Enquanto estava dentro do bule pude ouvir o coelho correr,estranho desde quando tenho uma audição assim?

-Chegamos! –Ouvi o Chapeleiro falar.

-O relógio está fazendo tick tack de novo de novo! –Falou uma
voz meio louca e aparentemente o dono desta era alguém ou alguma coisa perturbada ou com problemas mentais

 -Eu sei sua lebre doente! –Disse o Chapeleiro rindo.

-Chapeleiro é mesmo ela? –Perguntou uma voz fininha e um pouco enjoativa.

 -Claro que sim Rata acha que eu me enganaria? –Disse ele enquanto sem cuidado nenhum nos tirava do bule.

-Você já se enganou uma vez! –Disse a voz louca que agora que vi era da Lebre Maluca que tentava acertar xícaras no Chapeleiro enquanto eu avaliava todos ali.

  O Chapeleiro era assustador seus cabelos eram lisos,aparentavam estar molhados, ruivos, sua pele era pálida, incrivelmente pálida, era estranho como ele estava diferente do filme, a cartola estava mais conservada as roupas eram estranhas em tons de roxo, branco, preto e alguns detalhes em verde, a barra da calça era longa e aparentemente cobria seus pés descalços, uma camisa branca e por cima desta um colete preto aberto, luvas brancas e outros detalhes; muito estranho se não fosse pela cartola e s sua total palidez diria que era alguém comum ou talvez não...

 -Eu sei que meu estado é deprimente não me julgue por isso! –Disse ele se jogando em uma poltrona cobrindo o rosto com uma mão e colocando os pés descalços sobre a mesa que estava toda bagunçada enquanto eu tentava me levantar.

-Mas eu não falei nada! –Exclamei enquanto ele ria sem motivo.

-A voz dela é engraçada! –Disse ele ainda na mesma posição.

 -É mesmo! –Disse a Rata se aproximando com o peito estufado provavelmente por que meu tamanho agora era um pouco inferior ao seu.

-Como se você pudesse falar muito! –Bati de frente, odiava ser o centro das atenções.

-Menina você não sabe com quem esta lidando! –Disse a Ratinha se irritando.

-Deixe-a em paz Ratazana! –Disse o Chapeleiro enquanto me pegava em sua mão me surpreendendo.

-Oi Diana. –Disse ele sorrido revelando dentes branquíssimos de fazer inveja aos dentistas.

 -Oi... –Sussurrei com vergonha. O chapeleiro não se parecia com Johnny Depp. Que era quem fazia o papel de Chapeleiro no filme de Tim Burton era jovem de mais, parecia ter a minha idade até.

 -Hum ela está corando! –Disse a Lebre me denunciando enquanto ria.

 -Seu projeto de gente com orelhas de coelho! Cale-se! –Disse o Chapeleiro com uma expressão assustadora, acho que até olheiras surgiram em seu rosto.

Quando o Chapeleiro terminou a frase encarei a Lebre e vi que ela era metade humana metade lebre e seu rosto estava cheio de costuras me parecia um boneco costurado de maneira desleixada.

 -Pare de me encarar assim vocês dois suas pestes! Estão me assustando! –Disse ela jogando uma xícara em nós.

 -Desculpe a falta de delicadeza desta criatura Diana e Helen. –Disse ele enquanto me culpei por ter tecnicamente me esquecido de minha irmã mais nova.

 -Diana a Ratinha é tão pequenininha! –Disse Helen inocentemente abraçando a Rata mal-humorada.

 -Olha quem fala. –Disse a Ratinha enquanto cruzava seus bracinhos enquanto eu estranhava esta, pois estava “aceitando” o abraço.

-Então Didi. –Disse o Chapeleiro enquanto eu me sentia o Renato Aragão. –Como foi de viajem? –Disse ele colocando-me sobre a mesa.

-Como assim? –Perguntei ajeitando o vestido.

-Ele esta perguntando como foi que chegou aqui e como foi seu
encontro com Violeta e companhia. –Disse uma voz sombria que já conhecia bem vindo de uma das cadeiras envolta da mesa.

-Ótimo! Agora tem um gato na mesa! –Disse a Rata livrando-se dos
braços de Helen e empunhando sua espada que mais parecia um palito de dente.

-Não me encha eu só vim explicar as coisas ao Chapeleiro e, além
disso, a Rainha Branca ordenou que eu ficasse de olho em você doce Diana! –Disse ele se aproximando de mim incrivelmente e sorrindo daquela maneira que eu tinha pavor.

-Pare de assustar a menina bichano! –Disse o Chapeleiro e quando vi Chester havia voado longe por conta do chute que recebeu bem no meio da cara.

-Que violência... –Sussurrei enquanto o Chapeleiro, a Rata e a Lebre riam copiosamente.

-Você esta bem Chester? –Perguntou o Chapeleiro andando pela mesa chutando xícaras entre outros objetos ali presentes.

 -Sim estou querido, entretanto estou querendo muito arrancar as tripas desta rata insolente.

 -Não fui eu quem chutou você.–Disse a Rata dando de ombros.

-São meus instintos naturais... –Disse Chester colocando a pata sobre o peito em um gesto estranho.

 -Pouco me importa seus instintos... –Disse uma voz feminina vindo de algum lugar.

-Seja bem vinda senhorita
Elizabeth Swann. –Disse Chester seco enquanto eu olhava a mulher que estava com uma expressão zangada no rosto um pouco queimado pelo sol.

       Ela me encarava enquanto eu não entendia nada...