Ola! Me chamo Yukino, Yukino vaan Night Valentine. Esse nome lhe parece familiar? Esse mesmo! Sim, eu tenho algum laço com Vincent, só que a história é mais complicada do que parece! A história que vou contar, eu preferia que fosse esquecida no mais profundo abismo, pois o sofrimento que ela me causou, nem mesmo o tempo é capaz de amenizar!

Minha história começa há 8 anos. Eu tinha apenas 16 anos e Vincent tinha 20. Nós ainda éramos humanos! É, isso mesmo... Nós! Nessa época eu e ele não nos falávamos, ainda não nos conhecíamos! Mas um dia eu estava andando e vi um pouco distante um belo homem de cabelos pretos e olhos castanhos avermelhados. Foi amor a primeira vista! Mas eu só o via de longe.

Meu pai era ligado aos Turks, então logo fiquei sabendo do nome dele, era Vincent que eu avistara. Então comecei a observar de longe o trabalho de meu pai e o dos Turks, sem que meu pai soubesse, obvio! Ele me ensinara muitas coisas, entre ela lutas, tudo sobre armas, muito sobre cultura... Tudo o que eu precisava saber... Até história ele se prontificou a me ensinar! Pois bem, eu avistava todos eles de longe, mas o único que chamava a minha atenção era ele, Vincent Valentine, o homem mais belo que já encontrei em minha vida!

Os dias foram se passando e eu me apaixonava cada vez mais por ele. Eu pensava ser desconhecida por todos lá, mas meu pai já havia falado de mim para alguns de seus colegas, incluindo ele... Meu coração disparava só de ouvir o seu nome...

Alguns meses depois meu pai resolveu me apresentar para os seus colegas mais chegados, aqueles que ele podia chamar de amigos.

- Bom, como já havia dito antes essa é minha filha, Yukino! Ela não é a cara da mãe dela?

- É sim, senhor! É tão bonita quanto a mãe!

- Conheceu minha mãe?

- Sim, conheci sim! Mas já faz muito tempo! Soube que ela morreu no seu nascimento, é verdade, senhorita Yukino?

- É verdade sim... Você que é Vincent Valentine que meu pai falou?

- Sim, sou eu!

- Ele é seu primo, Yukino!

- Como assim? Meu primo? Mas hein?

- Sim, Yukino! Sou seu primo! Podíamos combinar de sair um dia desses, poderiamos nos tornar amigos, o que acha? Faz tempo que não falo com alguém da minha familia alem de seu pai!

Amiga uma ova! Eu quero ser sua namorada, tapado! Meu primo? Fala sério! Meu pai jamais deixaria eu namorar com ele sendo ele da mesma família! Droga!

- Claro! Por mim tudo ótimo! Eu não conheço mais ninguém da família além do meu pai! Será bom que conversemos mesmo!

No dia seguinte combinamos de tomar sorvete. Conversamos bastante, e quanto mais eu ouvia aquela voz maravilhosa dele, mais eu me apaixonava! Passamos a nos encontrar uma vez na semana, até que esses encontros aumentaram. Nos víamos quase todos os dias, e assim ficou por quase um ano! No começo as coisas aconteceram muito rápido, rápido demais, o que fez meu pai se preocupar!

- Yukino...

- Sim, meu pai!

- Você não acha que está se encontrando demais com seu primo?

- Algum problema nisso, papai?

- Não, eu só acho que... Bom, filha... Vincent é um homem complicado, mas uma ótima pessoa. Eu só tenho medo que se envolva demais com ele!

- Por que?

- Vincent já tem muitos problemas! Não quero que ele te envolva com eles!

- Mas por que?

- Oh meu Deus, Yukino...

- O que foi?

- Você está apaixonada por ele, não está?

Meu coração disparou! Será que estava tão na cara assim?

- Por que dessa sua conclusão, pai?

- Eu te conheço! Você não é do tipo que fica contestando as coisas que eu falo!

- Droga!

- É verdade, não é?

- É sim, meu pai! Desculpe...

- Faz quanto tempo?

- Mais de um ano!

- MAIS DE UM ANO? Mas faz QUASE um ano que eu apresentei vocês dois!

- Bom, eu o via de longe, e desde aquela época me apaixonei por ele!

- Meu Deus... Bom, eu não posso pedir para que você deixe de gostar dele, mas POR FAVOR minha filha... Tome cuidado com o que vai fazer, ok? Eu confio em você e sei que não tomará as decisões erradas, mas tome cuidado, sim?

- Tomarei cuidado sim, meu pai!

Quem dera que eu tivesse escutado o conselho de meu pai! Por que fui tão teimosa? Por que não ouvi os conselhos de meu pai quando deveria? Mas ninguém pode mudar o passado, basta para mim viver o presente.

Eu e Vincent continuamos a nos encontrar, mas um dia, quando fomos tomar sorvete de novo e fomos andar pelo parque que as coisas mudaram definitivamente. Eu tinha apenas 17 anos e Vincent tinha 21.

- Yukino, eu tenho algo a lhe confessar!

- O que seria, Vincent-Kun?

- Sente-se aqui nesse banco, é importante o que quero lhe falar!

- Ok ok, já sentei! Espera só eu terminar o sorvete, ok?

Ela esperou pacientemente eu terminar com meu sorvete e limpar as mãos. Logo ele se ajoelhou na minha frente e sorriu.

- O que queria me dizer, Vincent?

- Yukino, já faz um tempo que quero lhe contar isso, mas nunca tive coragem! No dia que seu pai nos apresentou, meu coração quase não conseguiu se conter em meu peito de tanta alegria. Já fazia tempos que eu lhe via, observando o trabalho de seu pai escondida, sempre tão graciosa, era impossível não notá-la!

- Aaaah! Que vergonha! Você sabia que eu ficava espiando vocês?

- Sempre soube! E fui isso que me fez querer continuar naquele emprego. Te ver todo o dia era a minha maior alegria, só que eu nunca tive coragem de ir falar contigo. Mas então um dia seu pai nos apresentou, e eu mal sabia o que dizer... Quando disse que poderíamos nos encontrar, e você aceitou o convite, quase desmaiei de tanta emoção!

Meu Deus... Isso só pode ser brincadeira! O homem que eu amava me dizendo isso! Fala sério... Sonho de toda mulher!

- Aonde quer chegar?

- Eu estou apaixonado... Completamente apaixonado por ti, Yukino... Eu a amo como jamais seria capaz de amar outra pessoa! E agora, tudo o que desejo é pedir tua mão em namoro, já que ainda é muito nova para casar...

- Eu estou abismada...

- Isso é um "não"?

- Não! Não é um "não! Tudo o que eu sempre quis ouvir desde que te conheci foi isso... Quando eu ficava a observar vocês trabalhando, era pra você que eu olhava! Era por você que eu estava lá... Todo esse tempo, o que mais sonhei é o que se realiza agora: ter você ao meu lado!

Vincent sorriu de uma forma única. Raras as vezes que ele sorria daquela forma! Ela me segurou pela cintura e me erguei no ar, me rodando e em seguida me abraçando forte, me beijando o rosto.

- Ah, Yukino... Não faz idéia do quanto estou feliz!

- Você também, Vincent-Kun... Se fosse possível morrer de felicidade, esta seria a hora da minha partida... Graças a Deus não se morre disso... Eu te amo tanto! Sempre quis te dizer isso, mas nunca tive a chance... Te amo! Te amo! Te amo muito!

Bons tempos aqueles... Até tudo mudar de repente!