Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 22
Desafio Aceito




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Cerca de meia hora depois de Fernand partir morro acima para buscar o tal metal azulado requisitado por Jack, William observava a paisagem, sentado em uma rocha. Samantha, em um raro momento de iniciativa, aproximou-se do rapaz.
-Samantha: Gostaria que você e o Fernand não mantivessem segredos, me deixando ignorante. Em especial quando a ignorância quanto a isso possa me ferir ou levar à morte.
-William: Certas coisas não convêm dizer. Mas confesso que deveríamos tê-la deixado a par da minha situação... singular.
-Samantha: Felizmente para mim, Fernand já me contou o que eu precisava saber, senhor arma experimental.
O manipulador do vento fechou os olhos e suspirou, decidindo não considerar o comentário de Samantha como uma ofensa.
-William: Sendo esse caso, acredito que não preciso dizer mais nada. Mas se isso te deixa mais segura, prometo que tentarei evitar perder o controle novamente.
-Samantha: Espero que sim. Mas há algo que eu gostaria de lhe perguntar, e creio que não se incomodará em responder.
-William: Diga o que é.
-Samantha: Afinal de contas, por que Fernand aceitou acompanhá-lo nesta missão? Ela o tornou inimigo de uma nação inteira e pode custar a vida dele. Por acaso ele também foi obrigado?
-William: Não, ele está aqui por livre e espontânea vontade. A verdade é que Fernand é extremamente leal. Ele é o tipo de pessoa que jamais trairia outra, independente de ser superior, subordinado, amigo ou apenas companheiro de batalha.
-Samantha: Isso sim me deixa mais segura. Ao menos não corro o risco de ser morta pelos meus dois aliados. Só um já é o bastante.
-William: Não correrá tanto risco se não me provocar.
-Samantha: Está bem. Farei apenas mais uma pergunta: O que você pensa a respeito de Fernand?
-William: Penso que ele é um tolo por confiar em pessoas que podem sacrificá-lo a qualquer momento. E ainda mais por ser capaz de até mesmo se sacrificar conscientemente. Ele não tem nenhum senso de auto preservação.
-Samantha: Como você é sensível.
-William: Apesar disso, às vezes penso se não sou eu o verdadeiro tolo.
-Samantha: Por quê?
-William: Porque Fernand é certamente muito mais feliz que eu. Mas no fundo isso não importa, o meu caminho já está traçado e não irei me afastar dele.
-Samantha: Entendo. Vou deixá-lo em paz agora, William.
-William: Antes disso, responda-me você uma pergunta.
-Samantha: Sim?
-William: Por que me questionou sobre o que penso a respeito do Fernand?
-Samantha: Porque ele considera você como amigo. Mas pelo que vi, não é algo recíproco.
Sem ter mais nada a dizer, a bruxa afastou-se para procurar algo interessante com o que passar o tempo. William, por sua vez, suspirou novamente.
-William: Amigo, é? Você realmente não tem nenhum senso de auto preservação, Fernand...

Após uma escalada interrompida por ocasionais pausas, Fernand já estava ficando impaciente, pois não havia encontrado nada que sequer indicasse a existência do tal metal azulado. Porém, quando finalmente chegou ao topo chato e extenso do monte, teve uma surpresa.
-Fernand: Mas que drogas são essas?
Três figuras humanóides, grandes e rochosas caminhavam pelo local. Era possível visualizar uma substância azulada e reluzente em certas partes dos seus corpos, provavelmente o metal que Fernand buscava.
-Fernand: Parece que vou ter que arrancar um pedaço dessas estátuas ambulantes.
Sem perder tempo, o guerreiro lançou uma rajada de rochas contra o golem mais próximo, a qual não surtiu efeito algum. A criatura, aparentemente descontente com a perturbação, devolveu o favor lançando uma onda de rochas contra Fernand sem ao menos se mover.
-Fernand: Desgraçado!
O rapaz foi coberto por pedras, mas logo se libertou.
-Fernand: “Vai ser complicado enfrentar essas criaturas desarmado.”
O golem atacado, notando que Fernand ainda estava vivo, começou a caminhar lentamente na direção deste.
-Fernand: “Parece que essas coisas também podem controlar rochas e terra. Será que elas são algum tipo de manifestação espontânea de energia elemental da terra?”
Uma nova rajada de rochas levantou-se contra Fernand, mas desta vez ele conseguiu evitá-la, saltando para o lado.
-Fernand: “Essa criatura é pura rocha e terra. Se eu conseguir me aproximar o bastante, talvez consiga manipulá-la.”
Determinado a testar sua teoria, o guerreiro disparou na direção do golem, o qual lançou outra rajada de rochas, a qual foi, novamente, inútil. Fernand, em frente à criatura após saltar sobre as pedras lançadas, notou que esta iria atingi-lo com um soco antes que ele pudesse esquivar. Sem escolha, o rapaz juntou ambas as mãos, segurando o ataque.
-Fernand: Nossa, você é forte! Mas só essa força...
Fernand empurrou o braço do golem para o lado, encostando a mão direita na região dele que equivaleria ao abdômen de um humanóide.
-Fernand: NÃO É O BASTANTE!!!
O golem se desfez em pedaços, os quais permaneceram inertes no chão. Satisfeito com o resultado, Fernand recolheu um destes para levar para Jack.
-Fernand: Sinto muito pela falta de educação, mas é que eu estou com pressa.
Enquanto se afastava, voltando para a borda do topo, o manipulador da terra olhou para o céu, observando o sol brilhante.
-Fernand: É, vou chegar antes do sol se pôr. Quero só ver a cara daquele ferreiro quando eu voltar.


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