Andei pelo estreito corredor em volta do iate. Cheguei na parte de trás e olhei para dentro dele.

A luz estava fraca e tinha uma trilha com rosas até uma mesa no centro, o que fazia o ar ficar com cheiro bom. Havia algumas velas em cima dela.

Eu ainda estava olhando para a mesa quando uma musica ambiente começou a tocar. Senti braços a minha volta e uma rosa apareceu em minha frente. Peguei ela e admirei por alguns segundos.

-Linda – eu sussurrei.

-Não como você – Edward disse.

Me virei para encara-lo passando os braços pelo pescoço dele. Os olhos verdes dele me hipnotizaram. Ele colou a testa na minha e  me deu um selinho.

-Gostou? - perguntou me olhando nos olhos sem desgrudar nossas testas.

-Sim – respondi e uni nossos lábios.

Não tínhamos presa com o beijo. Estávamos só matando a saudade um do outro. Ficar longe dos beijos dele por um dia inteiro foi estranho.

-Te amo – ele disse depois que nos separamos.

-Eu também te amo – respondi.

Ele me soltou e descemos os dois pequenos degraus em direção a mesa. Ele puxou a cadeira e eu me sentei. Coloquei minha rosa ao lado do prato e olhei para Edward que sorria para mim.     

-Bom, tenho que confessar que a sua mãe me ajudou na parte da comida – ele disse passando a mão nos cabelos.

-Ela sabia? - perguntei.

-Todos sabiam – ele disse.

-Como não desconfiei dos sorrisos dela?! - perguntei, mas pra mim mesma – E o que temos no menu?

-Eu pensei que já que estamos em um iate poderia ser uma coisa que envolva o mar.

Ele destampou as duas bandejas que estava no centro da mesa. 

-Para o prato principal temos camarão – ele disse.

-Hmm...

Ele riu e eu o acompanhei.

-Para acompanhar teremos arroz com siri. E como não bebemos bebidas alcoólicas e a sua mãe falou que não era para gente beber nada que contenha álcool, teremos coca-cola.

-Tudo isso está com uma cara ótima – eu disse sorrindo.

Edward se sentou de frente para mim sorrindo.

-Foi a sua mãe que fez – ele disse.

-Minha mãe? Eu não vi ela fazendo isso...

-Foi por esse motivo que as meninas te tiraram de casa.

-Foi por causa disso?

-Elas não gostaram de acordar cedo – ele riu.

-Já imaginava – eu sorri.

Nos servimos e a comida estava gostosa. Iria agradecer a minha mãe quando fossemos para casa.

Nosso jantar foi perfeito. Jogamos conversa fora o tempo todo. Quando acabamos de jantar, Edward levantou e tirou os pratos da mesa. Ele pegou duas taças e colocou em cima da mesa. Depois foi no frigobar e pegou um pote de sorvete.

-Sorvete de creme com calda de chocolate para sobremesa – ele disse.

Colocou o pote em cima da mesa e foi até uma bancada do outro lado e pegou um pote de alumínio com dois panos, um de cada lado.

-Isso está quente? - perguntei.

-Sim – Edward respondeu – Eu aluguei isso aqui para manter a calda de chocolate quente.

Ele destampou e começou a nos servir. Ele colocou a taça na minha frente e antes que eu começasse a comer ele colocou nozes picadas por cima.

-Esta uma delicia – eu disse depois de provar.

Edward puxou a cadeira e se sentou ao meu lado. Me inclinei e beijei seus lábios. O que era para ser só um selinho foi ficando mais urgente. Nos separamos e estávamos um pouco ofegante.

Ele pegou minha mão e me puxou para a proa o barco. Nos sentamos e terminamos de comer o sorvete.

-Quer mais? - ele perguntou.

-Não. Estou satisfeita – coloquei a taça do meu lado e me inclinei um pouco para ele – Mas ainda quero uma coisa.

-E o que você quer? - ele colocou a taça no chão também.

-Um beijo.

Edward me puxou pela nuca e começamos a nos beijar. Passei a perna por cima da dele e enterrei meu rosto em seu pescoço.

-Está tudo perfeito – eu disse dando um beijo no queixo do Edward. Ele abaixou o rosto e me deu um beijo nos lábios – Não temos que ir embora agora, não é?

-Só vamos embora quando você quiser.

Nos deitamos e eu me aconcheguei em seu corpo. Ficamos olhando as estrelas em silencio. Só aproveitando a presença um do outro.

A conversa que tive com a minha mãe durante a tarde veio a minha cabeça. Sempre que as coisas começavam a esquentar entre mim e Edward ele foge.

Não pode ser coisa da minha cabeça. Me sentei em cima dele com uma perna e cada lado. Edward me olhava sem entender nada.

Me inclinei e comecei a beijar seus lábios. Ele sentou e passou a mão pela minha nuca me puxando mais para ele.

Edward foi descendo a boca pelo meu pescoço e eu peguei na ponta de sua blusa. Comecei a a puxar para cima, mas ele me impediu segurando minha mão.

-Não – ele disse voltando a me beijar.

-Por que? - perguntei encarando os olhos dele – você não me quer? - ele desviou os olhos – Isso é um não?

-Não – ele olhou para mim – Não é isso.

-Então é o que?

-Eu... Não sou muito... experiente.

-O que?

-Bella, em toda minha vida eu só transei uma vez e eu não me lembro muito bem o que aconteceu naquela noite.

-Você acha que eu me importo com isso? Eu nunca senti nada igual por ninguém.

Edward não disse nada. Ficamos quietos por algum tempo.

-Eu estraguei a noite – não era uma pergunta.

-Não – respondi sorrindo – Só vamos esquecer os últimos minutos.

-Eu amo você – ele disse me puxando.

-Eu também te amo – disse antes de juntar meus lábios no dele.

Ficamos mais um tempo do lado de fora e depois entramos e descemos. Não tinha muita coisa nessa parte do iate. Só dois sofás pequenos e um tapete. Me sentei no sofá e Edward se sentou ao meu lado. Ele pegou alguma coisa do bolso e abriu a mão me amostrando. Era uma caixinha vermelha pequena.

-O que é isso? - perguntei.

-É para você – ele disse e a abriu.

Havia um anel de prata com uma pedrinha de brilhantes em cima.

-Edward, é lindo – eu disse.

Ele pegou minha mão e colocou o anel em meu dedo.

Dei um beijo nele e ele me correspondeu. Nos deitamos no sofá abraçados e um tempo depois acabei pegando no sono.