Last Summer escrita por Jackie101


Capítulo 13
Crescer e amadurecer


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo!
Espero que les guste



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POV Jason

Há um certo momento na vida em que as pessoas começam a se encontrar. E para isso, não é necessário muito. Apenas maturidade... E sensibilidade pra aceitar qualquer coisa que estamos sujeitos a sofrer.

E acho que estou passando por um desses momentos agora. Acho que essas "férias" serviram sim para encontrar o meu eu interior. Eu achava que a melhor maneira de seguir em frente era deixando o passado pra trás. Só que não é bem assim! Agora eu estou entendendo que precisamos agarrar o passado e transformá-lo em algo melhor lá na frente. Precisamos aceitar o que erramos.

Levantei meu braço e levei meu dedo até a campainha. três vezes sem sucesso. Na quarta eu tive um instinto de pular pra trás quando a porta aberta.

– J... Jason? O que está fazendo aqui?

– Eu... Vim conversar!


No dia anterior...


Abri os olhos e senti o sol invadir todo o meu quarto.

– Aí, caraa... Que bom que acordou! - Drew disse entrando no quarto e sentando na ponta da minha cama. Ele estava com uma péssima cara de poucos amigos. Levantei o cobertor de cima de mim.

– Quem foi que morreu? - Perguntei tentando quebrar o clima

– Anna. - senti-me surpreso e até mesmo um pouco envergonhado.

– Ah...

– Tuudo bem! você não sabia! - Elee disse levantando-se. - Ela era a mãe do Felipe... Lembra ?

Balancei a cabeça afirmando e ele soltou um sorriso triste.

– Houve um acidente. A filha ficou em coma e ela... Bom, ela não suportou! - Ele disse apoiando-se no guarda-roupa. - Eu e os caras... A gente tá indo pro enterro!

– E não me avisaram?

– Eu não sabia se você... Iria. Sei lá, você e o Felipe nunca se deram bem e...

– Mas é claro que eu vou! Que horas começa?

– Bom... Já deve ter começado! O pessoal já tá na igreja!

– Podem ir... Eu já chego lá.

–---

Eu não tinha muitas lembranças da Dona Anna. Eu a via todos os dias sair de casa e ir ajudar as pessoas. Era uma mulher muito caridosa. Alta, cabelos loiros e muito graciosos, olhos castanhos... sorriso aconchegante. Mãe viúva de dois filhos. Um bebê (na época) e Felipe.

Nunca consegui entender como uma pessoa tão bondosa pode ter um filho como ele... sinceramente.

Não haviam muitas pessoas na rua. Mas a igreja estava lotada. Passei por algumas pessoas e todas elas estavam concentradas demais para me perceber ali. Mesmo assim pus o capus para me esconder e dirigi-me até aos bancos da frente.

Olhei para os lados e não encontrei os meninos. Então decidi ficar na minha. Pus as mãos dentro do casaco e fiquei ouvindo o padre falar por uns vinte minutos. Abaixei os olhos e agradeci por não ser a minha mãe ali naquele lugar. Se bem que tinha cheegado muito perto.

Levantei o rosto novamente e os meus olhos encontraram-se com a fúria morta-viva. Mesmo com qualquer tipo de maquiagem do mundo, aqueles olhos eram incofundíveis.

" O que está fazendo aqui? " Diziam seus lábios.

" O mesmo que você " Respondi da mesma forma e vi uma forma de fúria se formar na sua face. Miserável. ela iria responder alguma coisa não muito agradável, mas desistiu quando uma nova voz tomou o microfone. felipe já não sentava-se ao seu lado.

– Eu gostaria de dizer algumas palavras! - tirou os óculos escuros exibindo seus olhos vermelhos e o rosto inchado e olhou diretamente pra mim - Primeiramente eu gostaria de agradecer a todos por estarem aqui! - e então virou o olhar. - Minha mãe... Minha mãe nunca fez mal a ninguém, eu tenho certeza. Entao não tenho dúvidas de que ela não tenha feito nenhum inimigo. - ele disse e levou os olhos para baixo. - Eu não conhecia esse ... essa dor no peito... é... é muito ruim! - ele disse levando os olhos para Angie - Eu não sabia como era estar em seu lugar... Até agora!

Dito isso, entregou o microfone de volta ao padre e abraçou-a fortemente.Era eu quem deveria estar lá.

– Alguém mais gostaria de dizer alguma coisa?

Ninguém respondeu. Pouco a pouco as pessoas foram se retirando junto com o corpo para o cemitério. Havia choros por todos os lados. e eu já estava começaando a me sentir triste.

– È muita coragem sua aparecer aqui! - ouvi sua voz atras de mim. Avistei os dois lados. Eu era o último... Ou melhor... penúltimo.

– Estou sendo solidário. - respondi seco.

– Solidário? Veio rir da cara de quem?

– Não estou a fim de falar com você - respondi voltando a caminhar.

– é verdade... Ninguém nunca está! Mas é assim a vida!

Algo passou pela minha cabeça e eu senti uma vontade enorme de perguntar.

– Seu pai... O que aconteceu com ele?

– Não ouse falar dele na minha frente!- senti sua voz tremer e por um instante achei que ela iria chorar. Mas depois que ela caiu no chão de joelhos eu tive certeza que não.

Não disse nada.

– Você não tinha esse direito! Não tinha. VOCÊ NÃO TINHA ESSE DIREITO! - ela disse gritando e eu percebi que seus olhos estavam marejados.

– Angie - foi o que veio em minha cabeça.

– Não ouse me chamar dessaa forma! - ela disse levantando-se - você merece tudo de ruim, Jason... Mas não serei eu quem fará isso com você. Porque nada que eu fizer com você vai se comparar no que você vai sofrer... Eu garanto que justiça será feita! - Ela disse e levantou-se - EU JURO!

– Não tenha tanta certeza assim, querida! - ouvi uma voz seca e ao mesmo tempo suave atras de mim - Olá, Jason.

Virei-me e sorri para ela. Angelina... a mãe de Angela. Voltei os meus olhos para Angie e percebi a fúria em seu olhar. Ela segurava-se muito forte.

– Como ousa... COMO OUSA? - ela disse vindo em minha direção mas foi impedida.

– Eu não faria isso se você você, pequena Angie!

A vi freiar no chão.

– Eu e o Jason estamos juntos pela justiça! ele quer para a mãe dele... E eu para o meu marido e meu filho!

– isso não é justo! - senti que não deveria estar ali mas não consegui deviar o olhar nem durante um segundo sequer.

– É. Justo. Sim! - ela disse abraçando-me - Ah, eu gostava dele... Vocês faziam um belo casal! - disse rindo.

– Eu não fasso par com assassinas!

– Ah, sim... Claro que não! Peço desculpas pelos danos que a minha... filha lhe causou!

– Não a mim. A minha mãe!

– Ah... Claro! Paula Maryan, não? Ela estará aqui para o julgamento dessa brilhante peça.

Angie engoliu seco e virou-se para mim.

– È melhor sair daqui se quiser viver! Faça suas malas!

– Como ousa? - Sua mãe disse desferindo um tapa em seu rosto - isso é uma ameaça muito forte, Dona angie... fique longe do meu menino que canta!

E então angie saiu. Saiu com passos apressaados. Saiu vermelha de raiva. E eu ainda me lembro das suas palavras.

Quando voltei pra lá....

" A vida dá muitas voltas... E também dá rasteiras em nós! " Disse quase chorando. " mas essa é a graça! Pelo menos, acho que para todos vocês... É fácil acreditar quando você nunca perdeu um parente"

" e o que você sabe sobre isso, mocinha?" Algum idiota atrapalhou sua fala.

" Eu perdi meu pai... Perdi meu irmão... E nunca tive uma mãe, se é o que quer saber!" E voltou os olhos para a multidão deixando o idiota arrasado. " Estamos a mercê da morte... Ela leva quem ela quer!"


Agora....

E aqui estou eu... realmente acreditando no que ela disse. "Ela leva quem ela quer" Acho qu foi o que eu precisava para amadurecer e assumir a responsabilidade de alguns erros que cometi no passado.

– Jason... Aqui está o seu chá!

Ela estava no mesmo corpo que na última vez que tinhamos visto. Achei aquilo muito pouco provável. O corpo da mulher muda depois de uma gravidez.

– Obrigado... Patrícia!


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Notas finais do capítulo

Então?????
Ainda tem alguém lendo??? Se tiver por favor me avisa!



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