My Daughter escrita por Cacau


Capítulo 5
Godric




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4 anos depois

- Nina! Vamos! - Uma voz um tanto quanto impaciente vinha da escada, chamando pela garota de cabelos negros.

- Já estou indo papai! - Uma voz mais fina vinha da parte superior da casa e assim que a dona apareceu na escada, descendo correndo até parar em frente ao homem, um sorriso iluminou o rosto do mesmo. Nem acreditava no tempo que já havia passado e o quanto sua filha estava ficando mais linda. - Por que a pressa?

- Você vai saber, é uma surpresa muito agradável - O louro sorriu, puxando sua menina pelos ombros e caminhando em direção ao lado de fora da casa, indo até seu carro.

A menina não parava de fazer as perguntas para onde iam e tentava acertar pelo menos um lugar, mas nada, fazendo seu pai apenas rir e ia negando com um aceno da cabeça. Quando chegaram na frente de um enorme portão, os olhos da menina brilharam, fazendo-a quase gritar pela surpresa.

O porteiro sabendo quem eram os visitantes, apenas anunciou a chegada ao morador, deixando-o entrar. Nina quicava no banco e assim que o pai parou o carro na frente da porta, saiu correndo e abraçou um moço moreno que esperava na porta, com o rosto angelical, os cabelos de um castanho claro, um pouco mais alto do que a morena e que aparentava ser um pouco mais velho.

- Godric! Que saudades! - Ela falou enquanto o abraçava, dando vários beijos nas bochechas do moreno

- Nina! Modos! - Eric pediu a filha quando viu a mesma abraçar o criador do louro com tanta intimidade, ficando até com um pouco de ciúmes por ver que o garoto fazia brilhar o sorriso que só ele conseguia na filha

- Deixe, Eric. Nina é minha caçulinha. - Falou com um riso, passando a mão nos cabelos da morena e colocando-a abraçada ao seu lado. - Mas a que devo a honra da visita?

- Apenas achei que iria agradar a minha filha. - Um sorriso amoroso apareceu nos labios do louro ao encarar sua menina. Logo foi interrompido por Godric, mandando-os entrar e se acomodarem na sala.

Nina já conhecia Godric desde criança, e o vampiro mais antigo do Novo Mundo havia criado um certo mimo por aquela pequena, estando sempre a sua disposição, querendo saber as novidades e o que ela aprontava.

- Nenhum vampiro sabe sobre o que é a Nina, não é Eric? - Perguntou preocupado, enquanto tomava uma taça de True Blood, sangue artificial criado especialmente ao vampiros.

- Apenas Pam. Como é minha cria não tenho nenhum problema com isso.

- Isso não pode chegar aos ouvidos do Magistrado. Nina pode ser inofenciva, (Sei muito bem me cuidar, Godric, a voz de Nina ecoou da sala de jogos) mas é tudo o que os humanos e vampiros desejam ser, ainda mais sendo sua filha e minha protegida. - Admitiu Godric, enquanto conversava com Eric, vendo a menina jogar sinuca observando quanto tempo havia passado desde que a conheceu.

- Não deixarei que ninguém toque nela. A quantidade que ela toma de meu sangue é minima, para não interferir em seu desenvolvimento, mas ainda tomo seu sangue para saber o que passa com ela. Mais um bonûs. - Ergueu a taça em saúde a menina, acompanhado por Godric

- Mas tome cuidado, ela é apenas uma criança. Se normalmente é dificil controlar os humanos adultos sem induzi-los, imagine as crianças...

- Godric! - A menina apareceu encostando-se na porta, apontando o taco para o moreno - Desafio-lhe a uma partida de sinuca

- Ohow! - Ele riu, levantando-se e pegando o taco das mãos dela - Se é um desafio, mereço recompensa não?

- Se eu ganhar, você me deve uma viagem. - Ela sorriu, sabia que poderia pedir, Godric era o xerife de Dallas e o vampiro mais antigo, tinha lá seus empreendimentos e dinheiro.

- E se eu ganhar... - Ele falou aproximando-se e colocando uma mecha do cabelo da protegida no lugar - Você me levará na viagem.

Ela riu, aceitando a condição e iniciando o jogo, que durou boa parte da noite. Eric acompanhou a partida, ajudando a filha e lhe dando conselhos nas jogadas, mas em algum momento teve que voltar ao Fangtasia para cuidar dos negócios.

- Pode ir Eric. Deixe a menina passar uma noite aqui. Faz tempo que não mimo minha caçula - Ele riu, apertando a menina no abraço.

- Nina... - O louro olhou um tanto sério para a filha, com o coração apertado por separar-se uma noite em toda a vida de sua filha. Nunca havia deixado a menina dormir fora, sempre que ela queria dormir com amigas, ele pedia para que fosse em casa.

A menina sabendo o quanto o pai era protetor, afastou-se do abraço de Godric e abraçou o louro fortemente, dando vários beijos em seu rosto, acariciando seus cabelos agora curtos devido a um incidente com sangue.

- Uma noite papai. Amanhã já estarei com você. Godric cuidará bem de mim - Ela sussurrava aquelas palavras e o pai a abraçava mais forte, dando alguns beijos no rosto da pequena e um ultimo em sua testa

- Eu te amo minha menina. - Ele falou olhando em seus olhos e deixando-a ir abraçar o moreno - Por favor Godric, cuide de minha princesa.

- Como se fosse minha vida. - Ele afirmou, abraçando protetoramente a menina, levando-a para dentro enquanto o carro de Eric já estava no portão.

Passaram a noite em claro com jogos, sobremesas à menina e indecisões sobre a viagem. Godric havia ganhado, portanto iria na viagem, mas tentava convence-la a ir a Roma, querendo visitar seu antigo lar.

Nina foi dormir tarde, perto das cindo horas da manhã. Durante seu sono, pode ouvir uma algazarra vindo da parte de baixo da casa, como se estivesse acontecendo uma luta. Levantou-se rapidamente e apareceu em cima da escada, podendo ver alguns integrantes da Irmandade do Sol, uma religião extremista anti-vampiros, levando Godric.

- Soltem-o! - Ela gritou, descendo a escada o mais rapido que podia.

- Levem-o. Vocês dois e eu cuidamos da garotinha - Um dos homens chamou dois garotos e os três cercaram a menina.

- O que faz aqui docinho? Adora vampiros não? Aposto que é uma das amantes do cara. O cara gosta de novinhas. - Um dos garotos ria, segurando a meninas pelos braços.

- Me soltem, nogentos! - Ela gritava, chutando-o em suas regiões baixas, o que o fez ficar irritado e dar um tapa no rosto da menina, jogando-a longe.

Por que não me deu mais seu sangue papai? Ela pensava, tentando chamar o pai, não conseguindo levantar, pois os garotos já estavam maltratando-a, fazendo-a gritar de dor.

Momentos seguintes, o que parecia a eternidade a menina que tentava acerta-los com toda a determinação que tinha, o três voaram longe, batendo na parede. Eric estava na frente da filha, protegendo-a, com os dentes a mostra e já indo na direção dos violentos.

- Jamais toquem na minha filha! Nunca! - Ele pegou os três e os arremeçou novamente na parede, a furia em seus olhos, socando-os tanto que quase os deixou mortos, mas ainda era pouco pelo que fizeram a seu bem mais precioso. Eles deveriam sofrer mais por cada dor que fizeram sua menina sentir e prosseguiria se não fosse por uma voz fraca chamando-o.

- Papai... - Nina o chamava de onde estava, o que fez o louro voltar a realidade, voltar a raciocinar e perceber que não poderia matar os três.

- Nada disso aconteceu. Vocês prenderam a menina no quarto, foram embora e acabaram sofrendo um acidente com o carro, que caiu por um barranco. Mas vocês sobreviveram e puderam voltar a cidade a pé, mesmo com todos os machucados - Ele sussurrava a cada um dos três, olhando em seus olhos, induzindo-os aquela realidade que ele falava.

Deixou os garotos irem, depois cuidaria das provas, naquele momento, ele precisava cuidar de sua filha. Com os olhos cheios de sangue ao ver o estado de sua menina, ele a tomou no colo com todo o cuidado, levando-a para onde Godric dormia.

Colocou-a cuidadosamente na cama e começou a tirar sua roupa, observando cada machucado, cada osso quebrado, cada marca que havia no corpo dela. Sua face já estava com dois fios vermelhos, partindo de seus olhos, o choro de sangue pela dor em sua menina.

- Nina... Nina meu bem - Ele a chamou carinhosamente, acariciando seus cabelos negros, agora duros pelo sangue em sua cabeça. - Sei que esta cansada, mas preciso que tome meu sangue para curar.

Ela abriu os olhos cuidadosamente, sentindo dor em cada movimento que fazia. Eric rapidamente mordeu seu próprio pulso e levou aos labios da filha, que tomou o sangue como quem tomava um remédio, mas o gosto ia se transformando em algo mais doce e mais gostoso de se tomar. Enquanto isso, os olhos do pai se focavam no corpo da menina, procurando saber o progresso de sua cura.

Não deixando-a com tanto sangue em seu corpo, ele retirou o pulso dos lábios dela e a tomou no colo novamente, dirigindo-se até o banheiro, enxendo a banheira enquanto acariciava os cabelos e a face de sua menina, observando que as feridas já se curavam.

- Ainda vai doer um pouquinho meu amor, mas preciso tirar todo esse sangue de você. - Ele sussurrou a menina, colocando-a na banheira já cheia e colocando na água sais de banhos, essências, óleos, coisas que pudesse relaxar o corpo de sua filha. Tomou todo o cuidado durante o banho e ao fim, colocou uma camisola fresquinha na menina e deitou-a junto com ele na cama, para saber cada movimento de sua menina. Ligou para que Pam cuidasse das coisas e deixou-se levar por um sono em estado de alerta.


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Notas finais do capítulo

Continua.



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