Amigas Inseparáveis escrita por Rafaakis2


Capítulo 8
Uma supresa inacréditavel




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               Quando acordei, vi que estava numa cama muito confortável, e estava recuperando a visão e a memória, escuto um barulho e vejo uma mulher, uma enfermeira.

                - Moça! - Falo imediatamente.

                - Nossa! Ainda bem que você está bem! - Ela falou com uma voz de aliviada. - Vou avisar sua família! - Enquanto ela ia chamar os meus pais, fiquei imaginando o que teria acontecido comigo e com a Carmen depois do acidente, iria perguntar aos meus pais.

                - Filha! - Minha mãe vem correndo com lágrimas em sua face, e me dá um abraço bem apertado...

                - Oi mãe. - olho para o meu pai e repito o mesmo tom da voz e falo um "oi".

                - Ficamos com tanto medo de perder você!

                - Como assim me perder? E cadê a Carmen? O que aconteceu? - Minha mãe fica com uma cara triste e meu pai responde:

                - Bem... É melhor você descansar, não é? Seus amigos estão aqui! - Eles olham para mim e sairam depressa do quarto antes que eu pudesse perguntar mais alguma coisa...

                A questão é, cadê a Carmen? O quê aconteceu comigo e com a Carmen depois da luz branca nos atingir? Será que a mãe de Carmen foi presa ou fugiu com aquele homem? Porque minha mãe foi tão gentil comigo? E quem são os meus amigos a não ser a Carmen? Eram tantas perguntas que acho que o meu pai tinha razão! Eu precisava descansar...

                Adormeci depois de ter pensado tanto, mas eu comecei a sonhar... Sonhei naquela hora que Carmen e eu fomos atingidas pelo caminhão e a luz veio, depois vi o carro capotar e vi Carmen, ela estava sangrando...

                - Carmen! - Gritei no sonho.

                - Mas o quê! Onde nós duas estavamos, Annie? - Essa era a primeira vez que escuto ela me chamar de " Annie".

                - Estamos aqui no carro depois do acidente com o caminhão, eu acho que estou sonhando e estava querendo saber o que aconteceu com nos duas... Eu não te encontro! - Falei com lágrimas.

                - Annie! Eu acho que estou morta! - Aquilo me atingiu tão forte.

                - Não! - neguei -  Você não está morta!

                - Me encontre! - Concordei com a cabeça e com mais lágrimas...

                Acordei em um pulo e vi que eram 22:44hs... Sai da cama, com muita dor e precisei me apoiar em várias coisas ou objetos para poder andar, mas continuei e fui em diante... Sai do meu quarto e não vi ninguém. Fui em uma sala que era no último andar, onde ficava os cadavéres, não quis acreditar em o que a Carmen falava, mas foi o primeiro lugar que quis ir antes de procurar em todos os quartos... Demoro muito para encontrar-lá.

                Eu já estava desistindo de procurar até que vi o nome escrito em uma cama com um pano em cima: Carmen Hellen Queiroz... Peguei o pano e tirei-o. Vi a Carmen.

                - Carmen! - Gritei e quase cai, mas Carlos estava atrás de mim e me segurou.

                - Calma, Annie! - Ele falava enquanto eu chorava muito em seu colo...

                Depois de ter ficado chorando em seu colo, vendo Carmen morta... Eu estava em estado de choque. Carlos me levou para sentar em uma codeira e ficou me dando água!

                 - Quer mais água? - Ele perguntou.

                 - Não... - Falei com uma voz triste. E perguntei - A mãe de Carmen está presa?

                 - Sim, o juizados de menores a prenderam. - Ele falou com uma voz séria e pesada.

                 - E... Atingiu quem primeiro... O caminhão? - Falei igual uma idiota.

                 - A Carmen! - Ele falou com pena. Depois que ele cobriu a Carmen ele me levou para o quarto e eu adormeci.

                 No dia seguinte vi os meus pais conversando com o médico... Sabia que eles já teriam descoberto sobre a Leucemia... Vi minha mãe chorando por minha culpa, mas eles não poderiam fazer mais nada, a leucemia já havia me atingido por inteira.

                 - Oi! - Vi meu pai e minha avó.

                 - Oi! -Repeti.

                 - Precisamos conversar filha! - Meu pai falou grosso.

                 - Johnn... - Minha avó falou com ele e ele se calou. - Minha querida, você sabia que você tinha uma... Doença? -  Congelei na hora e decidi tomar tudo logo de cara.

                 - Sim! - Falei firme.

                 - Por que você não contou para todos nós?!

                 - Porque vó, minha mãe nunca sequer quis me dar alguma coisa, nunca me deixou fazer nada de útil, eu sempre tentei tirar notas ótimas, mas ela nunca me elogiou e o papai nunca sequer chega em casa e fala um só "oi" para mim.

                  Vi que meu pai colocou a mão na testa e entendeu tudo...

                  - Por que você não nos contou? - entrou minha mãe querendo saber de tudo.

                  - Por isso mesmo! Eu sempre falava algo para você, mas nunca sequer você falou comigo! - Falei grossa. E vi que ela começou a chorar e se ajoelhou e disse:

                  - Me pordoe, filha! - Ela chorava muito.

                  - Então por que você nunca se importou comigo, hein?

                  - Por que eu pensava que você queria ser desse jeito!

                  - De que jeito?! - Perguntei brava.

                  - Eu sempre queria ser assim, e queria que você se sentisse livre, rebelde, igual a Carmen! - Senti uma fúria em meu sangue.

                  - Cale-se! Nunca mais diga isso! Carmen era a minha amiga e não a sua! - Ela ficou tão triste que doeu até a mim. Ela ficou chorando e chorando... Depois de muito tempo percebi que eu como sempre teria que pedir desculpas.

                  - Olha mãe... Nunca quis que a senhora ficasse desse jeito, mas você nunca percebeu que eu estava cansada disso?

                  - Na verdade, eu tinha medo que você ficasse brava, e não quis te perguntar. - Nesse hora percebi que minha mãe era mesmo uma idiota e uma sem noção. Então eu a abraçei e não me importei com mais nada.


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