I Hate You Then I Loved You escrita por Tatiana Mareto


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, eu gostaria de compartilhar com todos meu Kim Dongwan minutos antes de se alistar para o serviço militar obrigatório. Ele completa 30 anos dia 21 de novembro... e ainda parece um menino. Esse é meu Dongwan, batendo continência ^^

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O dia passou no mesmo marasmo, sem que Dongwan acordasse. O efeito da anestesia já tinha passado, e ele deveria ter acordado. Mas continuava em coma não induzido. Brenda precisou que um médico visse suas mãos, porque elas estavam muito feridas. Eric insistiu para que lhe dessem um sedativo, que ela recusou todas as vezes. Ficava na porta do quarto, olhando pela fresta da porta de cinco em cinco minutos. Ele estava ali, e ela nem podia vê-lo direito.

Na manhã seguinte, ela cochilava sentada em uma cadeira quando notou uma movimentação estranha. Abriu os olhos quase morrendo de dor de cabeça, e viu que havia uma bagunça no quarto de Dongwan.

*_O que está acontecendo? – Ela entrou quarto adentro, enquanto os médicos se amontoavam sobre ele.

*_A senhorita não pode ficar. – Uma enfermeira a empurrou para fora.

*_O que está acontecendo?????? – Brenda estava nervosa, falando alto.

*_Ele teve uma parada cardíaca. – A enfermeira informou. – Por favor, espere lá fora.

Brenda foi colocada para fora do quarto, e a porta se fechou. Ela então desabou no chão, sem rumo. Passou as mãos pela cabeça, olhando para cima. Seus sentidos estavam falhando. Ela tremia, não conseguia controlar seus músculos. Minwoo correu em sua direção quando a viu caída... os rapazes tinham ido tomar um café, e estavam retornando. Ninguém da família de Dongwan parecia por perto.

*_Ele... – Brenda olhava para Minwoo, transtornada. – Minwoo, eles... ele vai...

*_Ele vai ficar bem. – Minwoo abraçou-se com Brenda e a pegou no colo, tirando-a dali. Julie vinha do quarto, acabara de ver Alex, que passava mais tempo dormindo ou sonolento. Os médicos explicaram que era efeito dos medicamentos que ele tomava. Ela mal conseguira estabelecer uma conversa razoável com ele, mas ao menos sabia que ele não tinha edemas. Ao ver Brenda naquele estado, ela foi atrás de Minwoo para tentar acalmar a amiga.

Dongwan foi levado novamente para a terapia intensiva. Daquela vez, Eric forçou Brenda a tomar o sedativo. Não tinha jeito de ela suportar mais aquilo sem ajuda. O clima estava tenso, e até o médico voltar com mais notícias, ninguém sabia como estava Dongwan. Tudo que se podia imaginar era algo muito ruim.

Lose it all.

As notícias do médico não foram nada boas. Algumas coisas em Dongwan não funcionavam bem. O fígado estava em frangalhos, mas se recuperando. Ele estava com falência renal total, e os médicos não sabiam se ele resistiria com diálise estando tão fraco. Junjin convenceu os médicos a deixarem Brenda entrar para vê-lo, pois eles só queriam liberar a família, que se resumia em sua mãe. Ela queria ver Alex, mas não conseguiria enquanto não visse Dongwan. E, frente às incerteza todas, com a sua situação piorando ao invés de melhorar, eles tinham que admitir o fato de que o amigo poderia não mais se recuperar.

Mesmo estando na UTI, Dongwan poderia receber visitas. Não era uma coisa muito natural, o visitante teria que se esterelizar para evitar transferência de bactérias. Vestindo avental, com touca esterilizada e luvas, Brenda foi conduzida pela terapia intensiva até o leito de Dongwan. Ele tinha tubos por todos os poros, estava pálido. Ela sentiu um calafrio. Ele nem parecia vivo. Ela tinha a boca seca. As pernas fraquejando. Seus olhos vertiam lágrimas que ela fazia retornarem. Segurou sua mão, temendo quebrá-lo.

_Dongwan... – Ela disse. Precisava falar, mesmo se ele não fosse escutar. – Agora que eu digo o seu nome, você não quer me ouvir? Eles disseram que você não vai sobreviver. Que você não vai resistir à diálise... que precisa de um rim novo. Como se fosse fácil ir ao mercado e comprar um. – Brenda riu das suas piadas infames. – Pois é... Wannie, você não pode me ouvir e eu estou aqui feito uma besta falando. Eu demorei tanto tempo para aceitar que você não era aquela pessoa monstruosa... que não foi você quem me feriu. Você era o musgo... sempre foi. Eu te amei tanto, e neguei por tanto tempo... Agora eles querem te tirar de mim. Você não pode ser tão irritante a ponto de me fazer isso! Eu não posso aceitar que você seja tão desprezível a ponto de me deixar agora. Você me fez confessar que te amo. Você me fez retornar ao passado sem ter medo de que ele fosse me engolir. Você é o ar que eu respiro... sempre foi, e eu passei todo esse tempo sem respirar. O que eu vou fazer? Você não se atreva a não sair dessa cama.

Brenda não conseguiu mais resistir às lágrimas. Soltou as mãos de Dongwan e correu para fora da UTI. Arrancou o avental, correu pelos corredores até encontrar uma lixeira. Ela vomitou, colocou para fora tudo que estava guardado naqueles dias. Julie foi atrás dela, acompanhada de JunJin. Ele era o irmão mais novo; e no final acabo sendo ele a assumir tomar conta das coisas.

*_Vai ficar tudo bem... – JunJin ajudou Brenda a se levantar. – Ele é forte, ele vai...

_Não vai ficar tudo bem! – As lágrimas faziam com que Brenda engasgasse com as palavras. – Não vai ficar nada bem!!! Você o viu? Ele está sem cor! Ele está sem cor!!! Ninguém me diga que vai ficar bem, porque não vai! – Brenda tinha um surto no meio do corredor. – Jinnie, ele vai morrer! Eu estou aqui, vendo o homem que eu amo morrer!! O que eu vou fazer, me explica? O que eu vou fazer????

Brenda foi amparada por JunJin, que a abraçou querendo consolá-la. Ele soluçava em prantos, enquanto os médicos vinham com mais uma dose de calmante para Brenda. Ela não podia entrar para ver Alex daquele jeito... estava destruída por dentro, e o amigo não merecia vê-la daquela forma. Até porque ele não sabia que Dongwan estava mal.

A família de Alex já estava no hospital. Ele havia melhorado significativamente, pela gravidade de suas lesões. Brenda estava dopada, mas Julie a levou para vê-lo. Ele queria vê-la; ele cuidava dela como um irmão mais velho. Ou algo mais.

_Você está péssima. – Ele implicou, assim que Brenda entrou no quarto. Ela estava completamente grogue. Julie segurou sua mão e beijou sua testa enfaixada. Ele sorriu.

_Sim, estou. – Brenda parecia fadada ao corredor da morte. Suas olheiras havia tomado o lugar dos olhos. Ela era um zumbi.

_Como está Wannie? – Alex precisava saber, de todos. – Ele já está saltitando por aí?

_Logo, logo. – Brenda mentiu. Julie assentiu. – Alex, sua família chegou...

_Vou pedir que entrem assim que sair. – Julie terminou a frase para a amiga. Brenda deitou a cabeça na cama, tentando esconder os olhos cheios de lágrimas. Sua cabeça pesava muito, ela sentia dores. Alex passou a mão por seus cabelos e respirou fundo.

_Eu estou bem. – Ele disse, com alguma dificuldade. – E Brenda está arrasada. Isso só pode significar uma coisa... Dongwan não está bem, está? – Ele olhou para Julie, querendo uma resposta verdadeira. Ela não sabia o que fazer. Alex conhecia Brenda bem demais para se enganar com mentiras. Era um dos motivos pelos quais ela recusava vê-lo estando naquelas condições.

_Não, ele não está. Ele está ainda em coma. – Julie confessou. – Mas ele vai ficar bem...

Alex fez Brenda levantar a cabeça. Ela o olhou, e seu olhar atravessou seu coração como se fosse cortante.

_Me dói te ver assim. Eu tentei tanto te proteger... – Ele disse, lágrimas vertendo dos olhos. – E agora eu não posso. Sinto muito.

Brenda desabou novamente em um pranto profundo. Ela, que tentava ser forte, estava derretendo-se em lágrimas. Levou horas, mais de um dia, para chorar pelo acidente. Mas tudo aquilo veio de uma vez só quando ela imaginou perder Dongwan. Ela precisou deixar o quarto e trancou-se no banheiro. Ficou por lá por muito tempo, talvez horas. Ao sair, Julie a aguardava com notícias estranhas.

_Estão todos fazendo exames. – Ela disse. – Testando a compatibilidade para doar um rim a ele. Dongwan está na lista de urgência para transplantes...

_Alguém se mostrou compatível?

_Ainda não... faltam Andy e Minwoo.

_Eu vou lá. – Brenda limpou o rosto, tentando reassumir seu controle.

_Temos que esperar...

_Vou lá fazer o teste.

_Por que?

_Porque eu posso muito bem ser compatível.

_Brenda, isso seria uma história de telenovela. – Julie achou graça.

_E tem alguma coisa nessa história que não seja de telenovela?

Julie não conseguiu fazer a amiga desistir de suas pretensões. O mesmo tipo sanguíneo ela sabia que eles tinham. O resto era deixar o destino decidir. O mesmo destino que tanto tempo brincou com eles.


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