MIC escrita por NT


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Eu ia postar toda a história hoje, mas preciso sair, postei 4 ou 5 capitulos... desculpem pela demora, to no 3º ano e por isso nem to ligando o pc mais quase...
Volto a postar logo, prometo. :)
Se conseguir talvez venha hoje de novo ainda. >
Beijo ;*



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Narrado por Manu:

 

Acreditei quando Lipe disse que não tinha beijado a Monique. Olhamos filme e depois os pais do Rafa ligaram. Ele atendeu, ouviu e respondeu:

— Ok... tudo bem....tchau... – desligou e olhou pra gente – A e povo, tamo sozinhos hoje, a casa é toda nossa!

— Ei, que fera, eles vão dormi na cidade? - Lipe perguntou.

— Sim, a ponte caiu, sem passagem pra cá. - Rafa respondeu.

— uhul! - Lipe ficou todo animado.

— Vamos dormir no sótão nós quatro? É bem legal dormir lá quando chove. - Rafa sugeriu.

— Por mim. - Lipe sorriu.

— Eu vou. - Gabi concordou.

— é.. pode ser... - dei de ombros.

Subimos e colocamos uma TV la no sótão, Gabi e Rafa logo ficaram de conchinha e com o barulho da chuva adormeceram. Eu e Lipe ficamos até tarde acordados vendo TV. Ele estava encostado na parede e quando vi eu estava deitada no seu ombro, dei uma cochilada.

Ele pegou um travesseiro e colocou no seu colo, deitou minha cabeça lá e começou a fazer cafuné. Acordei com os dedos dele pelo meu cabelo, virei o rosto e olhei para cima, ele estava olhando para mim e sorrindo.

— Pode dormir, eu te protejo. – ele sussurrou.

— Mas eu to com frio, preciso que tu me esquente como ontem de tarde. –sorri, ele sorriu mais ainda.

Arrumei o travesseiro e deitei, ficamos novamente cara a cara.

— Dorme bem meu anjo. - Lipe disse.

— Você também – sorri e virei pro outro lado.

Ele ficou com medo de me abraçar, achando que eu fosse ficar braba ou coisa assim. Deu uma trovoada. Peguei a mão dele e coloquei por cima de mim apertando contra o meu peito, ele chegou bem perto de mim por trás, estávamos quase de conchinha como a Gabi e o Rafa.

— Você disse que me protegeria, eu tenho medo de trovões. - sorri de leve e mordi o lábio.

Ele me abraçou mais forte, sussurrou:

— Eu te protejo.

Dormimos.

Domingo. Acordamos. Eu e Lipe não estávamos mais agarrados. Levantei, a chuva havia parado. Dei um beijo no rosto do Lipe, ele dormia. Desci para trocar de roupa, Gabi e Rafa já estavam lá em baixo tomando café, entrei no meu quarto fechei a porta e fui tomar um banho. Sai do banho enrolada na toalha com a cabeça baixa tentando ajeitar as pantufas no meu pé, não olhei pra frente, virei pro lado e procurei uma roupa, peguei um shortinho e uma blusinha meio ombro branca, eu ainda estava enrolada na toalha, penteie meus cabelos, me virei e o Lipe estava sentado no sofazinho do quarto, todo esticado com as mãos na nuca, mordendo o lábio inferior.

— Que ta fazendo ai Felipe? Não ta vendo que eu to pelada? - Quase gritei.

— Tu não ta pelada... - ele disse como se fosse exagero minha reação.

— Mas vou ficar, eu já ia tirar a toalha pra me vestir! Sai!

— Deixa eu ver tu se troca? - ele falou com malicia.

— Ta doido menino? Se manda, sai, sai, anda logo! – peguei ele pelo braço e ele saiu do quarto rindo. Aff, tarado!

Troquei de roupa e quando estava fechando o fecho da minha calça ele entrou novamente no quarto.

— Preto, adoro... - Lipe mordeu o lábio de novo.

— O que? - falei confusa.

— A calcinha...

— Aaaai seu pervertido irritante, sai! – joguei meu travesseiro nele.

— Mas você já se trocou. - ele fez cara de santo.

— a é... - ri.

Sai do quarto com ele e nós descemos. Estávamos nas escadas.

— Manu... ontem eu queria te falar um negocio...

— fala ora...

— ah... eu acho melhor nem começar... sempre que eu vou falar contigo alguém aparece... - ele deu de ombros.

— Oi meus amores, vamos tomar café? - Gabi apareceu ali bem na hora.

— Aff, não falei? - ele virou os olhos.

— O que eu fiz? - Gabi disse confusa.

— Nada maninha... vamos... to morto de fome mesmo...

Descemos e tomamos um super café.

— O que a gente vai fazer hoje? - Rafa perguntou.

— O, tive uma super ideia... bem que a gente podia ir acampar né? - Gabi sugeriu.

— Boa amor, vocês preferem ir na cachoeira ou do outro lado da cidade onde tem o parque de acampamento?

— Vamos levar elas pro parque cara, tem o tobogã lá e é bem legal, ai a gente podia passa a semana lá, ia se muito fera... - Lipe falou.

— Ah! Vamos! - Logo me entusiasmei.

— Fechado. - Gabi e Rafa concordaram.

Passamos a manhã combinando sobre o acampamento, depois fomos almoçar, era almoço de domingo e foi lá fora, tava ótimo. Depois do almoço ficamos conversando e quando vimos era quatro da tarde. Acabamos decidindo sair amanha depois do almoço.

Nós quatro fomos dar uma andada pela fazenda.

— Isso aqui é lindo né? - falei olhando em volta.

— Nem fala Manu... muito foda... é perfeito. – Gabi deu um beijo no Rafa. Eu e Lipe de vela.

— Podia se mais perfeito. – Lipe sussurrou pra mim enquanto Rafa e Gabi se beijavam.

Ergui uma sobrancelha e fiquei com uma cara de confusa, ele deu uma risadinha e o meu sorriso torto favorito.

Voltamos logo pra casa, entramos, subimos, fomos tomar banho. Abri o chuveiro e fiquei pensando na viagem, em cada momento dela. Sai do banho enrolada na toalha e troquei de roupa. Coloquei uma calça de moletom e uma blusinha branca colada no corpo, desci. Lipe ficou me olhando do sofá. Me joguei ao lado dele e peguei o controle. Troquei de canal. Ele pegou o controle da minha mão e colocou no futebol novamente.

— Ué? Não vai brigar comigo? - ele perguntou.

— Não, to me acostumando já. - ri.

— é bom mesmo...

— Bom mesmo porque? - sorri.

— Porque vai ter que me aturar por muito tempo...

— Eu? Eu não... Vai sonhando vai...

— Claro que vai... a gente estuda junto né... tem o resto do ano pra me aturar...

— Ah... - falei e fiquei sem jeito. - Achei que tava falando de outro jeito...

— Achou que eu tava falando que ia ter que me atura pro resto da vida?

— Rá-rá... sonha. - mostrei a língua.

— Eu sei que tu gosta do gostoso aqui. - ele disse se achando.

— I... tá se achando hein... quer levar patada é? - ameacei rindo.

— Deus me livre! Eu não... to legal de patada tua... vou parar de me achar então. –ele fez cara de triste.

— Seu bobo! – fiz cócegas nele, ele começou a fazer cócegas em mim.

— Agora tu vai vê, fica atacando caras indefesos! - Lipe disse fazendo bico e começando a fazer mais e mais cócegas em mim, tava faltando o ar já.

— Aaa, para Lipe. - Eu implorava rindo.

— Vamos parar com o agarramento que isso é uma casa de família viu! - Rafa se jogou no outro sofá.

— Que agarramento o que. Ruun. Não to agarrando ninguém! - Fiz cara de anjo.

— Claro, o Lipe que ta... - Gabi se jogou do lado do Rafa.

— Bobona. – mostrei a língua.

F ficamos olhando TV e rindo, depois fomos dormir.

Segunda, acampamento hoje. Levantei super alegre, coloquei um jeans, uma blusa e saí do quarto, dei de cara com o Lipe.

— Boa dia. - ele sorriu.

— Bom dia. - falei toda feliz.

Fomos descendo.

— Dormiu bem? - ele perguntou.

— Muito. E você?

— Não tão bem... - ele fez cara de triste.

— Porque?

— Porque você não tava do meu ladinho... - Vi que ele estava brincando, mas fiz uma carinha toda fofa pra ele e ri.

Tomamos café, Gabi e Rafa desceram e também tomaram café, eu e Lipe estávamos na varanda. Meio dia almoçamos, duas da tarde saímos e fomos pro lugar onde iríamos acampar.

— Manu, vamos cantar? - Gabi disse toda feliz.

— Vamos, que musica?

— Sei lá.. vou ligar o radio...

Ela ligou o radio e tava dando uma musica do Charlie Brown Jr. Começamos a cantar e os meninos se matavam rindo no carro.

— Agora: ''ela não é o tipo de mulher que se entrega na primeira melhora na segunda e o paraíso é na terceira, ela tem força, ela tem sensibilidade, ela é guerreira, ela é uma deusa, ela é mulher de verdade''. - Eu e a Gabi gritávamos feito doidas.

— Essa musica é perfeita pra uma pessoa... - Lipe riu.

Parei de cantar, apesar de eu sentir atração pelo Lipe, de eu amá-lo, e saber que ele sentia uma atração por mim, sabia que ele tinha dito aquilo pensando na menina da escola... não cantei mais nada.

— Porque parou de cantar? - Gabi perguntou.

— Nada, to só pensando numas coisas, ansiosa pro acampamento. - menti.

Chegamos e os meninos foram montar uma barraca, eu e a Gabi começamos a montar a outra. Mas não deu muito certo kk’

— Tá, mas vocês só trouxeram duas barracas, eu vou dormir onde? - Perguntei.

— Com o Lipe... porque a Gabi é minha. - Rafa riu e deu de ombros.

— Como assim com o Lipe? - arregalei os olhos.
— Vocês só vão dividir a barraca... nada mais... - a Gabi disse e só faltou a aureola na cabeça dela. Como se ela tivesse alguma chance de ser anjinha.

— Eu não mordo Manu... só as vezes. - Lipe piscou.

— Rá-rá. Eu luto artes marciais ok? - falei brincando.

Rimos todos. Ficamos por ali e fizemos uma fogueira, já estava escuro.

— Vamos dormir amor? - Rafa chamou a Gabi.

— Vamos. - Gabi sorriu, eles levantaram e foram pra barraca.

— Eu vou também... - levantei.

— Ta... eu vou ter que ir então... - Lipe ficou em pé comigo.

— Porque? Pode ficar ai se quiser.. - dei de ombros.

— Não... não... vai que aparece um bicho e tu fica com medo... eu te protejo daí...

— Tá com medo de ficar ai sozinho... - zoei ele.

— Eu não, ruun.

Dei uma gargalhada dele. Ele tava sim com medinho.

Fomos dormir. Deitamos na barraca, apesar dela ser bem espaçosa eu e ele estávamos bem perto um do outro. Falamos boa noite, eu me virei de costas para ele, ele estava olhando para o teto da barraca.

— Manu, olha... - Lipe chamou.

— O que? - falei olhando pra cima.

Ele ficou de joelhos e abriu uma telinha no teto da barraca, dava pra ver as estrelas.

— Que lindo. - sorri.

— é de mais né?

Víamos as estrelas e a lua. O céu estava limpo e lindo. Era tão bom estar ali com ele.

Abaixamos nossos rostos no mesmo instante. Nossos lábios se tocaram levemente.

— Desculpa. – dissemos juntos, nos olhamos nos olhos. Sorri, ele também.

Deitei. Lipe deitou e ficou fazendo carinho no meu cabelo enquanto me olhava dormir, eu logo adormeci.

Terça. Acordei e virei para o lado, dei de cara com Lipe me olhando.

— Bom dia. - ele sorriu.

— Ai que susto! bom dia! - Ri.

— Eu sou tão feio assim? - ele fez bico.

— Não bobo, é que tu tava ai me olhando e tipo... ah. - ri de novo.

— Você é diferente das outras meninas, sabia?

— Porque?

— Porque você é linda ao acordar. - ele riu bobo.

Fiquei feliz e ao mesmo tempo triste, porque pelo que entendi ele já tinha acordado ao lado de muitas meninas... Apenas agradeci o elogio.

— Obrigada.

— O que foi? - ele perguntou vendo minha reação.

— Nada não. – sorri meio torto.

— Vamos levantar?

— Vamos.

Olhamos pra fora da barraca e Rafa e Gabi ainda estavam deitados, resolvemos ficar ali dentro mais um pouco. Eu deitei e fiquei olhando para cima, ele também.

Silencio absoluto. Fiquei com vontade de dar risada e comecei a rir.

— O que foi? – ele me perguntou meio espantado.

— Nada, esse silencio entre a gente... - Ele começou a rir também.

— Sabe, esse é mais um motivo pra eu te achar diferente das outras meninas. Você é espontânea. Não precisa ficar inventando mil coisas pra ser legal, simplesmente faz o que te da vontade.

Fiquei meio tímida... Olhei para ele, ele olhou para mim.

— é, já to começando a gostar de ti também. - fiz cara de diz ''dá pro gasto'', brincando, é claro.

— Confessa que me ama. - ele brincou.

— Convencido, Eu não te amo, ruun!

— Marrenta.

— Comedor de meninas

— Santinha.

— Boboca.

Ficamos nos cutucando e falando essas coisas até que depois de uma meia hora eu chamei ele de gay.

— Gay. - desafiei.

— A é? Eu sou gay? - ele me encarou.

— é, completamente gay.

— Não sou não.

— Prova, rá-rá.

Lipe me encarou, deu um sorrisinho malicioso e puxou minha nuca, deitou por cima de mim e me beijou calmamente. Segundos depois voltamos a sentar, ele me encarou com um sorriso no rosto.

— Viu... eu disse que era gay, nem sabe me beijar como homem... - dei de ombros zoando ele.

Ele me olhou com uma sobrancelha erguida.

— A é? - ele continuava com a sobrancelha erguida me encarando.

— é, rá-rá!

Lipe pego meu cabelos e segurou firme, me puxou para o corpo dele e iniciou um beijo intenso, nada calmo como antes, ele puxava meus cabelos de leve e ao mesmo tempo firme, uma mão nas minhas costas me fez grudar mais nele, ele deitou por cima de mim outra vez, e o beijo continuou cada vez com mais vontade, era como se qualquer coisa lá fora não existisse, nada mais além de nós dois. Muito tempo depois ele me largou, eu estava completamente sem ar.

— Sou gay ainda? - ele disse me encarando.

— Ah... – respirei – não, não... acho que não... – nós dois rimos.

Meu deus o que foi isso? Que beijo! Ave Maria! God! Eu viajei. Ficamos meio sem jeito nos encarando.

 

[blue]Narrado por Felipe:

 

Ela me chamou de gay, ai beijei ela, ela disse que eu continuava parecendo um gay, agarrei seus cabelos e colei ela no meu corpo, que beijo! Sintonia total.

 


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