A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 17
Chuva de Sangue


Notas iniciais do capítulo

eai meu povo? O proximo vai demorar ainda mais do que esse aqui, lá pra segunda semana de setembro *medinho dos olhares assassinos*
eu tenho bateria de provas semana que vem e meu, nem COMECEI a estudar o/ então vou meio que "morrer" por aqui, MAAAAAS eu vi o numero de leitores e está rumo aos 200 reviews, EEEEEEEE!!!! *dacinha feliz"
Sabem, quando eu comecei a fic eu pensei:"meu, eu vou ter umas duas leitoras e isso já vai ser sorte", eu sei que sou chata e provavelmente vou levar pedrada depois que vcs lerem isso aqui, mas... se alcançarmos os 200 reviews até a segunda semana de setembro (eu morro mas eu FAÇO!) eu posto dois capz na proxima vez. Nem sei se eu vo conseguir fazer isso sem ficar com tendinite, mas eu FAÇO!!!
Eu estou completamente sem tempo esse semestre e desculpa meeeeeesmo COSTA, só agora que eu vi que vc recomendo minha fic *brigadinha* =D Esse cap deidico a voce e por voce e pela patyta cullen (que tbm recomendo minha fic - brigada de novo, fofa) eu ti fazendo isso de postar dois caps.
Boa leitura povo. No worry, eu VOU postar lá pra segunda semana de setembro mesmo que tenha menos de 200 reviews, mas dai vai ser só um cap né gente? Eu tbm preciso de incentivo T.T... e tempo... haha



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Capítulo 17 – Chuva de Sangue.

Mesmo com toda a sua revolta para com os Cullen, Rosalie tinha de admitir duas coisas:

A primeira coisa que gostou foi do que viu no espelho. Sentiu-se orgulhosíssima de si mesma. Nunca havia visto ninguém tão bela assim. Estonteantemente perfeita.

Os longos cachos dourados estavam mais brilhantes, literalmente parecendo ouro líquido, as feições ainda mais belas e proeminentes, as curvas do corpo ressaltadas e mais definidas. Explodiu de orgulho quando se viu no espelho pela primeira vez, assim podendo afirmar com certeza de que era mais bonita que Esme, mais bonita até que Bella.

A beleza sempre foi o ar que Rosalie respirava e agora seu desejo superficial havia sido completamente realizado. Ser bela para sempre.

No entanto...

Ainda pensava demais em Royce King e seus amiguinhos. A raiva, o desejo de matar aumentava cada dia mais, mal estava se contendo. Via vermelho, sangue, sempre que pensava nele. Algumas vezes por alguns segundos de insanidade se perguntava se a nova cor de seus olhos de recém nascida tinha algo a ver com isso.

Edward já havia conversado com os demais “responsáveis” de Rosalie e todos concordavam que, se era do desejo da loura, concordariam sobre a vingança dela.

Vingança...

A espécie na qual Rosalie havia se transformado era extremamente vingativa e competitiva, sendo assim muito difícil formar laços verdadeiramente fortes além daquele que se compartilha com o companheiro, a abstenção de sangue humano permite maior serenidade e a construção de relações fortes, no entanto o instinto está sempre lá, suprimido.

Um exemplo seria uma criança e um adolescente. Quando crianças, não controlamos nossos impulsos primários e agimos como bem entendemos, já um adolescente ainda possui esses mesmo desejos e impulsos, no entanto já tem noção do adequado e passa a se controlar melhor.

Não é um bom exemplo, mas foi o único que Edward pensara naquele momento.

Carlisle ensinava a teoria sobre controle da sede a Rosalie quase que diariamente, mas a pratica tinha de ser com ela.

-Você já deve ter percebido que nossas mentes têm um espaço quase infinito, podemos pensar em inúmeros assuntos ao mesmo tempo, assim como podemos ter foco total em um único. Nesse momento, no qual nos concentramos em um único ponto, somos capazes até de acariciar a superfície de uma bolha de sabão. Assim, se você se focar inteiramente em algo que não tenha relação com sua sede, você é muito bem capaz de ignorá-la até certo ponto.

Carlisle e Edward estavam explicando algumas coisas a Rosalie. A menina estava ligeiramente desesperada para aprender a se controlar, o motivo Edward não soube dizer, somente que o seu desejo de se controlar era extremamente forte.

-O que quer dizer com “até certo ponto”? – e portanto, a loura estava os bombardeando com perguntas, sem se importar com o fato de que Carlisle aparentava estar muito mais disposto do que Edward a lhe dar atenção.

-Carlisle quis dizer que, se estiver com muita sede, se não tiver um controle maior de seus instintos, você não será capaz de se controlar. A sede é o desejo mais primitivo que temos, é de nossa natureza estar constantemente sedento de sangue. Quando caçamos e ingerimos uma quantia considerável de sangue, esse desejo fica suprimido, como deve ter percebido a dor em sua garganta, aquele impulso de matar diminui.

“Mas não se engane, ela só está controlada, a sede fica em segundo plano, quase não pensamos nela. É ai que a extensão de nossas mentes entra. Graças a ela podemos racionalizar, sentir outras coisas, praticamente humanizados. Como você é uma recém nascida, é necessário um deslize da menor fração de segundo e a sede lhe controla. Você está sendo capaz de se sentar na minha frente e me ouvir calmamente porque não há nenhuma distração por aqui, nenhum humano, nenhum coração pulsante”.

“É possível um recém nascido encarar multidões, no entanto ele tem de possuir uma extrema concentração, caçar previamente e principalmente, o carro chefe para o controle é: foco”.

Rosalie sabia o que queria. Sempre fora assim.

Quando criança queria bonecas lindas e caras, casas para elas e jogos de chá de porcelana. Quando cresceu queria fitas e sapatos bonitos. Quando se tornou “adulta” queria se casar com um homem rico, ter filhos e ser invejada.

Suas ânsias foram satisfeitas até certo ponto. Ela nunca pensara que não iria ter algo que desejasse e agora, tudo fora tirado dela por ele.

Queria lhe tirar tudo, assim como ele fez com ela. Queria lhe fazer sofrer, clamar pela morte, porque só ela iria lhe dar descanso da dor que Rosalie lhe causaria.

Bella e Esme assistiam a tudo, a primeira com curiosidade e a segunda preocupada.

Esme, assim como Rosalie, tivera desejos e pesares semelhantes aos que Rosalie estava passando no momento, podia entender perfeitamente o sentimento e a dor que a estava infligindo. No entanto, diferente da loura, Esme não sentiu nenhum tipo de necessidade de vingança, talvez seja pelo motivo de ter Carlisle por perto e mais tarde Bella e Edward.

A companhia e apoio que recebera foram inigualáveis. Desde o primeiro segundo em que abrira os olhos se sentira em casa, querida e protegida.

Entretanto, Rosalie não estava se dando uma chance de ser feliz com o que tinha agora, e não estava dando uma chance aos Cullen. A única coisa que ela pensava era na vida a qual já não pertencia a ela.

Esme passou por todas as provações de Rosalie.

Teve um prometido que havia lhe tirado tudo.

Houve o sonho de ser mãe e o sofrimento quando ele fora destruído.

A constante lembrança que tinha de enfrentar. Porque ser o que era, significava que já não podia ter seus próprios filhos.

Mas, Esme era humilde, sabia que não podia ter tudo o que quisesse o tempo todo e ficava grata por aquilo que conseguia.

Só podia imaginar o que alguém que sempre teve o que quis quando quis e como quis, como Rosalie, estava passando.

Fevereiro de 1933...

Rosalie se esgueirava pelas ruas escuras de Rochester, não fazia barulho, movimentando-se com ações fluídas e rápidas, em conjunto com o longo vestido de noiva que esvoaçava atrás dela, a loura parecia um fantasma.

A perfeita face de deusa contorcida em uma careta assustadora. As veias em volta dos olhos estavam saltados, as íris azuladas enquanto o branco fora substituído pelo vermelho, os lábios pintados de rosa estavam retraídos sobre os dentes brancos com caninos grandes demais.

Havia roubado um vestido de noiva a meio caminho do bairro mais nobre da cidade.

Esperara ansiosamente enquanto construía um autocontrole inquebrável, planejara passo a passo tudo o que ia ser feito. Já haviam se passado três meses...

Eliminara todos que participaram daquele pesadelo um a um, em um intervalo de tempo perfeito. Na verdade não se importava muito com os outros, mas eles não iam sair impunes por terem feito parte daquela noite. O seu foco agora estava em Royce King.

Fizera tudo perfeitamente calculado para que ele soubesse que seria o próximo, deixara certas pistas que só ele entenderia e o imbecil nem poderia fazer nada. Afinal, o que ele falaria? “Minha noiva morta está atrás de mim”?

Rosalie abriu um sorriso extremamente macabro na visão à frente dela.

Pelo visto a mensagem chegara a Royce.

Os portões da propriedade dos King, antes finas e com complicados e delicados trançados foram substituídos por grossas paredes de ferro.

Rosalie simplesmente o pulara e chagara no corredor onde sentia o cheiro repugnante de Royce mais forte.

Havia dois seguranças em uma porta blindada e trancada.

Com um movimento, ambos jaziam no chão com os pescoços quebrados.

O rosto da Hale voltara a ser frio, com a face humanizada que os vampiros usavam para enganar os humanos. Sem presas, sem olhos que os delatassem.

Simplesmente empurrara a grossa porta que voou até a parede oposta se quebrando em vários pedaços com um alto som metálico.

Um grito pôde ser ouvido da extremidade. Rosalie já sabia que ele estava lá pelo som da respiração e batimentos descompassados.

Perguntou-se como podia algum dia ter se referido a Royce como “bonito”, a camisa estava suada e amassada, os cabelos louros bagunçados e meio oleosos, o rosto uma mascara de medo e pavor coberto por uma fina camada de suor.

Abriu outro sorriso, ainda mais assustador que o anterior.

Em um segundo já estava segurando Royce pelo pescoço na parede que antes ele estava encolhido no chão.

Ignorando a sede e se focando inteiramente no que estava fazendo foi fácil terminar.

-Se lembra de mim?

-Rose. Rose, q-querida, a-achei que estava m-morta – sussurrou com dificuldade por sua garganta estar sendo comprimida.

Com certeza foi a coisa errada a se dizer.

-Não podia ir sem antes fazer isso.

Quebrara seus braços, pernas e certamente danificara alguns órgãos internos. Claro que com um único movimento e sem esforço algum já seria capaz de literalmente esmagá-lo até que o corpo dele ficasse achatado como se um rolo compressor tivesse passado em cima dele. Só que apenas isso não iria satisfazê-la não iria libertá-la.

-O que vai fazer c-comigo – a voz já estava extremamente fraca, mas não cuspira sangue, Rosalie não ia correr esse risco.

-O que acha?

-Se vai me matar, faça logo.

-Na verdade eu só estou retribuindo o favor – sorriu mais uma vez antes de torcer seu pescoço.

Em algum ponto da noite de terror, havia começado a chover fortemente na cidade de Rochester. As ruas iluminadas apenas pelos trovões quase constantes, o que havia causado um blecaute na grande mansão e só aumentava o aspecto tétrico do que havia acabado de acontecer ali.

Sem olhar para trás, Rosalie saiu pela janela.

Ficaria em companhia dos Cullen. Já havia decidido, eles poderiam ajudá-la, mesmo contra a sua vontade, tinha de admitir que agora o melhor lugar era com eles. Sabia que essa seria a noite que deixaria Rochester.

Paralisou nos limites da cidade.

A entrada ficava protegida apenas por um belo portão com um único guarda, este agora adormecido, completamente inconsciente que estava na presença de duas criaturas que pertenciam, provavelmente, à espécie mais perigosa que vagava pelo mundo.

-O que está fazendo aqui Bella? – a moça estava apoiada na casa de vigília, onde dentro estava o guarda dorminhoco.

Seu vestido verde grama era visível apenas por uma mínima brecha da capa que vestida para se proteger da chuva, era sem mangas e com capuz que cobria sua cabeça, semelhante aos Volturi que Rosalie havia visto do grande quadro apoiado na parede da sala dos Cullen. Apenas pela diferença de que parecia bem mais grossa e era azul escuro.

Desviando os olhos de Rosalie para os raios que rasgavam pelo céu, a voz de Bella estava baixa, como sempre, só que tinha um tom bem mais ameno do que costumava dirigir para a loura. Diferente das outras vezes, que sempre falava com um tom frio, indiferente, parecia mais aberto e quente. Quase compreensivo.

-Mesmo com a chuva. É bonito não é?

-O que é bonito?

-O céu.

Elevando as sobrancelhas em espanto e confusão, Rosalie olhou para o céu.

Mesmo com a chuva, era possível ver a lua cheia brilhando intensamente a cima delas, o céu tinha uma tonalidade azul arroxeada, bem escuro quase preto, mas se prestasse atenção, outras tonalidades também se destacavam, como o cinza, leves toques de branco graças à lua...

-Pode ser.

-Sabe... acho que não sou a pessoa certa para lhe dizer isso, mas eu acho que ninguém mais vai lhe dizer e não quero que fique sem escutar.

Rosalie ficou sem reação. Era a primeira vez que Bella falava tanto assim com ela sem estar parecendo cansada ou descontente.

-Você pode até fugir do que lhe aborrece, pode destruir isso. É doloroso deixar algo que você ama, ou algo que foi perdido, mas sabe? O céu é o mesmo em qualquer lugar... talvez eu esteja sendo um tanto... mexicana – deu um breve sorriso – mas não acho que eu consiga lhe explicar melhor, nunca fui boa com palavras.

-E se esse céu só lhe trouxer coisas ruins?

-Como chuva? – brincou Bella – então construa coisas novas. Para que você possa olhar para ele e se sentir bem.

-Soube que não gosta de chuva – ignorou a segunda parte propositalmente.

-Carlisle lhe disse?

-Na verdade foi Esme. – a loura revirou os olhos, Esme havia lhe dito isso porque queria lhe dar um exemplo de algo que Bella não gostava e tinha de aturar por ser o que era – por quê?

-Por que o que?

-Por que não gosta de chuva?

-Não sei ao certo. Visto que eu só vejo chuva a mais de um século, acho que só sinto falta do sol. Mas com o tempo passei a ter um pouco de gosto pela chuva. Principalmente o som que ela produz no cascalho.

Apesar da morena ao assistir a dor ter se solidarizado, bem pouco, por Rosalie, não esperava nem tinha resposta para que a loura iria dizer a seguir. Afinal de contas, ela estava certa neste ponto. A vida da Hale estava coberta pelo...

-Mas e se for uma chuva de... sangue?


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Notas finais do capítulo

bom, tbm queria dizer que essa fic não gira em torno exclusivamente de Bella e Edward, como já podem ver. Eu a criei com o enfoque na historia INTEIRA supondo que Bella já fosse vampira desde o inicio. Então VAI te romance, mas esse não vai ser o centro.
Bjuss!