Alvo estava indo para a sua aula de Poções, que era junto de sua namorada, Emily. Os dois estavam contentes e faziam juras de amor. Alvo nunca se sentira assim, tão vivo e tão alegre. Sentia-se completo.

-Então, vamos a Hogsmead nesse fim de semana? – Emily perguntara.

-Claro! Vamos a Dedos-de-Mel, comprar váriooooos sapinhos de chocolate. – Alvo disse, expressando com as mãos a quantidade.

-E muitoooooos feijãozinhos de todos os sabores! – Emily entrara na brincadeira.

-E depois, vamos aos Três Vassouras beber muita cerveja amanteigada. – Alvo disse abraçando-a por trás.

-Sim, ainda mais nesse frio. Vai cair muito bem! – disse beijando-o.

-Vocês não se desgrudam não? – uma voz os fez pararem de beijar-se e virarem para frente. Ali estava Scorpius Malfoy junto à sua namorada, Rose Weasley.

-Olha quem fala! – Emily exclama. – Não tem um momento que vocês não estão juntos. Acho que nem quando estão dormindo.

-Como assim? – Alvo perguntara.

-Ah, é que teve uma vez que eu tava passando pelo salão comunal e vi o Scorpius ali dormindo. Eu ia acordá-lo para ele ir pra cama quando eu o ouço ele falando “Oh Rose... Eu te amo tanto...” – Emily imita Scorpius e depois cai na risada junto de Alvo. Scorpius cora, mas Rose o puxara para um beijo.

-Que fofo, amor! – Scorpius sorrira. Rose entrara na sala, sendo seguida por Scorpius, que passara mostrando a língua para os dois, que ainda riam, mas de forma mais controlada.

-Vamos? – Alvo perguntou olhando para a sua namorada. Ela sorriu e deu-lhe um selinho.

-Vamos. – os dois entraram na sala e sentaram-se lado a lado. O professor entrou e iniciou a aula, mas os dois nem prestaram atenção. Ficaram namorando na mesa e o professor nem percebeu.

E assim passou todas as aulas do período da manhã. Tiveram todas essas aulas juntos e ficaram namorando um pouquinho. Chegou a hora do almoço e os quatro – Emily, Alvo, Scorpius e Rose – dirigiram-se para o salão principal. Estavam conversando quando...

CA-BUM!

Emily fora ao chão junto à outra pessoa que trombara com ela. Todos pararam para ver a confusão que se desenrolava.

-Ai! – reclamou, sentando-se no chão. Quando olhou para frente, viu a última pessoa que gostaria de ver naquele momento: Amanda Hopkins.

-Ora, ora, ora se não é a sangue-ruim? – Amanda indagou petulante, levantando-se junto à Emily.

-Ah, vai ver se eu tô no Lago Negro brincando com a Lula - gigante! – Emily retrucou, irritada.

-Que foi? Tá irritadinha, é? O namoradinho não tá dando conta do recado? – perguntou.

-Não queridinha. O Alvo está dando conta do recado muito bem. Afinal, ele é o meu namorado que amo tanto. – Emily deu-lhe um beijo. – Agora, encalhada, vai tomar conta da sua vida e deixa a minha em paz. – falou virando-se em direção ao salão. Os quatro foram andando, mas Amanda parou Emily, segurando-a com força no braço.

-Se eu fosse você, não ficaria tão animadinha com esse namoro. Afinal, tudo pode acontecer, não é? – soltou-lhe o braço ao terminar de dizer. Emily ficou confusa, mas logo se esqueceu disso, indo para o salão, almoçar ao lado de seu namorado.

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Estava nas ultimas aulas do período da tarde. Alvo estava infeliz, pois não teve nenhuma aula com Emily nesse período. Mas logo se animou ao ver um bilhete de Emily em seu livro de Adivinhação.

“Oi, amor,

Eu quero que você me encontre hoje na Torre de Astronomia às 18h. Quero fazer uma surpresinha pra você.

Beijinhos, Emily.

P.s.: Vai ter muitoooooooooos sapinhos de chocolate!”

A aula de Alvo terminara e ele ficou muito feliz. Faltava só uma hora para poder encontrar-se com Emily na Torre e ele mal podia esperar.

Saiu correndo para seu salão comunal. Chegou lá, correu para o seu dormitório, trocou de roupa e foi para o salão, esperar a hora em que encontrar-se-ia com Emy. Rose surgiu no salão.

-Que afobação é essa, Alvo? – perguntou ao primo.

-Vou me encontrar com Emily daqui a pouco. – avisou.

-Ah, ela me contou. Mas... Pra que tanto nervosismo?

-Não sei. Tô com um pressentimento de que algo muito importante vai acontecer. Mas, deixa isso pra lá. E a senhorita, o que vai fazer?

-Eu? Eu vou é fazer meu dever e depois me encontrar com o Scorp.

-Novidade... – Alvo revirara os olhos. – Por que eu ainda perguntei? – fez uma pergunta retórica. Rose jogou uma almofada em sua cabeça e depois os dois riram. Começaram a conversar até que Alvo olhou no relógio e viu que faltavam dez minutos para encontrar-se com sua amada.

-Tenho que ir, Rô. Daqui a pouco a gente se vê. – Alvo dera um beijo na bochecha de sua prima e saíra. Caminhou com um pouco de pressa para a Torre e quando chegou lá, vira que já estava anoitecendo. Abriu a porta e colocou a cabeça para dentro.

-Emy? – indagou. Entrou calmamente e foi aproximando-se da mesa que se encontrava ali no centro. Viu um bilhete, pegou-o e leu.

“Ei, amor,

Já chegou? Que bom! Vou me atrasar um pouquinho para ficar lindíssima para você, mas pode aproveitar e comer alguns sapinhos de chocolate, tá? ;)

Beijinhos, Emily”

Alvo sorriu e pegou um sapinho que estava em cima da mesa. Comeu-o e uma sensação boa o preencheu. Boa, porém estranha.

De repente, a porta abre-se e uma garota aparece. Alvo olhou-a e viu Emy andando em sua direção.

-Oi, amor! – ela disse.

-Oi. – aproximou-se para beijá-la, mas ela esquivou-se. – Ei! O que houve?

-Nada! – ela disse, contornando a mesa e ficando atrás. – Mas se você quiser um beijinho, vai ter que vir buscar. – Alvo sorriu, gostando da brincadeira. Andando até ela, tentou beijá-la, mas ela esquivou-se. Eles ficaram nessa brincadeira, até Alvo encurralar Emily na parede, deixando-a sem opção de fuga.

-E agora? Vai fugir?

-Não. – sussurrou. Alvo beijou-a, mas algo não estava correto. Se era a Emily, por que o beijo não estava igual ao de sempre?

-A-alvo? – alguém gaguejara. Alvo reconheceu aquela voz de imediato, parando de beijar Emily na sua frente. Olhou para o lado e viu-a.

-Emily? – perguntou alarmado. Não estava entendendo nada. Afinal, como Emily poderia ficar em dois lugares ao mesmo tempo?

-Alvo? O-o que significa isso? – perguntou, já com algumas lágrimas escorrendo por seu rosto.

-Emy? Eu-eu não sei! – diz assustado.

-Não sabe? – ela já começara a ficar nervosa. – NÃO SABE? ENTÃO EU TE EXPLICO! VOCÊ, SEU IDIOTA, SEU CACHORRO, TÁ ME TRAINDO!

-NÃO! – Alvo dissera. – Eu não tô te traindo!

-Ah, não? Então o que é isso? BEIJINHO DE AMIZADE?

-E-E-Emy, eu – eu...

-Alvo, você ainda me traí com ela? ELA? – Alvo olha para frente e vê Amanda Hopkins sorrindo vitoriosa.

-Eu falei que você seria meu... – ela sussurrou.

-Emily, eu não te traí! Ela armou tudo isso!

-Aham, sei... – diz, desacreditando.

-Mas ela armou!

-ISSO NÃO JUSTIFICA VOCÊ TER ACREDITADO NELA E ME TRAIDO!

-E-Eu não queria! Perdoe-me...

-TE PERDOAR? MAS É CLARO... QUE NÃO! Alvo, você me conhece. EU NUNCA PERDOO UMA TRAIÇÃO. Ainda mais vinda de você! VOCÊ! A PESSOA EM QUE EU MAIS CONFIAVA!

-Emily...

-NEM MAIS UMA PALAVRA! – Alvo calou-se. – Você me decepcionou muito, Alvo. Não dá mais.

-O quê...? Você não...

-Acabou. – disse isso, simplesmente saiu dali, sem dizer mais nenhuma palavra.

-EMILY, NÃO! – tentou ir atrás dela, mas Amanda o segurou.

-Ela não vale a pena! Você e eu somos perfeitos um para o outro.

-NÃO ME ENCOSTE CACHORRA! – gritou assustando-a e fazendo-a soltá-lo. – EU NÃO QUERO VER-TE JAMAIS NA MINHA VIDA! NÃO APAREÇA NA MINHA FRENTE! – saiu dali. Sabia que não adiantaria de nada ir atrás de Emily agora. Foi para seu salão comunal. Chegou lá, entrou muito nervoso, assustando Rose, James, Lily, Fred e Hugo, que ali conversavam.

-Alvo, o que foi? – perguntou Rose alarmada. Alvo olhou-a e ela assustou-se mais, se era possível. – Você... Você está chorando?

Alvo não percebera, mas desde que saíra da Torre de Astronomia estava chorando.

-Eu-Eu traí a Emy. – disse, correndo para o seu dormitório. Chegou, jogou-se na cama e chorou como nunca havia chorado. Ele acabara de fazer a maior besteira de toda a sua vida.

-O que eu fiz? – perguntou em voz baixa, para si mesmo.

-Alvo? – James perguntara. – O que houve?

-VOCÊ NÃO ME OUVIU? – diz gritando, assustando a todos. – EU FIZ A MAIOR MERDA DE TODA A MINHA VIDA!

-O que você fez?

-Eu-eu traí a Emily.

-Você o quê? – perguntou Rose.

-EU NÃO QUERIA, MAS ACONTECEU!

-Alvo – Rose sentara-se ao seu lado, enquanto Lily saíra para ver Emily. – Conte-me: o que houve? – Alvo começou a contar toda a história, parando em alguns momentos para secar as lágrimas que viam a todo vapor.

-Então você não a traiu! – James disse quando Alvo terminou de relatar a história. – Você foi enganado!

-Ela não entende. Mas talvez ela esteja certa. Gente, eu só quero dormir agora. Tentar me acalmar. Posso?

-Claro que pode, Alvo. – Rose disse beijando a testa de Alvo. – Vamos, galera. – todos saíram deixando Alvo ali sozinho e lamentando-se.

Rose, Hugo, James e Fred desceram as escadas do dormitório e foram para o salão principal. Lá, eles encontraram Lily na mesa grifinória, com uma cara não muito boa.

-Como ela tá Lily? – Rose perguntou, sentando-se na frente dela.

-Ela tá muito mal. Já deve ter gastado umas três caixas de lenço, comido umas trinta barras de chocolate e destruído metade do quarto, jogando as coisas na parede. Isso sem falar que ela não para de falar mal do Al.

-Que situação, hein? – Fred comenta. Do nada, chega uma garota corvinal do quarto ano e pergunta:

-Ei, é verdade que o Potter e a Channings terminaram?

-Importa pra você? – Rose disse rude.

-Se não me importasse, eu não estaria perguntando.

-E se eu quisesse responder, eu estaria respondendo.

-Vou considerar isso um sim. – e saiu dali, fula de raiva de Rose.

-As fofocas se espalham rápido aqui, hein? – Hugo disse irritado.

-Aqui as coisas se espalham mais rápido que a gente em uma festa com nossos pais. – Lily afirmou.

-Gente, isso não pode continuar assim! – James exclamara.

-E o que a gente vai fazer, gênio? – Fred indagara.

-Alguma coisa, mas eles não podem ficar desse jeito. – James dissera confiante.

-Tem razão. E eu já tenho até um plano... – Rose sorriu maliciosa.