Perdi Minha Cabeça? escrita por kagome girl


Capítulo 8
Briga no Parque


Notas iniciais do capítulo

THE WAIT IS OVA.
— É claro que nos conhecemos!
Freddie puxa meu braço e deixa Will chocado, ele está me machucando. Me pergunto se isso é proposital ou não. A única coisa que pensa pela minha mente?
Samantha, você está com problemas.



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Meu braço está doendo, Freddie me traz pra um lugar um pouco distante de Will dentro de uma espécie de floresta. Olho para os lados e vejo que não tem ninguém, existe verde por todo o lugar.

- Ai, Freddie... me solta, tá machucando...

Ele solta meu braço e se vira pra me encarar, sua expressão furiosa.

- Quem é ele, Puckett?!

Freddie gritou comigo. Isso é realmente mau, ele só me chama pelo sobrenome quando está com muita raiva. Eu olho pro seus olhos, eles carregam uma raiva que eu nunca havia visto antes.

Oi também, Benson.

- Porque está com raiva?

- Eu tenho o direito!

Direito? Que direito? O direito de gritar comigo porque estou saindo com um amigo de infância, quando foi que o Freddie virou minha mãe? Ah, espere, nem minha mãe daria um ataque desses comigo só porque eu encontrei o Will por aí.

- O direito de gritar comigo só porque eu encontrei um amigo meu? Você tá com ciúme, é isso?

Ri para provocá-lo, ele realmente tinha conseguido. Saiam do caminho, o dragão-Puckett veio a tona.

- Você sabe que não é nada disso, Sam! Mas que droga! Porque você ta fazendo isso? Você me convida pra dormir na sua casa e no outro dia aparece com um cara com a mão em volta da sua cintura?! Sabe o que isso te faz parecer...você parece...parece uma vadia, sabia?!

Ele me chamou de vadia? O quê? Como...?

Meus olhos se enchem de lágrimas, como ele tem coragem de me xingar assim depois do que aconteceu comigo?

- Sam, eu...desculpa, eu...

TAP!

Dou uma tapa no rosto dele e uma lágrima rola pelo meu rosto. Cubro minha boca com uma mão para não chorar.

- Saiba que a vadia aqui quase foi estuprada e que se Will não tivesse me salvado, eu...

Sinto o corpo dele ser pressionado contra o meu. Cada parte do meu corpo fica quente, mas não posso me deixar levar agora. Empurro ele, não é hora pra abraços.

- Nunca mais fale comigo assim, Benson!

Saio correndo em quanto sinto lágrimas e lágrimas escorrendo pela minha bochecha, tudo está embaçado. Atrás de mim escuto os gritos de Freddie me chamando mas eu não estou com disposição pra voltar lá e escutar as desculpas dele.

“Me desculpe, Sam, eu não quis dizer aquilo, não sei o que deu em mim...”

Bobagem. Se ele não quisesse dizer, não teria dito. Se disse é porque aquilo é verdade pra ele, ele me acha uma vadia. Tudo começa a ficar embaçado quando me lembro dele gritando o xingamento. Corro sem direção até que algo me segura.

- Sam! Sam! Cuidado...Sam, o que aconteceu?

- Will? Eu...Freddie, ele...

- ELE FEZ ALGUMA COISA COM VOCÊ, SAM?!

- Não! Quer dizer, mais ou menos, ele...

Will aperta meus ombros, pela voz dele consigo perceber que ele está com raiva. Na minha frente, ele é só um borrão de cabelo laranja.

- O que ele fez?

- Ele..me chamou de vadia.

Ele soltou um urro raivoso. Sabia que Will não ia gostar quando soubesse do que Freddie fez, ele sempre me protegeu como uma irmã mais nova. Ele me abraça colocando seus braços em volta dos meus ombros e abafando meu choro.

- Me dê permissão para matá-lo.

Ele sussurrou no meu ouvido, confesso que a ideia parece tentadora mas como Will está com uma arma ele pode acabar matando Freddie de verdade.

- Não faça isso.

- Sam...me dê permissão.

- Sam!

Ouço a voz de Freddie gritando meu nome, pelo som sei que ele deve estar longe. Me escondo mais no abraço de Will. Silêncio. Só consigo ouvir o som dos pássaros. Ouço passos vindo na minha direção, Will aperta o abraço. Os passos se tornam cada vez mais rápidos.

- Sam?

- Vá embora, ela não quer falar com você.

- Como você sabe?!

Me solto do abraço de Will e agradeço ele, me viro pra encarar Freddie e posso ver a dor estampada em seu rosto. Não entendo porque ele está assim, mas sinto uma satisfação interior em ver ele sofrendo. Ele merece.

- Vá pra casa, Freddie.

- Sam, eu...

- Pra casa, Freddie!

Ele tenta falar algo, mas desiste. Ele sussurra uma despedida e dá de costas. Minhas lágrimas começam a rolar de novo e Will afaga meu cabelo.

- Calma, Puckett.

Me viro e o abraço molhando a camisa dele. Ele afaga meu cabelo e beija o topo da minha testa.

- Vem, vamos pra casa. Sair foi uma má ideia.

Voltamos pra minha casa e eu continuo abraçada com ele, chorando com uma criança. Que humilhação, eu simplesmente não consigo parar.

- Calma, Sam, calma. Cadê sua mãe?

Enxugo minhas lágrimas antes de levantar o rosto pra responder.

- Ela tá na casa de algum homem que conheceu em uma boate.

- Sua mãe não mudou nada.

Nós dois rimos com o comentário. É verdade, ela continuava a mesma.

- Hum, Will...obrigada.

- Pelo o quê, Sam?

- Por tudo, acho. Por ter me protegido, duas vezes hoje.

Ele sorri e eu não consigo evitar sorri junto. O celular dele toca e eu ouço o refrão de Mr.Right tocando.

Maybe I’m your Mr.Right, baby.

Maybe I’m the one you like.

Maybe I’m a shot in the dark

And you’re a morning light.

(Talvez eu seja seu Sr.Certo, querida.

Talvez eu seja aquele que você goste.

Talvez eu seja um tiro no escuro

E você uma manhã brilhante.)

Sorri depois de escutar a música.

- A Rocket To The Moon? Isso é a sua cara, Will.

Ele rola os olhos.

- Pare, Puckett. Você sabe como eu sou um romântico sem cura.

Não pude deixar de notar que era verdade. Quando éramos crianças ele se apaixonou por uma professora do primário. Ele dava uma flor pra ela todos os dias até a gente passar pra quarta série. Carly me perguntava sempre porque ele fazia isso.

- Não vai atender?

- Não, tenho uma coisa mais importante pra fazer.

- O quê é?

Alguns segundos se passam e o refrão da música se repete pela quinta vez provavelmente, ele se levanta e desliga o celular.

- Era o meu pai.

- Ah, Acha que ele tá preocupado com você?

- Talvez.

Ele senta no sofá ao meu lado.

- Sabe Sam, eu pensei em quanto você estava com o Freddie no parque: É perigoso você ficar morando praticamente sozinha aqui.

- É daí? Eu sei me cuidar.

- A julgar pelo o que vi hoje acho que não sabe.

Dou de ombros, o que ele queria dizer com isso? Foi uma situação perdida, nunca tinha acontecido algo parecido.

- Tá, mas e daí? Você vai obrigar Pam a ficar em casa e ser uma mãe responsável?

- Não, não sou milagreiro. Eu não estou pensando na Pam, estou pensando em você. Acha que ela se importaria se você fosse morar comigo? 


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Notas finais do capítulo

Voltei da Disney ontem, leitores :D Muito obrigado a todos que me desejaram uma boa viagem, a única coisa chata de lá é que como fiquei no próprio hotel da Disney não tinha nick lá (Disney má, muito má). Mas enfim, o novo capítulo ta aí. Alguém sabe quando a nova promo de iOMG sai? Não aguento mais esperar!