Fallen Angel escrita por Junny


Capítulo 2
Um.


Notas iniciais do capítulo

YEEEEEEEEEEEEY!Mais um capítulo. Esse tá tão fraquinho e eu assumo logo de cara. E peço desculpas por não ser como vocês esperavam. Mas eu precisava dele pra chegar até onde quero. Enfim.Agora que entrei de férias, prometo atualizar minhas fics com alguma rapidez ou desenterrar as antigas com atualizações. Mas, peço que vocês sejam bondosas e deixem algum review construtivo. Sinceramente, "adorei" dói mais do que um "detestei". Eu adoro ler e responder reviews- por mais que eu demore pra fazê-los. Mas prometo que sempre leio e tento responder. Só peço isso, deixem, de verdade, a opinião de vocês, sugestões, críticas. Aceito tudo. Só isso. k Boa leitura.



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Um

O outono era uma das estações mais agradáveis do ano. Dias quentes e noites frias. A cor era uma particularidade. Parecia que o mundo ficava preso em uma fotografia com efeito sépia por três meses.

-Já estou chegando, Cyrus.- eu disse pelo telefone, parando em mais um farol fechado.

-Não demora, Dê. Está bombando!- a voz dela era excitada, animada.

Todo mundo dizia que eu precisava me socializar e um baile de máscaras como halloween era a oportunidade perfeita. Dobrei a esquina e estacionei o carro em frente ao hotel. Não o desliguei; os manobristas levariam-no até o estacionamento. O vestido não era algo tão escandaloso. Praticamente não era uma fantasia. O que dava um ar de fantasia era a máscara, que cobra metade do meu rosto, com detalhes de lantejoulas prateadas e vermelhas, bem como os detalhes mínimos do vestido.

Animação: era o que descrevia o ambiente. Música alta, bebidas, gente azarando, gente dançando. Segurei a bolsinha de mão mais perto do corpo e eu sentia meus pés deslizarem pela Melissa. Eu estava tensa. Eu conhecia pouquíssimas pessoas naquele lugar. E as que eu conhecia não estavam à vista. Miley acenou do meio da pista e eu acenei de volta. Acabei de descer o pequeno lance de escadas, recebendo alguns olhares curiosos e cochichos. Me dirigi ao bar.

-Uma batida. De amendoim, por favor.- pedi, me sentando no banco giratório. A bolsinha sobre meu colo, as pernas cruzadas. Mas eu não me sentia bem ali. Eu estava sobrando. As meninas dançavam na pista, se divertiam, conversavam. Eu não me sentia apta para fazer isso. Não agora.

-Sua bebida.- o barman disse. Sorri sem mostrar os dentes e me virei, voltando a encarar a pista. Minha vontade era de estar lá, dançando, sorrindo, cantando. Mas eu não me sentia bem o suficiente para isso.

-O mais forte que tiver, Mat.- uma voz soou bem ao meu lado. Bem ao meu lado. Era um garoto. A voz rouca e grave. A colônia estava me rondando, adentrando meus pulmões e inedibriando meus sentidos. A curiosidade de saber quem era o dono da voz e do perfume dominou meu consciente. Girei o banco alguns graus para a direita, só uma espiadinha. E, como se já não bastasse eu me sentir deslocada no ambiente, meu braço bateu no copo que estava sobre o balcão e, como se estivesse em câmera lenta, o líquido roxo e viscoso escorregou pela madeira, pingando na calça do garoto.

-Ai meu Deus! Desculpa.- falei, quase que automaticamente, procurando cegamente por um guardanapo ou qualquer coisa absorvente.- Um guardanapo, por favor!

O garoto então começou a dar risada. Levantei meu olhar e, automaticamente, fechei a cara. Obviamente, ele estava rindo.

-Do que você tá rindo?- tentei parecer séria, enquanto minhas mãos estavam perdidas tentando limpar a maldita bebida da calça do garoto.

-Disso tudo.- ele falou e gargalhou mais uma vez.

-Não tem graça. Pra você menos ainda, que tá molhado. E eu que me sinto uma boba.- falei, puxando mais alguns guardanapos do balcão.

-Não, não tô rindo de você.- ele disse, segurando minha mão.- Agora mesmo, eu estava pensando em como vir falar com você. E, bem, você facilitou bastante as coisas pro meu lado.- ele lançou um sorriso, que presumir ser o seu melhor. Eu nunca tinha percebido o quão bonito ele era. Seu cabelo era em um tom de castanho claro que combinava simétricamente com seus olhos. A fantasia dele era algo medieval. Um príncipe talvez. Talvez Romeu. Um Romeu de preto. Mas um Romeu.

-V-Você pensando em falar comigo?- endireitei-me na cadeira. Esqueci por completo do problema da mancha na calça dele.

-É. Te vi sozinha e pensei em, talvez, você sabe, vir tirá-la pra dançar, ou algo assim.- ele disse, coçando a nuca, parecendo sem graça. Ele não estava sem graça. Eu estava sem graça. Muito sem graça.

-M-Me tirar pra dançar?- e eu estava enrubescida. Minhas têmporas queimavam e eu sentia o sangue circular pelas veias do meu rosto- as mais superficiais- me deixando completamente vermelha.

-É.- ele estendeu a mão e sorriu. Aquele não era o melhor sorriso dele. Este era o melhor sorriso dele.

Segurei em sua mão e, mesmo com uma luva de renda, pude sentir sua pele. E foi estranho. No mesmo instante em que nossas mãos se tocaram, eu tive a certeza de que o som da pista de dança vacilou junto com a iluminação local, deixando tudo no silêncio e no escuro por alguns centésimos de segundos e uma energia quase elétrica percorreu minhas veias, me fazendo estremecer. A batida da música já estava de volta. E eu não sabia como agir. Ficar uns meses longe de algum contato social me fez, de fato, uma anti-social. Eu tinha perdido, completamente, o jeito.

-Que bom que já me pouparam mais da metade do trabalho!- a voz de Miley soou, interferindo e salvando-nos do silêncio. Olhei pra ela.- Eu tinha de vir apresentá-los um ao outro. E vou fazer isso oficialmente.- Miley disse, segurando um copo de bebida.- Justin, essa é a Demi. Demi, esse é o Justin

Abri um sorriso. Eu tinha ouvido falar dele na nacional de natação- que tinha sido na minha antiga cidade, Texas- mas nunca tive chances de cruzar com ele. E menos chances ainda de sustentar uma conversa com ele. E eu sempre tive vontade de conversar com ele, nem que fosse sobre o tempo. Abri um sorriso e estendi minha mão.

-Prazer.- falei, com a voz meiga.

Mas o Justin para o qual eu estendia a mão era diferente do Justin de meio segundo atrás. Ele tinha a cara fechada e o olhar perdido. Me olhava, mas não me via. Estava perdido em desvaneios. Pigarreei.

-Prazer.- repeti, com a voz um pouco mais forçada.

-Ah, claro. Prazer.- sua voz não era diferente de sua expressão. Era fria. E estúpida. Franzi meu cenho com a mudança repentina de humor do garoto.

-Pronto. Agora que estão devidamente apresentados, vou deixá-los a sós.- Miley me deu uma cutucada e piscou o olho pra Bieber. Não pude deixar de rir.

-Então...Bieber. Quem diria, né?- falei, tentando ser simpática.

-Pois é.- ele disse, como o mesmo tom frio de voz.

-Deixe-me lhe pagar outra bebida.- falei. Ele riu pelo nariz, voltando a ser por alguns segundos, o Bieber de dois minutos atrás.

-Deixa pra lá, Lovato. Já disse que aquilo foi um quebra galho.- ele sorriu, doce.- Vamos dançar?- ele estendeu a mão, como se fosse um pigmeu dos tempos medievais; estava apenas fazendo graça por causa da fantasia. Segurei em sua mão e deixei que ele me guiasse.

As batidas de uma música mais lenta começou a tocar. O sorriso doce de Justin foi desaparecendo rapidamente. O que eu tinha feito de errado, dessa vez?

-Assim não. Não posso. Simplesmente não posso.- ele disse, olhando pra cima, monologando consigo mesmo.- Perdão, Demi. Não posso.

Meu queixo fora pro chão. Eu tinha ficado com cara de tacho.

-Jus-Justin. Você tá bem?- perguntei, segurando sua mão. Ele estava quente. Quente demais. Quase febril. (na. Bieber fever n)
-Me deixa, Lovato. Me deixa.- ele sacudiu, se desvencilhando da minha mão e se afastando. Em um piscar de olhos, ele tinha sumido. Literalmente.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? :3
Dedico esse capítulo ao Yago, a Vix, a Mandy, Mozão e a Sheila. Amo vocês