MIC escrita por NT


Capítulo 30
Capítulo 30




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Segui em frente pelo caminho da direita, fui andando e andando, lembrei que nesse caminho tinha um buraco, eu quase cai nele uma vez enquanto ''explorava'' com o Rafa. Peguei um galho e fui fincando ele antes de dar meus passos, naquela escuridão não dava pra saber ao certo onde o buraco ficava, continuei andando, de repente quando fui fincar o pau outra vez, achei o buraco. Iluminei com a lanterna, ela estava desmaiada lá em baixo. Meu coração foi a mil, eu precisava tirar a Manu dali, ela podia estar ferida, e outro tombo... se tivesse batido a cabeça de novo.. e mais forte.. Meu Deus proteja ela, eu implorava.

— Manu, você tá me ouvindo? – foquei a lanterna em seu rosto. Nada.

Iluminei ao meu redor com a lanterna, vi uma arvore de tronco bem grosso, fui ate lá e amarrei a corda nela. A outra ponta da corda amarrei na minha cintura e comecei a descer para dentro do buraco. Escorreguei e quase cai, consegui me segurar num pedaço de um galho quebrado e cortei a mão, começou a sangrar e aquilo ardia, mas eu tinha que tirar a Manu dali, ela precisava de cuidados. Consegui chegar até a Manu, ela estava desacordada.

— Manu! Manu! Por favor acorda! Manu! - chamei.

Ela não deu sinal algum de vida, coloquei meu ouvido no seu peito, o coração batia. Sentei ao seu lado tentando achar uma maneira de levá-la para cima, arranquei um pedaço da minha camiseta e coloquei em volta da minha mão. Fiquei algumas horas tentando arrumar algum jeito de subir. Tive uma ideia. Coloquei ela de pé e a amarrei em minha frente pela cintura. Com muita dificuldade comecei a escalar o buraco, consegui subir com ela. Desamarrei ela da minha cintura, e a peguei em meus braços, ela parecia tão fraca. Comecei a fazer o caminho de volta, já devia ser quase de manhã, quando cheguei ao parque o sol estava começando a nascer. Ela ainda estava desacordada. Me preocupei mais ainda, seus batimentos pareciam mais fracos e ela estava fria. Não parei, a culpa era minha! Toda minha! Se alguma coisa acontecesse a ela... eu... eu não me perdoaria. Peguei a trilha de volta, o sol já começava a ficar mais alto, eu estava muito cansado, andei a noite toda até conseguir achá-la, tirá-la do buraco e chegar ao parque. O sol já estava mais alto, devia ser quase sete horas, meia hora depois eu estava chegando no acampamento. Todos estavam acordados, Gabi correu até mim.

— Seu idiota! Você podia ter morrido ontem! - Ela xingou.

A olhei, depois para a Manu e depois para ela de novo.

— A Manu podia ter morrido, se ela morresse, seriam dois caixões.

Gabi me abraçou. Todos vieram até nós, Rafa pegou a Manu e a colocou na barraca, Gabi me levou até a barraca, eu estava esgotado. Deitei ao lado da Manu.

— Descansa mano, eu cuido da Manu, e obrigada por salvá-la. O que você fez foi a maior prova de amor...

Fechei os olhos, não sei se ela falou mais alguma coisa, senti que ela ainda me chacoalhou, mas eu não tinha mais forças para abrir os olhos. Dormi, desmaiei, morri, sei lá.

 


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