A Princesa do Oceano escrita por BahMiller


Capítulo 6
Capítulo 5 - Missão muito tensa.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi gente. Então, desculpem a demora. É que eu estava com uma super falta de criatividade e bem, meu PC apagou uma parte do capítulo.
Agradeço a Luh pelo incentivo [Ameaça -q] para eu continuar.



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Ri.

Uma brincadeira é claro. Por que diabos alguém me convocaria para uma missão? Logo eu, a Melyssa. A garota que fora rejeitada pela maioria do Acampamento.

Não fazia nenhum sentido.

- Eu sei que pode parecer um tanto “improvável”, mas os deuses assim quiseram. – Quíron pareceu ter lido minha mente, ainda sério.

Os deuses? Fala sério, os deuses nem devem me conhecer. Franzi o cenho, incrivelmente perturbada, e sabendo que definitivamente, tinha alguma coisa errada. Muito errada.

Muito, muito, muito errada.

“Tá legal, já entendi. MUITO errada, agora dá pra parar de repetir as coisas?” Uma voz reclamou no fundo de minha mente.

Fui arrastada até a Casa Grande por Evelyn, que me puxava pela mão com mais força do que eu gostaria, deixando-me sem escapatórias.

Os outros nos seguiam discutindo entre si. Não dei a mínima importância, concentrando-me somente na voz de Nico. Quer dizer, concentrando-me na voz de Evelyn, que não parara de falar. É, isso mesmo. Na voz da Evy.

- O que acha, Melyssa? - Annabeth me perguntou, incluindo-me na conversa.

- Que não é possível alguém ter uma voz tão bonita assim. – Respondi automaticamente, franzindo o cenho e ainda pensando em um certo filho de Hades. Que, aliás, me encarava.

Que droga. Abaixei minha cabeça com as bochechas em brasas, enquanto os outros riam descaradamente.

- Quem? Quem? Quem? – Evy pulava ao meu redor, cantarolando.

Fui salva por Quíron que chegara antes de nós, chamando-nos para dentro da sala de reuniões. Adentrei o local, sentando-me em uma das cadeiras, com uma sensação desconfortável. O clima anterior havia se extinguido e todos se acomodaram, tensos.

O centauro foi para sua cadeira de rodas e Dioniso apareceu em uma nuvem roxa sentando-se em sua poltrona. Ele pode ser chato e mal humorado, mas convenhamos, tem estilo.

O deus sorriu pra mim, como se concordasse. 

Quíron suspirou, fechando os olhos.

- O Olimpo está com problemas. Psiquê foi sequestrada por Érebo. Sabem o que isso significa?

Annabeth arregalou os olhos, colocando a mão sobre sua boca.

- Pisiquê é a personificação da alma. Mais precisamente de uma alma limpa, sem maldade. Ela mantém o equilíbrio do mundo, mesmo sendo uma deusa menor. – A garota murmurou, os olhos cinzentos estavam distantes.

- Psiquê também é capaz de convencer com poucas palavras um humano com a alma corrompida em deixar toda a maldade de lado. – Quíron continuou, assentindo.

Bem, isso não me parecia muito legal. Mas ainda não estava entendendo a gravidade da situação. Quer dizer, é só mandar alguém buscá-la.

- Érebo é o deus da escuridão. Ele foi um grande inimigo dos olimpianos e com a ajuda dos ex-combatentes aliados à Cronos, conseguiu se reerguer das profundezas do Submundo. – Dioniso se manifestou.

- E como meu pai deixou isso acontecer? – Nico perguntou, alterado.

- Ele não teve escolha, alguns traidores de seu próprio Reino o chantagearam pegando Perséfone. Ou Hades libertava Érebo ou Perséfone seria levada para sabe-se lá onde. E acredite, Hades valoriza muito sua esposa para isso.

James encarava os outros, confuso.

Epa, me esqueci de apresentar nosso Jamesito. Ele é um Filho de Deméter muito lindo, por sinal. E como Evy diz: Esse é o tipo de jardineiro que você chama mesmo não tendo um jardim.

Enfim, ele é alto. Loiro e bronzeado. Olhos cor de bronze, e até que é legal.

- Tudo bem, isso não é bom. Mas o que Érebo tem a ver com Psiquê? – Jay perguntou.

- Ele quer com a ajuda de Psiquê, sugar todas as boas almas do mundo e usá-las para reerguer Cronos. O poder do Titã aumentaria muito mais com o uso da inocência das almas. E sei que estão pensando que Cronos foi derrotado e blá blá blá. Ele realmente foi, mas não está completamente morto. Poderão achá-lo novamente e construir um novo corpo com milhares de almas. – Sr.D murmurou, tomando um gole de sua Diet Coke.

- Nada bom. - Franzi o cenho, rompendo o silêncio.

- Realmente, e é por isso que vocês irão achá-la e levá-la de volta para o Olimpo com segurança. E não tentem impedir Érebo, ele é forte demais para vocês. Só tragam a deusa em segurança. - Quíron ordenou com seriedade.

- Tudo bem, é só eu achar Psiquê na minha bola de cristal aqui. - Evelyn revirou os olhos, bufando. Ri internamente, trocando um olhar com ela. Essa é a minha amiga.

O centauro tirou de um dos bolsos uma fita de cetim negra, e a serpenteou entre os dedos da mão.

- Esse é o Laço de Psiquê. Nada de mais, mas a deusa antes de ser capturada lançou uma magia nele. A medida a fita for se aproximando dela, vai clareando até voltar a sua aparência original. Ou seja, transparente.

- Entendi, e como diabos vamos saber onde ela está? Rondando o EUA inteiro? - James perguntou com uma sobrancelha erguida.

Até que fazia sentido.

De repente, a porta da sala foi aberta e uma garota passou por ela, sorridente. O cabelo ruivo caía em ondas, sendo intensificado pela camiseta vermelha e o jeans rabiscado.

Rachel, o Oráculo.

Eu já havia visto ela algumas vezes, mas só de longe. Ter o Óraculo ao seu lado era um tanto estranho.

A garota nos olhou, demorando um segundo a mais em mim. Seu olhar me parecia confuso e um tanto pesaroso, o que me deixou completamente arrepiada.

- Uma profecia, é claro. - Ela falou, sorrindo levemente antes de colocar as mãos nas têmporas, concentrando-se. - Vamos, perguntem.

Percy pigarreou incerto.

- Ahn... Qual é o futuro de nossa missão?

Os olhos de Rachel ficaram esverdeados e uma fumaça da mesma cor saiu de sua boca. Ela rondou o local, fazendo-me tremer involuntariamente. Era totalmente assustador.

Uma mão quente foi ao meu ombro e não precisei nem olhar para saber que era Nico. A droga do cheiro grudava em minha mente.

A voz de Rachel soou triplicada e alta.

Ao lar da ensolarada os campistas irão.

Os rastros da morte eles encontrarão.

O laço de sangue deverá unir.

Pois somente assim, poderão seguir.

Se o coração da garota a decisão certa tomar.

O grande mal finalmente não irá voltar.

- Bem, não é assim tão ruim. – Percy sorriu aliviado. Ele já deveria ter passado por situações muito piores que essa. Afinal, ele havia salvado o Olimpo.

Não é pouca coisa não, minha gente.

- Essa parada de “Caminhos da morte” me parece ruim. – Murmurei, tentando controlar o medo em minha voz.

E então, todos começaram a discutir a missão. Menos eu... E Annabeth.

Ela murmurava algumas palavras em voz baixa, seus olhos estavam mais profundos do que nunca. Eu queria saber o que se passava na cabeça da garota, pois algo me dizia que era importante.

Muito importante.

“Precisamos da droga de um substituto para ‘muito’, porquê o coitado já deve estar cansado de ser usado.” A voz irritante se manifestou novamente, fazendo-me revirar os olhos.

Digamos de passagem, muito irritante.

“Idiota.”


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu queria fazer uma coisa diferente, sei lá.
Ah e me desculpem pela profecia tosca.
Eu não sei fazer profecia. Sério.
Enfim, comentem! /o/