Well Be Alright! escrita por CrisPossamai


Capítulo 5
The Sue Sylvester Bowl Shuffle




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O clima no Breadstix estava estranhamente infeliz, especialmente, para uma sexta-feira. Pelo o que Daniel ouviu, apesar da derrota, o time de futebol havia se classificado em primeiro lugar para a final do Campeonato da Conferencia na próxima semana e as animadoras eram as favoritas para a fase Nacional. Afinal, o que os alunos da medíocre escola Willian McKinley tinham contra a vitória? O garçom não perde mais tempo analisando os companheiros de estudos e se apressa em atender mais mesas. As pessoas estavam economizando até mesmo nas gorjetas ultimamente. Mesmo o país mais poderoso do mundo não estava imune a problemas. Os integrantes do coral pareciam pouco a vontade fora da sala de ensaio e não possuíam a mesma interação. Quinn não escondia o tédio e cortava qualquer gesto de Sam para amenizar o desconforto. Finn se mostrava mais desanimado e apático desde rompera com a pequena solista. Apesar das insistências, o auge da noite de Puckerman havia sido dentro de campo marcando alguns pontos para sua equipe. As investidas do bad boy foram sumariamente rechaçadas. A exceção para o desanimo se concentrava no casal de casais sentado em uma discreta mesa no interior do estabelecimento. A noite se arrasta com a má vontade do público e a diversão do garçom é ouvir as cômicas pérolas de Brittany, que atraem a presença do solitário encrenqueiro. Com a debandada dos colegas de time e das meninas da torcida, o judeu resolveu se aproximar dos únicos que genuinamente aproveitavam a noite mais esperada da semana. _ Daniel, o seu expediente demora muito para acabar? – ele nega _ Nós estamos pensando em prolongar a diversão desta noite. – propõe Artie. _ Prolongar? Por favor, eu peço que vocês me apresentem a alguma diversão nesta sexta-feira. Escutar os resmungos do Finn acabou com a minha paciência. – relata Noah. _ Não é nada radical, eu apenas sugeri que poderíamos experimentar um jogo de videogame que eu ganhei ontem. – explica Mike _ Parece que o nome é Fifa 2011, acho que é de futebol (soccer). Por isso, achamos que você poderia gostar, Dan. _ UAU! Fifa? Há anos que eu não jogo uma partida! Eu jogo com o Flamengo! – o brasileiro escolhe prontamente. _ Então, pula-pula, você vai largar que horas? – debocha Tina para infelicidade do estrangeiro e deleite dos amigos. O rapaz revira os olhos para a citação do ingrato apelido herdado pela excelência em saltos acrobáticos. O expediente se encerra em meia-hora e o sexteto parte para a casa de Mike Chang. A elegante residência estampa a prosperidade da família asiática de classe média. O pai do jogador de futebol permanecia acordado e estranha a presença do grupo de jovens adentrando a sua propriedade naquela altura da noite. O filho explica a intenção de apresentar o novo game aos amigos, especialmente, ao brasileiro e o rosto do senhor se torna mais acessível. _ Não vejo problema nenhum em vocês jogarem se manterem o volume baixo. Filho, eu não consegui ninguém para o turno da madrugada, então, fique atento ao monitor da empresa, certo? Boa noite, garotos! – o adulto se retira. _ Eu tava imaginando que sobraria para mim... – reclama o garoto despertando a curiosidade dos demais _ Meu pai é dono de uma empresa de monitoramento, com alarmes e câmeras de seguranças, sabe? Bom, não é nada fácil encontrar pessoas dispostas a sacrificar o final de semana para vigiar a casa dos outros... O sujeito precisaria apenas ficar na frente do computador e avisar no caso de alguma emergência. _ Eu poderia fazer isso... Talvez não no fim de semana, mas, eu poderia. – avalia Puck. _ Paga bem? – o asiático confirma _ Eu já estou acostumado a trabalhar no sábado... E não me importaria em perder o domingo se rendesse um bom dinheiro. – argumenta Daniel. _ Eu não entendi. Por que esses bonequinhos chutam e não carregam a bola? Alguém deveria entrar em campo e explicar as regras do jogo para esses times! – Brittany confunde os esportes proporcionando divertidíssimas gargalhadas. _ Querida, o "soccer" é jogado desta forma mesmo. A primeira rodada pode ser entre nós? A Brittany costuma aprender mais facilmente se as coisas são demonstradas na pratica. Surpreendentemente, o cadeirante é goleado pela namorada ainda no primeiro confronto. Fato que abalaria consideravelmente o ego masculino. Depois de despachar cada um dos garotos, Tina e Brittany se enfrentam na final do improvisado campeonato de videogame. A maratona de futebol se consagra como o período mais engraçado da noite e por aclamação o programa ganharia continuação no sábado logo após o treino obrigatório de atletismo. A pedido das meninas e para maior desgosto do quarteto masculino, Mercedes também é incluída na atividade prevista para o dia seguinte. A diva se torna mais uma rival em potencial para Artie, Mike, Daniel e Puck. Na espera para o primeiro ensaio da semana, os comentários sobre a surra aplicada por Mercedes, Tina e Brittany destoam da apatia do restante dos componentes do New Directions. A debochada provocação feminina é suspensa com a entrada de Artie no recinto. O cadeirante havia sido a vitima mais recente da estúpida tradição das raspadinhas "distribuídas" pelos valentões. _ Dane-se o ensaio! Isso vai acabar agora de uma vez por todas! – grita Finn assegurando o ajuste de contas. _ Vamos todos para cima deles, agora mesmo! – bufa Puckerman ao avistar a chegada dos jogadores de futebol americano. _ Então, a sala das meninas é assim por dentro! – ironiza um dos grandalhões. _ É a sala do coral, idiota! Agora, cale a boca, porque eu e você vamos dançar! – provoca Sam. _ Quem foi o retardado que fez isso ao Artie? É engraçado... Porque vocês enchem o saco com essa história de bicha, mas, são vocês que vivem com os rabos grudados! – dispara Daniel. _ Ei! A treinadora Beiste nos disse para vir. Onde ela está? – Karofsky tenta conter os ânimos. _ Todos sentados. – ordena Will _ Vamos dar as boas-vindas aos novos membros do Glee Club. – a reclamação é generalizada. _ Isso é sério? Eles foram os responsáveis pela transferência do Kurt! – adverte Hudson. _ Não tem chance de dividirmos a sala com um bando de homofóbicos! – protesta Rachel. _ Pela primeira vez na história, nós somos obrigados a concordar com a anã! – a latina toma a palavra. _ Eu conversei com a treinadora Beiste e concordamos que esse tipo de agressão nasce da ignorância. Por mais difícil que a convivência seja não deixa de ser uma oportunidade para mostrar como é divertido estar no coral. Precisamos encontrar pontos em comum. – explica o professor de espanhol. _ Todos vão estar no Glee Club nesta semana, sem exceções. Vocês precisam arrumar um jeito de se unirem ou vão apanhar mais do que sacos de pancadas. – decreta a técnica. _ Nós também somos obrigados a agüentar essa estupidez? Porque a única maneira para que eu fique perto dos caras que dizem asneiras sobre o meu país todos os dias é acertando um soco em cada um! – Daniel se manifesta furioso. _ Não, ninguém será forçado a permanecer. Mas, eu e os seus colegas agradeceríamos se você ao menos tentasse, Daniel. – o garoto bufa, mas, acaba consentindo _ Nós temos que mostrar o que realmente fazemos aqui. Eu sei que a Rachel e o Puck estavam trabalhando em um dueto. Podem nos mostrar? – solicita o maestro. A balada Need You Now é interpretada impecavelmente pela inusitada dupla. No entanto, as piadinhas surgem no exato instante em que a melodia é finalizada. A operação para conciliação dos dois clubes estava a léguas distantes de qualquer progresso. Prevendo a dificuldade em impor a liderança diante do time de futebol, Puck e Finn travam um sincero dialogo sobre as sucessivas traições envolvendo o garoto do moicano e as namoradas do quarterback. O ressentimento é colocado em segundo plano e a camaradagem é elevada a fim de fortalecer as chances de conquista do campeonato. Senão bastassem as confusões internas, Sue Silvester enlouquece as vésperas da competição nacional de lideres de torcida e planeja lançar uma estudante de um canhão. A possibilidade é abolida pelo diretor Figgins e como retaliação, a vilão usufrui de sua influência para alterar a data da disputa das cheerios para o mesmo dia da decisão do título da Conferencia. O show do intervalo estava arruinado. O drama atingira proporções históricas mesmo para o New Directions. A hora da decisão para as líderes de torcida chega e a opção pela popularidade no ensino média vence. O trio entrega renúncias no escritório do professor de espanhol. Finn, tentando exercer a liderança para manter as peças do coral unidas, confronta a capitã das cheerios sobre a escolha e o resultado é nulo, já que o tom da discussão é elevado e o namorado surge para salvar a não tão indefesa animadora de um choque de realidade. Will precisa intervir para separar a provável briga e convoca os adolescentes para mais um ensaio do Glee Club. Quinn não acata o chamado e vaga despreocupadamente pelo colégio em um estranho tempo livre. A jornada repleta de reflexões pessoais termina na arquibancada. O dilema era direcionar o olhar para o presente no campo de futebol ou para o pretérito inspirado na pista de atletismo. A voz carregada de sotaque parece evocar o passado. _ Então, sua desistência é oficial? Eu achei que eram apenas boatos maldosos, mas, ninguém se atreve a fazer isso agora que você é apenas a líder das cheerios, não é? – dispara o brasileiro com a mochila nas costas. _ Você também não parece preocupado pelo atraso para o ensaio. Acho que nós estamos priorizando outras coisas no momento, Daniel. – ela confronta o atleta. _ A diferença é que eu avisei ao senhor Schuester que faltaria para me dedicar mais ao atletismo. Hoje, teríamos apenas uma coreografia para unir os jogadores de futebol e eu sou o único que não visto aquela jaqueta ridícula. Eu tenho uma competição na próxima semana, então, preferi estar aonde posso fazer alguma diferença. _ Semana que vem? Eu não sabia que as seletivas seriam tão cedo neste ano. _ Você não sabe de muita coisa que tem acontecido na minha vida ultimamente. – rebate. _ Ao contrário de Rachel Berry. – a garota dispara enciumada pelo desabafo na véspera de Natal. _ A Rachel pode ser bem agradável quando consegue controlar a quantidade de palavras ditas por segundo. Agora, com quem eu falo ou fico não tem nada haver com você, Fabray. – assegura o brasileiro. _ Eu sei, mas, parece que você está próximo de todo mundo do coral, menos de mim. Antes de tudo aquilo, nós costumávamos ser amigos. Eu lembro muito bem da época em que a monitoria era a melhor parte do meu dia. – a loira revela mirando o rapaz, que se desarma. _ Eu não era o único do seu lado no ano passado, Quinn. Ao contrário da treinadora Silvester que expulsou você da torcida, o pessoal do Glee Club sempre te apoiou. Não é justo você virar as costas para nós na primeira oportunidade. – ele responde a altura. _ Por que você tem que estar constantemente certo? Isso é irritante, sabia? – ele ri da raiva simulada _ Eu sinto falta de ter uma conversa com você que não acabe em gritos ou magoa. – Quinn repousa a cabeça no ombro do imigrante. _ Eu to tentando lidar com isso, sabe? Acho que é uma questão de me acostumar... Ou conformar. – ele arrisca a frágil declaração, ela estapeia o braço pela gracinha. _ Todo mundo precisa conviver com alguns fantasmas, não é? – ele concorda silenciosamente _ Eu nunca viraria as costas para você... E prometo tentar isso também no plural. – ela brinca com a gramática dando a entender que repensaria a decisão _ Você precisa de ajuda nos estudos? – a loira se disponibiliza. _ Não, eu to estudando com o Artie e o Puck. Mas, o restante da equipe vai demorar mais meia-hora para o treino. Alguém precisaria controlar o meu tempo. Por acaso, o seu celular tem cronômetro? – ela acena positivamente. Depois de algumas explicações, Quinn passa a marcar o tempo registrado em cada volta. O treino extra do brasileiro resulta em belos números que poderiam colocá-lo como titular da equipe na disputa das principais provas de velocidade. A garota percebe o nítido entusiasmo do estrangeiro a cada anuncio de melhora. Os minutos transcorrem e o pequeno passatempo da garota proporciona a melhor sensação que desfrutou nos últimos dias. A facilidade em sorrir era uma das principais dificuldades que a menina encontrava para se desapegar das lembranças do quase romance. Era simples demais permanecer alegre ao lado dele. Aos poucos, os companheiros de time começam a aparecer e a loira, sutilmente, se afasta da pista de corrida. Entretanto, a risada exagerada e os comentários a respeito de algum incidente lhe chamam a atenção. Alguém cumprimenta o brasileiro e conta em detalhes a última bomba diretamente dos corredores do colégio. A sorte de Daniel, como classificou o companheiro de equipe, era não estar entre os "otários" que desfilaram maquiados pela escola. Os brutamontes do hóquei confrontaram os "antigos donos" do Willian McKinley e, simplesmente, encharcaram os jogadores com raspadinhas. A humilhação pública culminou com a debanda da maioria dos componentes da equipe de futebol. _ Nada contra as musiquinhas do Glee Club – declara Nathan, um corredor de provas de fundo _ Mas, andar pelos corredores com a cara borrada de maquiagem é completamente idiota! Por isso, eu não me surpreendo que você tenha pulado fora, pelo menos, desta pagação de mico! – o elenco inteiro de atletismo gargalha. Daniel troca olhares com Quinn, antes de levar as mãos a cabeça em sinal claro de frustração. Daniel justifica a ausência pela exclusividade da apresentação aos jogadores de futebol. Os colegas de corrida não provocam o rapaz, entretanto, continuam rindo da aparente ruína social do futebol americano. O treinador inicia o treinamento e a preocupação com o status dos companheiros de coral teria que esperar. O atletismo era a sua prioridade no momento. Após a dispensa, o brasileira procura inutilmente por alguém do New Directions. Nenhum vestígio. A situação deveria estar horrenda para o sumiço coletivo, impossibilitado de exercer qualquer incentivo, a única saída é se apressar para o serviço. O Breadstix sempre servia como abrigo para o coral e, possivelmente, encontraria alguém que pudesse lhe repassar o nível da nova crise. A expectativa é superada ao se deparar com Kurt, Blaine, Rachel e Mercedes, praticamente a sua espera para realizarem os pedidos. As potenciais divas tentam explanar a respeito do momento complicado vivido pelos rapazes do coral e uma brecha no regulamento do brutal esporte apontada pelo solista dos Warbles revitaliza as esperanças da dupla feminina. O imigrante amaldiçoa o surpreendente conhecimento do rapaz da Academia Dalton sobre a paixão nacional norte-americana no instante em que percebe ser o alvo do famoso olhar fixo de Rachel Berry. Condenação sumária. Ninguém possuía audácia ou astúcia suficiente para desestimular as mirabolantes estratégias de Rachel depois de traçadas. Apesar do risco de lesão às vésperas da competição de atletismo, Daniel é convencido a ingressar, juntamente com as meninas remanescentes do grupo musical, na equipe de futebol. _ Garotas, vocês já viram um ataque em um jogo de futebol? Quando te acertam, dói muito. Pode ser perigoso. – salienta Will depois que o plano é apresentado. _ Nós pensamos nisso, mas, a verdade é que vocês não precisam que joguemos. Só precisam de jogadores para cumprir o regulamento. Quando jogarem a bola, nos jogamos no chão. – a pequena notável explica a tática elaborada. _ Pena que eu não posso aproveitar o esquema tático desenvolvido pelas meninas. – lamenta o brasileiro. _ Bom, nós sabemos que você pode correr, então, se for rápido o bastante não será atingido, Daniel. – consola a treinadora _ Quanto às meninas, acho que não irão se machucar se ficarem no chão. Bem-vindas – o estrangeiro bufa causando risadas _ e bem-vindo ao time de futebol! O uniforme e as proteções de jogo provocaram um tremendo desconforto ao brasileiro, entretanto, a treinadora Beiste conseguiu enxergar um resultado positivo na desistência de seus principais atletas. Há algum tempo, ela analisava o desempenho do novato nas praticas de corridas e estava impressionada com velocidade e o vigor físico. O problema era a estranha rejeição do imigrante a qualquer convite para teste ou jogo de futebol americano. Ele afirmava que o único futebol que disputaria na vida seria em solo brasileiro e utilizando as mãos apenas para cobranças de laterais. Puckerman era o encarregado de auxiliar o brasileiro na execução das jogadas, se conseguissem efetuar alguma. A esperança da técnica era que a rapidez do rapaz aliada ao bom lançamento de longa distancia de Finn pudessem lhe render pontos preciosos. O rapaz até faz bons bloqueios e dispara em algumas arrancadas, a frustração era que a bola jamais chegava aos responsáveis pela recepção. O ataque da Willian McKinley estava um desastre. Faltando menos de três minutos para o encerramento da primeira etapa da partida, o quarterback é atingido antes de lançar e a bola se perde entre os times. Em um lapso de coragem, Tina agarra a bola e corre bons metros acendendo algum resto de esperança na torcida. Contudo, é barrada pelos adversários. A decepção das arquibancadas alcance o campo. Notando o desanimado, o quarterback decide demonstrar a liderança e pede para ser substituído por Sam, enquanto se encarregada de recuperar as três integrantes do coral e responsabiliza o melhor amigo de trazer os outros jogadores de volta. Com o choque na garota, a técnica solicita tempo técnico e é incapaz de indicar um caminho para a reação. Inesperadamente, Puck solicita a chance de falar e aponta uma jogada que realizou diversas vezes por diversão com o amigo brasileiro. _ Treinadora, eu tenho uma jogada. – surpreende Puck _ Eu faço um 18-Yard-Cross e o Dan imita do outro lado. O Sam lança para mim e eu tento aparecer por baixo da defesa. Eu sei que vão me parar, mas eu passo para o Dan, que estará livre. _ Você é especialista em 100 metros, não é garoto? – o brasileiro confirma _ Eu espero que você seja muito bom, porque senão nós vamos para o vestiário com o placar zerado. Façam, não temos nada a perder mesmo. – Beiste concede ao capricho do judeu. Sam recebe a bola e toma distancia, enquanto, a dupla de running backs dispara pelo campo. A bola é apanhada por Puck, que emenda um passe para o brasileiro na lateral. A ação surpresa pega a defesa adversária aberta, que demora demais para se recompor. Daniel tem liberdade para correr até ser bloqueado por um zagueiro no ombro, apesar da marcação, ele força a passagem e consegue cair com a bola na linha na end zone. O juiz valida o touchdown. A torcida explode pela abertura do placar pelo time da casa e os companheiros caem por cima do estrangeiro. A comemoração é insana e facilita bastante o trabalho de Puckerman para resgatar os desertores. O único irredutível é Karofsky. Finn também retorna com Quinn, Santana e Brittany. O Glee Club está completado novamente e pronto para detonar no Show do Intervalo com Thriller/ Heads Will Roll. Off with your head To dance dance dance until you're dead I'm off off off with your head O tom sombrio e a maquiagem de zumbis são impecáveis. O entrosamento dos estudantes é harmonioso e o mashup leva o público ao delírio. Os gritos eufóricos e os aplausos são o suficiente para convencer a carta fora do baralho a ingressar na performance. O lema "antes tarde do que nunca" serve perfeitamente para qualificar David Karofsky. Cause this is thriller,thriller night Girl, I can thrill you more Than any ghost would ever dare try Thriller,thriller night So let me hold you tight and share a killer, Thriller tonight A apresentação é ovacionada e os atletas partem para o vestiário cientes de que se puderam confrontar e conquistar a multidão, reverter o placar não seria problema. As meninas celebram silenciosamente por voltarem à posição de simples espectadoras. O campo de futebol era quase um campo de batalhas. Com o corpo esfriando, as dores pelo choque desestabilizam o brasileiro, que mentalmente pesa as conseqüências que os seis pontos podem acarretar para a competição que realmente lhe importava. Com Beiste oficialização a incorporação dos atletas, Finn tem tempo para agradecer a colaboração do antigo "escudeiro" e escuta a narração inacreditável do touchdown marcado pelo imigrante em uma jogada indicada por ele. O quarterback se espanta com o desempenho e liderança de Puck. Agora, ele trataria de dar o devido credito ao mais novo integrante da equipe. _ Ei, soube que você foi o responsável por nos tirar do zero! Parabéns, grande corrida! – o brasileiro sorri retirando a proteção do ombro direito _ Primeira seqüela de bloqueio? – o rapaz confirma _ Passa logo. Você seria extremamente bem-vindo ao time. – o imigrante se limita em acenar. _ Finn, puxe o aquecimento para o segundo tempo, certo? A apresentação foi intensa, mas, vocês ainda não estão prontos fisicamente para a partida. – ordena a treinadora se aproximando do imigrante _ Nada muito sério. Muito gelo neste final de semana e na segunda-feira, você já estará recuperado. Agora, garoto, me escute. Eu entendo perfeitamente a sua recusa em entrar no futebol e, por isso, agradeço o seu empenho nesta noite. Você foi extraordinariamente bem para um calouro. Eu conversei muito com o Will e soube que você adora correr e que sonha em conseguir uma bolsa de estudos para a faculdade, não é? – ele assente _ Você tem potencial e eu estou disposta a torna-lo um grande running back. O futebol americano representa para este país o mesmo que o soccer para o Brasil. Então, é muito mais fácil um olheiro universitário acompanhar um time de futebol do que um simples corredor. E, infelizmente, são oferecidas três vezes mais bolsas de estudos para jogadores de futebol do que para corredores. – ele escora a cabeça na parede inquieto _ Agora, eu quero que você melhore, vença as seletivas de atletismo e veja alguns treinos de futebol. Porque se ganharmos hoje, eu quero você na minha equipe. Estamos entendidos? Daniel aceita a proposta da treinadora Beiste e retorna ao campo para assistir o restante do jogo, que culmina em uma emocionante vitória do Willian McKinley nos instantes finais. A festa corou os esforços dos componentes do grupo liderado por Willian Schuester e a indicação de Finn como melhor da partida fecha a quinta-feira em excelente estilo. Daniel acordou com o ombro inchado e sentindo dores horríveis. Mesmo assim, compareceu em seu primeiro horário livre ao escritório da treinadora Beiste para decretar o seu ingresso na equipe de futebol americano logo após a seletiva de atletismo. Rachel avistou a saída do rapaz do recinto portando o uniforme e a tradicional jaqueta vermelha. Contudo, o sorriso dela aumentou ao compreender que ele apenas mantinha a vestimenta dobrada sobre os ombros contrariando a lógica em exibi-la como troféu. _ Já é oficial? Você realmente entrou para a equipe? Explique-se. – a falsa irritação faz o atleta gargalhar. Recentemente, a baixinha havia desenvolvido esplendidamente tal habilidade. _ Eu quero ir para a faculdade, Rachel, e não tenho dinheiro para isso. O esporte pode ser um caminho. _ Não está meio cedo para se preocupar com isso? _ Sério? – ele fita desconfiado _ Com que idade você começou a se preparar para a Broadway? – devolve na mesma moeda. _ É, acho que entendi o seu ponto. Mas, me prometa que você não desfilar por ai como com essa jaqueta o tempo inteiro, Dan. – ela suplica divertidamente. _ O meu guarda-roupas é pequeno, mas, eu prometo diversificar. – ele ameaça colocar a jaqueta na mochila. _ Ei! Você não vai usar isso agora, né? – ele nega _ Então, empresta. Eu sempre quis saber como ficaria vestindo uma dessas. – a solista delira. _ S-E-X-Y! – o brasileiro provoca sendo estapeado em seguida _ Eu fui sincero, Rachel. – as risadas ecoam no corredor chamando a atenção da antiga animadora. _ Você pode se apressar, ligeirinho? O Noah está nos esperando no carro e já estamos atrasados por sua culpa. – ele lhe encara confuso _ Bom, com toda a adrenalina desencadeada pelo jogo de ontem, nós resolvemos descarregar as energias em mais jogos. De certa forma, já que combinamos mais um campeonato de videogame na casa do Mike Chang. E como sabemos que hoje é a sua folga, estávamos a sua espera. – ela explica o compromisso inesperado. _ Desde quando vocês começaram a viver de acordo com os meus horários? – ele debocha sendo arrastado para o estacionamento por Rachel. _ Como vocês demoraram! A Tina já ligou duas vezes. Até a Mercedes já chegou... Só falta a gente! – esperneia Puck. _ A culpa é do seu novo companheiro de time, Noah. Enfim, já decidiram qual será o tema do nosso torneio? – a pequena solista se empolga com mais uma disputa. _ Futebol. Nós nos viciamos no Fifa! Falando nisso, eu quero jogar com o time daquele magrelo de cabelo moicano! – afirma Puck. _ Você ta falando do Neymar que joga no Santos? – o motorista acena positivamente _ O Flamengo é meu, hein! – berra o brasileiro na seqüência fazendo Rachel revirar os olhos e reconsiderar o passatempo planejado para a noite de sexta-feira. O último sinal ecoa pelos corredores da escola Willian McKinley naquela tarde antecedendo ao desejado fim de semana. O convite de Finn para que o responsável pela transferência de Kurt para a Academia Dalton se tornasse integrante permanente do coral é rejeitado sumariamente. Karofsky ri da intenção do quarterback e desdenha da possibilidade em se desculpar com o extravagante adolescente. Nada mudaria mesmo com a vitória no futebol americano e o espetáculo no intervalo. Pelo menos, essa era a visão particular do atrapalhado jogador. A visão de Quinn Fabray sem o uniforme de cheerio desencadeia um sorriso torto em Hudson. Enfim, mudanças positivas. _ Eu não tive a chance de agradecê-lo por me ajudar a fazer a escolha certa. – a lembrança da conversa na pista de atletismo surge imediatamente em sua mente. Diferentemente do rapaz a sua frente, o imigrante jamais lhe cobrou qualquer decisão. _ Você faria isso por conta própria mais cedo ou mais tarde. Como se sente sem o uniforme? – ele emenda o dialogo. _ Estranha. Virou algumas cabeças, ninguém importante. – o impasse do namoro com Sam, a assombração constante do quase amor com Daniel e a vaga recordação da sensação infantil do primeiro amor com Finn. Quinn precisava de uma nova perspectiva ou da reformulação de uma antiga possibilidade. _ Você foi incrível nesta semana. Dentro e fora do campo. Me lembrou porque eu te amava. O típico sorriso assustado. A reação tardia. O singelo roçar de lábios. A posterior e providencial fuga da garota deixando para trás a confusão estampada no rosto de Finn. Consigo, Quinn Fabray carrega a singela sensação de dúvida, de insuficiência em seus atos. Afinal, a passagem do tempo não ajudara nada na batalha contra seus próprios fantasmas. Quem sabe um romance inacabado ainda mais pretérito conseguisse restaurar a sua paz e afastar os fragmentos de um quase nada quase tudo.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo postado! Agradeço a quem vem acompanhando a história e se possível, gostaria de pedir que deixem sua opinião ou sua crítica. Comentários sempre são importantes para o desenvolvimento de uma história. Bem até a próxima semana com um novo capitulo! Até lá!



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