Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 70
Família


Notas iniciais do capítulo

Voltei, caros amigos.
Peço desculpas, mas fui monopolizado durante toda a semana, portanto não tive tempo de escrever.
Contudo, estou de volta com um novo capítulo.
Respondendo a pergunta da Anaterra a respeito de como a Draconis revela a escolha que faz: isto é algo extremamente subjetivo, logo não há um exemplo claro de que a espada escolheu Yasmin, se ela está apenas esperando a oportunidade de encontrar um novo dono ou se o que Quartzo falou é apenas invenção.
O fato é que, durante a luta, tanto Roger quanto Yasmin usaram a lenda de que a espada escolhe quem pode empunhá-la como uma forma de desmoralizar o adversário.
Prometo que vou aprofundar o assunto em capítulos futuros.
E obrigado por avisar que o capítulo ficou bugado, Warick. Corrigirei.



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–Yasmin: Acabou Roger, eu venci.
Yasmin deu um passo para frente e deixou escapar um leve grunhido de dor após levar um tapa na nuca, este dado por Luna. A sacerdotisa não ocultava que estava bastante irritada, deixando a ex-capitã um tanto desconcertada.
–Luna: NÓS vencemos, você quis dizer! Porque se não fosse pela minha ajuda e a da Karin, agora quem estaria caída na frente de um túmulo seria você!
–Yasmin: S-Sim, tem razão. Então, como eu dizia, NÓS vencemos!
Roger levantou-se, batendo a sujeira de suas roupas. O rapaz tentou cobrir o corpo novamente com cristal, mas percebeu que havia esgotado quase todas as suas energias. Naquele estado já não tinha mais condições de combater três manipuladoras.
–Roger: Tudo bem, eu admito que fui derrotado desta vez.
Subitamente, o tom de voz do controlador de cristais estava calmo e amistoso, como se ele estivesse congratulando Yasmin por ter realizado algum feito digno de nota. Porém, a garota não sentia um pingo de sinceridade.
–Roger: Eu a subestimei, irmã, e devido a isso perdi. Portanto, vou deixar que utilize a espada um pouco mais.
Sem mais nada a dizer, Quartzo deu as costas e foi embora. As três garotas não esperavam que ele fosse realmente desistir da espada, ainda que temporariamente, mas ficaram aliviadas por isso. Yasmin, cansada, deixou seu corpo cair no chão.
–Yasmin: Eu estou precisando urgentemente dormir.
–Karin: Mas dormir não chão vai fazer você parecer uma mendiga.
–Yasmin: Não estou preocupada, daqui eu não levanto.
–Luna: Eu me pergunto o que o William diria se visse você deitada aí...
–Yasmin: Caramba, é mesmo! O William e os outros não apareceram!

Os projéteis que dançavam pelos ares tentando atingir William, Fernand e Samantha simplesmente se desfizeram. Vortex havia percebido a derrota de seu aliado e, devido a isso, considerou que era hora de desistir do confronto, por mais que tivesse gritante vantagem.
–Vortex: Parece que chegou a hora de nos despedirmos.
Sem esperar uma reação, o homem se virou e começou a caminhar lentamente na direção oposta a seus adversários. Fernand, tão confuso quanto seus amigos, não ficou nada contente com isso.
–Fernand: Onde você pensa que vai, nossa luta só esta no começo!
–Vortex: Tolo, você deveria ficar contente por eu ir embora.
William segurou o braço de Fernand para garantir que o guerreiro da terra não tentasse nada contra Vortex. O manipulador do vento sabia muito bem que continuar lutando não lhes traria nenhuma vantagem.
–William: Deixe-o. Nosso objetivo primário é destruir os pilares e, se pudermos evitar lutas desnecessárias, tanto melhor.
–Vortex: Ouça seu amigo, ele é inteligente. Agora, se me dão licença...
O controlador de portais não se virou uma única vez, embora tivesse se mantido parado após ser ameaçado por Fernand. Porém, agora tinha certeza que não seria mais atacado e prosseguiu seu caminho.
–Vortex: “Ainda são imaturos, mas pude notar que possuem uma grande força latente. Eu sinceramente torço para que vocês consigam derrubar os pilares que faltam”.
O homem suspirou enquanto pensava nas provações terríveis que William e seus companheiros teriam pela frente.
–Vortex: “Mesmo que vocês venham a morrer, o que é muito provável, não deixarei que seja em vão.”
Uma grande distorção surgiu diante de Vortex e este a atravessou, desaparecendo. Em seguida, o portal se desfez, sem deixar pistas quanto ao local onde o homem teria reaparecido.

Enquanto o sol surgia lentamente no céu, tomando o lugar da chuva, os seis manipuladores se encontravam reunidos ao redor do pilar agora destruído. William e Samantha permaneciam em pé, enquanto os outros estavam sentados sobre os túmulos.
–Fernand: Então um deles era seu irmão, Yasmin? Que confusão...
–Luna: Eu acho lamentável que ela tenha que lutar contra alguém da própria família. Fico triste só de pensar que não tenho lembranças de meu pai e minha mãe, enquanto isso esses dois malucos quase se matam...
–Samantha: Deixe-me dizer algo que é ensinado para as bruxas, Luna. Nós temos um grande respeito pelos laços de sangue, até porque somos todas, de certa forma, ligadas. Porém, seguimos o princípio de que não devemos deixar que os fantasmas daqueles que já se foram nos assombrem, pois isto torna a vida amarga e nos enfraquece.
–Karin: Quer dizer que fantasmas existem mesmo!?
–Samantha: Não, sua boba! Eu falei figuradamente!
Fernand ergueu o rosto, exibindo um olhar vazio. Sua mente divagava em lembranças felizes, trazidas à tona pela conversa que seus amigos tinham.
–Fernand: Ouvir vocês falando tanto em família me faz lembrar quanto tempo já passou desde a última vez que vi a minha.
–Karin: Como é a sua família, Fernand?
–Fernand: Nada de mais, na verdade. Minha mãe cuida da casa, juntamente com minha irmã mais nova, e meu pai foi um oficial do exército.
–Luna: Ele está aposentado?
–Fernand: Não, ele morreu em ação. Morreu para que um perigoso assassino pudesse ser capturado, provando que era um homem dedicado.
–Luna: Eu... sinto muito.
–Fernand: Nós tivemos muitos desentendimentos, mas eu sinceramente espero me tornar um homem dedicado também.
–Samantha: Uma coisa eu garanto, entusiasmo não lhe falta.
A manipuladora do fogo reparou que William permanecia quieto, o que aumentava ainda mais sua curiosidade a respeito do passado do rapaz. Considerou que aquele era um bom momento para questionar sobre a família dele, uma vez que uma pergunta sobre o assunto seria parte natural da conversa.
–Yasmin: E quanto à sua família, William? Você sente falta deles?
–William: Eu não sei ao certo o que é família.
–Yasmin: Como assim?
–Fernand: William... matou os próprios pais por acidente...
Fernando olhou para seu amigo, preocupando-se com uma possível retaliação, enquanto que Yasmin assimilava o fato a ela exposto, sua face relevando o quão chocada a menina estava.
–William: Não sinto culpa nenhuma por isso, e creio que provavelmente nunca os amei. Além disso, como sou uma arma experimental, não preciso mesmo de uma família. Só o que eu preciso é cumprir a missão que recebi, isso é o que dá significado à minha existência.
Ninguém sabia ao certo o que dizer a William, mesmo não concordando com as palavras por ele ditas. O próprio manipulador tinha consciência de que não seria compreendido, portanto optou por acabar logo com a conversa.
–William: Vamos embora, ainda faltam dois pilares para derrubar.
Seguindo a ordem do rapaz, os outros manipuladores se levantaram e o seguiram em direção à saída do cemitério. Yasmin, a última a se erguer, não podia deixar de sentir um toque de tristeza.
–Yasmin: “Quanto ódio você está escondendo no seu coração, William?”


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Notas finais do capítulo

Aquele que tentou fugir das trevas é quem foi justamente de encontro a elas.
Capítulo 71: Pesadelo
Em breve.



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