- Ficou perfeito, eu sabia. - Afrodite bateu palmas quando saí do banheiro. 

- Ficou ótimo.

- Vamos, agora temos tempo para te maquiar. Se sobrar tempo, fazemos as unhas.

- Ok. - eu odiava fazer as unhas, era tão... Chato! O maxímo que fazia era lixar e olhe lá.

Ela pegou três caixas, enormes. Sem exageiro, caberiam umas duas mochilas dentro. Quando ela abriu, tinham batons, brilhos labiais e blushes, a outra, tinham só esmaltes, e a outra tinham lápis de olho, rímels, sombras em pó e aparelhos para o cabelo.

- Pronto. - ela pausou. - Escolhe um batom.

- Afrodite, deve ter uns cento e sessenta batons aí!

- Não, cento e cinquenta e cinco.

- Ah muda muito.

- Ok. Escolhe!

Peguei um rosa claro, bonito.

- Bela escolha. 

Ela passou em mim, demorou uns quinze minutos só pra isso.

- Agora, o brilho incolor. - lá se vão dez minutos.

Ela escolheu o lápis, um preto básico, e passou nos meus olhos. 

Pegou um rímel preto e passou, o que deixou meus cílios enormes. 

Pegou uma sombra rosa e gastou toda em meus olhos, eram saches pequenos. Ela dessolveu o brilho rosado dos olhos com um cinza escuro na parte de baixo dos olhos, que perdeu a atenção com o preto que ela esfumaçou nos olhos. Ficou perfeito, devo admitir.

Pegou um sache de base, e passou no meu rosto, em alguns locais, depois passou o blush, rosa, delicado.

- Eu vou pintar seu cabelo. - ela anunciou.

- Como?

- Vou. Não vai demorar.

Uma tinta apareceu.

- Que cor é?

- Castanho escuro acaju. E tem outra. Essa.. É meia ruivo e ficará lindo em você, nada exagerado, só mechas.

Ela separou algumas mecha grossas de meu cabelo, segurou os bastantes fios que sobraram - mais do que ela selecionou, acho que para não ficar poluído - e os prendeu em um rabo-de-cavalo baixo.

Ela pintou a primeira parte do cabelo com o castanho escuro, e depois passou o ruivo. Acho que sei o que ela quer fazer, um degradê moderno.

Fiquei aquele tempo com as tintas e Afrodite fez o procedimento de lavar para mim, naquela pia assustadora que saiu de sei lá onde.

Depois, ela separou um secador, uma escova, uma chapinha e uma tesoura.

- Vamos cortar. Eu sei o que faço. - ela anunciou.

Pegou um pente e separou as mechas, ela ia desfiando as pontas.

Depois que terminou, ia secando o cabelo ao mesmo tempo que passava uma escova.

- Está quase. - ela disse, esperando a chapinha esquentar. - Pronto.

Ela passou algumas vezes,e depois, bagunçou um pouco meu cabelo.

- Perfeito, olhe no espelho. - ela sorriu.

Meu cabelo caía sobre meus ombros e iam até metade dos seios, estavam em um lindo degradê, mas não ele inteiro, apenas alguns fios e de modo combinado. A franja estava desfiada para o lado. 

- Afrodite, que perfeito. Amei! Obrigada. 

- Magina, minha linda. Só ainda não acabou.

Ela selecionou um esmalte, vi que era azul.

- Azul royal, para descontraír e combinar com os olhos de Apolo. - ela sorriu. - São mais escuros que os olhos dele, mas não ligo.

Ela sorriu, lixou minhas unhas, e pintou.

- Agora sim, está perfeita.

Me olhei no espelho, eu realmente estava o que ela tinha falado.

- A jaqueta, caso precise. - ela disse estendendo uma jaqueta jeans.

- Obrigada. Por tudo. - a abracei.

- Magina!

- Vamos descer, a festa já começou a trinta minutos! - um homem loiro disse.

- Já vamos, Hermes. Obrigada. - Afrodite assentiu, quando ele se afastou ela voltou a falar. - Você tem um corpo lindo, só precisa usá-lo, ande de um jeito sexy, mas não vulgar, se não seu pai percebe. Mecha com o cabelo, sorria. Olhe para Apolo de modo desafiador, e... Acho que não terá par para você. - ela disse. - Mas isso não é problema, se fizer direitinho ele ficará aos seus pés melhor do que você com acompanhante.

Assenti e desci as escadas, me lembrando das dicas dela.

- Onde estava? - ouvi a voz do meu pai. - É uma pestinha.

- Estava com Afrodite.

- É, eu percebi. Vamos. Tenho que te apresentar Claire Sofía.

- O nome dela é esse?

- Atena quer Sofía, Poseidon não. 

- Ah. 

.

.

.

Apolo chegou, ele e aquela Hanna. 

Ele estava perfeito. Com uma camiseta azul escura, uma jaqueta preta, uma calça jeans e, tênis, descontraído. Mas lindo.

- De namorada nova? - eu estava abraçada ao braço do meu pai. 

- É. - ela disse, olhando fixamente para mim. Encarei-a, desafiando.

- Impressionante como você, Poseidon e nosso pai são as pessoas mais galinhas do mundo.

- Falou o cara que tem um caso com a deusa do amor, não?

- Cale-se, deus do sol.

Ele sorriu. Ah, aquele sorriso. Mas ele não tinha olhado pra mim, aliás, ninguém tinha como sempre, reparado em mim.

Abaxei a cabeça, derrotada.

- Eu já volto. - sussurou meu pai para mim, e saiu. Hanna fez o mesmo depois.

- Você está linda. - ele sibilou, sussurando. - Perfeita. O que fez no cabelo?

- Afrodite pintou e cortou para mim. Me maquiou. Quase nada. - revirei os olhos.

- Eu já tinha reparado, mas não podia falar com seu pai aqui.

- E a Hanna.

- Eu não ligo pra ela, querida. Afinal, eu não a amo.

- Ahm. - olhei para a porta, e vi Zac entrando. - ZAC?

- O que ele faz aqui? - eu e Apolo fomos correndo até lá. - Depois de tudo ainda vem aqui?

- Pai, você que não deveria vir aqui. 

- Me poupe. - cortei. - Eu já tenho uma idéia de quem é falso aqui.

- Quem?

- Você, Zac. 

- Por quê?

- Porque você sempre foi assim, de ter respostas na ponta da lingua, desde quando namorávamos. E, Apolo sempre foi espontâneo.

- Ah.

- Você acredita em mim então?! - Apolo tinha um sorriso gigante nos rostos.

- Sim. 

- Ah! - ele me pegou, me abraçou e me girou no ar.

- Apolo. - adverti.

- Eu não ligo para isso, quero que todos saibam. - ele veio me beijar, mas eu o empurrei.

- Meu pai. Pode ser arriscado. - eu disse. - Por enquanto, prefiro ficar só. 

Disse, saíndo andando e fazendo o que Afrodite disse. De um jeito sexy. Tentei, e talvez consegui.