Minha Única Esperança é Você. escrita por biamcr_


Capítulo 7
De volta à realidade.


Notas iniciais do capítulo

Meninas, eu estava vindo postar aqui ontem de noite mas... Vocês viram aquele "novo" beijo do Gee e do Frank em um show??? Muito lindo, sério. O Frank agarrou o Gee KKKK



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Acho que aquele Natal foi a última vez que falamos do nosso relacionamento. Depois disso, Jamia e Frank casaram, e eu e Lindsey também. Mesmo depois de tudo, eu ainda não conseguia considerá-la mais nada mais que minha melhor amiga. Tivemos uma filha juntos, que é a coisa mais preciosa da minha vida. Os Iero também tiveram filhas, duas gêmeas. Eram lindas também e costumávamos nos juntar para as meninas brincarem juntas.

Ainda nos jogávamos algumas indiretas durante as entrevistas. Só em 2010 que voltamos com as indiretas nas músicas. Bom, eu voltei. Escrevi uma música chamada “The Only Hope For Me Is You”, que falava sobre quase tudo que passamos juntos. Tive que mentir que a música era sobre Lindsey, que ficou extremamente feliz. Porém, acho que ele entendeu a indireta, pois foi aí que começou a demonstrar mais amor ainda pela Jamia, mesmo eu acho que, às vezes, era forçado. Ou eu apenas não queria aceitar que era a realidade.

E voltando à 2011, eu continuava deitado naquela cama.

– Gerard, posso entrar? – Perguntou Lyn-Z, do outro lado da porta.

– Claro, querida. – Respondi, limpando as lágrimas. – Apenas estou com dor de cabeça, acho que não deveria ter bebido já que, você sabe, não estou acostumado. – Continuei, quando ela entrou.

– Pois é, eu imaginei que fosse isso mesmo. Mas, de qualquer modo, vou estar ali embaixo. Caso você continue com dor, me chame. OK? – Disse ela, dando-me um selinho. – Eu te amo.

“Eu te amo”.

Isso fez a culpa tomar conta de mim. Eu nunca imaginei que esse meu “teatrinho” com Lindsey iria tão longe. Só de pensar em contar a verdade e magoá-la, eu me sentia mal. Mas, por outro lado, continuar a viver com alguém que eu não amava doía demais.

Desci e conversei um pouco com o pessoal. Pela primeira vez em anos, Frank lançou-me um olhar preocupado. Apenas acenei negativamente com a cabeça, indicando que não era nada. Aquela noite parecia demais com o Natal de 2007.

Todos foram embora, Lindsey avisou que estava indo deitar e eu permaneci acordado. Caminhei pela casa, até chegar ao cômodo onde costumava ser meu quarto antigamente, e onde Frank dormia comigo.

Debrucei-me sobre a janela daquele quarto vazio e silencioso. Puxei um cigarro, acendi-o. Eu gostava daquilo, o ar gelado da noite misturado com a fumaça. De acalmava, de algum modo.

Eu poderia ter ficado a noite toda lá, pensando nele e como eu sentia sua falta.

O único barulho que se conseguia ouvir era o dos carros passando tranquilamente pela rua. Mas eu não estava atento a isso. Aliás, a nada. Meus pensamentos focavam-se apenas uma coisa: Frank Iero. Seu jeito divertido, seu sorriso doce, sua voz sussurrando “Eu te amo” ao meu ouvido. Me recusava a acreditar que ele havia se tornado aquela pessoa fria de agora.

Pensando nisso, senti uma lágrima percorrendo meu rosto.

– Gerard? Ainda está acordado, Gee? – Perguntou uma voz calma atrás de mim. Lindsey deixava o sono transparecer em sua voz, juntamente a uma ponta de preocupação.

Me apressei a limpar as minhas lágrimas antes de me virar para ela.

– Eu perdi o sono, apenas. – Respondi, mesmo sabendo que ela tinha uma incrível facilidade para perceber quando eu estava mentindo.

– Está tudo bem? – Perguntou ela, aproximando-se. Apenas acenei positivamente com a cabeça. – Tem certeza? Você não parece bem, Gee. Aliás, percebi isso desde que você avistou a Jamia na sua festa, à tarde.

Não disse? Às vezes, acho que ela pode lera minha mente. Não sei como ainda não percebeu tudo.

– Estou bem, eu juro. – Menti novamente. – Apenas falta de sono. E quanto à Jamia Nestor – Não foi culpa minha, apenas não consigo me dirigir à ela usando o sobrenome da família Iero –, apenas não simpatizo com ela.

– Gee, não minta pra mim. – Disse ela, olhando-me nos olhos – Eu sei quando você está mentindo e, visivelmente, essa coisa com a Jamia não é simplesmente “não ir com a cara”.

Nesse momento, pude ver em seus olhos que não adiantava mais mentir, pois ela sabia da verdade. Apenas abaixei a cabeça, aceitando a derrota.

– Gerard... Você gosta dele. Mais que isso, você o ama. – Abri a boca para negar, mas lembrei que era perda de tempo. – Eu vejo o jeito que você olha para ele, e como sente-se incomodado quando ela está por perto. – Lindsey podia ser muitas coisas, mas burra ela provou não ser. – Eu sempre soube, mas tentei me iludir achando que, um dia, você me amaria do jeito que o ama. Vejo agora que estava enganada. Mas eu me pergunto, Gerard, por quê? Por que alimentar a minha ilusão? Poderia ter me dito que estava comigo para manter as aparências ou para esquecê-lo. Eu te entenderia. Mas, se tem uma coisa que eu não tolero é mentira. Então, pra mim, acabou aqui. Não vou me alterar nem gritar, não vai mudar nada. Mas vou te dar uma dica: se você o ama, corra atrás.

– Com isso, ela virou as costas e fez menção de sair. Porém, puxei-a pelo braço.

– Lins... muito obrigado. Por tudo. Me desculpa por ter mentido pra você e tudo mais. Se der, amanhã mesmo eu já resolvo os papeis do divorcio com os advogados. Não vou querer a casa, nem os carros e pagarei quanto você quiser de pensão, desde que você me deixe ver a Bandit e cuide dela, OK? – Perguntei, vendo-a sorrir.

– Não é preciso, Gee. Pode ficar com as suas coisas, eu já entrei em contato com a minha família e pretendo morar com eles até conseguir uma casa. Não preciso de pensão e é claro que você pode ver a pequena B quando quiser. Afinal, você é um ótimo pai.

– Obrigado mais uma vez, Lyn. – Respondi, abraçando-a. – Tomara que você seja muito feliz, pois merece.

– Você também, Gerard. – Sorriu e saiu do cômodo, indo de volta ao quarto.

Ela estava certa, eu deveria ir atrás dele.


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