ela, rezando para que seu rosto não estivesse tão vermelho como ela sentia que estava.

           - Por Merlin, precisa mencionar esse ser a cada dois minutos? – praguejou Scorpius – Só a menção desse nome estraga o clima...

           - Clima?

           - Não finja que você não estava começando a perceber o clima.

           - Na verdade... – ela iria falar “não”, mas supôs que se ela corou por algo que Scorpius falou, deveria ter rolado um clima em algum momento e passou despercebido – Talvez.

           - Podemos tentar de novo – sugeriu ele se aproximando novamente da ruiva – Algo para você ter certeza do clima – Rose sempre desatava a rir em momento que ficava nervosa, e agora com Scorpius Malfoy a centímetros dela, ela apenas queria rir, soltar suas gargalhadas de nervosismo, mas a gargalhada, as palavras, e o ar se entalaram em sua garganta no momento em que Scorpius se aproximou o suficiente para tocar os seus lábios nos dela – Está sentido? – perguntou o garoto, com a voz abafada. Rose não respondeu, apenas fechou os olhos, sentindo pequenas cargas elétricas tomarem conta de seu corpo devido ao contado tão próximo que estava tendo com Scorpius. E quando finalmente os lábios dele tocaram os dela:

          - Rose! – chamara alguém ao longe.

          - Pelos sete infernos – praguejou Scorpius frustrado colocando a mão na cabeça e por uma terceira vez se encostando à árvore.

          - Rose! – chamou novamente mais perto, e a ruiva soltou um grande suspiro de pesar, virando o pescoço. Era Albus Potter, que vinha com uma vassoura na mão e o uniforme de quadribol, o garoto ofegava, como se tivesse corrido uma longa distância, e estava tão cansado que não notara as bochechas da prima mais vermelhas que seu cabelo, nem o olhar sádico com que Scorpius o fuzilava – Tem noção de que andei o castelo inteiro a sua procura? – perguntou ele se jogando ao lado da prima.

          - Aconteceu alguma coisa?

          - Muitas... Mas não posso te contar.

          - Então porque você veio me...

          - O que é uma sala precisa? – perguntou ele sem rodeios.

          - Hm?

          - O que é uma sala precisa? – tornou a repetir, de forma mais lenta, talvez Rose não tivesse o entendido por ter praticamente cuspido as palavras.

         - Albus, não é “o que é uma sala precisa” – corrigiu ela – A sala precisa, é também conhecida como a sala vai e vem, não é muito conhecida entre os alunos, pois ela é oculta, só aparece quando a pessoa precisa muito mesmo dela. Se não me engano, ela fica no sétimo andar, mas você tem que se concentrar pra ela aparecer.

          - Se perguntar nunca vai descobrir, mas se souber, basta pedir – murmurou Scorpius, lembrando de uma velha frase que pai falara quando lhe contou da sala precisa – Meu pai já me contou sobre ela...

          - Uau, você está ai Scorpius – disse Albus surpreso, não tinha notado o garoto até ele se pronunciar.

          - Tem certeza que estou? – ironizou o loiro.

          - Pra que você quer saber isso? – perguntou Rose, ignorando junto com Albus o comentário de Scorpius.

          - Você não vai querer saber, e eu não tenho certeza se ainda posso te contar.

          Rose deu de ombros, e voltou o olhar para a lula gigante que flutuava tranquilamente em meio ao lago. Scorpius continuava a fuzilar Albus com seu olhar sádico  assassino, e Albus estava imerso em um turbilhão de pensamentos. Depois do que se pareceu muito tempo de um silêncio constrangedor, Albus notou o olhar de Scorpius sobre si.

          - Err... Eu... Eu interrompi algo? – perguntou sem jeito olhando de um Scorpius carrancudo para um Rose toda corada.  Ele era tão desligado que as vezes ele se esquecia do quanto era desligado, não conseguia pegar as coisas no ar, como sempre dizia Lily, demorava horas pra notar um clima correndo a solta.

           Rose riu. Era o que sempre fazia quando não sabia o que fazer. Scorpius apenas bufou e revirou os olhos, e só quando o garoto murmurou uma despedida e se encaminhou para dentro do castelo foi que ligara os pontos e entendera o que estava havendo la de fora. Ele havia com certeza interrompido os amigos.

          - Minha tataravó era trouxa – começou a morena – Mas uma trouxa com habilidades que nenhum outro tinha. Ela participava de rituais e fazia magia, conversava com espíritos, e á quem jura que ela poderia entrar no mundo dos mortos. Minha avó dizia que foi de tanto insistir nisso, que sua mãe, minha bisavó, nasceu com sangue bruxo. E todas suas descendentes até hoje, nascem bruxas, mas a diferença é que as mulheres de minha família carregam a herança de minha bisavó. Vemos espíritos, e acredito que se quisermos, podemos atravessar os mundos – explicou a garota, com calma, de forma cautelosa para que Albus a acompanhasse – Necessariamente não é hereditário, não é genético. Você é como um de nós Albus, pode ver espíritos, pode se comunicar com eles. Talvez alguém da sua família...

          - Sou o único – afirmou Albus com um olhar firme.

          Não fora fácil encontra a sala precisa, Albus passou incontáveis minutos andando pelo sétimo andar, pedindo em uma oração silenciosa para que a sala aparecesse e ele pudesse se encontrar com Meryl, mas a sala não apareceu, e sim a garota saindo de uma porta que apareceu num piscar de olhos. Ela pensara que ele não viria, e já estava de saída, e depois de muito custo a convenceu a voltar para sala e ajudá-lo.

          Albus ficou algum tempo fitando o suave olhar de Meryl, mas nada disse, aos poucos digeria a pequena história, e se conformava de que a garota estava certa, a não ser por um pequeno detalhe.

         - Mas eu vejo apenas Elizabeth – Quin confidenciara a Albus que havia contado sobre Elizabeth para irmã, então ela saberia do que ele estava falando, e Albus realmente não se importou em mencionar que já vera o tio e os avôs. Foram apenas numa ocasião, não era necessário contar – Não consigo ver espíritos de modo generalizado como você fala.

         - Não consegue... Ou não quer? – Meryl chegou mais para frente sentada em seu pufe – Vemos apenas aquilo que queremos. Você quer ver apenas Elizabeth. Eu não quero ver ninguém, e assim continuo minha vida normal, sem vê-los.

         - Tenho escolha? – perguntou ele surpreso.

         - Feche os olhos Potter.

         - O que?

         - Confie em mim – falou ela pegando suas duas mãos – Feche os olhos – o garoto fechou os olhos, e sentiu as quentes mãos de Meryl sobre as suas – Esqueça tudo, esvazie a mente. Não é difícil como parece, é só respirar fundo e se concentrar em sua respiração – Albus fez o que a garota mandara, e só estava concentrado em sua respiração e na voz de Meryl – Agora que esvaziou a mente, abra ela. Pense em tudo que esta a sua volta, e no que não está, pense no seu dom. Pense que você pode – Albus pensou, era um dom? Não importava, ele continuou a pensar – Abra os olhos – ele abriu e olhou em volta, tudo parecia monotonamente normal.

          - Só isso? – perguntou ele incrédulo. Meryl apenas balançou a cabeça e revirou os olhos.

          - Venha – chamou ela ainda o segurando pelas mãos enquanto saía da sala precisa.

        James tinha certeza de que Albus estava namorando alguma garota escondida. Ele também tinha certeza que ela não era da Sonserina, afinal, porque outro motivo o irmão precisaria da Capa de Invisibilidade para se esgueirar em meio ao castelo? Ela provavelmente não era da Grifinória, se não ele com certeza saberia quem era. Lufa-Lufa ou Corvinal? Se perguntava James.

          - Corvinal – murmurou ele, virando o pescoço enquanto saía detrás do retrato da Mulher Gorda e ia em direção as escadas.

          - O que tem a Corvinal? – Perguntou Louis, descendo as escadas ao lado de James e Fred.

          - Ali – James apontou, e do lado oposto, viram Albus e uma garota trajada com o uniforme da Corvinal, descendo de mãos dadas do sétimo andar.

          - Fala sério! – exclamou Fred II – É o Albus?

          - Quem é aquela? – perguntou Louis.

          - Minha cunhadinha, provavelmente – respondeu James todo orgulhoso, abrindo aquele seu sorriso maroto. E o medo que nutria de que Scorpius acabasse sendo seu cunhado desapareceu instantaneamente.

          - Como isso é possivel? – perguntou Louis incrédulo – Ele é o Al... E ela é uma gata!

          - Acredite se quiser – começou  – Mas Roxy me disse que as garotas do quinto ano babam no Alvinho – falou Fred em tom sombrio arrancando gargalhadas de James e Louis.

            Naquela noite, o sono abandonara Albus. Ben roncava na cama ao lado, e Scorpius resmungava qualquer coisa enquanto dormia. O moreno ficou a fitar o teto, imaginando e se lembrando de tudo que lhe acontecera no dia. Tinha descoberto porque apenas ele via Elizabeth, não apenas ele, mas ele e Quin, e se Meryl quisesse também conseguiria ver, eram... como era a palavra mesmo? Médiuns? Não, mediadores. Sim, ele era um mediador, embora não entendesse muito bem como isso funcionava. Mas isso não bastava, ele tinha de descobrir a relação que havia entre Elizabeth Gaunt e a pedra da Ressurreição. O problema era que os NOMs estavam mais próximos ainda, e ele tinha de estudar mais do que nunca. Faltaria tempo para descobrir tudo que precisava, e principalmente, faltaria tempo para Elizabeth. E agora, que Meryl o ensinara como, ele conseguia ver. O castelo de Hogwarts não era apenas o lar de bruxos e fantasmas, ele também habitava espíritos. Espíritos de pessoas que la morreram, ou que quando morreram voltaram para lá. Todos com pendências, e todos andando em meio aos alunos, mas ninguém os via. Albus se questionava porque Meryl e Quin não os ajudavam, se soubesse antes que era capaz, teria ajudado muito mais. E parando para pensar, lembrou que ajudou tio Fred com sua pendência, porque não ajudar mais? Meryl o aconselhara a fazer com ela, fechar os olhos, respirar fundo, esvaziar a mente, e desejar que não os visse. Assim não os veria, apenas os ignoraria e passaria a viver normalmente. Mas Albus não podia simplesmente fechar os olhos e ignorar Elizabeth, afinal, prometera lhe ajudar. 

          - Seu cretino! Não acredito que você não me contou – cumprimentou James enquanto Albus vinha do lado oposto do corredor ao lado de Ben, Emmie e Scorpius.

          - Bom dia maninho, estou bem, obrigado. E você? – ironizou Albus.

          - Fala sério, primo! Ela é uma gata! – exclamou Louis dando tapinha no ombro de Albus – Está de parabéns – Albus e Scorpius trocaram um olhar, ambos procurando respostas, talvez um explicasse ao outro do que diabos James estava falando.

          - Qual o nome dela? – perguntou James.

          - De quem? – perguntou Emmie, de repente interessada no assunto.

          - Aposto que é da Quin, irmã da minha Meryl, vi Albus falando com ela esses dias... Mas ela é tão nova! – comentou Ben.

          - Do que você ta falando? – pergunto o garoto ao irmão.

          - Não adianta fingir que não sabe maninho, nós vimos vocês dois ontem á noite, só fiquei interessando em saber quem ela era, to feliz por você cara – falou James sorrindo de forma marota. – Albus tentava imaginar se James havia visto Elizabeth, mas se lembrou que noite passada não a vira, então ele estaria falando de...

          - Meryl? – ele perguntou sem pensar.

          - Minha Meryl? – perguntou Ben.

          - É a garota da Corvinal – falou Fred II – É essa?

          - Morena e bonita... Deve ser – murmurou Louis.

          - Pensou que não íamos descobrir maninho?

          - Espera aí – disse Ben, se colocando a frente de Albus – Você estava com a Meryl ontem à noite?

          - De mãos dadas, saindo de dentro de uma sala vazia, a coisa está séria pelo visto, parabéns maninho, ficaria feliz se me apresentasse ela depois.

          - Não, não, eu e ela não estávamos fazendo...

          - Albus! Você sabe como eu custei a chegar nela, e você do nada... Me rouba ela? – Ben perguntou incrédulo.

          - Mas ela nem te deu moral, cara – comentou Scorpius.

          - Por culpa dele – praguejou Benjamin.

          - Qual é? – perguntou Fred II – Roubando a namorada do amigo? – e o ruivo se pôs a rir – Isso nunca acaba bem.

          - Eu não roubei nada, Maryl e eu estávamos apenas... – mas Albus não chegou a terminar de falar, pois o punho de Benjamin lhe veio direto e com toda força a cara.

"Oooi Povoo

Eu preciso comentar nesse capitulo, claro que eu nem preciso mencionar o fato de a Andressa se superar em cada capitulo né? Pois é mais que nítido para qualquer um ver!

Gente como o Albus é um avoado, acabo com o clima lá da Rose e do Scorpius, ainda bem, eu não gosto dele mesmo, bem feito!

Mas poxa vida, pegar a mulher do amigo é fodaa! Aushuashuahsuahsas

Até ele explicar, já era sua bela(mentira) facee!

igorwood "


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Notas finais do capítulo

Eu tinha ((precisava)) colocar essa foto do final, meus Potter gente *o* E esse Igor lindo como faz? E já que o assunto é foto, quem gostou das que coloquei nesse capitulo? E bom esse cap veio rápidinho né? Tipo... Super rápido! Mas vocês merecem e eu também tava morrendo de ansiedade para verem o que acharam, por isso: o que acharam? ~rói as unhas~ ((me ignore)) Beijos.