A História que não Foi Contada escrita por cherry16


Capítulo 2
Capítulo 2 - A missão.




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- Ah, Yukino... Não faz idéia do quanto estou feliz!

- Você também, Vincent-Kun... Se fosse possível morrer de felicidade, esta seria a hora da minha partida... Graças a Deus não se morre disso... Eu te amo tanto! Sempre quis te dizer isso, mas nunca tive a chance... Te amo! Te amo! Te amo muito!

Bons tempos aqueles... Até tudo mudar de repente!

Os meses se passavam e eu e Vincent ficávamos cada vez mais apaixonados e envolvidos. Eu já não conseguia imaginar uma vida sem ele ao meu lado. Meu pai foi ficando cada vez mais tranquilo com relação ao meu namoro com Vincent.

Passaram-se 1 ano e meio, e nós ainda estávamos juntos. Eu estava cada vez mais feliz com aquilo, nunca houve época que eu estivesse mais feliz como aquela, até que o meu pior pesadelo aconteceu.

Eu havia saido para passear com meu pai, já que faziam meses que não saíamos juntos. Estavamos num jardim muito bonito, até que cheragam varias pessoas de todos os tipo, lutadores, atiradores, tudo o que se pode imaginar...

- Viemos buscar a menina!

- O que querem com a minha filha? Como se atrevem a vir nesta cara-de-pau e acharem que vão levar minha filha?

- Sua filha é um perigo, e o senhor sabe disso! E sabe também que o que viemos fazer aqui é necessário!

- O que eles querem dizer com isso, meu pai?

Meu pai não se atreveu a responder, eu não fazia idéia do que eles estavam falando só sabia que queriam me levar, e provavelmente me matar. Meu pai virou-se pra mim com os olhos cheios d'água e meu empurrou contra uma árvore e usando uma matéria me lacrou naquela árvore. Eu tentei de tudo para sair de lá mas não conseguia! Aquelas pessoas vieram em minha direção, o pânico tomou conta de mim, eu não podia morrer naquela hora!

Meu pai se colocou na minha frente e lutou contra eles com todas as suas forças. Ele venceu a maioria deles, mas um conseguiu chegar por tras e acertá-lo pelas costas. Eu gritei com toda a minha força pelo meu pai, eu pude ver a espada daquele homem percorrer pelas costas de meu querido pai e atravessá-lo, tirando-lhe a vida que ainda tinha.

Eu fui consumida por tamanha raiva que pela primeira vez conheci a extensão da minha força. Consegui sair daquela árvore e peguei rapidamente a espada de meu pai e comecei a atacar todos os que restavam. Matei um por um, sem dó alguma! Quando percebi, havia matado a todos aqueles que estavam por lá, e quando olhei para mim mesma, pude ver no que havia me transformado. Minhas unhas pareciam garras, meus dentes estavam afiados e minhas pupilas afiladas. O que era isso? Foi quando eu conheci a fera que existia em mim... A minha maldição...

Fui correndo em direção ao meu pai e logo voltei ao normal o segurando em meus braços.

- Pai! Pai, por favor, não me deixe! Por favor...

As lágrimas escorriam pelo meu rosto sem parar. Eu jamais havia sentido dor como aquela, dor tamanha a ponto de me fazer desejar a morte também. Eu gritava com todas as minhas forças durante quase duas horas intermináveis. Mas nada fazia meu pai voltar!

O carreguei no colo durante um longo tempo, sem saber para onde ia. Quando percebi que estava distante o suficiente daquele lugar deprimente, cai de joelhos ainda com meu pai no colo. Eu olhei para o céu me perguntando o porquê daquilo. Eu queria tanto que Vincent estivesse lá, mas ao mesmo tempo achei maravilhoso que ele não estivesse, jamais queria que ele visse aquilo que eu me transformei! Prometi para mim mesma que faria todo o possível para que ele não me visse naquele estado!

Deixei o corpo de meu pai por lá, não tinha coragem ou forças para enterrá-lo. Fui para casa cambaleando e totalmente encharcada de sangue. Tomei um banho quente e fui dormir, em total depressão. Fiquei trancada dentro de casa por quase uma semana, até que Vincent bateu na minha porta. Eu não tinha forças para levantar e ir atender a porta.

- Yuki-Chan! Abra aporta, por favor! Eu quero ver como está! - e eu nada respondi - Por favor Yukino, abra a porta! Eu já soube do ocorrido!

Eu continuei sem responder, o que o preocupava, então ele entrou em meu quarto pela janela e meu viu deitada na cama quase como um corpo morto. Ele ajoelhou-se na minha frente e ficou acariciando meu rosto como sempre fazia, ele sabia que nada do que ele pudesse falar naquele momento iria me consolar, então ele fez com que eu me sentasse na cama e logo ele se sentou ao meu lado e me abraçou, me confortando e meu beijando o rosto. Como eu precisava daquilo! Eu chorei em seus braços e ele me confortou! Ele era o único que eu precisava ao meu lado, ele era tudo o que eu tinha!

No mes seguinte eu completaria 19 anos, então Vincent me chamou para ir morar com ele, para que eu não tivesse que viver naquela casa sozinha. Eu agradeci e aceitei, vendi aquela casa que por herança era minha e fui morar com Vincent. Passaram-se alguns meses e eu não tirava a culpa da morte de meu pai de cima de mim, eu sempre achei que a culpa fosse minha, então resolvi ser uma Turk também para continuar com o trabalho de meu pai. Vincent foi TOTALMENTE contra, achava que era perigoso demais para mim e que eu deveria encontrar algo melhor pra fazer e blá blá bla... Pra mim não fazia a menor diferença! O perigo não importava pra mim!

Contra a vontade de Vincent fui trabalhar na compania Shinra sobre os domineos do grupo dos Turks. Eu era exelente em tudo o que fazia, aquilo era minha única razão de vida agora. Nem preciso mencionar que o meu namoro com Vincent esfriou drasticamente!

Um dia, eu estava saindo do trabalho e encontrei com Vincent sentado na calçada, como que me esperasse. Logo sentei ao seu lado retirando minhas luvas esperando que ele começasse a conversa.

- Até quando ficaremos assim, Yukino-San?

- Porque se refere a mim desse jeito?

- Porque você não é mais a Yuki-Chan que eu namorei a meses atras! Você é uma pessoa totalmente fria e vingativa... Culpa a si mesmo por tudo! Acha que eu não sofro de te ver desse jeito? Não pense que eu estou assim só porque não me dá mais atenção, não é isso! Eu conheço a sua dor, mais do que você imagina! Mas... O que está havendo contigo, Yukino? No que foi que você se transformou?

- Desculpe-me... Eu não havia percebido isso... Eu só não consigo administrar bem essa dor... Essa culpa! Me perdoe... Eu vou tentar mudar, eu prometo!

- Eu espero que sim... Algumas mudanças não somos capases de reverter!

- Mas essa eu consigo... Com você ao meu lado eu consigo!

- Que saudade que eu tinha de ouvir você falar desse jeito comigo, Yuki-chan!

- Que saudade que eu estava de você, Vincent-Kun...

- Eu te amo, Yuki...

Ele me abraçou e me beijou calorosamente. Como eu sentia falta de sentí-lo tão proximo de mim. Morávamos na mesma casa mas era como se um abismo nos separasse. Era horrível, e só depois desse sermão dele que eu fui me tocar de como era horrível a situação que eu criei. Afinal, eu não era a única a sofrer a dor de perder o pai.

Depois disso as coisas melhoraram, eu e Vincent até nos ajudávamos quando dava no trabalho, já que nós dois éramos Turks, até que um dia fui designada para uma missão numa cidade bem distante da nossa.

- COMO? MAS PORQUE DIABOS TÃO LONGE?

- Você provou ser bastante competente, Yukino! E para lá só estão indo os melhores!

- Então porque Vincent não vai comigo? Ele também é muito bom! Tanto quanto eu, senão mais!

- Sei disso! Mas ele irá para outro lugar!

- Mas por que?

- Por que sim, ora essa! Vai recusar a missão agora é? Ou vai ou tá demitida!

- Tá bom, tá bom! Não precisa chegar a tanto, eu vou sim! Quando eu parto?

- Daqui a dois dias! Apronte-se e te quero aqui amanhã a noite!

Eu pedi licença e sai. Mas que droga! Ir pra tão longe, logo agora! Saco! Eu queria só ver a cara de Vincent ao saber da notícia!

- Vincent-Kun... Eu tenho algo pra lhe falar!

- O que foi, Yuki?

- Me mandaram pra uma missão lá na...

- Tá! Entendi... Qual missão?

- Ah, a missão lá perto da terra dos Ancients! Sabe qual é? Nunca decoro os nomes dessas drogas!

- Não! Você não aceitou, aceitou?

- Uai, aceitei, porque? Ou era isso ou era demissão, colega!

Vincent ficou pálido como papel, não que ele não fosse quase dessa cor, mas ele ficou mais palido ainda e ficou me olhando com uma expressão completamente assustada. Por que será que ele estava assim?

- Algo errado em eu aceitar essa missão?

- Por favor, Yukino! Volte atras e recuse essa missão! Por favor!

O que será que tinha nessa missão que o fazia relutar tanto assim?

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