Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 38
O Poder das Bruxas




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A declaração ousada de Milla deixou William e Fernand surpresos, mas também um tanto esperançosos e curiosos.
-William: O que exatamente vocês duas pretendem fazer?
-Samantha: Suponho que Milla conheça algum feitiço forte o bastante para controlar os onis.
-Milla: Eu não diria controlar. Na verdade o termo mais correto seria “induzir”.
-Fernand: Isso é ótimo!
-Milla: Mas, obviamente, não é algo que possa ser feito imediatamente. Demoraremos várias horas para preparar o ritual e, durante este tempo, vocês não devem nos interromper.
-William: Compreendo. Se houver algo que pudermos fazer enquanto isso, teremos todo o prazer em ajudar.
-Milla: Muito gentil da sua parte, Storde. Ou posso lhe chamar apenas de William?
-William: Como preferir, Lady Witred.
-Milla: Muito bem, William. Na verdade há sim algo que eu preciso que vocês dois façam para mim. Para que o ritual funcione é preciso que haja um foco próximo aos onis.
-Fernand: O que seria um foco?
-Milla: É um pequeno cristal a partir do qual será liberada a magia. De forma simples funciona assim: há um cristal aqui que receberá a energia mágica do ritual. A ligação deste com o que entregarei a vocês permite que tal energia seja liberada através do foco, contanto que ele esteja a menos de cinco quilômetros de distância.
-William: Entendo. Como os onis estarão ao redor do foco eles serão afetados pelo feitiço.
-Milla: Exato. Além disso, uma vez que eles sejam afetados, os onis imediatamente seguirão em direção à cidade. Portanto, se precisam se preparar, façam isso rapidamente.
-William: Já estamos prontos, basta nos entregar o foco e cumpriremos com nosso dever.
-Milla: Ótimo. O local ideal para posicionar o foco é no centro do acampamento dos onis.
-Fernand: Mas como faremos isso sem chamar a atenção deles?
-William: Não se preocupe, Fernand. Eu tenho um plano.

Os onis realizavam suas atividades, ignorantes do fato de que eram observados. Sua sociedade era extremamente primitiva, lembrando homens das cavernas em sua maneira de agir, embora mais brutais e cruéis. William e Fernand estavam posicionados no topo de um alto barranco logo ao lado da vila, escondidos atrás de algumas rochas.
-William: Acho que podemos começar.
O manipulador do vento jogou um pequeno cristal cilíndrico com extremidades pontiagudas no chão. Em seguida o ergueu usando vento, juntamente com uma grande quantidade de poeira. Depois, fez com que a sujeira girasse rapidamente ao redor do cristal.
-William: Pronto. Agora ele está menos chamativo e provavelmente parecerá uma rocha qualquer.
-Fernand: Farei a minha parte então.
-William: Sim, mas lembre que devemos evitar matá-los.
A cerca de cem metros de distância do local onde os dois estavam encontrava-se a elevação mais alta ao redor da vila dos onis. Concentrando-se ao máximo para não cometer nenhum erro, Fernand tocou o chão com a mão direita. Cerca de trinta segundos depois as rochas do ponto mais alto começaram a tremer.
-Fernand: Só mais um pouco...
Por fim, as rochas começaram a desabar. Os onis logo perceberam isso e, desesperados, se afastaram o mais rápido possível daquele local. William, aproveitando a deixa, começou a conduzir rapidamente o cristal, mantendo-o no ar com seus poderes.
-Fernand: Já posso parar?
-William: Ainda não, só mais um pouco.
Quando o cristal finalmente alcançou o centro aproximado da vila, William dissipou a corrente de ar que o mantinha suspenso. O foco foi ao chão e lá permaneceu, completamente ignorado pelos onis.
-William: Pronto. Missão cumprida.
-Fernand: Eu acho que vale a pena ficarmos mais algum tempo, apenas parar garantir que os onis não migrarão para outro lugar devido ao desmoronamento.
-William: Muito bem, façamos isso.

Noite do dia seguinte. Os dias calmos e reclusos deixavam Electron um tanto irritado. Tantas tarefas importantes para desempenhar e ele se encontrava incapaz de realizá-las, este era o pensamento que se mantinha fixo em sua mente. Não fosse pela presença da sorridente Aurora para animá-lo e lembrar a importância da missão que desempenhavam, provavelmente o guerreiro da Rosa Branca dedicaria muito menos tempo à guarda do pilar. Porém, aquela noite reservava algo diferente.
-Electron: Ouviu isso?
-Aurora: Sim, parecem passos apressados.
-Electron: Quem viria aqui a esta hora da noite?
Um minerador, trajando suas vestes de trabalho e marcado com uma ferida sangrenta no braço direito, adentrou desesperado no local onde se encontrava o pilar.
-Minerador: Ajudem! Por favor!
-Electron: Acalme-se! O que está acontecendo?
-Minerador: Monstros! Atacando a cidade! Não conseguimos enfrentá-los!
-Electron: Malditos! Eu não esperava que fizessem isso.
Sem perder um segundo sequer, Electron disparou em direção à saída enquanto gritava um último pedido para Aurora.
-Electron: Cuide do pilar e deste homem!

Graças ao brilho da lua no céu, William e seus aliados conseguiram reconhecer as roupas da Ordem da Rosa Branca quando Electron saiu correndo da mina. Os três vilões, escondidos entre as elevações do terreno junto com Milla, não foram percebidos pelo apressado homem.
-William: Está tudo correndo de acordo com o plano.
-Samantha: Obrigada por tudo, irmã. Você nos foi de grande ajuda.
-Milla: Imagine, foi um prazer conhecê-los. Especialmente você, William.
-William: Vamos invadir. Temos que ser rápidos, ou poremos tudo a perder.
Ignorando o último comentário da bruxa, o manipulador do vento começou a descida em direção à entrada da mina, sendo seguido por Samantha e Fernand.

Não muito longe dali, Yasmin, Karin e Luna avançavam por uma estrada com pouca vegetação ao redor.
-Karin: Estou morrendo de fome...
-Yasmin: Calma, Karin, falta só mais um pouco. Dentro de alguns minutos estaremos na Cidade dos Mineradores.


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