Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 23
O Guerreiro e sua Arma




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Yasmin, Luna e Karin apreciavam uma refeição em uma taverna em Ekal, finalmente recuperadas de seus ferimentos. A sacerdotisa e a manipuladora da luz conversavam, enquanto a capitã, cuja armadura já estava consertada, mantinha uma expressão depressiva. Porém, não demorou para que isso fosse notado por suas companheiras.
-Luna: Ei, eu sei que perdemos duas vezes seguidas, mas não é o fim do mundo. Ainda restam seis pilares, certo?
-Yasmin: Na verdade não é isso que me preocupa.
-Luna: O que é, então?
-Yasmin: Eu arrastei vocês duas nessa missão e vocês quase morreram. Mal consigo enfrentar William, não tenho condições de garantir a segurança de vocês.
Luna e Karin não sabiam o que dizer, afinal de contas Yasmin não estava mentindo.
-Yasmin: Talvez seja melhor vocês seguirem seus próprios caminhos. Eu vou tentar deter William sozinha.
-Luna: Hah! Até parece que você tem chance sozinha contra aqueles três! Você precisa de nós, certo Karin?
-Karin: Certíssimo!
-Luna: Além do mais, eu não vou deixar nenhum adorador de demônios impune! Eles vão receber o castigo divino e será pelas minhas mãos!
-Yasmin: Mas nem sabemos se eles adoram mesmo demônios...
-Luna: Eles querem derrubar a barreira protetora! Que tipo de gente faria isso além dos adoradores de demônios?!
-Yasmin: Vendo por esse lado...
-Karin: Eu concordo com a Luna, temos que proteger nosso reino. Sem contar que ajudar vocês é uma ótima forma de aprender a controlar meus poderes.
-Yasmin: Vocês não vão mesmo desistir, não é?
-Luna: Sem chance. Estamos com você para o que der e vier.
-Karin: Isso mesmo! Juntas nós ainda vamos derrotar aqueles três malfeitores!
-Yasmin: Muito bem então.
Com o ânimo renovado pelo apoio de suas amigas, Yasmin encheu-se de confiança para encarar os desafios que viriam pela frente. Porém, certas dúvidas ainda assombravam sua mente.
-Yasmin: “William. Afinal de contas, qual sua razão para derrubar os pilares?”

Samantha olhava para uma das janelas da casa de Jack, fitando seu reflexo. A bruxa levou uma das mãos aos cabelos, um tanto descontente ao averiguar que haviam crescido muito pouco.
-William: Gostaria que estivessem compridos de novo?
Surpreendida pela chegada repentina do rapaz, Samantha retirou rapidamente a mão de sua cabeça e virou-se, dirigindo a William um olhar frio.
-Samantha: Nada com que tenha que se preocupar.
-William: Não se preocupe tanto com esses detalhes. Você é linda independente do comprimento de seus cabelos.
William disse tais palavras sem qualquer emoção, como se estivesse falando de algo banal. Samantha detestava a atitude do rapaz de dizer elogios daquela forma, pois não conseguia discernir se eram palavras sinceras ou irônicas. Mas, como não tinha interesse em estender o assunto em questão, a bruxa decidiu mudar de tópico.
-Samantha: Eu estive pensando em algo. Por que Fernand optou por buscar um pedaço de metal no topo da montanha, mesmo podendo poupar tempo apenas comprando um machado novo?
-William: Se bem me lembro uma vez ele comentou que o machado que usa é um presente que recebeu de uma pessoa importante. Provavelmente ele deve ter pensado que comprar um machado novo seria um desrespeito.
-Samantha: Entendo. Creio que faria o mesmo se as minhas garras fossem danificadas.
-William: Nem quero imaginar o quão complicado seria consertar um par de garras mágicas. Já que as valoriza tanto, cuide bem delas.
-Samantha: É óbvio que farei isso.
-Fernand: Sentiram saudades, amigos?
Com um sorriso no rosto, o guerreiro da terra caminhava na direção de seus companheiros, exibindo o pedaço que pegara do golem derrotado.
-William: Bom trabalho, Fernand.

Jack estava visivelmente surpreso com o sucesso de Fernand, em especial devido ao fato de que o rapaz não parecia ferido. Porém, tal expressão logo deu lugar a um grande sorriso de satisfação.
-Jack: Meus parabéns, menino! Você é mesmo digno de ser chamado de guerreiro!
-Fernand: Obrigado. Mas diga, quanto teremos de lhe pagar.
-Jack: Não se preocupe com relação a isso. Na verdade eu consertarei seu machado de graça.
-Fernand: De graça? Mas eu pensei que...
O ferreiro pegou o pedaço de rocha que Fernand trazia consigo e riu, deixando o manipulador da terra e seus aliados desconcertados.
-Jack: Eu estava mentindo. Fiz aquilo para testá-lo, a fim de definir se era ou não merecedor da sua arma.
-Fernand: Como assim?
-Jack: A arma é, de certa forma, a vida de um guerreiro. Portanto, um guerreiro deve valorizar a sua arma acima de tudo. Dessa forma, você e ela se tornam um só, uma força que não pode ser detida!
Samantha, afastada cerca de dois metros do ferreiro, cochichou para William, o qual também estava ao seu lado.
-Samantha: Esse cara é louco?
-William: Ignore. Apenas ignore.
Fernand, ainda um tanto confuso, chegou à conclusão de que julgara mal Jack e que, no fundo, ele era um bom homem.
-Fernand: É, realmente eu valorizo bastante o meu machado.
-Jack: Esse é o espírito! E é o motivo pelo qual consertarei sua arma sem cobrar nada. Mas já aviso que o conserto vai levar algum tempo.
-Fernand: Sem problemas, não temos pressa. Não muita...
Fernand evitou olhar para William ao dizer isto. Jack, sem ter mais nada a dizer, dirigiu-se para sua forja, a fim de iniciar o conserto do machado.

No dia seguinte, Yasmin e suas companheiras estavam prontas para iniciar a viagem. Logo que começaram a caminhar, a capitã decidiu que deveria deixar algo bem claro.
-Yasmin: Fiquem atentas, pois iremos para um lugar bem perigoso, cheio de criaturas selvagens. A Floresta Everdread.
-Luna: Como assim, Floresta Everdread? Entrar lá é praticamente suicídio! Que tipo de louco moraria num lugar assim?
-Yasmin: O meu tio. E realmente, acho que louco é uma boa forma de descrevê-lo.


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