Samantha! escrita por Maluh


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Novato


Notas iniciais do capítulo

Quem é vivo sempre aparece.
Mil desculpas pela demora, mas eu formatei o meu notebook e o cara que formatou demorou uma eternidade para vir a minha casa e instalar o Microsoft, o que me deixava impossibilitada de abrir os documentos.
Aqui está um capítulo novinho em folha.
Nos vemos nas notas finais.
Boa leitura!



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Quarto Capítulo – O Novato!

         - Acorde Samantha – disse o meu pai me fazendo pular da cama.

         - O que foi pai? – perguntei e me sentei na cama.

         - Acorde, eu tenho uma surpresa para você.

         - Uuh! Eu devo estar sonhando que é meu aniversário? Ou é o Natal? – eu disse e ri.

         - Não é um sonho. Levante logo – ele disse e eu logo me levantei. Coloquei um chinelo e segui o. Chegando perto da sala meu pai perguntou se eu estava preparada para a surpresa e eu disse que estava. Quando cheguei à sala que vi a surpresa.

         - Nossa, – eu disse exagerando – o senhor comprou uma TV nova.

         - Mas essa é uma 52 polegadas e comprei um novo DVD, assim podemos fazer uma sessão filme, só eu e você – ele respondeu.

         - Que bom pai, mas eu vou sair com o Lucka hoje. Que tal outro dia?

         - Qualquer dia eu ainda mato esse garoto por ter roubado a minha garotinha – ele disse me abraçando e me dando um beijo na bochecha.

         - Desse jeito ele vai ter que arranjar seguranças – eu disse e ri. – Agora vou tomar banho pai – disse e fui ao meu banheiro.

         No banho eu pensava sobre o que ia acontecer hoje. Um dos dias mais importantes para uma garota ia acontecer comigo e eu estava ansiosa e nervosa para essa hora chegar. Hoje depois do encontro eu e Lucka teríamos a nossa primeira vez.

         Eu digo nossa porque ele e eu somos virgens e vamos perdê-la juntos, assim como eu sempre sonhei. Nada estragaria o meu dia.

         Sai do banho, me arrumei, tomei um copo de leite e sai em direção à aula.

         No estacionamento, Sophia estava á minha espera ao lado de Augustin. Não vi o Lucka, mas ele ainda não devia ter chegado. Estacionei o meu carro e fui em direção dos meus mais novos melhores amigos.

         - Preciso de um favor seu, Sam – disse Augustín.

         - Bom dia para você também e eu estou muito bem obrigada.

         - Bom dia Sam – disse Sophie.

         - Me desculpe por ser tão direto, mas eu preciso da sua ajuda – disse Augustin enquanto caminhávamos em direção ao prédio do colégio.

         - O que aconteceu? – perguntei.

         - Meu caderno de poesias foi roubado – ele disse. – E tem muitas coisas importantes lá.

         - Hoje é o meu dia de folga, mas como você é um amigo, vou fazer uma exceção.

         - Eu esperava que você me falasse isso – ele falou.

         - Primeiramente eu preciso saber o que tem nesse caderno de tão secreto – eu disse e Augustín apenas olhou para a Sophie.

         - O que? – perguntou a Sophie.

         - Só nos dê um minuto – disse o Augustin e Sophie saiu dali nos deixando a sós.

         - O que tem nesse caderno de tão ruim para você ter pedido que a Sophie saísse? – perguntei.

         - Eu sei com quem está o caderno – ele disse mudando de assunto. – Foi o Kean.

         - Kean Hill? O capitão do time de basquete?

         - Esse mesmo – ele respondeu enquanto íamos andando até o meu armário.

         - E por que ele pegou? – perguntei.

         - Porque eu peguei a posição dele no jogo de sábado e ele pegou o caderno dizendo que se eu não desistisse da posição ele iria contar para a escola toda.

         - Contar o que?

         - Que eu não sou gay – ele disse.

         - O que? Como assim você não é gay? É impossível.

         - Eu não sou gay, Sam. Eu finjo ser para me aproximar mais da Sophie. Ela diz que não quer ficar com ninguém, porque quer só pensar em estudar e o único jeito que eu achei de me aproximar dela foi fingindo ser gay.

         - E você fingiu muito bem. Até eu acreditei – eu disse e abri o meu armário. – Mas o que exatamente você quer que eu faça?

         - Que pegue o caderno para mim – ele disse.

         - Mas por que você não quer que todos saibam a verdade? Você ganharia mais respeito. Afinal, você era zombado pelos alunos.

         - Eu era, mas eu adquiri respeito por ser um gay que joga basquete – ele me respondeu e saiu dali.

         Fui para a sala de aula e no caminho vi o Lucka, quando ele me viu foi até a mim e me acompanhou até a minha primeira aula. Eu entrei na sala nem um pouco animada para a aula de biologia. Alguns minutos depois, entra uma garota magra do primeiro ano possivelmente e entregou um papel ao professor.

         - Samantha Howard, você está sendo chamada na sala do diretor – disse o professor seguido de um “Uhuuu...” de suspense, mas isso não me surpreendeu, o que me surpreendeu foi o fato de que não foi o Jason que começou a vaiar, ele nem se importou em fazer isso, estava apenas observando calado.

         Sai da sala e fui em direção ao diretor da escola, Allan Deucher, pai da Sophie. No caminho eu pensava no que eu poderia ter feito, porque eu sinceramente não tinha feito nada. Entrei na sala dele e me sentei esperando pela noticia.

         - Samantha Howard eu estava analisando sua ficha escolar e vi que você não tem nenhuma atividade extracurricular.

         - Certo – eu disse. – E o que o senhor quer que eu faça exatamente?

         - Você vai fazer parte do jornal da escola – ele disse. – Já que você trabalha para o seu pai, ouvi dizer que você fotografa muito bem.

         - Com certeza – eu disse. – Era só isso?

         - Não. Eu escolhi a senhorita para mostrar a escola para nosso novo aluno, Patrick Evan.

         - Mas por que eu?

         - Porque eu escolhi você – ele disse e atendeu ao telefone que tocou. – Mande o entrar – ele disse pelo telefone e desligou.

         Logo depois a secretaria entrou e o aluno novo também. Ele era um pouco mais alto do que eu, branco e de cabelos curtos. Seus olhos eram meio castanhos claros ou verdes. Ele era muito bonito.

- Patrick Evan, essa é Samantha Howard e ela vai lhe mostrar o colégio – disso o diretor nos apresentando. O novato olhou para mim e deu um sorriso que era contagiante e me permitiu ver seus dentes super brancos.

         - Bem vindo a Metropolitan High – eu disse.

         - Obrigada – ele respondeu.

         - Agora vão – disse o diretor. – Vocês têm o dia inteiro sozinhos e Senhorita Howard, atualize ele sobre as matérias perdidas e três horas em ponto vá ao jornal da escola pegar sua primeira tarefa e todos os seus horários de Sociologia você vai trabalhar no jornal.

         - Tudo bem – eu disse, mas não estava tudo bem. Eu odiava sociologia, mas era uma das aulas que eu tinha com o Lucka, o que iria estragar nossos momentos juntos. Eu e o novato saímos e eu fui mostrando os corredores para ele e as salas, mas não conversávamos então eu puxei assunto.

         - Você é novo na cidade? – perguntei.

         - Não – ele respondeu. – Apenas sai da parte pobre da cidade e me mudei para a parte rica.

         - Não é exatamente assim – eu respondi. – Eu, por exemplo, não sou rica e os meus pais não são famosos. E eu sempre morei nessa parte da cidade.

         - Você deve ser uma exceção então.

         - Com certeza eu sou – eu disse. – Você não está com calor?

         - Um pouco – ele respondeu e tirou o moletom o que me permitiu ver seu braço definido. – E você?

         - Por que eu estaria? – perguntei. Afinal eu estava com uma regata.

         - Essa sua luva é preta. Sua mão deve estar suando.

         - Só um pouco. Mas eu já me acostumei.

         - E por que você a usa?

         - Se eu te contasse ia ter que te matar.

         - Então é melhor eu ficar quieto – ele disse e riu.

         O resto do “passeio” foi divertido. Patrick, ou melhor, Pack, como ele é chamado é um cara legal. Descobri em algumas horas que ele tocava e cantava. Descobri que ele está morando com o pai que é dono de uma loja de instrumentos musicais no centro da cidade.

         Quando fui deixar ele no estacionamento do colégio vi sua moto preta. Ele disse o modelo, mas logo esqueci. Eu estava observando o Lucka do outro lado do estacionamento que me chamava e o Patrick percebeu que eu não prestava atenção nele.

         - Seu namorado? – ele perguntou.

         - É – eu disse. – Tenho que ir.

         - Tudo bem – ele respondeu e montou na moto. – Quando eu for tocar eu te aviso. Se você quiser levar o seu namorado e os amigos por mim tudo bem.

         - É só marcar – eu respondi. – Nos vemos amanha.

         Depois disso fui em direção ao Lucka que me esperava. Quando me aproximei dele, eu logo o beijei. Nunca senti tanta falta dele.

         - Não vi você o dia inteiro. O que ouve? – ele perguntou depois do beijo.

         - Tive que mostrar o colégio para um novato – eu disse.

         - Aquele cara da moto?

         - É, ele é até legal.

         - Se você diz – ele respondeu e pegou a minha mão esquerda, a da luva.

         - Está tudo certo para hoje à noite? – eu perguntei.

         - Tudo certo. A reserva já esta feita. E eu comprei camisinhas hoje de manhã.

         - Qual é a razão de comprar “camisinhas” e não apenas uma?

         - Por que hoje nós vamos nos amar durante o maior tempo possível.

         - Tudo bem – eu disse e dei um leve selinho em seus lábios. – Vou ter que ir ao jornal da escola e já volto.

         - Jornal da escola?

         - Aulas extracurriculares – eu disse e fiz uma cara feia.

         Rapidamente fui à sala do jornal da escola e conversei com a professora responsável. Ela disse que amanha eu começaria a fotografar. Depois fui até o Lucka e me despedi, indo em direção à minha casa. Quando cheguei em casa, estranhei ver o carro do meu pai na garagem. Esse horário ele estava sempre no escritório.

         Quando eu abri a porta de casa vi meu pai sentado no sofá de frente para uma pessoa. A última pessoa que eu esperaria ver nesse momento. Um arrepio passou por mim e toda a lembrança da minha vida no Canadá voltou como um filme na minha cabeça.

         - Mãe? O que faz aqui? – perguntei e ela sorriu para mim.


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Notas finais do capítulo

A mamãe está de volta. Parece que tudo vai mudar bastante de agora em diante.
Espero que tenham gostado, mas antes gostaria de indicar uma fanfic minha que estava quase para ser enterrada, mas ela ainda está viva. Quem curte a Saga Crepúsculo, pode ler e quem não curte também. http://www.fanfiction.com.br/historia/129601/Esperancas_Da_Vida
Deem uma passadinha lá nela, se gostarem comentem aqui ou lá mesmo. Beijãao e até o próximo capítulo.



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