Roses And Demons: Roots Of Rebellion escrita por JulianVK


Capítulo 13
Karin Annings




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Durante a metade da tarde, Samantha e seus aliados prosseguiam por uma estrada com alguns bosques e montanhas ao redor. O terreno e a flora impediam que vissem muito adiante, mas também impedia que fossem avistados facilmente.
-Fernand: William, já faz um tempo que não consigo tirar uma pergunta da mente.
-William: Que pergunta?
-Fernand: Por que estamos andando por uma estrada? Pensei que, por já sermos conhecidos pelas autoridades de Chesord, viajaríamos de forma mais furtiva.
-William: Não temos muita escolha, já que nem mesmo Samantha conhece bem este local.
-Fernand: Que tipo de guia é você, Samantha? Isso é uma vergonha!
-Samantha: É melhor ficar calado se não quiser perder a língua.
-William: Vocês dois não-
O manipulador do vento interrompeu sua frase após subir uma pequena elevação no terreno e notar que mais à frente havia algo parecido com uma carroça na estrada e um cavalo morto ao lado dela.
-William: Ataque de animais selvagens?
-Samantha: É provável.
O trio se aproximou cautelosamente e analisaram a carroça, descobrindo que atrás desta havia um homem de aproximadamente quarenta anos com várias feridas e sem a mão esquerda. No pulso do mesmo braço havia um pano enrolado tingido de sangue. Apesar de tudo, ele ainda estava vivo.
-Viajante: Graças... aos céus... por favor... ajudem...
-Fernand: O que houve com você, velho?
-Viajante: Eu sou um comerciante... Vou de cidade em cidade... vendendo... Mas fui atacado... por uma fera selvagem...
-Fernand: E como você ainda está vivo?
-Viajante: Eu cravei uma adaga... e a fera fugiu... Mas não antes de... quase me matar...
-William: Faz sentido. Samantha, acha que este homem tem chances de sobreviver?
-Samantha: No estado em que está é mais provável que ele morrerá, mesmo se for levado a um curandeiro.
-Viajante: Por favor... me ajudem... eu posso pagar...
-William: Você quer ajuda homem? Então eu lhe ajudarei!
-Viajante: Muito obr-
Antes que o homem terminasse de falar, uma das espadas de William cravou-se no coração dele, matando-o no instantaneamente. Em seguida, o rapaz retirou a lâmina e a limpou em um dos panos sobre a carroça.
-Fernand: Precisava mesmo ter feito isso, William?
-William: Por mim eu o deixaria aí até morrer. Eu só fiz isso porque sabia que você reclamaria se simplesmente ignorássemos o infeliz.
-Fernand: Mas matar uma pessoa inocente é...
-William: É a minha forma de ajudá-lo. Ele provavelmente morreria, portanto eu o poupei de mais sofrimento e desespero com uma morte rápida e indolor. Além disso, lembre que somos criminosos procurados. Não podemos mais entrar numa cidade e falar com as pessoas sem mais nem menos.

A noite havia chegado há pouco tempo, mas Yasmin e Luna seguiam por uma estrada em direção a uma vila. Esta última visivelmente inquieta.
-Luna: Quanto tempo ainda vamos demorar para chegar em Taber?
-Yasmin: Por favor, só mais um pouco de paciência. Tenho certeza de que você preferirá dormir numa cama de estalagem do que no meio do mato.
-Luna: Sim, sim. E o que é aquilo? Alguém esqueceu um saco de pano no meio da estrada?
Logo adiante estava algo caído na estrada. Após conferir melhor, Yasmin notou que era uma menina, mas enrolada daquele jeito parecia mesmo um saco de pano.
-Karin: Coooomiiiida... eu preciso...
-Luna: Isso é... uma pessoa?
-Yasmin: Uma pessoa faminta, inclusive.
-Luna: O que fazemos com ela?
-Yasmin: Eu tenho dinheiro suficiente para pagar uma refeição e hospedagem pra ela.
-Luna: Só não vá adotá-la como bicho de estimação.

-Karin: Aaaah... não consigo comer mais nada!
Sentada ao redor de uma mesa juntamente com Yasmin e Luna, Karin sorriu após terminar de jantar.
-Luna: Ainda bem, porque nem os soldados de Chesord comem tanto quanto você!
-Karin: Muito obrigada mesmo, Senhorita Pyrath!
-Yasmin: De nada, Karin. Mas ainda tem uma coisa que você não nos disse e eu quero saber. O que estava fazendo caída na estrada?
-Karin: É que eu sou uma viajante. Eu nunca fico muito tempo no mesmo lugar.
-Yasmin: Viajante? Como uma garotinha pode ser uma viajante?
-Karin: É que eu sou órfã e fui adotada como aprendiz por um sábio que descobriu que eu era uma manipuladora de elementos. Ele me treinou, mas depois de um tempo disse que somente estudar não era o bastante e que eu tinha que aprender a usar meus poderes na vida real. Desde então tenho viajado por aí, conhecendo Chesord.
Com expressões de puro espanto, Yasmin e Luna olhavam uma para a outra, sussurrando para que Karin não ouvisse.
-Yasmin: Que tipo de maluco manda uma menininha de treze anos viajar sozinha?
-Luna: E eu vou saber?
Em seguida, Yasmin voltou a se dirigir para Karin.
-Yasmin: Pra ter conseguido sobreviver até agora você deve realmente ser uma manipuladora poderosa.
-Karin: Eu sou sim, mas infelizmente meus poderes são muito instáveis e eu não consigo controlá-los perfeitamente. Foi por isso que meu mestre me deu esse cajado, ele me ajuda a manipular com mais perfeição.
-Luna: Pensando bem, Yasmin, talvez fosse melhor ela vir conosco.
-Yasmin: Mas Luna, ela é só uma garotinha!
-Karin: Onde vocês vão, Senhorita Watlear?
-Luna: Estamos perseguindo alguns foras-da-lei.
-Karin: Que incrível! Por favor, deixe eu ir junto, Senhorita Pyrath!
-Yasmin: Mas...
-Luna: Eles são três, nós apenas duas. Com a Karin teremos mais chances de vencer.
-Yasmin: Tá bom, tá bom! Mas antes eu quero ver do que essa menina é capaz!
-Karin: O que eu terei que fazer, Senhorita Pyrath?
-Yasmin: Espere e verá.


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