Eclipse Radiante escrita por sankdeepinside


Capítulo 18
Two-faced liar pt. 2


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, eu resolvi ousar um pouquinho nesse cap, tem umas coisinhas um pouco mais hot, mas não chega a ser nada erótico, até porque não sou muito boa com esses tipos de cenas, mas enfim, também tomei um pouco de cuidado pra não ser vulgar e nem ultrapassar a classificação da fic.. Espero que gostem, não é nada demais, é uma parte curta. Eu confesso que se fosse reescrever a fic teria um monte de coisas que eu mudaria,a primeira vez do Jimmy e da Sarah é uma delas, como eu acho que de lá pra cá acabei amadurecendo mais como escritora *só acho, não que seja verdade* resolvi fazer um segunda tentativa.
Espero que gostem
Beijos



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- Então, você vai me deixar entrar ou eu vou ter que ficar tomando brisa aqui no corredor?

Abri passagem e fiz sinal pra que ele entrasse.

- Olha, eu to muito surpresa, não imaginava que você ia vir até aqui.

Ele entrou no quarto e olhou em volta, o quarto era pequeno e não tinha como andar muito ali dentro. Logo ele se virou pra mim

- Você estava tomando banho?

Só então notei que ainda estava de toalha.

- É, eu estava na banheira quando o pessoal do hotel ligou falando sobre o meu visitante inesperado.

Ele abriu um largo sorriso e se jogou na cama tirando os tênis logo em seguida

- Aww, a viagem até aqui é muito cansativa sabia? Sorte que a banda está aqui perto, na Carolina do Norte, um vôo às pressas pra cá não demorou mais do que 4 horas.

Ele se espreguiçava e se esticava todo na cama, fazendo milhões de caretas se fazendo de criancinha precisando de abraço da mamãe. Era lindo.

- Por que você veio?

O jeito brincalhão deu lugar a um olhar mais sério. Ele se sentou na cama e me encarou

- Não sei eu... fiquei preocupado com você, aqui sozinha, vindo atrás desse louco.

Fiquei um pouco tensa, lembrei do Greg, aquilo que ele tinha feito mais cedo comigo tinha me deixado abalada.

- O que foi Sarah, você ficou séria de repente. Aconteceu alguma coisa? O Greg fez alguma coisa?

Fiquei calada.

- Sarah?

Ele levantou da cama e se aproximou de mim, ali perto dele deu pra sentir o suave cheiro de colônia pós-barba misturado com um leve cheiro de cerveja. Cheiro de Jimmy. Eu olhava para o chão quando ele tocou meu rosto fazendo com que eu o encarasse, aqueles olhos, aqueles malditos e perfeitos olhos.

- Não vai mesmo me responder? Como foi a visita ao Greg?

Não dava pra mentir, eu era péssima com mentiras, eu comecei a chorar e ele me abraçou

- Foi horrível Jimmy, horrível.

Consegui falar entre soluços. Ele me abraçou com mais força.

- Tudo bem Sarah, ele não vai mais fazer nada com você, eu prometo.

- Você não entende Jimmy, não é o que ele vai fazer, e sim o que ele já fez.

Fiz uma pausa, desviei o olhar de Jimmy

- Ele fez mais alguma coisa com você? Me responde, Sarah.

Fiz que sim com a cabeça

- O aquele filho da puta fez?

- Ele me culpou por tudo e... e me estapeou no rosto.

- O QUÊ? Aquele filho da puta do caralho bateu em você? Eu vou matar ele!

Jimmy ficou enfurecido, já estava procurando de volta os tênis pra ir atrás do Greg

- Hey, calma, deixa isso pra lá. Já passou.

- Passou? Você mesma acabou de dizer que o que ele fez machucou mais do que o que ele ainda pode fazer.

- Eu não falava só disso Jimmy, é o conjunto todo.

Ele se aproximou de mim mais uma vez e me abraçou de novo.

- Eu fudi com a sua vida não é?

- Não foi só você.

Ele se aproximou mais, a respiração quente dele já se misturava com a minha, seus olhos azuis me fitavam de forma tão doce, era como voltar a três anos atrás, depois de uma certa noite de bebedeira. As mãos dele desceram dos meus ombros para as minhas mãos e ele começou a falar bem próximo ao meu ouvido.

- Posso te pedir uma coisa?

- Depende, se for um milhão de dólares vai ficar só na vontade

Ele riu, parecia um pouco nervoso

- Não, te garanto que não é dinheiro

- Então o que é?

Ele hesitou por um instante e falou próximo ao meu ouvido de novo

- Volta pra mim, por favor.

- Jimmy eu...

- Por favor, a massagem que o Johnny fez em mim deixou meu braço roxo, só você sabe cuidar de mim.

- Garanto que tem um monte de massagistas bem melhores do que eu

- Não, não tem

Os lábios dele se juntaram aos meus, enfim eu senti que ele era meu de novo, meu cabeção de rato, meu baterista, meu. Só meu. Ele interrompeu o beijo.

- Devo considerar isso como um ‘sim’?

- Só se você lavar a minha roupa

- Vou ter que tentar um bico na lavanderia de novo então

- Pensei que ela tivesse pegado fogo

- Ih é mesmo, e agora?

Começamos a sorrir

- Depois a gente negocia

Beijei-o novamente, dessa vez de uma forma menos sutil, com mais desejo. Então senti algo cair: Toalha. Imediatamente as mãos dele começaram a percorrer as curvas do meu corpo e ele sussurrou em meu ouvido:

- Acho que resolvemos o problema da lavanderia

Ele foi me conduzindo ainda aos beijos até a cama, tirei a camisa dele, nossos corpos começaram uma dança sutil em rumo ao prazer. Ele tirou o cinto, a calça e a boxer, e ficou ali junto a mim, era como se fossemos um só. Ele colocou o corpo dele sobre o meu e começou fazendo movimentos que a principio eram suaves, mas logo ficaram mais rápidos e mais fortes, a respiração ofegante dele rente ao meu pescoço, minhas unhas cravadas com força nas costas dele, gemidos que vez ou outra escapuliam de nossas bocas junto com pequenas risadas de prazer que soltávamos. Só nós dois sabíamos a falta que cada um de nossos corpos sentia um do outro. O suor dele escorria pelo meu corpo, e sua pele branca já estava repleta de marcas de unha e de pequenas mordidas em torno de seu obro e seu pescoço. A minha pele já estava com marcas avermelhadas devido à força com que ele me segurava, era como se ele quisesse impedir que eu fugisse dele mais uma vez. Meus quadris se encaixavam perfeitamente nos dele, eram quase como se tivessem sido feitos na mesma forma, feitos para ser um só.

Chegamos ao ápice quase simultaneamente. Ele saiu de cima de mim vagarosamente e deitou ao meu lado, beijou meu ombro e disse ainda um pouco ofegante:

- Não foge mais de mim, por favor, nunca mais. Eu preciso de você. Eu te amo Thompson.

Virei meu corpo para que ficasse de frente com o dele

- Tem certeza que não vai ser igual a ultima vez?

- Da última vez... Quem veio atrás de mim foi você, acho que isso torna tudo diferente não é?

- Acho que sim

- Não precisa ficar com medo Sarah, eu... eu vou fazer o máximo que eu puder pra não te magoar mais, não digo que nunca mais piso na bola, porque eu estaria mentindo pra você, mas... eu quero que você saiba que nenhuma outra mulher no mundo além de você manda nesse meu coração velho. Só você Sarah, só você.

- Era só isso que eu precisava ouvir, mas ainda quero minha roupa lavada.

Ele me beijou ainda sorrindo.

- Sua descabelada maluca

- Cabeçudo idiota

Dormimos ali, abraçados, e com ambas as almas renovadas. Por um instante conseguimos deixar de lado todas as mágoas, tudo aquilo que atrapalhou a nossa vida até ali, eu tinha de volta o meu Jimmy. Não aquele imbecil grosso que pouco se importava se eu estava viva ou morta, mas sim aquele meu Jimmy idiota e amável de dez anos atrás. Estávamos bem longe de sermos duas crianças, quase beirando os 30, tanto ele quanto eu, mas nossas almas pareciam a de dois adolescentes de 19 anos.

Era bom estar viva de novo.

Celular tocando, mas não era o meu. Acordei meio desnorteada, Jimmy ainda estava apagado abraçado na minha cintura. Tateei em volta, consegui achar o celular dele, tentei chamá-lo, mas ele só soltou um grunhido e voltou a dormir. O jeito era atender.

- Ahm... Alô?

- Oi Jimzinho, é a Lea, quando você volta amor?

- O QUÊ?

Dei um murro tão forte no estomago do Jimmy que ele acordou

- O que foi Sarah?

Continuei esmurrando ele com força, enquanto ainda a ouvia falar ao telefone

- Sou eu Leana, eu vim aqui pra Carolina do Norte só pra te ver e quando cheguei aqui me disseram que você tinha viajado pra Pensilvânia

- O Jimmy está meio ocupado no momento querida, depois ele fala com você

- O que? Quem ta falando? Ele dormiu com você sua piranha?

- Você fala com depois querida.

Desliguei o telefone e comecei a esmurrá-lo ainda mais forte e com as duas mãos

- Ai, calma Sarah, o que foi?

- Era a vadia da Leana seu filho da puta

Eu estava enfurecida

- A Leana? Mas o que ela queria?

- É isso que eu também quero saber seu idiota

- Calma, para de me bater, eu não tenho nada a ver com isso, faz muito tempo que eu nem tinha notícias dela.

- Então como ela ta te ligando cheia de intimidades hein, “Jimzinho?”

Ele soltou uma risada sonora e me abraçou.

- Sarah, até parece que você não conhece a Leana. Ela deve ter descoberto que nós dois tínhamos dado um tempo e deve ter resolvido tentar alguma coisa.  Tá pensando o quê? Esse meu corpinho é disputado.

- Ai seu babaca, você só se lembra das coisas ruins que o Greg fez né? As loucuras da Leana você deletou da mente.

Levantei da cama emburrada e fui para o banheiro, ele ficou rindo sozinho deitado na cama.

- Sarah você ta levando isso a sério demais, além disso, o que a Leana fez nem so compara com as atrocidades do Greg. Eu vim atrás de você rastejando, implorando pra ter minha massagista linda de volta e você ainda vem duvidar de que eu esteja aqui de brincadeira? Porra Thompson

- E você não acha que eu tenho meus motivos pra ficar chateada? Você já me traiu com ela uma vez, lembra? E naquela época você já dizia que me amava.

Terminei de escovar os dentes e de me vestir, quando saí ele já estava de calça. Sorrindo.

- Você vem comigo pra Carolina do Norte?

- Tem certeza que a sua loira vesga não vai ficar chateada quando a ‘outra’ aparecer com o homem dela?

- Deixa eu contar um segredo pra você

Ele veio e me abraçou e falou no meu ouvido:

- Sempre gostei mais de morenas, aliás, deixei de ser propriedade daquela loira há muito tempo.

- Tem certeza?

- Ai vai se fuder Sarah, para de ser tão desconfiada. Eu não tenho nada com ela

- Okay, eu acredito em você.

- Aleluia! Mas então? Você vem comigo?

- Eu tenho que levar o carro de volta pro meu pai e pegar as minhas coisas que eu deixei lá em Princeton, na casa dos meus pais.

- A gente tem um show amanhã, então eu tenho que ir logo por causa das passagens de som, tem problema se eu for antes de você?

- E se eu chegar lá e der de cara com a Leana fazendo “massagem” em você?

- Isso não vai acontecer

- Se eu chegar lá e...

Ele tapou a minha boca com a mão, aproximou o rosto do meu e falou

- CHEGA SARAH!

Soltei uma leve risada que ele logo cobriu com um beijo suave.

Peguei o carro e deixei ele no aeroporto, depois peguei a estrada de volta para Nova Jersey, coloquei meu ‘Master of Puppets’ bem alto no carro e segui em toda velocidade cantando feito uma maluca pelo caminho. Vez ou outra passava um mala buzinando e mandando eu calar a boca, mas era impossível, eu estava feliz demais pra me conter.

Cheguei em casa correndo e dando uma abraço no meu pai

- Eita! Essa viagem foi boa hein, Sarah?

- Foi ótima pai! Vou voltar pra equipe do Avenged Sevenfold

- Como assim? Pensei que tivesse brigado com o grandalhão lá, o tal Sullivan.

- É eu sei pai, maaaaaaas.. ele foi atrás de mim e nós dois nos reconciliamos, ou seja, você e a mamãe podem voltar a fazer sexo sem medo que alguém ouça

- Que isso menina, isso é coisa que se diga pra um pai?

- Ai senhor Thompson, não precisa fingir de envergonhado que eu sei que você ta louquinho por isso

Ele começou a rir. Coloquei minhas coisas de volta na mala, me despedi de minha mãe e peguei o primeiro vôo para a cidade de Charlotte, na Carolina do Norte, era lá que o Avenged Sevenfold estava.


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