Dez

  - Ever, eu não acredito! Como que você conseguiu se meter com esse tipo de gente? – Clarisse grita comigo. Inventei para ela que Haven era do tipo, digamos, que levaria qualquer um para o mau caminho. Disse que a conheci à muito tempo, fiquei devendo um pouco de dinhiro e, supomos que ela veio acertar as coisas comigo. – Ever, estou muito desapontada com você. Nunca pensara que tu chegaria à este ponto... – sua voz esta mesmo muito desapontada.

  - Desculpe-me, não pensei quer Haven poderia fazer alguma coisa – digo, tentando me explicar de alguma forma que sei que não terá sucesso algum.

  - É mesmo Ever, Clarisse esta certa. Você não é daquele tipo de gente. Mas me diz uma coisa, ela falou coisas que não explica nada do que você disse. -0 Stanford pergunta, eu sei muito bem o que ele esta insinuando. Ele quer saber por que Haven falou coisas da minha vida antiga, antes de vir para Nova Zelândia.

  - É que bem, eu a conheci à muito tempo, bem antes de vir para cá e conhecer vocês.

  - Mas, você nunca disse nada à respeito de um tal de Damen... – Clarisse fala. Com um olhar misterioso.

  - Olhe, chega. Vocês já descobriram muita coisa de minha vida antiga.

  - Você não ira contar nem para seu namorado? – Stanford tem um olhar de soslaio, direto em minha direção.

  - Esta bem, o que mais vocês querem saber?

  - Tudo Ever, eu sou sua amiga. Você tem, que confiar em mim e, ainda mais em Stanford que é seu namorado. – Clarisse chama minha atenção, como seu fosse sua filha.

  - Tudo bem, tudo bem. Mas tem coisas que não gosto de tocar. Poder machucar mais ainda do que já machucou... – pretendo contar minha vida inteirinha. Desde quando perdi minha família no acidente. Só que de um jeito diferente, ou seja, não mencionarei que sou uma imortal e, nesses assuntos que inclui minha verdadeira e inútil vida.

  - O.k. – Clarisse e Stanford falam juntos.

  - Eu perdi minha família em um acidente de carro. Eu tinha irmã, pais e, uma cadela chamada Battercup. Eles morreram por minha culpa, apenas porque eu pedi para papai voltar no acampamento que estávamos fazendo, para pegar um suéter meu da líder de torcida da minha escola no Oregon. Apesar disso tudo me sinto ainda a verdadeira culpada, mesmo sabendo quem causara o acidente.

  “Me mudei para Laguna Bech, aonde havia a irmã gêmea de papai. Ele me acolheu, deu uma perfeita vida de adolescente, mas eu simplesmente não ligava para aquilo. Em minha escola, eu era, digamos a esquisita, vestia um moletom com capuz. Ao chegar em sala de aula, vestia-o e, ligava meu ipod no Maximo. Eu era umas das melhores do colégio, tinha amigos. E inclusive um deles era Haven.”

  “Depois de algum tempo, apareceu um aluno novo no colégio, o nome dele era Damen, começamos à namorar. E ai digamos que minha vida se tornou um pouco mais esquisita ainda. – faço uma pausa para que eles possam se falar algo. Acabam ficando quietos. Então completo: - E foi tecnicamente isso.”

  - Nossa, você nunca falou algo do mesmo gênero... – Clarisse diz, com um tom na voz sutil e, ao mesmo tempo cheio de pêsames.

  - Eu achei melhor não tocar neste assunto, mas agora acho que foi uma boa hora para dizer isto. – digo.

  - Ever, desculpe-nos por fazer você passar por isso novamente... – Stanford diz. Mas não ligo mais para isso, o que passou, passou. Não ira mais voltar.

  - Tudo bem, eu entendo que vocês queriam saber sobre mim. Afinal, faz um bom tempo que nos conhecemos. Estava na hora de eu contar minha historia. – sei que menti sobre uma coisa muito sensata, mas mesmo assim, não poderia guarda tudo isso para depois. Pelo menos não contei o verdadeiro lado da historia.

  - Bom, acho que já tivemos muitas magoas por hoje. Vamos sair? – Clarisse pergunta.

  - E você Ever quer sair? – Stanford pergunta para mim.

  - Acho melhor não, tenho muita coisa para arrumar de ontem, alem da briga que tivemos, tem a questão da bagunça que fizeram.

  - Então ta, vamos então Clarisse? – Stanford vira-se para Clarisse.

  - Vamos. – os dois dão tchau para mim e vão embora.