Narrado por Felipe:

Beijei ela na boate. Que beijo! Até deitei por cima dela, quando ela passou as mãos por baixo da minha camisa... nossa... nunca me arrepiei quando uma garota fez isso, mas com ela... nossa... foi maravilhoso. Fomos dançar por obrigação... e enquanto Monique se atirava pra mim um cara chegou nela e a agarrou a força. Pulei nele na hora e dei dois socos, ele caiu, o amigo dele me acertou na boca, o Rafa me defendeu, depois os seguranças separaram e levaram eles pra delegacia. Voltamos embora. Antes de deitar dei boa noite pra Manu, ela me deu um beijo no rosto e eu dei um beijo em sua testa. Deitei e dormi. Sonhei com ela, aposto.

Narrado por Manu:

Sábado. Uma semana que estávamos ali. Já eram onze e trinta da manhã, levantei assim como o resto do pessoal e fomos todos almoçar... Fazia calor, desci com um shorts e uma blusinha branca, amarrei o cabelo. Sentei na mesa com os outros, nós descemos todos juntos... Almoçamos, depois fomos todos, inclusive Sara e Edu para a varanda.

— Monique, sua mãe chegou da viagem e ligou para você ir pra casa. - Sara contou.

— Já? Nossa... - ela fez cara de quem está triste.

— Se você quiser podemos falar pra ela te deixar mais uns dias aqui. - Edu falou.

O Rafa olhou com os olhos arregalados para o pai.

— Sério? Ia ser ótimo! - ela sorriu.

— é... mas acho que ela não vai deixar ... porque disse que queria te levar em algum lugar... - Edu consertou vendo a cara do Rafa.

— Ah, ela deve estar querendo ir pra Paris... vou fazer minhas malas agora mesmo... – ela saiu correndo.

— Deus me livre pai... nem inventa de convida essa louca pra ficar mais tempo aqui... - Rafa falou.

— Porque meu filho? O que ela fez? - Edu quis saber.

— é loca de atirada.

— Também percebi isso... - Sara concordou.

— Ok.. não convido... - Edu riu.

Ficamos ali conversando e quando já eram duas e trinta ela desceu sem as malas.

— Lipe, me ajuda com as malas? - falou com cara de santa.

Ele me olhou, ficou sem ter o que dizer.

— Ta... claro... - Lipe subiu atrás dela... e ela tinha trocado de roupa aquela vadia, colocou uma saía micro, só faltava andar de só de calcinha agora.

Ficamos ali esperando os dois, eu nervosa com a demora já.

Narrado por Felipe:

Ela me chamou para ajudar com as malas... fui sem muita escolha, chegamos la em cima e ela fechou a porta do quarto.

— Ultima chance pra nós dois gatinho. - me olhou mordendo o lábio.

— Já disse que não to afim, Monique... Quer ajuda com as malas ou não?

— Vem aqui vem... – ela me pegou pelo braço e me empurrou para a cama. Antes de eu poder levantar ela sentou em cima de mim.

— Para com isso garota...

— Vai dizer que não me quer agora?

— Mas que porra! Sai logo daí, me deixa levantar!

— Calminha lindinho...

— Sai menina, parece uma vadia.

Ela deu um tapa em minha cara.

— Vadia é a guria pela qual tu ta caidinho.

Peguei ela e joguei contra o chão, ela caiu sentada.

— Se sabe que eu gosto dela ta fazendo o que se jogando pra cima de mim?

— Pra provar que eu sou muito melhor, e também, o que você quer com uma virgenzinha? Ela não sabe fazer nada... já eu...

— Tudo bem, eu posso ensinar tudo que ela precisa saber. E cala essa tua boca pra fala dela, porque tu é uma vagabunda, se esfrega em qualquer um.. a um tempo atrás eu vivia comendo gurias como tu, mas quer saber? não tem graça nenhuma, minas como você são vadias e não valem nada, ela sim tem algum valor. Vai pro inferno você! - Sai do quarto e bati a porta. Cheguei la fora roxo de raiva.

— Que foi cara? - Rafa perguntou.

— Aquela loca lá... mas que garota atirada meu... é uma pu... – não completei. - desculpa ai Edu e Sara... sei que é sobrinha de vocês mas...

— eu entendo Lipe... conheço ela muito bem... Mas não se preocupa porque ela vai embora agora mesmo... - Sara falou.

Sara e Edu subiram e pegaram as malas da Monique, ela embarcou na caminhoneta e antes gritou:

— Tchau Lipe, adorei o beijo viu. - sorriu e fechou a porta.

— Que beijo o que sua tonta! Vai a merda. - mandei o dedo do meio pra ela.

Ela riu, e eu fiquei com mais raiva, o pior é que a Manu parecia ter acreditado que eu tinha beijado a Monique.

— Tchau Rafinha... Tchau Gabi... Tchauzinho Manu queridinha... - ela sorriu irônica.

A Manu e a Gabi mostraram o dedo do meio pra ela, ela nem deu bola.

— Mas que merda essa mina meu! - falei praguejando ela.

— Não dá bola cara... ela falou aquilo só pra te encher.

— Eu sei.. mas ela não precisava falar que eu beijei ela, eu não beijei.

A Manu estava calada, não falou nada.

— Eu sei que tu não beijou ela maninho, até tu sabe o que presta ou não...

Gabi me defendeu. Manu levantou e foi para dentro de casa, ligou a TV e ficou olhando um filme que tava passando. Fui atrás dela.

— Manu... - chamei.

— Que? - ela me olhou.

— Eu não beijei ela.

— Ta... tudo bem... - ela deu de ombros.

— Acredita em mim mesmo ou ta fingindo?

Ela me olhou e depois olhou pro chão.

— Acredito em você. – foi sincero.

Sentei ao lado dela e fiquei olhando filme com ela, logo Gabi e Rafa vieram olhar também. De repente começou a chover e chover, não parava mais, o telefone tocou.