Inverno. escrita por AmandaMelo


Capítulo 6
Volterra.




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                                        Wagner/Paul

Acordei de mais um sonho com a única pessoa que faz continuar aqui com os Volturi: Ananda. Meus olhos estão molhados como sempre os limpo e minhas mãos ficam sujas “Droga” falei baixo.  Sempre tento não chorar na frente deles, mas Aro com seu dom sempre soube tudo que ocorreu comigo e com ela. Minha difícil decisão era Transformar ela em um monstro como eu ou deixa - lá viver como uma pessoa normal enquanto, isso tenho que viver com os Volturi porque sou uma espécie indestrutível, ou como eles denominam: Versão 2.0. Mais só estou prestando serviços aos Volturi porque eles poderiam me secar com Verbena e transformar o amor da minha vida em vampira a fazendo se tornar uma assassina, a fazendo viver nesse mundo perigoso. Meu maior arrependimento foi ter nunca contado nada a ela, nunca ter dada sequer uma desculpa por causa da burrada que fiz, nunca mereci o seu amor, nunca a mereci. Mais se eu a contasse ela iria mais que tudo largar toda família dela e querer viver nesse inferno. A conheci com a intenção de tê-la como todos a queriam, uma genética é igual água no deserto. Quando a conheci eu acreditava que ia conseguir me relacionar com ela tranquilamente, mais ela me apaixonou com seu jeitinho, suas gracinhas, seus caprichos. Menti pra meu pai que nunca a encontrei e a mantive só pra mim, ele ficou sabendo que estou aqui em Volterra e quis saber o porquê, eu disse que só estou com os Volturi para reforçar nossa lei com alguém como eu. Ele com certeza quer que eu volte a procura mais como procurar o que já encontrei? Eu encontrei mais do que eu queria, procurei o que jamais pensei encontrar: Amor. 

Ananda sempre foi incrível. Sempre foi feliz, animada, agitada. Sempre conseguiu perdoar tudo que fizessem com ela, só por isso eu parti com a segurança de que quando eu voltasse poderia observa - lá feliz. Se eu voltasse algum dia mesmo ela ainda me amando ou não, eu tenho certeza que ela não me odiaria. Ao máximo tentaria me encher de pancadas e tentaria puxar meus cabelos já que agora tive que cortar só deixando um topete na frente. 

Vesti uma calça social preta, uma camisa pólo preta. Demetri entrou no quarto e falou:

 - Rápido Green, Aro quer falar com você urgente, e é de seu interesse.

 - Estou indo. - Sai do meu quarto e fui seguindo Demetri i até um lugar que eu não conhecia vagamos por corredores enormes que eu nunca vi até que ele abriu uma porta e vi Aro em pé com Hayden ao seu lado. O QUE MEU PAI FAZ AQUI?

 - Paul veja que você agora poderá escolher se continuara a nos servir. Seria uma honra, você ser o tutor da nossa querida que será como você. - Aro disse cinicamente. Olhei para mesa que continha uma moça.

 - Vamos Paul, tenho uma surpresa enorme para você. Você vai ficar aqui ou vai me ajudar com aquilo que queremos. - Hayden disse sorrindo. Só nesse momento percebi o que tudo isso significava. Mau pai transformou uma humana no que eu era para procurar junto comigo uma genética. Mais talvez eu pudesse enganá-lo com algum parente de Ananda, ela é uma genética primogênita, é a mais forte. Só que algum parente dela poderia ter metade da força que ela teria.

 - Vou arrumar minhas coisas. - Disse correndo na minha velocidade vampiresca pro quarto onde eu dormia e comecei a pegar tudo que eu tinha levado pra lá e coloquei dentro de uma mochila. Hayden estava ao meu lado e me levou para a sala onde os Volturi sempre ficavam. Marcus se levantou de onde estava sentado e falou:

 - Hayden não se esqueça de trazer nossa preciosidade. Tenho o total direito de conhece - lá urgente.

 - Claro. Você é um dos criadores. – O que Hayden e Marcus queriam dizer? IMPOSSIVEL. Pensei, seria impossível ele achar Ananda. Eu cobri todos os rastros dela. Induzi todos os seus vizinhos e parentes que conheço a nunca der explicações dela.

Saímos e entramos em um Citroën AirCross. Fomos direto pra rodoviária e ele começou o diálogo:

 - Paul que história é essa de você se apresentar como Wagner? - Fiquei assustado, as únicas pessoas que me apresentei com o nome que minha mãe tinha me dado antes dela morrer foi para a família de Ananda, olhei as passagens que estava escrita que era para Brasil - Rio De Janeiro. Eu só travei de ódio.

 - Hayden você quer dizer o que com isso? Você sabe que Wagner é o nome que minha mãe escolheu.

 - Não mude de assunto. Você sabe que sua mãe morreu no seu nascimento, e eu escolhi Paul.

 - Ela me deixou uma carta explicando tudo. Principalmente o que você fez para deixa - lá viva.

 - Você sabe que fiz tudo que estava ao meu alcance. Sempre amei sua mãe.

           - Cínico, não pronuncie a palavra a mim.

Eu só fiquei calado já que estamos em um lugar público eu não poderia arrancar sua cabeça. Entramos no avião, passamos horas dias, messes, o que for. Eu só dormi a viagem inteira quando o avião chegou Hayden me acordou. Passamos a viagem toda sem se falar. Saímos do avião na rodoviária Novo Rio e pegamos um Táxi. Eu estava ansioso. Se os Volturi tinham uma 2.0 eu estava livre pra viver com Ananda, e agora que eu poderia escolher em ficar na forma humana e na forma vampiro eu talvez pudesse envelhecer e viver ao seu lado, poderíamos se casar, ter filhos, netos e envelhecer juntos. Ela tem  dezesseis anos e eu já tenho mais de cento e dez anos. Passamos pelo portão onde ela mora e falei pro motorista.

 - Pare aqui, por favor. Você vai direto pra casa Hayden, eu vou atrás.

Desci do carro rápido, já que minha vida depende dela. Toquei a 

Companhia e a mãe dela desceu me fitou  e me olhou surpresa.

 - Oi Dona Rita, Ananda está? – Perguntei de uma vez.

 - Não. Ela está na casa do namorado. - Aquilo me fez ter vontade de chorar. Mais eu não podia, eu mesmo pedi pra ela seguir normalmente.

 - Obrigado e desculpa o incomodo.

Sai andando até chegar em casa. Entrei e encontrei Hayden sentada no sofá, ele suspirou e falou:

 - Seu quarto está ocupado. Fique com o meu.

- Não, quem tiver nele eu expulso. E é bom que você nem ninguém ter mexido em nada.

 - Não mexi em nada. Até porque me pediram pra não fazer isso.

Fiquei curioso, quem seria a nova mulher inocente que meu pai iria engravidar? Fui pro quarto que costumava ser meu. Abri a porta e vi os lençóis da cama sujos de vermelho e CDs espalhados sobre a cama. Quem entrou no meu quarto? Não acredito que Hayden transformou Ian na minha espécie e deu pra ele meu quarto. Fiquei furioso como ele pode viver no meu quarto? Pelo menos ele não mexeu em nada que tem sobre Ananda. Até que ouvi uma voz familiar que vinha do banheiro. 

 - Quem é? - O chuveiro estava ligado. Mais mesmo assim eu fiquei parado tentando decifrar de quem era aquela voz. Era familiar mais tinha algo diferente nela. Ananda. Corri até o banheiro, abri o Box e ela estava com a água escorrendo sobre seu corpo nu. Meus olhos só começaram a ficar molhados e os dela a sair sangue misturados com a água que descia do chuveiro. Minhas presas desceram. Ver ela novamente, principalmente nua me deu vontade de fazer amor com ela.

Fui beija - lá e ela me recuou.

 - O que você faz aqui? – Ela disse de cabeça baixa. Só agora percebi o porque de meu quarto estar oculpado.

 - Não o que você faz aqui? E por que você está chorando sangue? - Perguntei com raiva. - HAYDEN TE TRANSFORMOU?

 - O que você... O que você acha? - Eu fiquei paralisado por alguns segundos tentando decifrar tudo, até que caiu a ficha, Marcus queria conhece - lá, Rita disse que ela estava na casa do namorado, Hayden quer minha ajuda. Sai correndo com vontade de matá-lo até que Ananda me parou.  Ela estava linda com raiva como sempre só que com mais massa muscular, mais gostosa do que ela já era e nua na minha frente. Tentei beijá-la de novo segurando em sua bunda e ela recuou novamente tirando minha mão de sua bunda esmagando ela. - Por que você sumiu? Por que quer me beijar se eu era só um troféu? Você nunca me amou Wagner, ou esse é seu nome verdadeiro? 

 - Minha mãe escolheu, então é verdadeiro. - A abracei fazendo também ser molhado e beijei seus cabelos. - Você sempre será meu troféu. Meu troféu de que a felicidade existe. Eu sei que trapaceei e ganhei o que não deveria ganhar. Mais se você quiser que eu arranque a cabeça de Hayden por fazer você entrar nesse inferno eu faço.

 - Por favor, quero terminar meu banho. Mas me espere quero falar com você. - Aquilo me fez abrir um sorriso enorme e sai o mais rápido possível e abri meu guarda roupa e suas roupas que ocupava o lugar inteiro, vi minha mochila a abri e peguei um short e uma camisa de mangas compridas fazendo meus músculos parecerem maiores. Tirei toda roupa que tava molhada e vesti o que escolhi.

Fiquei esperando sentado na poltrona, até que ela saiu do banheiro de toalha olhou pra mim e foi na cômoda que ficava embaixo do espelho com as fotos que roubei antes de ir embora coladas para fazer uma espécie de mural sobre nós dois. Ela mexeu, mexeu e mexeu até pegar uma blusa e um short, foi pro banheiro novamente e voltou vestida. Parou na minha frente e falou:

 - Por que você voltou agora?

 - Você não entenderia. – Disse me levantando e ficando em pé a sua frente. – Eu só quis te proteger. E me sinto pior que o capeta, só por ter falhado.

 - Como você pretendia isso? – Ela falou firme.

 - Não deixando você ser transformada. Prestei meus serviços aos Volturi em troca de você continuar humana. - Falei e ela me encarou com um sorriso no rosto que se desfez rapidamente. Ela falou com ódio: 

 - Você sabia que se eu continuasse humana e sozinha, lobisomens me matariam? Talvez se eu nunca descobrisse quem você é de verdade eu poderia ter me matado, por pensar que tinha algo errado comigo, você queria isso? - Ela falou tudo friamente. Com sua voz de ódio que eu reconheceria em todas as situações. A fitei por um instante e falei a única coisa que me fez ter certeza que deixaria ela em paz.

 - Nunca terá nada de errado com você, você sempre será perfeita pra mim. O erro foi meu, por isso eu ordenei de que você estaria segura, ordenei um protetor a você. O Ian era seu protetor. - Falei e ela ficou assustada. - Ele foi encarregado a te proteger. - Percebi que sangue escorreu de seus olhos e sujou a blusa branca que ela vestia.

 - Do que você quer me proteger a final? Até agora nada aconteceu comigo. De que parte do indestrutível você não entendeu? E a parte de ser um dos mais fortes? – Sua cara agora era de deboche. Agora toda ficha caiu, Hayden não a conhecia direito, sou da mesma espécie que ela e sei tudo o que ocorrerá com ela. Como se controlar perto de humanos, se alimentar de humanos ou de animais já que ele acha mais fácil de nos encobrir aos humanos.

 - Se lembra da nossa primeira vez?

 - Sim. – Ela respondeu com uma voz de choro, levantou a cabeça e forçou os olhos com os dedos. Segurei seu rosto olhei nos seus olhos liberei minha mente e...

 - Você está livre. – Ela paralisou com certeza se lembrou tudo que aconteceu de verdade naquele dia. Me deu um tapa no rosto e se deitou na cama chorando.

- Por quê? Por que você fez isso comigo? Eu nunca te fiz nada, nunca fiz nada a você. SEU DESGRAÇADO. – Ela começou a me bater e eu a segurei chorando. – É NOSSO FILHO SEU IDIOTA. COMO VOCÊ PODE MATÁ-LO?

 - EU NUNCA FARIA ISSO. – Disse chorando e a segurando em vão já que ela é mais forte que eu. – Ela está segura. Sempre ficará segura.  – Ela me olhou chorando, esperando por palavras. – Mas...

 - Mas, o que?

 - Mas, a Sophia nunca poderá saber o que ela é.  – Falei e ela saiu correndo. Fui atrás e segurei seu braço.  – Se você quiser ver ela novamente, eu nunca deixarei. Nada nem ninguém vão tomar a felicidade que ela merece, nem mesmo você.

 - É minha filha Wagner. – Ela disse em prantos. – Eu sempre sonhei ser mãe. Você tirou meu sonho, eu a quero. ELA SAIU DE MIM, SAIU DO MEU VENTRE. EU QUASE MORRI POR ELA, E SE VOCÊ QUISER EU MORRO POR ELA. É NOSSA FILHA. – A abracei e ela me mordeu querendo me matar. Comecei a secar depois de minutos.

- Ela está com minha tia. – Falei enquanto ela me encarava com seus olhos vermelhos e sua pele marfim. – Ananda, ela nos ama e sabe o que é o bem e o mal. Ela é diferente. Da última vez que a vi nem parece ser minha filha.

 - Está duvidando da minha fidelidade?

 - Não, eu nunca duvidei disso. Ela tem quase dois anos e parece ter dezenove anos. Ela é como se fosse minha irmã gêmea. – Ela sentou do meu lado, pôs a beça entre os joelhos e a ouvi chorar.

 - Eu perdi a infância da minha filha por sua culpa. – Ela gritou pra mim em prantos. – Eu nunca conheci minha filha, nunca a vi crescer. – A abracei e ela não se moveu um centímetro. – O que eu fiz pra você? Eu sempre te amei incondicionalmente, e você faz isso comigo.

 - Ela mesma decidiu que você não deveria saber da existência dela. – Falei. Eu nunca faria nada com nosso bebê. Senti-me a pessoa mais suja do mundo. Esperei tudo agora. Quero que ela me seque, esperei ela fazer isso. Mais ela sorriu e me olhou.

 - Ela sabe que eu sou a mãe dela?

 - Sempre soube. Mais todo o momento em que vocês, viveram juntas ela apagou da sua mente.

 - Por quê? Ela não me ama? – Ela disse chorando mais. A abracei um pouco mais forte, já que ela quase me secou deu um abraço mais fraco que uma pluma.

 - Shhhhi... Nunca diga isso. Nunca, nunca, nunca, nunca, nunca, nunca. Ela mais que eu. Sempre quis seu bem. Ainda me pergunto em como ela conseguiu se descuidar e deixar você ser transformada pelo meu pai. – Ela me fitou surpresa.

 - O que você quer dizer com isso? Não era o Ian que seria... Esquece. Mais o que você quer dizer com ela se descuidar e deixar Hayden me transformar?

 - Você é como se fosse um troféu a todos os vampiros. Você é a única primogênita que não foi morta pelos malditos lobisomens, Então todas as quatro espécies de vampiros querem te transformar e acabar com a concorrência de espécies. E Sophia seria um troféu maior ainda, ela é pouco parecida como nós e é primogênita de uma genética primogênita.  – Ela parecia interessada e falou alegremente.

 - Posso conhece - lá agora?

 - Claro. Mais acho que você terá que esperar.

 - Por quê? Quero ver minha filha. – Ela falou com a cara que sempre fazia eu me derreter.

 - Ela tem um cheiro maravilhoso, do jeito que você quase me secou aqui acredito que você irá matá-la sem ao menos ter uma conversa com ela. – Disse rindo e ela deu um soco no olho. – Auuuuuuuuuuuuuuuuuu, porra isso dói pra caralho. Ta vendo, se você faz isso comigo imagine o que vai fazer com os namorados dela.

 - Namorados? Como assim?

 - Iiiih, ela já paquerou o próprio avô e o tio.

 - Eles nunca me falaram sobre minha filha?  - Ela se levantou e a interrompi imediatamente.

 - Cala a boca Ananda. Eles não podem nem sonhar que ela é nossa filha.

 - Por quê?

 - Porque, Hayden vai fazer da vida dela um inferno.  – Ela me olhou rindo.

 - Por que ele faria isso? Você nunca vai deixar de ser idiota.

 - Olha, vou te levar até ela. Mais tem condições.

 - Quais? – Ela perguntou séria.

 - 1° Você terá que se alimentar melhor, com mais freqüência. Ela é meio humana e seu cheiro é maravilhoso. – Disse sério e ela me olhou com ódio. – 2° Você quase me secou e vou subir e beber sangue. Você vira junto comigo. 3° Como você é mãe, terá que concordar em mim em certas coisas.

 - Que coisas?  - Ela perguntou séria me fuzilando com os olhos. Mais eu não podia mentir de novo pra ela.

 - Terá que agüentar os namorados dela.

 - Que? – Ela começou a me dar socos e disse: - Como você pode deixar nossa filha namorar? SEU MALUCO? POR QUE VOCÊ NÃO MATOU O DESGRAÇADO?

 - Ela não deixa. Sempre me ameaçou a se revelar a Hayden. – Falei e ela, e olhou rindo também.

 - Até sua própria filha está te ameaçando.

 - Nossa própria filha, está sempre se perguntando o porquê de você está se agarrando na escola com o tio dela. Você não pode reclamar do exemplo que está dando a ela, sabia? – Disse e ela ficou cabisbaixa e respondeu.

 - Como ela sabe disso?

 - Nós podemos ver e ouvir de longe. Agora vamos se alimentar. – Disse e fomos até a cozinha e bebemos quase todo sangue que continha naquela casa.

Fomos para nosso quarto e Ananda sempre me perguntando tudo sobre Sophia. As vezes ela me abraçava e ia me beijar até que ela parava e perguntava mais sobre nossa filha.


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