Amigas Inseparáveis escrita por Rafaakis2


Capítulo 30
Uma conversa morta




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Tenho que confessar que ontem certamente foi uma noite incrivél, no jantar meus pais contaram sobre o trabalho e passaram a contar piadas, os meus irmãos contaram como se jogava Sonic, e confesso que eu quis aprender, eles me ensinaram e para uma iniciante eu não estava mal, meus irmãos são ótimos professores e sugeri a eles que se fossem professor seus alunos nunca pediriam para repetir... Mais tarde o meus pais foram lá no sotão que eu nem sabia que nós tinhamos, lá eles pegaram um jogo, Twister, quando eles falaram isso, me lembrei do filme do caças furacões ou tornados, mas minhas costas e pernas não gostaram muito do jogo não! Mas eu sim, queria que aquela noite fosse eterna, mas fazer o quê? Eu estava pronta para me casar amanhã e não queria deixar Carlos esperando... Quando fui me deitar na cama, o meu irmão "mais novo" dos gemêos, me perguntou uma coisa que eu gostaria de saber e ele também!

- Annie... Será que quando você morrer, tá para nós dois nos vermos? - Ele estava com cara de curiosidade que não pude suportar.

- Eu acho que sim! Sabe a minha amiga, Carmen? - Ele balançou a cabeça num sentido de sim. - Eu consigo conversar com ela, de vez em quando, pelos meus sonhos!

- Sério?! - Ele pareceu surpreso.

- Sério! - Repeti.

- E... Será que dá para você me ver lá do céu? - Ele apontou para cima com o dedo.

-Eu acredito que vai dar sim! Além do mais, quero que você tenha dois filhos lindos, consegue me prometer isso? - Ele olhou para mim, e falou todo disposto:

- Prometo! - E saiu do quarto com um grande sorriso largo, mas pensei se dava mesmo para eu vê-lo lá de cima, e será que a morte doí? Mesmo assim eu não ia pensar nisso ainda. Desci as escadas e vi minha mãe preparando a mesa... Ajudei ela e comecei a fatiar o queijo em pequenas fatias até minha mãe parar de lavar a louça.

- Filha? - Ela estava de costas.

- Sim!

- Eu ouvi sua conversa ontem com o seu irmão... e... será que você vai mesmo dar para conversar com ele, como você faz com a Carmen? - Minha mãe finalmente se virou.

- Eu creio que sim! Eu vejo e peço sugestões para Carmen e penso que ela pode estar ao meu lado a hora que ela quiser. - Ela não hesitou.

- Vá tomar banho! A gente conversa mais tarde! - Eu não entendi.

- Mas eu acabei de acordar!

- Eu sei, mas antes, quero te levar a um lugar... - Queria saber! Que lugar? Mas não reclamei e fui direto ligar o chuveiro, tirei o meu pijama de ursinho e coloquei ele para lavar, entrei na água quente e dentro da posição em que eu estava, vi um arco-íris, que me fez lembrar a minha época de infância, que eu sempre quis andar e caminhar por um arco-íris, e dentro do arco-íris, vi os vapores da água cada vez aumentando... Parei de sonhar e fui tomar um banho "correto"!

Terminando o banho, escovei o meu cabelo e amarrei como rabo-de-cavalo e vesti um vestido azul que prendia na cintura, ele era lindo, pena que nunca usei, e coloquei uma sandalia que era da mesma cor do vestido. Desci e vi que a porta já estava aberta e a chave já estava encaixada na fechadura do lado de fora da porta, puxei a porta para fora e a tranquei, vi minha mãe com o carro prata dela, entrei e ela me elogiou!

Não sabia para onde estavamos indo, mas dei uma cochilada, quando acordei, eu estava em um cemitério, onde Carmen foi enterrada, me perdi para tentar encontrar o seu tumúlo, mas não hesitei e continuei até achar, só estava ela enterrada em uma mesma cova, sentei ao lado do manumento e falei:

- Oi, Carmen! Hoje é o dia do meu casamento! E... eu queria que você estivesse e fosse a minha matrinha, não consiguo imaginar você triste ai! Sinto muito falta a sua, e acredite, eu não vou mais a escola! Tava imaginando quem sabe de você está lá na igreja me vendo e me desejando como sempre, boa sorte? Meu cabelo já está no ponto de cair totalmente, tá muito feio! - Consegui ouvir o riso da minha mãe, mas ignorei e continuei - Eu não tenho mais notícia da sua mãe, mas ela deve estar indo bem nós exames e atividades, sua irmã, está casada com um cara nojento, mas pelo menos esta sendo tratada com dignidade... Sinto sua falta! Beijos e tchau, Carmen! - Beijei seu manumento e olhei para minha mãe com cara de orgulhosa e disse:

- Quando eu morrer, quero que faça um favor para mim! Coloque o meu corpo nesta cova e meu nome no manuscrito e "Amigas Insepáraveis", por favor! - Ela olhou para mim com lágrimas nos olhos e concordou com a cabeça, recuando. Olhei para trás e vi o túmulo - Não estará mais sozinha!

Quando entrei no carro, eu só pensava se um dia poderei estar aqui e ter uma noite de novo a mesma de ontem, quando mexi no meu cabelo, mas cabelo caiu. Eu estava ficando muito careca.


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