MIC escrita por NT


Capítulo 29
Capítulo 29




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Narrado por Felipe:

 

Chegamos ao tobogã, subimos, todos desceram, ela estava com medo mas acabou aceitando descer. Quando íamos começar a descer a beijei, foi eletrizante. Tinha aventura, adrenalina, emoção, paixão, força, medo. Amor. Descíamos velozmente enquanto nos beijávamos, aquilo foi diferente de tudo. Foi perfeito.

Depois de um tempo fomos comer no barzinho, tinha uma mesa de sinuca lá, eu e Rafa corremos pra ela... fazia tempo que a gente não jogava. Estávamos jogando, Suzi veio até mim e pediu que eu a ensinasse a jogar, olhei para a Manu, ela estava conversando entusiasmada com a Gabi, ensinei como pegar o taco, ela estava com dificuldades então parei atrás dela e tentei ajeitar o taco, ela conseguiu e começou a jogar com nós Caio voltou do banheiro e fez par com ela, estávamos jogando super animados, eu e Rafa estávamos dando uma surra nos dois, depois da segunda partida olhei disfarçadamente pra mesa onde estava a Manu, não a vi, olhei melhor, só a Gabi na mesa? E a Manu? Fui até a Gabi.

— E a Manu? - perguntei.

— Foi pro acampamento. - Gabi respondeu.

— Como assim? Porque ela foi sozinha pra lá?

— Porque não tinha ninguém pra ir com ela. – Gabi me olhou nos olhos séria.

— O que eu fiz? – perguntei meio transtornado.

— Nada Lipe... é que você tava ali com a Suzi na mesa... ela ficou... ficou... sei lá... ela disse que ia pro acampamento, que tava cansada.

— Mas ela não devia ter voltado sozinha... é perigoso e ela pode se perder... vamos. - Puxei a Gabi.

— Onde?

— Atrás dela, ela pode se perder, e se ficar escuro? Como ela vai se virar? Pode ter bicho ai no mato... vamos logo. – chamei o Rafa e os outros, todos ficaram um pouco preocupados, seguimos pela trilha, chegamos ao acampamento já estava um pouco escuro, o sol estava se pondo. Ela não estava ali, nem sinal dela.

— Manu ! – gritei.

— Manu! Aparece! - o pessoal chamou.

— Não brinca com isso Manu, aparece logo! - chamei.

— Olhem nas barracas. - Gabi disse.

Olhamos em todas e por tudo, fui até o rio e nada.

— Onde ela esta? – falei olhando pra Gabi com o olho molhado. - onde?!

— Calma Lipe! A gente vai achar ela! – ela me abraçou.

— Manu! – gritei mais alto.

Eu estava voltando pra trilha.

— Não Felipe! – Gabi me pegou pelo braço.

— Me solta Gabi, eu vou atrás dela!

— Lipe, não adianta, você não vai achar ela agora! Já tá escuro! Ela deve ter voltado pro parque e vai passar a noite lá. Tá tudo bem! Não adianta você entrar no mato agora, você não vai achar nada!

A abracei e lagrimas escorreram do meu rosto. Rafa veio me confortar também.

— Calma cara... amanha a gente acha ela, beleza? - Rafa disse.

— Tá. - concordei.

Eles me fizeram deitar na barraca e jurar que eu não sairia dali até amanhecer.

Esperei uma meia hora até todos pegarem no sono, peguei minha mochila, uma lanterna e coloquei dentro da mochila uma garrafa de água, uma corda e mais algumas coisas de primeiros socorros. Entrei na trilha, liguei a lanterna. Era absolutamente escuro, a lua mal penetrava por entre os galhos das árvores. Estava a uns 600 metros do parque e lembrei que tinha outra trilha, mais a esquerda dessa que levava ao acampamento, comecei a correr até o parque, cheguei lá e fui em direção a entrada da outra trilha, entrei. Segui em frente, eu conhecia tudo como a palma da minha mão. A lanterna ajudava um pouco na iluminação, logo cheguei nos dois caminhos, o da esquerda e o da direita, ia entrar no da esquerda que era o sentido do acampamento, mas alguma coisa me fez focar a lanterna no outro caminho, olhei para a entrada e vi uma fita vermelha no chão.

— Manu! – pensei alto, a fitinha era dela.

Corri até a fitinha, peguei e a coloquei no meu pulso.

— Eu juro que não vou parar antes de te encontrar! – prometi.



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