- Preciso te contar uma coisa, mas não sei bem como falar.

- Não me diga que encontraram o corpo dele? – disse Cuddy deixando as lágrimas caírem.

- Não! Não! – disse Wilson assustando – ao contrario, Foreman encontrou ele.

- Eu cheguei a me assustar com a cara que você fez. – disse ela sorrindo – mas isso é ótimo, vamos atrás dele então, onde ele está?

- Achei que talvez fosse só uma encenação tua para ele voltar e ser preso.

- Não Wilson, eu entendo ele, e retirei a queixa, não quero o mal dele, apesar de tudo eu amo o House, agora me diga, onde ele está?

- Havaí, hospedado em um hotel com o nome do Foreman, Foreman falou com ele, mas sem muito sucesso e pelo que Foreman disse ele está bem mal.

- Vamos então.

- Espera ai eu vou você fica você não deve fazer muito esforço, e House, francamente não merece tudo isso.

- Eu vou, eu já tenho a mala pronta, arrumada para o dia em que achássemos, ou que eu tivesse que ir ao enterro dele. Eu fico muito feliz que tenham achado.

- Certo você vai, mas eu falo com ele e se não der certo dai sim, eu deixo você falar com ele, pode ser?

- Certo

Cuddy e Wilson pegaram um avião e no outro dia haviam chegado ao hotel, Wilson foi até o recepcionista e falou:

- Dois quartos, por favor.

- Sim senhor, acompanhe aquele moço, que ele levará vocês até lá.

- Apenas mais uma coisa.

-Fale senhor.

- O Dr. Foreman continua hospedado aqui?

- Sim senhor, quarto 302, mas não sei se ele conseguira abrir a porta, foi uma noite meio complicada para ele.

- Obrigado.

- Cuddy e Wilson se arrumaram cada um em seu quarto, Wilson foi até o quarto de Cuddy e disse:

- vou lá falar com ele antes que ele beba outra vez.

Wilson foi até o quarto e bateu, House estava sentado na cadeira e pensou, sabia que Foreman não tinha realmente ido embora, tentou se levantar, mas a dor não deixou, ele se sentia fraco, andava comendo muito pouco e bebendo muito, sabia que isso não o faria bem, então se esforçou e chegou até a porta, mas quando viu Wilson quase caiu de surpresa, Wilson segurou-o e em seguida deu um abraço nele, ele estava sem fala, então caminhou ate a cadeira e se sentou mais uma vez, Wilson olhou para ele e falou:

- O que você está fazendo com você mesmo? Você parece um fantasma, House! ACHAVAMOS QUE VOCE ESTAVA MORTO SEU IDIOTA!

- gritar não irá mudar nada.

- Volte House, Cuddy realmente não esta braba com você, ela ate lhe devolve a sua vaga se quiser, vamos embora.

- eu não vou voltar o que fiz está feito, não adianta mais, eu devia ter me matado e poupado todos dessa melancolia.

- House, ouça a voz da razão.

- é só dor Wilson, não há mais razão, é dor por dentro e por fora.

House esfregou a perna, Wilson foi até o frigobar e viu que havia um monte de garrafas de uísque vazias, então se encaminhou até a porta e disse:

- Se você quiser falar comigo House, eu ficarei aqui até o fim da semana, ou me ligue ou vá até o quarto 401. Se você estiver lúcido, melhor ainda.

Wilson saiu e fechou à porta, House ficou olhando para ela, mas não fez nada, Wilson ia todos os dias no mesmo horário para ver como House estava, pegou uma copia da chave na recepção e sempre que entrava via um House desacordado e bêbado deitado na cama. No ultimo dia que House achava que Wilson ia embora, a hora que Wilson abriu a porta ele falou:

- Não adianta não vai me convencer, mais cedo ou mais tarde eu vou morrer aqui e você vai embora agora, pois eu não vou voltar.

Wilson sai e fecha a porta, chega ao quarto de Cuddy muito triste e disse:

- Não adianta, ele não vai voltar, ele vai acabar se matando, não adianta.

-Deixe-me falar com ele.

- Não adianta

- Você não sabe, eu sou a ultima esperança, vamos me deixe ir.

- Mas ele pode ficar agressivo.

- Apesar de tudo, House nunca teve a intenção de me ferir Wilson, ele sabia que não estaríamos na sala por isso entrou com o carro, ele não me machucaria.

Wilson fez que sim com a cabeça, passada umas duas horas, lisa acariciou a barriga, olhou pela janela, era de noite, estava na hora de falar com House, ela caminhou até o quarto dele e bateu, uma voz rouca e fraca tentou gritar lá de dentro:

- Pra que me incomoda Wilson! Eu não vou voltar! E você tem a chave!

- Não é o Wilson – disse Cuddy

House arregalou os olhos que estavam fechados sobre a mesa, ele conhecia aquela voz, mas será que seria mesmo, ou ele estava voltando a ter alucinações, ele tentou levantar, mas não conseguiu então arrastou a cadeira até perto da porta e esticou o braço e a abriu, então se deu de cara com uma Cuddy bem diferente, o rosto era o mesmo, olhos lindos, mas o corpo estava diferente, será que podia Cuddy gravida? Mas como? Não era uma alucinação, a mente dele jamais ia imaginar uma Cuddy assim. Ela entrou no quarto, se sentou em uma cadeira na frente dele, e falou:

- O que você fez com você? Nunca ia imaginar te ver nesse estado! Greg! O que está havendo? Porque não quer voltar? Eu não vou fazer com que te levem preso.

- Eu não tive coragem de me matar, fui covarde, destruí sua casa e sua vida, pelo jeito você já mudou de vida completamente, então o que faz aqui? Quer um medico? Garanto que tem uns quantos dando sopa por ai. – lisa olhou para ele e viu que ele chorava.

- Minha vida não mudou nada House, já minha casa eu a reformei, até achei que ficou melhor e que foi bom eu ter gastado um pouco do dinheiro acumulado que eu tinha no banco, eu até quero um medico, mas não foi por isso que eu vim você me proporcionou muitas coisas boas e uma delas você está achando que foi outro que fez.

House olhou bem pra ela com uma cara de indagação. Ela riu e disse:

- Nossa filha Greg, nossa filha.

House escondeu o rosto nas mãos e começou a chorar, Cuddy falou:

- O que foi? Greg?

- Não acredito, não pode ser.