My Daughter escrita por Cacau


Capítulo 3
Compensando o dia pela noite




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2 anos depois

- Eu quero ver o meu pai! - Uma menina, cujos cabelos tinham um cacheado grosso e negro como a noite e a pele branca como a nele, bateu o pé no chão decidida

- Seu pai está em uma reunião criatura, não pode vê-lo agora - A voz era de quem tentava ser paciente e vinha de uma mulher loura, com um corpo estrutural, vestida de preto e estava na frente de uma porta que dava ao escritório de Eric Northman. - Seu pai realmente me adora para mandar eu ficar de olho em uma coisinha como você.

A pequena criança cruzou os braços e bufou, fazendo sua franja se mover e cair graciosamente próxima de seus olhos. Olhou para a mulher a sua frente, sabia muito bem que não conseguia nada com ela então virou-se de costas e caminhou decidida até onde seu pai sentava-se para observar tudo o que se passava no Fangtasia. Pam, revirando os olhos, foi atrás da menina, postando-se atrás da cadeira onde a criança ja estava sentada e observava o local com atenção.

Nina Northman sempre aparecia no bar em que seu pai era dono, todos os vampiros já a conheciam como a filha do xerife e a respeitavam, prestando leves reverencias ao digirir a palavra a ela. Isso os mais velhos, aqueles que sabiam tamanha furia de Eric se tocassem em um fio de cabelo de sua filha, já os mais novos, desejavam ardentemente cravar os dentes em seu pescoço, o que fazia Pam ter que controlar o bar sempre que a criança aparecia.

Com quem a pequena morena mais se dava bem era barwoman do Fangtasia, uma loura com os cabelos em chanel totalmente desfiados, a maquiagem exagerada e o corpo aparecendo muito nas roupas, mas com uma personalidade amigavél, que foi logo conquistada pela criança. Sempre que Nina aparecia, ela logo a puxava para sentar em um dos bancos do bar, servia-lhe lanches, sucos e conversava sempre com ela. Mas naquela noite, a menina estava decidida a falar com o pai.

Demorou-se um bom tempo, onde Pam estava quase perdendo a paciência por ter que ficar olhando a filha de seu "pai", até que a porta do escritório se abriu, saindo de lá um homem de feições bruscas e Eric Northman logo atrás.

Ao ver sua filha, um sorriso iluminou a face do vampiro, algo que só ela conseguia fazer. Segundos depois já estava ao lado de seu cadeira, agaixado e com uma das mãos da pequena nas suas.

- Então... Tudo em ordem por aqui xerifa? - Perguntou em um tom sério, enquanto seus olhos brilhavam pela brincadeira

- Sim xerife. Nenhuma atitude estranha de ninguém. - Respondou prontamente a criança, com um riso nos labios, uma pose mais ereta e batendo cotinencia.

Eric olhou ao redor e logo voltou sério para a filha.

- Acho que se enganou. Um vampiro muito próximo está em uma posição de ataque. - E logo, ele próprio já se colocava em posição de ataque, enquanto a menina perdida, olhava ao redor tentando encontrá-lo e ao perceber que era o pai, era tarde demais.

Nina ja estava em seu colo, ele em sua cadeira fazendo-lhe cocegas, tanto com as mãos quanto com os labios e a criança ria livremente, debatendo-se e implorando para que parasse o ataque.

- Papai - Chamou a menina momentos depois que havia tomado o folêgo

- Sim minha querida?

- Você não pode mesmo aparecer de dia? Me levar e buscar na escola, brincar comigo no parquinho, fazer piquinique na grama? Adoro que vovó Betsy faz, mas queria você. - Enquanto a menina ia falando, parecia que Eric tinha novamente um coração, porém este lhe doía, por ter escolhido a noite, não poder ver sua filha crescer no sol, ter que se contentar em vê-la por algumas horas, pois o sono da criança era precioso. Uma lagrima de sangue escorreu por sua face pela dor e ao ser vista pela menina, essa logo se desesperou, sentando-se de frente ao pai e passando a mão no rosto do mesmo, tentando limpar aquele fio de sangue.

- Papai, papai... Falei alguma coisa? Aconteceu alguma coisa? Por que o senhor está chorando? Não chore papai, me perdoe - Ela pedia naquela inocência, que fez o louro olhar amorosamente a filha e lhe beijar a testa

- Papai infelismente tem que descansar durante o dia, você sabe meu bem. Mas venha, quero te compensar por não poder ficar de dia com você... Quero lhe mostra uma coisa.

Pegando a menina sorridente no colo, assim que passou por Pam, que já estava sentada no bar, pegou o lenço umido que essa lhe entregava e limpou o rosto do sangue. E assim, pai e filha sairam na noite, indo em direção ao carro.

Minutos depois chegaram a um parque de diversões, o que fez os olhos de Nina brilharem pela novidade e surpresa. Eric a pegou pelas mãos e levou-a até um dos brinquedos, um carrocel de cavalos, onde deixou-a escolher o lugar, sentou-a e ficou ao lado dela, enquanto o brinquedo girava, fazendo a menina rir e tirava algumas fotos daquele momento. Logo depois, a levou a um brinquedo com vários balões que subiam e desciam, a um mini-elevador, que fazia todos pularem com as subidas e descidas, um escorregador com tuneos, piscina de bolinhas e vários outros brinquedos.

Nina se divertia muito naqueles brinquedos, puxando o pai pela mão sempre que via algum novo, ou algum doce que queria muito comer, fazendo-o rir pela alegria da filha e tirar várias fotos. Até na piscina de bolinhas Eric entrou e participou de uma guerra com a filha, se fazendo do morto no final.

- Papai? Papai é sério acorda! Vamos. Quero ir no pula-pula - Falava a menina rindo, batendo no peitoral do pai, tentando acorda-lo.

- Me da um beijo, que nem nos contos de fadas - Eric abriu um olho e sussurrou, tentando segurar o riso e depois voltou a fingir de morto

- Mas é o principe que beija a princesa e não o contrário papai - Explicou a menina como se aquilo fosse obvio, mas deu o beijo na bochecha do pai, que logo acordou, pegou-a no colo de saiu correndo para o pula pula com a filha rindo nos braços.

Próximo da meia-noite, Eric já estava de volta ao Fangtasia, com várias sacolas dos brinquedos e roupas que Nina havia pedido para comprar. Pediu para que um de seus empregados levassem para sua mesa e levou a menina ao quarto, que ficava ao lado do escritório de Eric e a porta do mesmo estava em uma das paredes da sala dele, sendo possivel entrar somente passando pelo louro.

- Vamos minha filha, hora de dormir - Falou calmamente o louro, passando a mão nos cabelos ao ver a filha pulando na cama

- Não consigo papai! Foi tão divertido não foi? O pula-pula, o carrosel, a piscina. - Ela falava animada, sentando-se na cama, apertando um ursinho que ganhara naquele dia

- Sim minha princesa, mas agora você precisa dormir para ter energias e contar tudo isso a vó Betsy. - Ele a pegou no colo e colocou-a deitada na cama, cobrindo-a.

- Esta bem... Eu te amo papai - Ela falou com os olhinhos fechados e um sorrisinho nos lábios, enquanto se arrumava na cama

- Eu te amo muito minha vida - Eric deu um beijo na testa da filha. Ao passar pela porta, olhou por cima do ombro para o anjo que dormia e encostou a porta.


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