Lendas escrita por Fenix


Capítulo 4
Um suspeito?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/143336/chapter/4

Na manhã do dia seguinte, com o leve canto dos pássaros e os raios de sol no seu rosto Ana acorda, ela se espreguiça e respira fundo, então se vira olhando para Yuki, Ana rapidamente senta na cama, observando o corpo de Yuki coberto pelo edredom e uma poça de sangue ao lado da cama, Ana se levanta aflita e caminha até o corpo, ela estica o braço e retira o edredom, se deparando com o corpo de Yuki respingado de sangue e cortes no pulso e na garganta.

- AAAAAHHHHHHHH – Grita Ana, ao se deparar.

Ela da uns passos para trás até que se vira e lê escrito com sangue na parede “Não esta contente por não ter acendido a luz!”, Ana retorna a gritar e sai correndo do quarto apavorada. Horas depois, os paramédicos retiram o corpo de Yuki, ao levarem para a ambulância eles passam em frente a sala do diretor, Lucas esta na escada em frente a sala e segue a maca com os olhos, ele se levanta e caminha atrás, Alice vira o corredor se deparando com Lucas.

- Oi Lucas!

- Oi! – Ele responde, em seguida olha pela janela a sala do diretor, observando Ana conversando com o diretor e Marina – Como ela esta?

- Eu não sei! Ainda não tive chances de falar com ela – Responde Alice.

Lucas olha para os paramédicos e depois para Ana.

- Ta legal eu te vejo depois – Ele diz para Alice, em seguida corre até os paramédicos.

Na sala do diretor Alexandre, Ana esta sentada na poltrona tomando água enquanto Marina escreve todo o acontecimento que Ana relatava.

- Ana, sabemos que isso é difícil para você, mas... Precisamos saber por que ouvindo gemidos não acendeu a luz? – Pergunta Alexandre.

- Eu... Eu sem querer interrompi Yuki fazendo sexo uma vez... – Responde Ana, um pouco sem graça – Não era coisa que eu queria ver de novo!

- Na verdade... Não viu ninguém lá dentro? – Pergunta Marina.

- Bom eu pressenti... – Diz Ana.

- Não, não querida! – Interrompe Marina – Viu alguém dentro do quarto?

- Não! – Responde Ana,desconfiando que eles acham que ela teria algo envolvido na morte de Yuki.

- Sabia Ana, que Yuki era maníaca depressiva? – Pergunta Alexandre, com o remédio na mão.

- Ela pintou as paredes de preto, então suspeitei que fosse – Diz Ana.

Marina fecha o caderno e põe na mesa de Alexandre.

- Não ouve sinal de violência... A entrada não foi forçada – Diz Marina olhando para Ana.

Ana arregala os olhos, deduzindo que Marina ache que ela que matou Yuki.

- Parece ter sido um trágico... – Diz Alexandre, ele olha para Ana – Suicídio!

- Ah não, não... – Diz Ana, negando a afirmação de Alexandre – Yuki não se matou! Tinha mais alguém naquele quarto, e o recado na parede? “Não esta feliz por não ter acendido a luz?”

- O bilhete de suicídio bastante mórbido – Diz Alexandre, logo em seguida.

Ana nega com a cabeça ao ouvir o que ele tinha dito, sem acreditar ela o encara, Alexandre se levanta e sai da sala junto com Marina, Ana continua a olha para fixo para frente, ela relaxa na cadeira, fecha os olhos e alisa a testa, por nenhum motivo olha para janela e observa Alice, Ana sai da sala e aproxima-se de Alice.

- Poxa Ana eu sinto muito! – Diz Alice, abraçando-a – Você esta bem?

Ana não responde, Alice se afasta dizendo.

- É claro que não, que pergunta idiota!... Bom... Quem ia imaginar que ela faria uma coisa dessas?... Ela era esquecida e tudo mais, mas...

Ana fica olhando fixo para frente com seus olhos cheios de lágrimas, Alice sente que sua amiga estava bem abatida.

- Quer tomar um café ou comer alguma coisa? – Pergunta Alice, preocupada.

- Não obrigada – Recusa Ana – Eu só quero ficar sozinha!

Em seguida sai dali, Alice se vira encarando-a com pena. Ana anda pela varanda do prédio abatida, ela encosta-se numa coluna e começa a chorar, Lucas a avista e corre até Ana, ele caminha até sua frente.

- Oi – Ele diz, baixinho.

Ana abre os olhos.

- Oi.

Lucas fica um pouco sem jeito, ele respira fundo.

- Olha eu sei que esse não é o melhor momento, mas eu... Eu preciso fazer umas perguntas – Diz Lucas.

Ana ficando irritada resmunga e caminha, Lucas vai atrás dela.

- Não Lucas, eu não vou dar nenhuma entrevista – Diz Ana, sem parar de andar.

- Espera um pouco, na verdade eu não quero falar sobre sua amiga esquisita Yuki ta legal? – Diz Lucas, acompanhando-a – Eu só quero saber... – Ele pega uma folha de sua bolsa e entrega para Ana – Se pode me falar um pouco mais sobre isso.

Ana para de andar ao observa a foto dela com Gabriella, Ana olha para Lucas com raiva.

- Onde conseguiu isto? – Ela pergunta.

- Eu contatei o colégio da Gabriella... O seu colégio – Diz Lucas, ele guarda a folha e cruza os braços – Agora... Porque não me contou que a conhecia?

- Para você poder explorar a morte dela mais do que você explorou? – Pergunta Ana, ela nega com a cabeça e volta a andar.

Lucas acompanha-a, mesmo ela não querendo sua companhia.

- Espera um pouco, eu só estou fazendo meu trabalho – Diz Lucas, defendendo-se – O que queria que eu fizesse? Desse as costas para um assassinato? Ou... Para um suicido?

Ana para de andar na mesma hora.

- Não foi suicido Lucas – Afirma Ana.

- Do que você esta falando? – Ele pergunta.

- Ela foi assassinada... Foi assassinada como Gabriella e como Victor – Diz Ana.

Lucas arregala os olhos.

- Es-espera ai, Victor? – Diz Lucas, surpreso.

Ana se vira chorando, Lucas põe a mão em seu ombro.

- Ei...! Eu não sei o que esta acontecendo aqui, mas se você quiser podemos ir a algum lugar para conversar – Diz Lucas.

Ana olha para ele.

- Eu não vou publicar! – Ele diz, levantando as mãos.

Dentro da sala de Lucas, ele esta sentado lendo o livro sobre Lendas que Ana havia pegado da biblioteca, Lucas o põe na mesa e vira-se encarando Ana, que estava sentada na janela ao seu lado.

- Também não acredita em mim! – Diz Ana.

- Ei, não – Diz Lucas – Não é isso que eu estou dizendo é só que... A idéia de um maníaco criminoso de lendas urbanas é... Éééé... É difícil de acreditar!

- Mas... Você não acha que é possível? – Pergunta Ana.

- É... é possível – Diz Lucas – Mas... – Ele se levanta – Sei lá...! – Ele vaga pela sala – Vai vê o cara do posto de gasolina matou Gabriella e o Victor saiu pra pegar uma onda e... – Ele se vira para Ana – E talvez, Yuki tenha mesmo se matado!

- Ta legal – Diz Ana, irônica.

- Se for verdade...! Porque desta maneira? – Pergunta Lucas – Porque agora?

Ana arregala os olhos encarando o nada, surpresa e angustiada ela olha para Lucas.

- Essa noite é o vigésimo aniversário... – Diz Ana, olhando fixo para o panfleto atrás de Lucas.

Ele se vira e observa o panfleto do 20ª aniversário do massacre em Times Woold, depois olha para Ana.

- E o que isso tem haver com os acontecimentos?

- O massacre de Times Woold – Diz Ana.

- Qual é? Eu já disse que essa história não é verdadeira – Diz Lucas.

- Tem certeza? – Pergunta Ana.

Lucas a encara. Ele sobe para o último andar do prédio.

- Ta legal, se existir alguma coisa que ocorreu em Times Woold... – Diz Lucas, indo em direção a uma porta – Tem que estar aqui!

Eles entram na sala, dentro havia várias estantes com livros, fotografias, gravações e vídeos, Lucas procura algo relacionado aos assassinatos.

- Então é aqui que pesquisa seus artigos lúgubres? – Pergunta Ana.

- A realidade é lúgubre, ta legal? – Diz Lucas, ele tira alguns livros da estante – Eu sou só um mensageiro – Ele acha livros de 1971,1972,1974 – Mas que estranho, 73 não esta aqui!

Então eles ouvem Franco limpando a escada, Lucas e Ana saem da sala e caminham até a escada.

- Escuta – Diz Lucas, enquanto se aproximava – Há quanto tempo trabalha aqui?

Franco sem olhar para eles continua a limpar.

- Tempo demais – Ele responde.

- Sabe alguma coisa de Times Woold? – Pergunta Lucas.

Franco para de limpar, alguns segundos depois ele olha para Lucas.

- Eu não sei do que esta falando – Responde Franco, tenso.

Ele retorna a limpar.

- Alguém morreu aqui? – Pergunta Ana, insistindo no assunto.

Franco para de limpar e passa a descer a escada.

- Por favor – Implora Ana, rapidamente, Franco para e olha para ela – Precisamos saber!

- Fale com Freddy! – Diz Franco, em seguida desce rápido a escada.

Ana e Lucas se olham, estranhando a indicação de Franco, sem excitar logo vão até a sala de Freddy, Lucas bate na porta.

- É a sala dele, ele deveria estar aqui – Diz Ana.

- Com licença um instante – Diz Lucas, tomando a frente.

Ele passa um cartão no espaço da porta e consegue abrir, Ana fica surpresa com sua tática, eles entram, Ana fecha a porta, a sala estava com algumas estátuas antigas, 4 estantes de livros, uma enorme mesa cheia de papeis espalhados, Lucas logo vasculha os papeis sobre a mesa, Ana admira o local, ela caminha até Lucas.

- Eles ensinam isso na classe? – Pergunta Ana.

- Hm...Desisti de ética jornalista no começo do semestre, não me ajudou a conseguir pontos – Diz Lucas, ele abre a gaveta da mesa.

Ana caminha até os armários, ela abria as portas, deparando-se apenas com livros, até que uma porta ela empurra, Ana da um pulo para trás deparando com um casaco de esqui, idêntico ao que o assassino usa, Lucas olha para ela e corre em sua direção, acho observar ele da uma risada.

Ana empurra o casaco e acha uma sala secreta, aflita e angustiada por ter visto o casaco, podendo ser o que o assassino usa, ela entra na sala e observa a fascina de Freddy por lendas urbanas e folclore, Ana abaixa seu olhar e avista um machado apoiado na parede, Ana fica assustada e logo olha para outra sala.

- Lucas! – Ela o chama.

 Ele corre até ela, ao entrar na sala secreta ele avista logo o machado.

- Que isso? – Diz Lucas, surpreso.

Freddy abre a porta e entra na sala, Lucas rapidamente fecha a porta da sala secreta sem fazer barulho, ele olha para Ana e a manda ficar quieta, nervosa por estar ali Ana fecha os olhos e tampa a boca, Lucas a abraça e fecha os olhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lendas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.