Acordei sentindo um peso em cima de mim. Justin. Coloquei-o com cuidado no outro lado da cama e fui tomar um banho. Fiquei um bom tempo decidindo qual biquíni usar, até que cheguei a uma conclusão: um biquíni preto com bolinhas brancas (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=35304869). Coloquei um short jeans, uma camiseta cinza e havaianas pink. Coloquei tudo que precisava na minha bolsa e joguei uma almofada na cara de Justin para que ele acordasse. Ele se levantou e foi fazer sua higiene matinal. Aproveitei esse tempo pra fazer 2 ligações.

Esperei um bom tempo até que atenderam o telefone

- Alô?

- Pattie? É a Isabella... tudo bem?

- Tudo sim querida... quer falar com seus filhos?

- Sim, se não for atrapalhar o que vocês estão fazendo, é claro.

- Que nada, eu vou pausar o filme que coloquei pra eles.

- Tudo bem – o silêncio durou apenas alguns segundos antes de escutar a voz de Arthur.

- Mamãe! Eu to com saudades – disse ele, com uma voz manhosa.

- Awn meu anjo, a mamãe também ta. Eu vou voltar logo, tudo bem? – disse, deixando uma lágrima escapar. Nunca tinha ficado longe deles, a não ser no tempo em que fazia faculdade.

- Eu te amo mamãe

- Também te amo Artie – disse, limpando as lágrimas – Alice está aí?

- Aham... Ally! É a mamãe! – Escutei a voz doce de Alice no fundo dizendo “ela já vai voltar?” e isso me deixou um pouco triste – Mamãe?

- Sim Alice! Como você ta minha princesinha?

- Um pouco triste

- Que foi meu amor?

- Eu sinto muito a sua falta, mamãe... Por favor, volta.

- Meu anjo, a mamãe vai voltar em 2 dias, tudo bem? Eu te amo muito... e sinto sua falta

- Eu também te amo mamãe – Depois disso o telefone ficou mudo. Decidi ligar para Clarice... Havia tanto tempo que não falava com ela.

- Alô? – uma voz sonolenta atendeu. Presumi ser a preguiçosa da minha irmã.

- Clarisse? Sis, é Isabella!

- Bella? OMG, tava se fingindo de morta é? Vadia

- Não não... só muito trabalho... é isso. Como ta você? E a tia Helena?

- Eu to... bem. E a tia Helena...

- O que tem a tia Helena?

- Ela... faleceu semana passada.

- O QUÊ? E VOCÊ NEM ME AVISA?

- Eu tentei me comunicar com você, mas você nunca está em casa... Qual é, não me culpe. – Minha única tia, morta. Droga.

- E onde você está?

- To na casa de uma amiga... ér... tem como eu me mudar aí pra NY?

- Na verdade eu não estou em NY... Quer dizer, você pode vir morar comigo. Tem como você arrumar suas coisas em 1 semana?

- Ah, tem sim. Obrigada Bells

- Disponha.

- Tchau – e o telefone ficou mudo.

Justin me olhava boquiaberto, devia ser pelo jeito que eu falava português. Ele se vestiu e esperei por ele.

- Está pronta, meu amor?

- To sim Biebs. Vamos?

- Vamos – disse ele, entrelaçando nossas mãos.

Pegamos um táxi e fomos para Venice. Chegando lá, achamos um lugar bom para colocar nossas coisas e comecei a tirar minha roupa. Justin ficou de queixo caído.

- Que foi?

- N-n-nada, só que... Wow, que corpo é esse – disse, mordendo o lábio.

- Ah Justin, quer parar? Anda, tira essa roupa e vamos pra água.

- T-t-tá bom – respondeu ele, sem tirar os olhos do meu corpo.

“Brincamos” muito por lá. Ele me pegava no colo e me jogava na água de novo. Me sentia como uma criança de 6 anos com seu amiguinho da escola. Justin me beijou e como sempre, vários flashes eram disparados contra nós dois.

Depois de passar muito tempo se divertindo, fomos a um restaurante. Fizemos nossos pedidos e ficamos jogando conversa fora.

- E então... você me perdoa por tudo o que eu fiz?

- É claro, mas se você tivesse contado isso antes, podia ter sido diferente e...

- Não, você não conhece a Selena. Uma vez eu tentei voltar com a Caitlin, e ela descobriu. Quando cheguei na casa dos Beadles, me contaram que acharam Caitlin jogada em um beco com sinais de estupro e espancamento. E a vadia da Selena me confessou tudo.

- Nossa... Mas...

- “Mas” nada. Você não vê que eu fiz isso só pra te proteger? A última coisa que eu desejo é ver a Selena encostando aquelas unhas postiças em você. Eu te amo, e tive que deixar você seguir seu caminho.

- Como você queria que eu seguisse minha vida se eu não tinha você ao meu lado?

- Eu me perguntava a mesma coisa.

- Seus pedidos – Um garçom magrinho chamou nossa atenção, colocando nossos pratos na mesa.

- Obrigada – Justin e eu dissemos em uníssono.

Terminamos de comer e Justin fez questão de pagar a conta. Pegamos um táxi e voltamos para o hotel.

- Onde você tava?

- Eu? Hmm, tava com o Justin... em Venice.

- Hm, sei. Tem algo que eu não possa saber? – Jully sempre sarcástica.

- Não... não mais o que você já sabe.

- Você o perdoou?

- Sim.

- Uau, e agora vocês dois estão namorando... certo?

- Digamos que estamos “recomeçando do zero”

- Ok né, boa sorte para os “pombinhos” – Jully fez um pombo com as mãos.

- Cala boca, idiota – rimos juntas da situação. Isso me lembrava de como a conheci. A gente brigou, lê-se estapearam, em uma loja de brinquedos por uma única Barbie. No final de tudo, ninguém a ganhou. Depois a conheci no maternal, ela estava isolada do resto das crianças e a chamei para conversar comigo. A partir daí, ela era a única pessoa em que confiava, e é em quem confio até hoje.

Tomei um banho e me vesti para o trabalho: uma saia preta com cinza, uma t-shirt branca com uma estampa e botas (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=35626367). Esperei Jully se arrumar e fomos até o local combinado.

- Como todos sabem, algumas cenas serão gravadas ao ar livre, ou seja, em uma floresta bem afastada de Los Angeles. Tentem não se perder quando voltarmos, pois o lugar é enorme. Tudo bem? – Chaz instruía a equipe antes de entrarmos em um mini ônibus.

O lugar era lindo, é claro, mas era muito afastado de LA. Organizamos o cenário e começamos a gravar. Entre uma pausa e outra, Demi conversava alegremente comigo, Jully, Chaz e Justin.

Já era 08:00 p.m. e um cara que eu nunca vi na vida veio falar comigo.

- Você que é Bella Bones, a diretora né?

- Ah, Isabella... você é...?

- Mark Grabbel, sou figurante.

- Ah... legal.

- Tem namorado? A gente podia ir ali... – disse ele, se aproximando de mim. Dei dois passos para trás.

- Ahn... tenho.

- Mas ele não vai se importar se eu fizer isso... – disse ele, pegando em minha cintura e aproximando seus lábios dos meus. Justin viu. Antes que ele me beijasse, dei um tapa na cara do figurante e fui falar com o Justin.

- Não é nada do que você está pensando!

- Não... você parecia estar gostando até eu chegar...

- O quê?!

- É, vai lá ficar com ele.

- O que ta acontecendo com você?

- Eu te perdi uma vez, e não quero perder de novo.

- Sabe qual é o seu problema? Você é muito possessivo! – Mordi o lábio, de raiva – Eu vou embora.

- Tarde demais. O micro ônibus já foi embora. Eu te levo no meu carro.

- Ah, mas agora que eu não vou com você.

- E você vai como? Voando?

- Não te interessa – E fui andando em uma estrada deserta.

Fiquei horas andando e nada de achar alguma luz que indicasse Los Angeles. Merda. Quanto mais eu andava, mais nervosa ficava.

Percebi que havia alguém me seguindo. Ok, preferia ter aceitado a carona de Justin, mas é tarde demais.

Olhei pra trás e dois homens que aparentavam 38 anos me seguiam. Virei à minha direita. Era uma encurralada. Mais 2 rapazes estavam à minha “espera”. Estava cercada.

- Olha o que temos aqui...

- Um belo brinquedinho pra essa noite hein – um homem forte de camisa vermelha foi se aproximando de mim. Ele acariciou minha bochecha – Mulheres gostosas como você não deviam andar por aqui... sozinhas. – Um tremor passou por todo meu corpo. O mesmo cara me encurralou em uma parede, apertou meu pescoço e começou a passar a mão na minha coxa.

- Nós também queremos nos divertir – gritavam os outros.

- Calma rapazes, vai chegar a hora de cada um.

Ele passou a língua pelo meu rosto, meu pescoço, e me beijou. Sua língua pedia passagem, mas eu a mordi.

- AI! – Ele gemeu de dor – Você é muito arisca hein. Agora você vai aprender a lição.

Desejei que Justin chegasse ali e me salvasse.