A pessoa se vira retirando o capuz e revelando ser a amiga de Alice, a garota retira o casaco e observa Ana com expressão assustada, Ana um pouco tensa encara Alice e sua amiga.

- Ana, nada vai me acontecer – Diz Alice, sentada ao lado dela no vestuário – Mas porque continua fazendo isso com sigo mesma?

Ana abaixa a cabeça.

- Olha para você, tem que parar com isso – Diz Alice.

Ana olha para Alice.

- Eu conheci a Gabriella Fernandes – Comenta Ana.

Alice a encara impressionada.

- Fizemos o ginásio juntas – Diz Ana – Não nos falávamos há... Há dois anos.

- Por quê? – Pergunta Alice.

- Era um dia á noite... Estávamos no meu carro... Gabriella estava dirigindo – Relata Ana, apreensiva – Aquela coisa da gangue do farol alto estava no auge... Ela queria fazer uma brincadeira, então desligou os faróis e esperou... – Ana fecha os olhos, aos abrir retorna a história – O primeiro carro passar e piscar os faróis para nós... Quando alguém finalmente piscou... Ela fez a volta e ficou seguindo o carro, piscando os faróis altos e lentos... Eu também ria no começo, mas então... Começos a correr muito rápido – Uma lágrima escorre pelo seu rosto – A brincadeira ficou séria demais... Eu queria mandar ela parar... Mas eu não fiz nada... Então aquele carro perdeu o controle e saiu da estrada... – Ana chora um pouco mais – Ele tinha a nossa idade...Quando a ambulância chegou ele já estava morto... Meu deus nós matamos ele... A corte foi clemente com a gente, só pegamos condicional... Eu jamais fui capaz de perdoá-la pelo o que fez... Porque eu não pude perdoar a mim mesmo por não ter parado aquilo...

- Ai meu deus – Diz Alice, surpresa – Que terrível...! Pra todo mundo.

Alice abre Ana. Minutos depois as duas andam pelo corredor indo em direção a saída do prédio.

- Eu não sei, acho que vou pra casa por algumas semanas – Diz Ana.

- Ana, qual é? Você só precisa relaxar, se divertir e ir a festa – Diz Alice, tentando ajudar – Ta legal?... Por favor.

Ana não resiste e olha para Alice.

- Ta, mas não pode me deixar sozinha – Diz Ana.

- Eu prometo – Diz Alice – A menos é claro, que eu fique com um lindo jornalista de olhos castanhos, ai então vai ter que se cuidar sozinha!

As duas riem. Naquela noite, Lucas entra em sua sala e põe alguns objetos e papeis numa caixa de papelão, ele abre sua gaveta e encontra uma folha de jornal com uma matéria sobre o professor Freddy, Lucas pega a folha e lê o título da matéria “O único sobrevivente os massacres Freddy Rayle”, então rapidamente olha a data que era “24 de abril de 1973”, Lucas caminha até o corredor para saber quem havia posto a folha em sua gaveta, ao olhar para porta observa Franco saindo do local.

No exato momento, Alexandre caminha pelo estacionamento da universidade, Alexandre desativa o alarme do carro, com o estacionamento escuro e deserto Alexandre fica um pouco tenso, antes de entrar no carro, observa o banco de trás, vendo que não havia ninguém, ele da um sorriso negando com a cabeça, ele põe a chave na porta e quando vai abrir, Marina põe a mão em seu ombro e o vira assustado.

- Droga, não faça isso – Diz Alexandre.

- Desculpa, esta nervoso? – Pergunta Marina, sorrindo.

- Não, nenhum pouco, estava... Pensando – Responde Alexandre.

- Eu também, não vai ser má idéia colocar mais seguranças nesse fim de semana, só para o caso de... – Diz Marina.

- Para o caso de que? – Pergunta Alexandre.

- Bem, depois daquele suicídio e o aconteceu com a garota Fernandes, agora estou tendo problemas para encontrar outro estudando, um rapaz chamado Victor Magalhães, esta desaparecido há alguns dias! – Diz Marina.

- Ele não esta desaparecido, é um final de semana, ele deve estar enfiado em algum motel com alguma garota, ou rapaz, ou algum bicho estranho – Diz Alexandre.

Marina se assusta um pouco com as possibilidades.

- Nunca teve 18 anos? – Pergunta Lucas.

- Mas não desse tipo – Responde Marina.

- Escute Alice, não quero que você haja emocionalmente, não contrate ninguém sem a minha permissão, nada de parentes nada de polícia, esta compreendido? – Pergunta Alexandre.

- Eu entendi – Diz Marina – Boa noite senhor! – Ele da um sorriso e se vira – Vai à merda – Ela sussurra.

Alexandre levanta a cabeça, pois tinha ouvido o que Marina tinha falado, ele nega com a cabeça, ao abrir a porta do carro ouve um barulho no estacionamento, ele se vira rapidamente, então uma mão segurando uma faca aparece debaixo do carro e corta os tendões do Alexandre, logo ele cai no chão, Alexandre olha seus pés sangrando horrores, o assassino sai debaixo do carro, Alexandre vai se arrastando para saída do estacionamento, o assassino engata a marcha e deixa o carro andar na direção de Alexandre, ao lado do carro o assassino acompanhava, o carro se aproximava de Alexandre, próximo dos espinhos de ferro no chão do estacionamento, Alexandre se vira e o carro para por cima, encravando sua cabeça e braços nos espinhos e estourando os pneus do carro.

Na casa do Homega Mega Phita Bye, a casa esta lotada com vários universitários bebendo e dançando.

- Vai, vai,vai,vai,vai – Gritam todos em coro.

- É isso ai garoto, vai, vai,vai – Grita Thiago, com seu cachorro no colo pondo-o para beber cerveja – Esse é o meu garoto, esse é o meu garoto! – O cachorro bebe uma garrafa inteira de cerveja – UHUUUUUU, ÉÉÉÉÉÉÉ – Comemora Thiago.

Todos gritam levantando os braços, Thiago beijos seu cão e o põe no chão, Selena encostada na parede de braços cruzados observa toda a festa, um nerd chamado Gabriel se aproxima de Selena, ele a cumprimenta, então da um grito na música, Gabriel da uma risada.

- O que foi? – Pergunta Selena.

- Na verdade, esse grito é de uma mulher sendo assassinada – Diz Gabriel.

- Ta brincando comigo – Diz Selena.

- Não – Nega Gabriel – É por isso que parece tão real, porque foi tirada de uma gravação de 1973 – Ele completa.

Selena o encara estranhando, em seguida da um sorriso.

- Ta bem, então até logo – Diz Selena, ela sai dali.

Ana entra na casa, um garoto sai corre e lhe esbarra, quase que ela cai no chão, por sorte segurasse na grade da escada, ela respira fundo e continua a caminhar, Ana olha para os lados a procura de Alice, ao se virar Alice logo a abraça.

- Oi amiga – Diz Alice, abraçando-a.

Uns garotos bêbados passam entre as duas, Ana olha para Alice.

- Eu já estou começando a me arrepender – Ela diz.

- Eu vou pegar uma bebida, quer alguma coisa? – Pergunta Alice.

- Sim, uma cerveja – Responde Ana.

- Ta bem, eu volto já – Diz Alice.

- Times Woold não é só uma lenda – Ana escuta o som da voz de Lucas, rapidamente se vira assuntada, se deparando com Lucas segurando o jornal – Teve um sobrevivente aquela noite!

Eles vão para o segundo andar e entram num quarto, Lucas fecha a porta e senta na cama ao lado de Ana.

- Isso faz todo o sentido – Diz Lucas – Times Woold encobrir tudo que aconteceu aqui... E o Freddy? Bem, simplesmente ele teria emprego pro resto da vida se ficasse de boca fechada!

- Então porque ele estaria fazendo isso? – Pergunta Ana.

- Isso estava consumindo-o, e daquele ano pra cá ele foi ficando mais maluco ai este ano...Ele pirou de vez – Diz Lucas.

- Hm, bom então precisamos ligar pra policia antes que comece de novo – Diz Ana.

- Eu tentei, Jean Adans já ligou pra eles – Diz Lucas – Me disseram que Jean os alertou de uns trotes essa noite... Deu até os nossos nomes!

Eles se encaram por um tempo, Lucas segura a mão de Ana, ela levanta seu olhar para ele.

- Olha, eu sinto muito ter duvidado de você... – Lamenta Lucas, Ana começa a chorar – O que foi?

- O que...? O que ele esta tentando fazer comigo? – Pergunta Ana.

Lucas a observa, ele limpa a lágrima que escorria pelo seu rosto.

- Eu to com tanto medo – Diz Ana.

Ele levanta o rosto de Ana para ele.

- Hey... Preste atenção ta legal? Nada... Nada vai acontecer com você ta bem? – Diz Lucas – Eu prometo!

Lucas se próxima de seu rosto, em seguida lhe beija, ele põe sua mão no pescoço de Ana, de repente Alice entra no quarto se deparando com os dois se beijando, Ana logo empurra Lucas.

- Você não perde tempo né Ana? – Diz Alice, furiosa.

Ela joga os copos no chão e sai logo dali, Ana nega com a cabeça.

- Ai droga!

- Mas o que foi que houve com ela? – Pergunta Lucas, sem entender nada.

- Eu... Eu estraguei tudo – Diz Ana, logo se levanta da cama e corre para fora do quarto.

Alice sai da casa chorando, como estava chovendo muito ela senta na escada e chora mais ainda. Marina desce a escada dentro do prédio da diretoria segurando sua lanterna, ao se virar se depara com Franco, assustada ela da um passo para trás pondo a mão no peito.

- O que isso seu idiota? Ta querendo me matar do coração? – Pergunta Miranda, super assustada.

Franco desanimado e sem olhar para trás diz.

- Bu!

- O prédio é área proibida depois das 22 horas – Diz Marina, ela se vira ofegante – Boa noite para você também!

Então um barulho de passos em cima de cacos de vidro são ouvidos pelo corredor, Marina saca sua arma e logo aponta para frente, encostada na parede ela caminha até a porta da sala de Freddy.

- Oláááá – Grita Miranda.

Ao entrar observa a sala literalmente toda bagunçada, livros espalhados pelo chão, mesa caída, armários com portas quebradas e a janela quebrada bem no meio, Marina entra na sala muito assustada, caminhando até a sala secreta Marina tremia de medo, ao empurrar a porta ela rapidamente ilumina o seu lado, observando o chão que não estava com o machado e a porta que também não estava com o casaco de neve, Marina da uns passos para trás quando de repente escorrega em algo meloso e molhado, ela ilumina o chão e observa o sangue espalhado.

Na festa, Lucas passa pela multidão olhando para os lados, até que acha Thiago, Lucas rapidamente vai falar com ele.

- Ei, Thiago, Thiago – Diz Lucas, levando-o para um canto – Acho que vai ter que acabar com a festa mais cedo!

- O que? – Pergunta Thiago, um pouco bêbado.

- Ana estava certa o tempo todo – Diz Lucas.

- Não fala mais, ta legal, não fala mais – Diz Thiago, ele se vira gritando – PESSOALLL, ESCUTEM AQUI, DESLIGA A MÚSICA CACETE, SE LIGAM AQUI – Todos quietos encaram os dois – O Lucas aqui acha que devemos acabar com a festa!

Selena se aproxima da roda que havia formado entorno deles, todos vaiam.

- Não,não,não,não – Diz Thiago, mandando pararem – Diga para eles Lucas, diga para eles porque eles têm que ir para casa?

Lucas respira fundo e encara a multidão em seu volta.

- Á um assassino no campus – Alerta Lucas.

Todos riem, Selena é a única a ficar séria, ela encara Thiago.

- E deixa eu adivinhar, esse assassino esta matando as pessoas...Se baseando em lendas urbanas – Diz Thiago.

- É, é isso ai – Responde Lucas.

- Bem eu tenho uma lenda que você, bom talvez você nunca tenha escutado, esse medíocre aspirante de Times Woold, disse”Droga, vou me formar em algumas semanas e acabar escrevendo dicas de jardinagem para revista casa e jardim” – Diz Thiago, todos riem, Selena continua séria, ela cruza os braços achando tudo aquilo ridículo – A menos que eu consiga uma história bem quente, você sabe alguma coisa que arrase mesmo... Já sei, eu tiro vantagens do meu instinto homicida e começo matar as pessoas do jeito que chame muita atenção, muita atenção, me baseando... Em lendas urbanas!

- Por que não toma outra bebida seu idiota – Diz Lucas, empurrando-o para o lado e saindo dali.

- O Lucas, talvez você deva sair e deixar todo o resto se divertir – Grita Thiago.

Selena nega com a cabeça com sinal de desaprovação, Lucas caminha até Ana.

- Fique aqui, eu vou vê se consigo alguma ajuda – Diz Lucas, em seguida caminha para o lado.

Thiago anda até Selena, ele alisa seu rosto, Selena da um sorriso e tira delicadamente a mão de Thiago de seu rosto.

- Porque você tem que ser sempre um babaca? – Pergunta Selena.

- Poxa gata eu só tava brincando – Diz Thiago, sem sua defesa.

- Olha eu preciso ir pra rádio ta legal? – Diz Selena, ela o empurra levemente para o lado.

Selena sai da festa e entra em seu carro, Thiago sobe para o segundo andar, ele entra na cozinha e pega uma garrafa de cerveja, ao beber o telefone toca, Thiago atende.

  - Alô!...Alô? – Diz Thiago.

- Você vai morrer esta noite!

- É mesmo é? – Ele diz, então vê de quem era a chamada “Victor Magalhães” – Ta legal, a chamada veio de dentro da minha casa... Seria... Uma lenda urbana? Estou certo? Alô? – Thiago caminha para fora da cozinha – Ei não fique tímido de repente babaca, essa é aquela sobre a babá certo? – Thiago sobe para o terceiro andar – E quando vai investigar percebe que as ligações vêm de dentro da casa... Mas não esta se esquecendo de uma coisa não? Eu não estou cuidando de nenhum bebê!

- Lenda errada, esta é aquela sobre a velhinha que seca o cãozinho molhado no microondas!

Thiago taca o telefone no chão e desce correndo para o primeiro andar, ele chega na cozinha e o microondas acaba de apitar, ele com receio abre a porta e observa dentro do microondas seu cachorro estripado e o microondas todo sujo de sangue por dentro.

- Seu maldito desgraçado – Grita Thiago, com muita raiva.

Ele sobe correndo para o segundo andar e logo entra no banheiro, rapidamente se agacha em frente ao vaso sanitário e vomita, o assassino sai de trás da porta e enfia a cabeça de Thiago no vaso sanitário, então o assassino tranca a porta e jogo Thiago no chão, ele pega seu rosto e o faz abrir a boca, o assassino enfia um pedaço de mangueira na goela de Thiago, ele tenta gritar, mas não conseguia, o assassino pega a lata de querosene e entorna na mangueira, então de repente pela boca do Thiago escorre muito sangue e em seguida morre, o assassino retira a mangueira e sai do banheiro, largando o corpo jogado no chão.