Valentines Poison escrita por sankdeepinside


Capítulo 19
I'm sick of us wasteing time


Notas iniciais do capítulo

Eae vcs.
Bom, mil perdões pela demora, mas essa semana foi um pouco corrida pra mim, a acho daqui até novembro vão ser todas corridas assim, mas eu vou continuar dando meio jeitinho brasileiro de aparecer por aqui. Enfim, sobre o capitulo, vou dizer que isso é só uma pequena prévia dos capitulos seguintes, quando o Oli chegar vai ser pra tocar o terror mesmo, esse aí é uma amostra.
Espero que gostem e acalmem-se eu vou esclarecer tudo em seu tempo, ates de acabar a fic eu junto as pontas soltas que eu deixei até aqui.
Boa leitura pra vcs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/146567/chapter/19

Os olhos azuis da garota encaravam assustados o sorridente rapaz em sua frente.

- Você só pode estar brincando, cara você me conheceu ontem

Ele riu um pouco sem graça

- Eu sei, e isso é estranho, não costumo ficar desse jeito, ainda mais tão rápido, mas sei lá, eu quero te ter por perto

- Moose ... não sei se vai gostar de me ter por perto

- Se você não quiser nada comigo eu entendo, afinal eu sou um cara que você só viu uma vez e...

- Não é isso, eu adorei você desde que você colocou o pé aqui dentro ontem à noite, o que eu quero dizer é que andar comigo talvez não seja tão divertido assim.

- Tá brincando? Depois do que me aconteceu uns meses atrás eu supero qualquer coisa!

Annie mordeu o lábio, sabia que os problemas dela ainda não tinham a mesma dimensão dos de Jessica, mas se ela resolvesse abrir a boca um novo furacão Irene poderia acontecer. Olhou bem para aquele rapaz de faces róseas, nariz um pouco avantajado e sorriso igual ao de uma criança de quatro anos após ganhar um doce, era impossível resistir.

- Tudo bem então, mas depois não vai dizer que eu não avisei

Ele sorriu e fez menção de se levantar para beijá-la, mas ela fez que não com a mão, estava em horário de trabalho

- Não tem problema, eu espero o seu expediente acabar

- Haha, mas só meia noite que acaba.

- Eu sei, não me importo de passar as próximas cinco horas comendo cupcakes e cheeseburguers, desde que no fim eu ganhe um beijo seu.

Ela corou, danadinho esse Thomas.

****

Já era cerca de 23h da noite quando uma silhueta alta dentro de um táxi parou em frente à casa de Amber. James Sullivan pagou a corrida ao taxista e andou rápido até a porta, tocando a campainha logo em seguida. Sem muita demora a porta foi aberta e ele entrou rápido.

- Até que enfim cabeção de rato! Achei que tinha se perdido no labirinto do minotauro.

Jimmy tinha as feições tensas, tanto que nem se deu ao trabalho de retrucar a gracinha do amigo.

- Desculpa a demora, estava um pouco difícil achar um táxi no meio daquela correria do Rock Am Ring. Mas o que importa agora é que cheguei e as notícias não são nada animadoras.

Amber indicou a mesa da cozinha para os dois rapazes, lá eles poderiam conversar melhor e comer alguma coisa. Jimmy tinha um envelope embaixo do braço, do qual logo retirou uma porção de papéis e fotos, despejando-os sobre a mesa enquanto começava a falar.

- Um dos nossos caras que vive no País de Gales, me ligou hoje cedo falando que a policia tinha encontrado o corpo de uma mulher loira, morta, sem nenhuma causa compreensível por eles, diziam que parecia uma espécie de asfixia, mas os pulmões dela estavam em bom estado.

Ele puxou uma foto abaixo da papelada e entregou para que Zacky e Amber olhassem, era a foto de um pescoço com uma marca negra em volta dele, quase como uma gargantilha. Continuou a falar:

- O cara disse que foi até o necrotério ver o corpo e que podia garantir com toda certeza que era uma harlot, e que era a Candy.

Zacky estava pensativo, parecia ligar os pontos.

- E você acha que pode ter sido o Oliver quem fez isso? – Disse Amber

- Tenho minhas suspeitas, afinal ela tinha ficado um tempão em Brixton com ele, não voltou mais pra América...

Zacky deu um soco enfurecido na mesa.

- Mas é claro que foi o Oliver! Aquele filho da puta, eu não tenho dúvida nenhuma! Ele é o único capaz de matar alguém desse jeito

- Ahm... na verdade não Zacky – Amber falava um pouco hesitante, ela como guardiã sabia que tinha muita coisa que eles não deveriam saber, mas aquele era um caso importante e iriam precisar de toda a informação possível – Se alguma pessoa comum conseguir desvendar os segredos do espectro, conseguir que algum dos nossos compartilhe o espectro com ela e se for esperta o suficiente, é claro, pode conseguir dominá-lo. Eu confesso que tive minhas desconfianças de que o Oliver não tinha sido transformado por um dos nossos, e com tudo isso que vocês estão falando, é bem capaz que ele tenha mesmo descoberto os segredos. Afinal, a gente faz uma escolha minuciosa antes de transformar alguém e um psicopata como o Oliver não podia se encaixar nos perfis. Pessoas que já são agressivas podem fazer muito estrago quando recebem o espectro

Jimmy soltou o ar irritado, Zacky levou as mãos à cabeça, mais irritado ainda.

- E você só me fala isso agora Amber?

- Desculpa Zacky, mas, primeiramente eu tinha que ter certeza se a coisa era séria.

- Mas quem contou os segredos do espectro para o Oliver? Ah droga, eu não poderia ter o deixado ir à missão com a Jess naquela época, devia ter desconfiado de que ele não tinha deixado de ser um filho da puta.

- Calma Zacky, primeiro temos que descobrir o motivo dele ter matado a Candace, talvez a gente encontre algumas respostas por aí.

- Talvez ela soubesse de alguma coisa sobre os planos dele – Disse Jimmy, um pouco antes de bebericar o café fumegante que Amber acabara de servir.

- O Oliver não liga pra nada além do próprio interesse dele, se ele fez isso com certeza foi porque ele ia ganhar algo em troca.

- Você acha? Eu ainda acho que a Candy sabia de alguma coisa.

- O fato é que agora o Oliver não está mais matando só as encomendas, também está assassinando gente da nossa espécie, isto passou só de uma rixa entre adolescentes – Amber falava olhando para Zacky – e passou a ser um problema de toda a nossa congregação. 

 - Mas e agora? A gente vai fazer o que? Cara eu só toco bateria, entrei nessa de zuado que sou, não quero morrer na mão de um doido desse, fala sério.

- Acredite, você não é a primeira, nem a segunda opção dele – Disse Zacky enquanto comia uma fatia da torta de nozes que Amber havia colocado em seu prato.

- Bom, eu acho que não vai ter jeito, vamos ter que avisar o conselho – Amber falou um pouco preocupada

Zacky soltou o ar desolado

- Eu só queria saber o que aconteceu com a Jessica

****

Batidas na porta

- Tuck? Está aí dentro?

Ele abriu os olhos meio grogues, ainda um tanto cansados, o corpo morno da bela mulher de olhos verdes ainda estava aninhado junto ao seu. Passou as costas da mão suavemente na maçã do rosto dela e soltou um leve sorriso. Ela ainda estava ali, tinha voltado para ele.

Padge gritava do outro lado da porta do trailer, não ia sossegar até que Matt colocasse a cara pra fora.

- Padge filho da puta

Ele reclamava baixo para não acordar Jessica, tentou então se levantar da cama sem despertá-la, mas o corpo dela estava muito próximo do dele e acabou acordando no meio de uma das tentativas desengonçadas dele.

- Me desculpa, não quis acordar você

Ela sorriu ternamente enquanto puxava o tórax dele para que

 pudesse lhe dar um beijo doce em seus lábios. Ele se levantou e foi se vestir enquanto ela, ainda na cama, coçava os olhos e se enrolava mais nas cobertas. Sua voz saiu um pouco rouca.

- Não se preocupe com isso, você vai sair?

- Vou só ver o que o Padge quer, acho que não deve levar muito tempo

Ela assentiu com a cabeça e já ia fechando os olhos novamente quando ele falou:

- Ah, já ia me esquecendo, seu celular tocou algumas vezes durante a noite – Ele sorriu um pouco malicioso – acho que tinha alguém desesperado pra falar com você, nem duvido que seja o Zacky, mas quem tirou a sorte grande ontem fui eu não é?

Ele se aproximou dela já com a calça jeans vestida, o tórax ainda estava descoberto deixando a mostra algumas marcas de unhas e chupões que tinham espalhados sobre ele, entregou o celular a ela e lhe estalou outro beijo suave nos lábios. Ela sorriu para ele

- Acho que fiz um estrago em você

Ele olhou para o próprio corpo e sorriu de volta

- Acho que isso vai ficar roxo por uns dias, mas vale a pena.

Ele disse dando uma piscadela para ela que foi checar as chamadas perdidas do celular, dando um grito de espanto.

- Oh meu deus! Matt eu tenho que ir embora

O celular mostrava ao todo 23 chamadas perdidas, a maioria de Zacky, mas havia cinco ou seis de Annie.

- Já? Espera só um instante que eu te levo pra casa

- Tudo bem eu ainda tenho que me vestir

Ele se encaminhou até a porta e abriu uma pequena fresta, apenas o suficiente para por o rosto e o pescoço para fora.

- O que você quer Padge?

- Hey Man, o que aconteceu com você? O pessoal do Korn fez uma festa do caralho ontem no camarim deles, o Moose chegou só à carcaça, estava lá na festa, mas não bebeu, dormiu encostado numa caixa de som, e você evaporou!

- Ah, desculpa cara, eu estava colocando uns assuntos em dia.

Padge parou por um instante e logo abriu um sorriso malicioso

- Assuntos em dia é? E por acaso foi com a Jessica?

Matt corou sem graça e Padge disparou a sorrir

- Vai se foder Padge!

- Oh man! Vocês tiveram uma noite movimentada foi?

- Sai daqui seu filho da puta!

Padge gargalhava

- Tudo bem cara, mas olha, não esquece que temos outro show hoje à noite, daqui a pouco vamos passar o som, não enrola.

- Onde já se viu, até parece que eu me atraso pra alguma coisa, mas tudo bem, só vou levar a Jessica para casa e logo volto.

- Espera, ela ainda ta aqui? CARALHO ELA DORMIU MESMO AQUI! Jessicaaaaaaaaaaaaaaaa aparece aqui sua linda, vem cá!

- Cala a boca seu viado pervertido!

Matt então sentiu suaves mãos envolverem seu tórax e abrirem um pouco mais a porta. A morena pôs o rosto para fora e cumprimentou Padge, bastante sorridente.

- Bom dia Padge! Como vai?

- Jess, minha bela flor, que saudade que eu estava de você!

- Eu também estava com saudades de todos vocês

- Principalmente do nosso vocalista – ele falou em um tom mais baixo

- O que você disse?

- Nada não Jess

Os três sorriram, logo e seguida Padge saiu. Matt pegou uma camisa e levou Jess de carro até a casa dela. Quando pararam em frente à casa, ele hesitou um pouco.

- Vai me deixar entrar? – Ele perguntou timidamente

Ela olhou em volta, a rua estava vazia, a vizinhança inteira ainda dormia

- Claro

Desceram do carro e caminharam com as mãos entrelaçadas até a porta, ela tirou uma cópia da chave que ficava embaixo de um degrau falso no assoalho e abriu a porta, tanto ela quanto Matt se assustaram com o que encontraram ali.

Amber cochilava na poltrona com uma das mãos apoiando o rosto, Jimmy dormia no sofá maior com uma porção de papéis sobre a barriga e Zacky dormia no sofá menor, com metade das pernas do lado de fora e a boca entreaberta, foi ele que acabou acordando quando Matt fechou a porta atrás de si.

- Jess? – Ele disse coçando os olhos e olhando no relógio em seguida – Porra Jess, onde você se meteu? Tem uma bomba em nossas mãos e você some desse jeito! E o que esse cara está fazendo aqui?

Zacky foi se levantando aos poucos, sentia dores no pescoço e nas juntas por causa da noite mal dormida no sofá, se espreguiçou e ficou encarando-os ainda com os olhos um pouco avermelhados, definitivamente ele não tinha dormido bem.

- Desculpa Zacky, eu sei que você não queria que eu fosse até o festival, mas...

- Eu sei que foi ao festival, quero saber o Matt está fazendo com você.

Ela e Matt se entreolharam e antes que ela pudesse abrir a boca, Tuck começou a falar:

- Ela está comigo agora Zacky, passou a noite comigo.

Zacky os encarava atônito, não podia ser.

- O QUE? Você voltou pra esse cara Jess?

- Zacky, eu...

De repente um grito estridente ecoou por toda a sala, vinha do andar superior. Jimmy e Amber subiram correndo na frente, Zacky, Jessica e Matt vieram logo atrás e encontraram Hanna tentando abrir a porta do quarto de Annie que estava trancada.

- O que é isso?

- Eu não sei, a Annie está gritando aí dentro.

Jimmy chutou a porta, uma, duas vezes, nada. Zacky também começou a tentar forçá-la com o ombro, até que conseguiram abrir. Encontraram Annie arranhando os próprios braços e seu próprio pescoço enquanto gritava e chorava, ela tinha os olhos completamente negros.

- Annie, olha pra mim!

Zacky a sacudia pelos ombros, mas ela parecia estar em uma espécie de transe.

- Põe ela na cama Zacky, agora!

Amber ordenou, mas quando Zacky tentou pegá-la nos braços ela começou a esmurrá-lo e a gritar mais ainda. O peito dela arfava, os olhos negros pareciam perseguir cada movimento daqueles ali dentro do quarto, os gritos eram ensurdecedores.

Matt observava assustado, aquilo não fazia sentido nenhum para ele

- Ajuda aqui Jimmy

Jimmy segurou Annie pelos ombros e Zacky agarrou suas pernas, até que conseguiram colocá-la na cama. Hanna e Jess ajudaram a mantê-la na cama, Amber virou-se para Matt:

- Espere lá embaixo

- Mas

- VAI!

Ele então saiu confuso e assustado, que loucura era aquela que ele nunca tinha visto nada semelhante em toda sua vida? 

No andar superior Amber segurava com a ponta dos dedos a garganta de Annie e começou a pronunciar repetidamente uma frase em latim

“Non corporis, sed diam outta huc redeunt cum vocatus”

“Esse corpo não é mais seu, sai daqui e só volte quando for convocado”

O corpo de Annie se aquietou, seus olhos voltaram a cor natural. Os quatro ofegavam cansados.

- Annie? - Jess falou entre as pesadas expirações

Annie olhou para ela, parecia amedrontada e confusa e logo desabou a chorar. Jess não pensou duas vezes e deu um abraço de conforto na amiga. Jimmy olhava espantado para todos.

- MAS QUE CARALHOS ACONTECEU AQUI? E que palavras foram essas que você disse Amber?

- Aquilo era latim, eu ordenei ao espectro que tentava se apossar do corpo dela que só voltasse quando invocado, mas se não me engano, aquele era o seu próprio espectro, não era Annie?

Annie soluçava, a pele branca tinha marcas de unhas por todos os lados, sua voz saiu fraca:

- Mais ou menos

- Como assim? Ou era, ou não era, não existe mais ou menos.

Annie soluçava mais alto

- Era meu, mas eu doei pra ele

Zacky e Amber se entreolharam aterrorizados, não podia ser

- Você doou? E isso é possível? – Jess não havia se dado conta ainda do que Annie falava

- Eu doei parte do meu espectro pro Oliver, era a parte dele que estava tentando me possuir

- QUE? Eu não estou entendendo nada

- Espera Jessica, eu acho que sei do que ela está falando – Zacky agora olhava para o chão, sério

- Sabe?

- Sei, e as coisas são piores do que eu imaginei, será que você pode contar exatamente o que você sabe Annie? É importante

Ela enxugou as lágrimas com as costas da mão e suspirou fundo

- Tudo bem, eu vou explicar

****

Os gritos tinham cessado, ele pensou em subir lá novamente, mas ficou com medo, estava se metendo em uma coisa que parecia obscura demais, o que era aquilo? Macumba? Possessão do capeta? Ele ficou matutando até seu celular tocar. Era Jay, já estava atrasado para a passagem de som, era melhor ir embora, falaria com Jessica depois, resolveu procurar um papel para deixar um recado para ela, havia alguns sobre o sofá, ele pegou um e quase não conseguiu abafar o grito que saiu da sua boca.

- C- Candace?

Ele achou a foto do corpo morto da jovem loira e aquilo o deixou mais assustado do que já estava. Aquilo definitivamente era algo sombrio demais para a compreensão dele, chegava até a assustar. Saiu apressado da casa e acelerou o carro com pressa, precisava de um tempo pra absorver o turbilhão de coisas que acabara de ver, talvez se envolver com Jessica fosse mais perigoso do que ele pensava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Valentines Poison" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.