Treze de Junho escrita por themuggleriddle


Capítulo 6
Seis de Junho


Notas iniciais do capítulo

tema: família {sugerido pela AnaStrakovinch}



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Ele não sabia o que estava sendo pior naquele momento. O fato de que alguma coisa do seu passado havia voltado para assombrá-lo, a perspectiva de não sobreviver até o final daquele encontro ou a possibilidade de ver seus pais morrerem pelas mãos do seu filho.

O homem queria conseguir fazer alguma coisa, mas o garoto estava certo... Ele era um covarde. Um covarde que abandonou o próprio filho porque tinha medo do que ele ia ser capaz de fazer, que abandonou a mulher por medo do que ela era e que, agora, não conseguia mexer um músculo para evitar que aquele rapaz acabasse com a vida de seus pais. A única coisa que conseguiu fazer foi agarrar a mão da mãe assim que o outro – aquela cópia dele – apontou a varinha para o seu pai e murmurou algumas palavras que não faziam sentido. Avada Kedavra... Mas Tom sabia que não era necessário entender o significado das palavras para saber o que elas fariam.

Outra palavra foi murmurada pelo garoto enquanto ele apontava a varinha para a sua mãe. Crucio. As aulas de Latim em Eton o ajudaram a entender essa aí mais rapidamente... “Eu torturo”. Dessa vez ele não ficou parado, mas também não era como se os seus pedidos para que ele parasse fossem adiantar. Não adiantaram e, quando o rapaz finalmente parou, foi apenas para murmurar as duas outras palavras fatais.

Ele estava sozinho. Completamente sozinho pela primeira vez na vida. Não era como quando ele descobriu que estava com Merope Gaunt... Naquela época, ele sabia que, quando voltasse para Little Hangleton, seus pais o estariam esperando, mas agora... Agora não havia mais Mary e Thomas Riddle. Não havia mais Mary pintando na varanda e nem Thomas enchendo a mesa da sala com papéis e cálculos. Não havia as palavras gentis de sua mãe e nem os olhares sérios de seu pai. Agora só havia ele. Ele e seu filho. Ele e o assassino de seus pais.

“Por favor...”

Tom nem sabia o que ele queria dizer com aquilo. Talvez fosse um pedido para que o rapaz desistisse de matá-lo, um pedido para que ele o perdoasse por ter sido um covarde a vida inteira... Mas também talvez fosse um pedido desesperado para que ele acabasse logo com aquilo, afinal, se a mãe dele acabara com a sua vida previamente, ele poderia dar um jeito de dar um fim no que Merope começara.

Quando o rapaz apontou a varinha para ele, Tom deixou que um sorriso mínimo, que não fora captado nem pelos olhos do filho, aparecesse em seus lábios. Várias pessoas falavam do seu sorriso, Cecília incluída... talvez fosse uma maneira interessante de morrer. Sorrindo. Da mesma forma na qual as poucas pessoas que ele considerava como amigas lembravam dele.


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Notas finais do capítulo

"Vou postar uma fic por dia..." Eu devia saber que isso não ia rolar, ainda mais no final do semestre D:



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