Hate Hating You escrita por Namine


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Estou gostando de como essa fanfic está se desenvolvendo. Era pra ser só uma fanfic sobre uma OC num futuro não distante da vongola, mas ficou bem mais pessoal que eu tinha imaginado. Boa leitura. q



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-Sua jaqueta. – tirei a jaqueta dos meus ombros e entreguei para ele, enquanto caminhávamos para nossos apartamentos.

-Não dá pra lavar antes de devolver?

-Como é que é? Tá achando o que, cabeça de polvo? – retruquei irritada.

-Hmph, dane-se – tomou a jaqueta da minha mão e a vestiu, enquanto se recusava de todas as maneiras a olhar pra mim.

Olá? Eu te salvei! Um simples obrigado não vai matar ninguém por aqui.

-Cabeça de fósforo – era o apelido sem sentido que ele havia posto pra mim no mesmo instante que viu meu cabelo vermelho vívido. Odiava que ele me chamasse assim, mas ele também não deveria gostar muito de cabeça de polvo. – Sobre hoje, quando você me salvou e me acobertou logo depois... Obrigado.

Certo. Eu queria muito receber um agradecimento, mas isso foi realmente estranho. Tá aí uma palavra que eu nunca esperei ouvir do Hayato.

-Não se acostume, Hayato. – foi o que consegui responder.

- E você não se acostume com meus agradecimentos! – certo, o típico Hayato havia voltado. Mas assim era até melhor, me sentia mais a vontade para xingá-lo.

Chegamos em frente ao prédio. Escuro, mal cuidado, sujo e cheio de adolescente para todos os lados, a maioria de namoricos pelos cantos.  Típico de gentinha sem preocupações maiores.

Subimos as escadas até chegarmos no terceiro andar, onde Hayato morava. Eu morava do quinto, com mais uma garota, que raramente estava lá.

Hayato também tinha um colega de quarto, porém o coitado não durou uma semana com o colega de quarto que tinha. Lembro-me até hoje quando ele saiu correndo desesperado, com as mãos para cima, berrando: “Aquele doido maníaco quer me explodir porque eu não lavei a louça! O terrorista tem dinamites!”

É, foi cômico.

Ele tirou a chave do bolso e colocou na porta, abrindo com um rangido da madeira velha, e ele entrou sem nem se preocupar comigo lá, segurando a porta.

 Já ia desejar ótimo pesadelos para ele quanto observei dentro do apartamento. Lá dentro estava uma bagunça. Na verdade ainda pior do que isso. Não havia nem palavras pra descrever o quão imundo aquele lugar estava.

-Mas que chiqueiro, ein? – caçoei franzindo as sobrancelhas.

-Vai se f... – então eu bati a porta com força antes dele terminar a frase.

Tch, grosso.

Subi os outros dois andares que faltavam e entrei no meu apartamento. Mas que surpresa, Ayme não estava por lá. Me joguei na cama; estava exausta. Não demorou muito para cair no sono.

-Hei, Naomi-chan, acorda aí. – era a voz de Ayme, me cutucando.

- O que foi Ayme? – resmunguei, esfregando os meus olhos.

-Tem um amigo teu ali na sala, querendo falar com você – e depois ela acrescentou baixinho, no meu ouvido, lentamente – Um amigo muito gostoso.

-Hã? Temos visita? – sai da cama num pulo e tentei ajeitar o meu cabelo desgrenhado o mais rapidamente possível, então corri pra trocar de roupa, enquanto ouvia Ayme me dizendo:

-Naomi-chaaan, pode me apresentar o seu amigo depois? – ela falou com aquela vozinha irritante, enquanto rodava de um lado para o outro da cama - Se tiver o telefone dele é ainda melhor! ... Nossa, só de olhar pra ele já consegui imaginar ele sem roupa, isso só acontece quando vejo garotos muito gostosos! – essa era a minha ridícula colega de quarto, e por mais obvio que isso possa parecer, eu tinha descoberto o motivo dela quase nunca estar no apartamento.

Terminei de colocar meu típico tênis preto e branco e passei mais uma vez na frente no espelho, para prender o cabelo. Logo após fui para a sala, esperando por alguém que prestasse, com um sorriso no rosto. Infelizmente encontrei Hayato lá sentado no meu sofá, observando os meus desenhos que tinha deixado em cima da mesa.

-A curiosidade matou o Uri junto com o seu dono imbecil, sabia? – resmunguei, chamando a atenção dele, que estava tão entretido examinando meus desenhos.

-Demorou demais.

-Dane-se Hayato, você me acordou.

-Olá, Haya-kuun! – Ayme, que estava atrás de mim o tempo todo, cumprimentou Hayato animadamente com um aceno e um sorriso malicioso. Ela havia colocado umma blusha de decote gigantesco, deixando à mostra grande parte os seios gigantescos.

-Pff.

Eu tive que me controlar muito pra não começar a rir naquela hora, embora tenha começado a dar umas engasgadas estranhas tentando conter o riso.

Achava absurdo o tanto de garotas que desmaiavam de amores pelo Hayato na escola, e achava cômico o jeito como que ele desprezava a todas, fazendo-as ficarem chorando em algum canto enquanto suas amigas retardadas tentavam consolar a pobre garotinha rejeitada pelo partidão bad boy. Era uma cena que eu torcia pra ver todos os dias, com toda certeza.

-Se...Seu cavalo! – ela jogou suas longas e nauseantes madeixas loiras para trás, enquanto andava irritada para o quarto, resmungando algo como “Como é que ele pode me desprezar daquele jeito? Ele não viu o tamanho dos meus peitos?!”

-Dá pra apressar? – ele se levantou do sofá indo em direção a porta, com as mãos dentro dos bolsos.

Bufei rapidamente e o segui. Enquanto íamos descendo as escadas, um silencio assustador tomou conta do lugar. Geralmente seguíamos discutindo até chegarmos na frente da casa do Tsuna, ou seja lá onde estivesse indo. Ele estava estranhamente calmo aquela manha.

-Você ainda está pensando no que aconteceu ontem? – comentei, quando já estávamos para fora do prédio.

-Não é nada do seu interesse, sim?

-Certo, cabeça de polvo – dei de ombros, tentando parecer desinteressada – é que você está estranho hoje. E eu que pensava que você ficar ainda mais estranho era impossível.

-Há, e você está ainda mais irritante que sempre. E eu achando que isso era impossível.

Caminhamos por mais algum tempo, o único som que podíamos ouvir era o som do vento farfalhando as folhas, o canto irritante dos pássaros e alguns pirralhos brincando a cada esquina que passávamos. Até que eu notei que Hayato abriu a boca, pra começar a falar:

-Eu vou com vocês hoje no passeio... – vi ele fechando os punhos com força – Para me redimir com você.

-Se redimir comigo, Hayato? Você não errou de pessoa não? – questionei, irônica. O único magoado naquilo foi o Yamamoto!

-É. Por ter feito você se preocupar comigo, a ponto de ter falado aqueles absurdos para conseguir me salvar.

-Absurdos? ... Quando eu disse que eu me importava contigo? – por um momento hesitei, desejando não ter falando aquilo. Pensei um pouco, pra depois concluir: realmente era um absurdo, eu não me importo e nunca me importei com ele; com toda certeza – Falei aquilo no momento do nervosismo, não pense que é verdade, cabeça de polvo.

-Eu sei, você nunca falaria aquilo. – ele continuava se negando a olhar diretamente para mim.

-Exatamente. – e um longo e incomodante silencio.

-Yo! – foi voz que eu precisava para abrir um sorriso e sair daquele clima estranhamente pesado em que eu estava.

-Takeshi! – corri até seu encontro, parando logo a sua frente, trocando sorrisos animados. Me virei um pouco para a esquerda, e pude ver logo atrás dele vinham Tsuna, Ryohei, Haru, Kyoko Hana.

Hana! A minha salvação no meio daquelas garotas irritantes. Ela não era uma grande amiga, porém a verdade era que ela era a única amiga que eu tinha, no meio de tantos garotos. Partilhávamos o mesmo ódio pelos pirralhos, além de preferirmos caras mais maduros, e odiarmos bolos. Francamente, não sei como ela conseguia ser amiga da Kyoko. Nada contra ela, mas é muito irritante ficar ouvindo o mesmo papo sobre roupas e doces todo o santo dia.

-Olá gente! – Tsuna cumprimentou, com um sorriso aparamente cansado.

-Juudaime. – Hayato se curvou um pouco, mostrando seu respeito por ele.

-Dia extremo para um passeio , não? – Ryohei ergueu os braços, enquanto tinha um sorriso extremamente animador no rosto. Acenei rapidamente para ele e para as outras garotas, que vieram saltitantes na minha direção. Pff, que ótimo.

-Naomi-san, Naomi-san! – Haru disse animadamente – Kyoko-san e Haru-san prepararam uma lista de compras espetacular para hoje, no shopping que é no centro também, desu!

-Desculpe garotas, mas hoje eu to fora. – hoje e sempre; foi o que tive vontade de dizer– Vou ficar com os rapazes pra comemorar a vitoria do Takeshi, que é o motivo de eu ter vindo.

-Ah, mas que pena – Kyoko murmurou entristecida – Vamos passar em uma loja de vestidos muito fofa, queríamos comprar algo pra você, algo bem feminino.

Há, Kyoko.  Eu sei que as minhas roupas estão longe de serem femininas - como se eu me importasse muito com o meu estilo mesmo -, mas você acha que eu quero me preocupar com uma saia levantando enquanto estiver no meio de uma luta? Com toda certeza não.

-Que pena, né? – disse, num tom de sarcasmo impressionante. Elas equer notaram – Eu tenho mesmo que ir com eles, eu prometi... Deixa pra uma próxima, né? – não, nunca. Vão para o inferno.

Elas responderam positivamente com a cabeça e saímos rumo ao centro, para um passeio super divertido, ou não.


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Notas finais do capítulo

MANOLOS O PRÓXIMO CAPITULO É O ULTIMO. *drooling*



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