A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 25
Guerra


Notas iniciais do capítulo

ME DESCULPEEEEEEM pela demoraaaaaaaaaa!
Como vcs já sabem, minha prima sofreu um acidente, ela está se recuperando bem e logo nós duas (porque minha conciencia não me deixaria em paz se eu deixasse ela ir sozinha ao médico) não teremos mais que suportar aquele cheiro horrivel de hospital ÊÊÊÊÊÊÊÊhhh!!!
Bom aqui vai, só queria dizer que até o fim dessa semana não have´ra capitulos... to em semana de prova, minha mãe vai me matar se souber que eu to atualizando fic bem no meio (começou a tres dias, haha)
bjuss e boa leitura



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Capítulo 25 – Guerra.

Não voltaram para as aulas depois do almoço, seguindo direto para casa, mesmo Emmett estava meio silencioso, mias por animação de uma possível luta iminente do que o fato de alguém saber mais do que deveria.

Sabiam com certeza que ele não era vampiro, tinha um coração pulsante, mas aparentemente sabia de algo a mais do que os demais humanos.

Somente Esme estava na grande casa. Saiu do jardim no qual estava trabalhando, os recebendo com um sorriso caloroso e confuso.

Edward? Aconteceu algo?

–Um pouco... Carlisle vai demorar a chegar?

–Ele terá intervalo para almoço no hospital... já deve estar chegando... – e se virou para os demais quando Edward não disse mais nada.

Nem cinco minutos depois todos ouviram o som de pneus na estrada de pedra que levaria à casa.

Eles estão em casa? Pensou Carlisle confuso ao ver o carro de Edward na garagem.

–O que estão fazendo aqui? – perguntou assim que entrou pela porta da frente.

A grande sala dos Cullen era um perfeito museu com estátuas retratando várias posições de estresse.

Contaram o que houve na escola. Esme ficou em choque enquanto Carlisle apesar de pensativo estava tentando pensar nas possibilidades.

–Talvez alguma lenda local?

–Talvez – concordou Edward.

–Não conseguiram pegar seu cheiro?

–O vento soprava o nosso na direção dele... acha que ele não é... humano?

–Possivelmente, mas não é vampiro, Bella – respondeu Edward.

Depois de mais alguns minutos de silêncio Carlisle se pronunciou.

–Vamos continuar nossa rotina e observar, Edward quero que faça uma busca geral nas mentes da escola amanhã e veja o que descobre sobre esse garoto, Bella um escudo em volta da casa, tentem manter distância dos humanos, porque quero um escudo em volta de cada um de vocês e não poderemos explicar se algum deles sem querer tocar no escudo de Bella. Rosalie, Emmett por favor tentem não chamar a atenção.

Rosalie fez uma careta e revirou os olhos, mas Emmett nem se importou:

–Mas ainda vamos à viagem de caça no próximo fim de semana, não é?

Mesmo contrariado, Carlisle não podia proibir os filhos de caçar, era uma necessidade assim como os humanos tinham de se alimentar.

–Sim, nós vamos. Mas vamos tomar algumas precauções, só para garantir.

–Eu ainda acho um exagero tudo isso. Se alguma coisa acontecer é só acabar com a raça de... deles – decidiu-se por fim, quando percebeu que na verdade nem sabiam o que estariam enfrentando.

–Quero evitar conflitos o máximo que eu puder – respondeu Carlisle em tom indulgente.

No dia seguinte, o garoto não foi à escola e Edward conseguiu apenas um nome: Levi Uley, 17 anos, morador da Reserva de La Push.

–Então deve ser somente uma lenda indígena, fizemos alarde por nada – queixou-se Rosalie.

–Mas não vamos ser tão descuidados, sim? Emmett por favor – pediu Esme ao ver a expressão aborrecida do moreno.

De todos os quatro, Esme se preocupa com a falta de cautela de Emmett. Os demais não tinham esse problema, lutavam, atacavam ou se defendiam quando necessário, apesar de acharem um bom entretenimento e até divertido, não procuravam por lutas como o mais velho.

Este bufou teatralmente e concordou.

Levi Uley não voltou mais a escola, o que só preocupou ainda mais Carlisle.

Estavam adiando a viagem de caça o máximo que podiam, mas mesmo Bella estava tendo dificuldades agora.

Emmett e Rosalie mal conseguiam se controlar e não destruir a casa na última semana e Esme estava começando a ter receios de que os visinhos, há mais de 208 km dali, ouvissem os rosnados quase constantes de Edward agora. Esme apesar de ser quase tão indulgente quanto Carlisle e ainda mais amorosa estava com os lábios firmemente pressionados e uma expressão meio azeda sempre que descia de seu quarto.

Bella nunca fora de reclamar, na maioria das vezes seguia a decisão dos demais, claro que se aborrecia com o comportamento de Rosalie ou as palhaçadas de Emmett, apesar de que acha alguma delas engraçadas, um fato que ela nunca revelaria mesmo sob tortura, mas seu parceiro sempre fora o mais verbal com coisas que os aborreciam, então todos concordaram que a situação estava começando a ficar crítica quando até ela chamou a atenção de Carlisle.

–Carlisle – respirou fundo por causa do inferno que estava sua garganta na última semana – não caçamos a quase um mês.

Um vampiro maduro geralmente precisava de uma quantia razoável de sangue de uns 10 em 10 dias, duas semanas é o máximo. A ardência quase insuportável fazia com que a tensões aumentassem ainda mais dentro da casa.

Carlisle soltou um suspiro pesado e passou os olhos por todos na grande sala.

Todos com olhos escuros feito piche, profundas olheiras sob os olhos. Pareciam mais como vampiros do que nunca, sem contar quando se transformam.

–Muito bem, vamos tomar alguns cuidados e nesse fim de semana podemos ir – concordou receoso.

Foi com alivio que os outros cinco Cullen assentiram para o louro.

Assim estavam na floresta, um pouco separados para procurar suas próprias presas.

Bella mantinham um escudo mental a uma boa parte de uns 1/4 da floresta, o gigantesco tamanho da floresta dizia que a vampira de olhos grandes era alguma coisa.

Parecia uma levíssima névoa, como um véu extremamente translúcido de uma noiva, um humano nunca perceberia. Ao contrário do físico, ele não impede ninguém de sair ou entrar, mas Bella sentia o que e quem estava dentro dele.

Bufou. Sua irmãzinha, o que ainda a surpreendia que considerava aquela garota meio estranha como irmã, descreveu os humanos como pontos quentes, como se fosse do ponto de vista de uma cobra que só conseguia ver o calor dos seres vivos. Os vampiros eram mais pontos brilhantes, como se fossem luzes.

Rosalie observava apreciativamente seu parceiro encurralar um enorme urso negro. Os grandes músculos se contraindo enquanto derrubavam a fera. Ouviu um pigarro atrás de si e revirou os olhos sem nem sequer olhar para Edward, podia quase sentir seu divertimento.

Sentiu cheiro de outro urso, menor do que o de Emmett, mas com certeza não menos apetitoso.

–É meu! – avisou excitada.

Estava um pouco longe dos outros, mas ainda dentro dos limites dos escudos de Bella.

Suspirou aliviada quando a última gota passou por sua garganta agora sem dor.

Só no caso de Carlisle ficar todo preocupado outra vez... ponderou a loira quando viu um enorme alce.

Já havia abatido o alce, Carlisle e Edward se aproximando, ambos já saciados e prontos para ir pra casa assim como Esme, Emmett e Bella que estava um pouco ao leste quando Bella de repente se petrificou no lugar.

Os olhos arregalando em pânico e confusão, os demais estavam de costas para ela, mas Rosalie viu quando sua expressão se contorceu em uma que nunca vira sua irmã ter: medo. Assim como ela, ficou petrificada no lugar, ainda com a posição curvada como estava enquanto sugava o sangue do alce já há muito morto em baixo de si.

Os outros perceberam um segundo mais tarde.

Edward estava ao seu lado no que pareceu não levar tempo nenhum.

–Bella! Bella, o que aconteceu, o que foi? – ele segurava firmemente sua parceira pelo rosto, assim que a tocou a pequena vampira ofegou e olhou em direção a Rosalie, mais precisamente a cima do ombro dela.

Seja o que for, Rosalie estava mais perto do perigo e estava atrás dela. O que fez com que Emmett a alcançasse em um átimo, um momento depois estavam todos ao seu lado encarando a direção que Bella olhava. Edward também ofegou, adquirindo a mesma expressão da parceira: confusão, pânico e medo.

–Bella, Edward? – Carlisle estava como ponta de lança, assim como Emmett.

Na primeira impressão, Emmett era o mais intimidante, mas poucos entendiam que os mais perigosos eram Bella e Edward, eles eram a soma de experiência e dons simplesmente incríveis. Carlisle seria um perigo iminente que poucos conheceriam ainda mais do que Edward ou Bella, tinha quase 300 anos de experiência, mas sua benevolência sempre o fazia hesitante. Emmett com certeza tinha talento e... gosto para lutas, mas sua pouca cautela era um perigo para sua própria segurança. Rosalie era uma assassina talentosa só que com pouca prática. Já Esme só sabia como se defender, esse seria seu primeiro verdadeiro confronto.

–São três, não são humanos – respondeu Bella. Humanos eram massas quentes. Vampiros eram luminosos, mas eles eram... não sabia descrever... parecia fogo, só que não queimava, eram bem mais quentes que humanos e estranhamente se assemelhavam às massas inconscientes e instintivas dos animais, mas tinha algo que com certeza era humano. O que era isso?

Edward arregalou ainda mais os olhos e sua boca se abriu levemente. Será possível?

–... lobisomens – sussurrou Edward.

Os demais o olhavam como se ele estivesse ficando louco, mesmo Emmett deixou de lado sua praticamente palpável animação com a ideia de uma batalha com as novidades.

E assim foram encontrados por três lobos. Gigantescos, tão grandes quanto cavalos! Talvez maiores. Com cada centímetro de seus corpos cobertos por enormes músculos e pelo, os focinhos se retraiam dos dentes em clara hostilidade e prontos para atacar, mas hesitaram ao ver os olhos dos Cullen brilhando em dourado graças à caça recente, a carcaça do alce que Rosalie caçara praticamente em baixo deles.

O líder, o maior deles, um lobo de pelo castanho avermelhado parou por um segundo.

Mas o que é isso?

–Por favor... – Carlisle começou, as mãos levantadas e palmas para frente como sinal de paz – não queremos uma luta.

Isso os confundiu ainda mais.

Emmett se remexeu, não era totalmente verdade que ele não queria uma luta, mas com um olhar rápido para Rosalie, ele recuou também.

Edward por outro lado via a experiência deles com outros vampiros. Nômades ou solitários, nenhum deles falara com os lobos como homem, apenas rugiam e mostravam as presas. Com uma analise um pouco melhor, percebeu que eles só estavam interessados em proteger os humanos da área.

–Não viemos aqui pelos humanos – decidiu tomar à dianteira – não os queremos.

O lobo preto, à direita do castanho avermelhado rosnou ferozmente.

Há! Como se fosse verdade!

–Não caçamos humanos – Carlisle reforçou Edward.

Os olhos do maior castanho avermelhado se estreitaram em suspeita.

Cuidadosamente para não alertar os lobos, Bella começou a expandir um escudo físico, se qualquer coisa acontecesse, a morena iria conseguir mantê-lo até estar a uns 400 metros dali, pouco para um imortal, para um vampiro tão rápido quanto Edward percorrer essa distancia significaria uns 6 segundos no máximo, mas era tempo o bastante para dar à família uma dianteira.

Ótimo, não perceberam, ela pensou animada, a esfera transparente segura em volta de sua família. Os ombros de Esme relaxaram um pouco.

Depois de muita argumentação por parte de Edward e Carlisle, o lobo maior reverteu para a forma humana. Não sem Edward ter que ouvir várias reclamações por parte dos outros dois lobos, mas tinha de admitir que eles eram cuidadosos: estavam em desvantagem numérica e tendo seu líder em um estado enfraquecido era um movimento extremamente arriscado, só concordaram pois perceberam os olhos dourados dos Cullen, diferente do vermelho sinistro dos outros.

Mesmo com suspeitas, afinal já ouviram falar de uns vampiros estranhos que possuíam características a mais, Edward quase bufou nessa parte, mas tinha que continuar o ato, se alguma coisa saísse errada eles tinham uma vantagem que eles sequer conheceriam. Não sabiam o que essas “características a mais” eram. E pelo visto eles nem sequer sabiam sobre o escudo de Bella os protegendo constantemente, reforçou seu escudo quando os lobos se retesaram, o maior dos lobos agora se revelando como homem.

Ele era bem alto, quase 2 metros de altura se os olhos impecáveis dos Cullen não falharam, a pele azeitonada, claramente imune às rajadas gélidas de vento, vários músculos que rivalizava com os de Emmett, até ganhavam por certa margem, o cabelo escuro tinha coorte curto. Trajava pele de animais e havia uma máscara de madeira, ironicamente de um lobo apoiada em sua cabeça, pronta para cair e esconder o rosto do homem que devia ter entre vinte e trinta anos... e como cheiravam!

O odor era terrível mesmo atrás do escudo de Bella. Assemelhava-se a carne queimada, madeira apodrecida e cachorro molhado. Todos estavam com os narizes completamente franzidos, Rosalie nem tentando esconder o claro nojo e repulsa, os dentes à mostra.

Emmett estava com os olhos arregalados em nojo, seu rosto mostrando todas as covinhas possíveis com a careta que fazia, nem pensou duas vezes... nem pensou e ponto, ao erguer sua mão para seu nariz e aperta-lo firmemente entre o dedão e o indicador.

Edward teria revirado os olhos, mas não podia ser tão hipócrita quando tinha o impulso de fazer o mesmo. O rosto sombrio, parecia que acabara de presenciar alguém vomitando.

Esme quase esqueceu o cheiro quando seu parceiro começou a se aproximar daquelas feras gigantescas, quase, seu pequeno nariz enrugado apesar da sua clara luta contra uma careta;

Bella se mantia impassível, seu nariz estava tão contorcido quando os dos demais, seus lábios cheios meio franzidos, mas em geral sua expressão quase tão composta quando a de Esme, isto é antes do “médico da família” começar a atravessar o que pode facilmente se transformar em um campo de batalha.

Carlisle tomou à dianteira, mesmo tendo hesitado quando o vento mudou de direção e jogou o cheiro dos lobos bem no seu rosto e nos de sua família, ele nem precisava olhar para trás para saber exatamente o rosto de cada um; reprimindo uma pequena careta que ameaçou surgir em seu rosto branco, ele continuou a avançar dessa vez respirando pela boca, não que ajudasse muito. Sempre calmamente e com as mãos levantadas na altura do seu rosto, as palmas para frente em claro sinal de paz.

Parou quando havia apenas cinco metros entre as duas criaturas sobrenaturais. Os olhos de Esme estavam para cair, suas finas sobrancelhas firmemente juntas, uma das mãos agarrava o ombro de Bella com força, esta nunca deixando Carlisle fora de sua proteção, moldando seu escudo para que ele adquirisse um aspecto oval, ou mais achatado conforme sua figura paterna avançava. Era mais difícil e precisava de concentração quando era um escudo tão grande, mas felizmente estava acostumada graças a sua pratica quando pintava ou arrumava os seus pertences; os lobos pareciam muito mais preocupados com Carlisle que era claramente o líder e Emmett, que era visivelmente o mais forte, também olhavam bastante para Edward. As três pequenas “fêmeas” pareciam quase não existir para eles.

Se a situação fosse outra, Edward estaria se acabando de rir. Quando os três passaram os olhos pelas garotas às dispensaram como “inofensivas”. Talvez um pouco no caso de Esme, mas Rosalie e Bella?

A tensão era quase visível no ar, os dois outros lobos ombro a ombro com o homem.

–Por favor, não viemos causar conflitos desnecessários – os olhos do lobo preto se arregalaram em clara descrença.

–O que são vocês? – perguntou o líder com um leve sotaque.

–Somos vampiros, mas caçamos animais como pode ver – e indicou o alce sob os pés de Rosalie.

O que se seguiu depois disso foi uma longa e monótona, para o Emmett, discussão.

O escudo de Bella sempre ao redor dos Cullen, os lobos sempre com os pelos eriçados e rosnando quando um dos vampiros fazia um movimento mais brusco.

No final, se fossem humanos, todas as nove criaturas sobrenaturais estariam exaustas graças às posturas que mantinham junto com toda a tensão no ar.

Carlisle e o lobo castanho-avermelhado cujo nome se revelara ser Ephraim Black escreveram um tratado, Rosalie bufou audivelmente, o que atraiu os olhares dos lobos por um segundo antes deles desviarem a atenção para os “machos” novamente.

A loura estava cética de que aqueles selvagens fossem honrar um pedaço de papel, e quando se é imortal de que serviria? Ainda mais para aqueles sacos de pulgas, eles sequer podiam viver tanto quanto os Cullen?

Não é que Edward não concordasse com Rosalie, o que ele realmente queria era pegar Bella e ir para o mais longe possível dali, ele não confiava em nenhum deles, suas mentes estavam completamente sincronizadas, como se fossem um ser só, era quase assustador.

Por fim os três lobos e os Cullen assinaram o papel, inútil na opinião de um dos lobos, Levi Uley, Rosalie e Emmett. Enquanto Ephraim, Carlisle e Esme estavam otimistas quanto ao tratado, Bella e Edward estavam céticos, não achavam o tratado em si inútil, apesar de Bella concordar com a Hale, de que serviria um pedaço de papel?

Mas toda essa situação, se houvesse sequer um erro, um movimento mal calculado, uma palavra fora de lugar...

Os Cullen e os Quileutes poderiam começar uma guerra.


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