só Pode Ser Um Sonho escrita por HufflePuffer


Capítulo 2
9 1/2? Essas pessoas são malucas!


Notas iniciais do capítulo

Os personagens Lilly, Alvo, Rosa e Hugo são da JK, mas suas características psicológicas foram/serão criadas por mim, já que ela não detalha nos livros!



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“Basta atravessar entre as plataformas nove e 10 para chegar à plataforma 9 ½, Basta atravessar entre as plataformas nove e 10 para chegar à plataforma 9 ½.”, repetia Anna mentalmente enquanto encarava a parede que dividia as plataformas. Seu trem sairia em 15 minutos da Plataforma 9 ½ da estação King’s Cross. “Corra se estiver nervosa”, recomendou a Profa. McConnagal ao entregar a passagem em suas mãos.

                -Plataforma 9 ½? Essas pessoas realmente são loucas!- disse o pai de Anna analisando, indignado, a parede. – E eles querem que nós corramos através dessa parede? Todos pensarão que nós somos loucos!

                Anna Gabrielle concordava com seu pai, mas a animação de conhecer este novo mundo era maior do que tudo. Para seus pais, era apenas um sonho, uma fantasia, uma historinha. Mas não, Anna sentia que era bem mais real do que isso, que sua vida mudaria quando ela atravessasse aquele pilar.

                Acelerou, então, e atravessou-o, deixando o mundo trouxa para trás. Trouxa, a menina usou muito essa palavra nas ultimas semanas, para descrever tudo que estaria deixando em casa. Era assim, afinal, que os bruxos definiam o povo não-mágico.

Seus pais vieram bem atrás dela, afobados. Eles ajudaram a filha a embarcar no trem e depois, a abraçaram por um longo minuto. Só se veriam novamente no Natal e todos saberiam que a vida estaria bem diferente quando o feriado chegasse.

                - Cuidado para não voltar lelé para casa – disse, carinhosamente, sua mãe, beijando-a na testa. – Nós a criamos direito, ok?

                -Eu vou me virar direitinho, mãe.

                Os Jones trocaram um último riso amigável e se abraçaram de novo. O apito do trem tocou e Sofie e Marc deixaram sua filha sozinha no vagão, apenas com seus pensamentos.

                Assim que o trem se pôs em movimento, as lágrimas começaram a escorrer de seu rosto. Ela estava por sua conta nessa. Havia se separado de todos por um longo tempo e um grande segredo. Apenas Julie e seus pais sabiam para onde ela estava indo, por mais que nenhum dos quatro soubesse exatamente o que aquilo significava.

                Tudo tinha acontecido tão rápido, Anna ainda não havia tido tempo de pensar muito a respeito. Sabia apenas que queria muito estar ali, queria descobrir, queria tentar... No começo, no entanto, seu desejo não tinha sido tão grande. Ela ficou com medo quando recebeu a carta. Com medo dela mesma. Magia não existia, era assim que ela fora criada.

                Mas logo após a visita da Profa. McCconagall, o medo virou curiosidade. A mulher descrevia o mundo bruxo como um universo paralelo, único e encantador. Ela queria saber usar sua varinha, queria conhecer as criaturas das quis a professora falara e queria, principalmente, conhecer outras crianças bruxas. Em sua breve visita ao Beco Diagonal ela pode ver algumas coisas, vassouras, varinhas, fotos que se movimentavam, entre outras maravilhas. Ela queria mais, ela precisava de mais. Era por isso que estava ali, definitivamente.

                Deixou sua mente viajar pelo recém conhecido mundo mágico enquanto observava a paisagem que passava, era realmente linda.

***

                Depois do que pareceram poucos minutos, mas foram, na verdade, duas horas, um menino ruivo bateu na porta de seu vagão:

                -Oi, importa-se se eu sentar aqui? Meus primos estão brigando muito no vagão ao lado, não agüento mais.

                -Pode, sou Anna.

                -Oi! Sou Hugo.

                As crianças permaneceram em silêncio até que, alguns minutos mais tarde, uma velhinha passou pelo corredor oferecendo balas e doces. Hugo pegou algumas moedas de seu bolso e pediu duas varinhas de alcaçuz e um feijãozinho de todos os sabores. A cara de Anna mudou ao ouvir esses nomes.

                 -Peça sapos de chocolate, não tem erro. E vem com uma figurinha. Cada um custa quatro sicles. – Anna sorriu para o menino, mas seu olhar continuava confuso. – São as moedas pratas. – Hugo concluiu.

                Anna fez seu pedido, pagou e agradeceu ao menino.  Os dois foram conversando animadamente. O menino conhecia um pouco sobre os dois mundos, sua família materna era trouxa, a não ser por sua mãe, que era uma inteligentíssima bruxa. Já seu pai vinha de uma família apenas de bruxos.

                O menino apresentou Anna a sua irmã Rosa e seus primos, Alvo e Lilly. No fim da tarde, a menina percebeu que não, não estava sozinha nessa aventura. “Não é uma aventura, é apenas escola.” Anna tentava se lembrar. A fantasia não seria uma surpresa para sempre, em pouco tempo aquilo viraria dia-a-dia, e pior, conteúdo. Seria melhor ela já começar a tomar notas? Anna era uma ótima aluna em Londres, quando os conteúdos eram matemática e inglês. Será que agora, que deveria realizar feitiços para ganhar nota, ela não repetiria o ano e seria expulsa for falta de habilidade? Toda a sua volta pareciam dez mil vezes mais inteligentes que ela...


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