"Yes we'll be going to the movies, In the theater holding hands, I'll walk you home from school, I'll walk you to your classes, playing my 360, yes you'll be my best friend, but most of all baby doll you'll be my love love love..."

- Olha Ju, eu queria te dizer que eu... Eu to apaixonado.

- Apaixonado? Legal. – Sorri de leve. Ótimo., ele veio aqui esfregar que ama a Jenny, que maravilha.

- É. E você nem faz ideia de quem seja a garota!

- Não? Então me conta mais dela. – Falei andando em direção ao banheiro.

- Ela é bonita. Bem bonita. – Começou. – Ela tem os olhos verdes, cabelos castanhos, longos e ondulados. Ela detesta usar algo que não seja calça ou short, abomina vestidos e saias... – Eu posso ser lerda, mas não sou idiota. Ele estava me descrevendo. Ou aquilo era uma brincadeira de mau gosto, ou ele realmente estava se declarando pra mim. “Que seja o número dois, que seja o número dois.” – Pensei comigo mesma enquanto prendia meu cabelo num coque mal feito.

- Continua. – Falei, ainda dento do banheiro.

- Ela adora o Johnny Depp, o Homer Simpsons, Paramore, quase morreu quando conheceu a Miley Cyrus, e é completa e loucamente apaixonada por pizza.

Saí do banheiro de fiquei “rondando” o Bieber.

- Legal... E de onde ela é?

- Canadá.

- Como vocês se conheceram?

- Na festa de aniversário chinesa dela.

- Hum... E o que você mais gosta nela? – Parei e fiquei de frente pra ele.

- Sua sinceridade. Ela não tem medo de dizer o que pensa.

- E fisicamente?

- Bom, fisicamente ela é completamente linda. Mas as duas coisas que mais chamam atenção são seus olhos seus lábios. Os olhos verdes são misteriosos, escondem muitos segredos. E seus lábios... Ah, os lábios daquela garota são a tentação de qualquer um.

- E com qualquer um você quer dizer... Justin Bieber? – Dei um passo, ficando mais próxima ao garoto.

- Exato. – Ele disse e eu sorri vitoriosa. – Até quando você vai ficar me torturando? – Dessa vez ele deu um passo a frente.

- Até você dizer que é apaixonado por mim. – Dei mais um passo.

- E quem disse que eu sou apaixonado por você? – Ele deu um passo.

- Você mesmo. Eu me conheço bem o suficiente pra saber que meus lábios são a tentação de qualquer um. – Sorri mais uma vez, lhe mandei um beijo e dei um passo. Ele ficou calado, sorrindo. – E então?

- E então o que? – Ele deu mais um passo.

- É isso? – Dei um passo. – Nós vamos ficar nessa de dar pequenos passos? Por favor, né. Todos nós sabemos o que você veio me dizer, e muito provavelmente a Caitlin te mostrou aquela mensagem.

- Como você sabe? – Ele deu um passo.

- Ah, por favor. É A CAITLIN! – Dei outro. Dessa vez acabamos ficando próximos, beeeeeeem próximos. – E então, quando você vai falar?

- Sabe aquela coisa de que às vezes atitudes falam melhor que palavras? – Ele perguntou se aproximando mais, se é que isso era possível.

- Não. – Ele revirou os olhos.

- Ah, por favor, facilite as coisas.

- Ok, ok. – Falei. – Então claro que eu sei! O Mas o que... – Antes que eu pudesse sequer terminar a frase, ele me puxou pela cintura e me beijou. Primeiramente eu fiquei em estado de choque, mas depois acabei retribuindo.

Ouvimos palmas e assobios vindos da porta, o Ryan, o Chaz e os Beadles estavam lá.

- Vocês são tão lindos juntos, aw. – Caitlin disse fingindo estar emocionada.

- É, eu acho que perdi a minha Fiona. – Chaz falou limpando uma lágrima imaginária.

- Awwwwwwwwwww, meu Shrek, vem cá! – Fui correndo até ele e pulei em seus braços. – Eu vou ser a sua Fiona pra sempre!

- E eu? – Chris me olhou com aquela carinha de cachorrinho abandonado. Pulei no chão e abracei o meu ratinho.

- Você também. Pode ter a certeza de que você vai sempre ser o meu marido Rato.

- Sabe, o Ryan aqui também existe.

- Aw, você é outro. – Sorri e o abracei. – Dona Julia e seus três maridos.

- Três? E eu, onde entro nesse papo todo? – Justin estava parado com cara de quem comeu e não gostou.

- Ah, você vai ser sempre o mais especial. – Fui até ele, na intenção de beijá-lo. Ele virou o rosto.

- Que foi? – Perguntei com a mão na cintura.

- Greve de beijo. – Ele cruzou os braços e ficou com os olhos direcionados para o teto. Sabe, as vezes (e com as vezes eu quero dizer sempre) o Justin age feito um bebê.

- Ah, então é assim? – Perguntei, fui até a cama e peguei meu celular. – Então espera, que eu acho que ainda dá tempo de ligar pro Josh e... – Não terminei a fala. Ele me pegou de surpresa, de novo. Me beijou. Sério, eu vou acabar ficando mal acostumada. Meu celular caiu no chão.

Prendi minhas pernas ao redor de sua cintura, e todos começaram a reclamar tapando os olhos do Chris e dizendo que ele era menor de idade. Ok, como se eles não fossem.

Abanei a mão, indicando pra eles que era hora de ir. Eles saíram e fecharam a porta, deixando apenas eu e o Bieber dentro do quarto.

Paramos o beijo com selinhos, e então ele me jogou na cama. A lógica seria que ele se deitasse delicadamente ao meu lado, mas nãaao, o idiota se jogou em cima de mim.

- JUSTIN! VOCÊ É GORDO, CARALHO. – Falei na tentativa fracassada de que ele saísse de cima de mim. Sabe, de uns tempos pra cá ele ficou mais forte.

- Se o Chris pode, eu também posso. – Ele riu.

- Ah, então tudo isso é ciúmes do Chris?

- QUE? – Gritou. - Ciúmes? Eu? Do Christian? NÃO MESMO!

- Então sai de cima de mim.

- Não.

- Por quê?

- Eu já disse. Se ele pode, eu também posso.

- Ciumento!

- Fofa! – Ele se virou e ficou cara a cara comigo.

- Bobo!

- Linda!

- Chato!

- Eu te amo! – Ele falou e me deu mais um selinho.

Tombou no meu lado e esticou o braço, lugar onde por acaso eu coloquei a cabeça.

- Eu também te amo, bobão. – Sorri.

Ficamos um tempo em silêncio, deitados, só curtindo o momento. O nosso momento.

- E então, vamos ver um filme?