só Pode Ser Um Sonho escrita por HufflePuffer


Capítulo 1
Uma carta? Em 2018?


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo dedicado a lindinha Swifty, AnaMillan. Espero que todos aproveitem e comentem, por favor! (:



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"Ela. Está. Fazendo. A. Panqueca. Flutuar. Anna. Gabrielle. Fazia. A. Panqueca. Flutuar." pensava Julie, melhor amiga de Anna. Aquilo era incrível para pela, qual seria o truque da amiga? Como ela fazia aquilo? Era óbvio que não havia sido seus pais quem ensinaram, os dois não acreditavam em magia, nem eu Deus, ou nada do gênero.

–Não é nada demais, Julie. - Tentava explicar Anna após ver a cara de surpresa da menina. - Eu consigo fazer o mesmo com travesseiros, morangos...

–Como assim? Onde você aprendeu isso, Anna? - Julie interrompeu.

–Eu não sei... Um dia, eu consegui. E pronto. Agora eu faço.

Anna Gabrielle, que pretendera acalmar a amiga dizendo aquilo, logo percebeu que seu plano não funcionara. Julie estava de queixo caído, observando a panqueca que flutuava sobre o prato da amiga.

–É melhor você comer isso logo. Vai esfriar. - disse, tentando mudar de assunto. Ela voltou sua panqueca ao prato e começou a cortá-la. - E lembre-se, isso não sai daqui, ouviu?

Julie concordou. Anna era sempre assim, muito fechada, não contava nada a ninguém, nunca. Lembrava-se de, quando pequenas, ela pedira para Anna levar seu novo hamster para escola e esta não deixara a amiga nem comentar sobre o bichinho com os colegas...

***

As meninas estavam assistindo àlguns filmes antigos dos pais de Anna quando ouviram um barulho estranho do lado de fora da porta. Foram ver o que era e lá havia apenas uma carta. Uma carta? No ano de 2018? Quem ainda as enviava? Os correios ingleses não haviam fechado havia poucos anos?

O envelope era de pergaminho e era fechado com um selo vermelho onde havia sido carimbado um símbolo estranho. Na parte de trás, estava escrito, à pena, Anna Gabrielle Jones, 51 Dewhurst Road – Londres. A menina rasgou o selo cautelosamente. O que seria aquilo?

Dentro do envelope, havia outro pedaço de pergaminho, também escrito à pena. Em que século aquele remetente vivia? Onde vivia ainda não haviam inventado o computador, o email ou a caneta? A menina passou os olhos pela carta e paralisou por um momento. Não sabia o que dizer. Não sabia o que falar. Ao seu lado, Julie olhava curiosa. Anna deixou a carta cair de sua mão e Julie a apanhou e leu:

“Para: Srta. Anna Gabrielle Jones

O quarto próximo a janela,

51 Dewhurst Road,

Londres.

“Prezada Srta. Jones

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McConagall.

Diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts ”

–Isso... Bem, isso quer dizer que não são apenas... truques? – Julie tentava entender a situação. Anna, atônita, entregou o bilhete que segurava em suas mãos, ela não podia acreditar naquilo. Seus pais sempre disseram que não havia magia, era apenas o glamour hollywoodiano. Eles eram neurologistas, sabiam que não havia nenhuma parte sobrenatural na cabeça de ninguém...

Caros Senhor e Sra. Jones,

Sua filha, Anna Gabrielle, demonstrou ser dotada de poderes mágicos. Com certeza, algum ancestral dela era também capaz de realizar façanhas mágicas. Se ambos senhores concordarem em enviar sua talentosíssima filha a nossa escola, seria uma honra recebê-la. Pretendo visitá-los no dia 05 de agosto do ano vigente, às dezessete horas, para pô-los a par da situação. Se forem contra tal visita, enviem uma coruja o quanto antes.

Grata,

Minerva McConagall.

Diretora da Escola de Mgia e Bruxaria de Hogwarts ”

***

Os pais de Anna voltaram correndo para casa após receber o urgente telefonema de Julie, “Olá, Sr. Jones, Anna não está bem. Ela está muito nervosa. Venham para casa urgente! Bem... tchau!”. A menina, após o telefonema, preparou um enorme balde de pipoca para a amiga e a deixou assistindo seu filme preferido na televisão, depois de prometer não comentar NADA com ninguém.

Quando o Sr. e a Sra. Jones chegaram, encontraram na mesma posição na qual Julie a deixara. O filme já estava nos créditos, porém o aparelho continuava ligado. Ao seu lado, via-se um balde de pipoca vazio e diversos grãos espalhados pelo sofá. A carta estava no colo de Anna, toda amanteigada.

Seu pai pegou a carta e leu-a enquanto sua mãe a abraçava, preocupada. Quando o homem terminou de ler ambos os papeis, seus olhos estavam vidrados.

“Não é possível! Deve ser uma pegadinha! Isto não existe, é impossível! Olhe isso, Sofie! Aqui está escrito que nossa filha é bruxa! Pode acreditar em tal absurdo? Bruxa... que brincadeira de mal gosto...”

Sofie ficou em silêncio absoluto. Não sabia o que dizer. Será que seu marido havia enlouquecido? Agarrou, então, a carta de suas mãos. Foi quando começou a ler que as duas coisas aconteceram ao mesmo tempo, o micro-ondas apitou e a campainha tocou. Anna virou o rosto, eram dezessete horas.



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