- Aaah, então é assim que você vai querer é? - Ele me olhou como se não acreditasse no que eutinha acabado de fazer, na verdade nem eu mesma acreditava.

- É isso ai meu chapa, você ta brincando comigo né? mas eu tenho uma novidade pra você, eu também sei jogar.

- Aé? isso é novidade mesmo, já que nenhuma menininha, idiotinha poderia me vencer no jogo que eu mesmo ditei as regras.

- Isso é o que vamos ver. - eu deitei do lado dele e tentei permanecer o mais longe possivel, como se a cama fosse gigante, mas não era.

Virei para o outro lado da cama e fechei os olhos, por incrivel que pareça, Lucas ficou quieto, parecia não se importar que eu estivesse ali. Permaneci intaquica, com medo até mesmo de respirar, por alguns longos minutos, até que senti a mão dele tocando em minhas costas. Senti seu corpo se aproximar do meu e sua respiração em meu pescoço.

- Nossa.. - Ele sussurrou tão baixo que praticamente as palavras não sairam. - Você é muito gata sabia? - Disse escorregando os dedos pelas minhas costas, por dentro da blusinha regata que eu vestia, me fazendo arrepiar.

- hum - Senti sua mão descer por mim até chegar bem perto da minha bunda, mas elas apenas tocaram o começo do meu shorts e subiram novamente, estremeci.

- Pena que eu tenho alergia de pelo de gato. - Ele empurrou minhas costas fazendo eu cair da cama. Com toda a zona que nos tinhamos feito, o cochão não estava mais no lugar onde deveria, então eu cai de cara no chão.

- AAAAAAAAAAAAI, AAAAAI. - coloquei as mãos no rosto e comecei a chorar.

- O que foi? - Lucas arregalou os olhos e me olhou fixamente. - O que foi Fernanda? - Ele me puxou para cima me fazendo ficar de pé. - Fernanda, olha pra mim. Eu te machuquei? - ele tentava tirar as minhas mãos da frente do rosto para ver o que havia acontecido.

- HÁ , OTARIO. - Comecei a rir da cara que ele fez. - ficou todo nervosinho né? - eu ria muito dele. - eu só falei ai ai e ele já veio todo nervosinho me ajudar. aaaaai como eu tenho um primo fofo viu - agarrei as bochechas dele rindo.

- Você ta loca? - ele tirou minhas mãos e segurou meus pulsos. -  Você tem problema mesmo né garota?- ele me jogou na cama com tudo, senti o impacto, mas eu estava muito feliz para deixar transparecer. - Retardada, cachorra, vadia..

- Uuui, priminho, calma ai, fica bravinho não - eu ria.

- Olha aqui GAROTA - ele me puxou pelo braço e fez eu levantar da cama colando nossos corpos. - Você tem um sério problema, mas eu vou te ajudar com ele ta? - a voz dele havia baixado, agora era quase como em um sussurro, senti sua mão passar por tras de minha nuca fazendo eu sentir aquele mesmo arrepio, ele me puxava cada vez mais perto de seu corpo e olhava no fundo dos seus olhos.

- Deixa eu te ajudar? - ele sussurrou no meu ouvido e depois mordeu a pontinha da minha orelha, me fazendo fechar os olhos e morder os labios.

Eu já sabia o que ia acontecer, eu não queria, na verdade eu não queria querer, mas no fundo, era o que eu mais esperava em toda a minha vida. Um beijo do Lucas. Ele aproximou sua boca da minha quase que fazendo elas se tocarem, fechei os olhos e esperei pelo pior, ou pelo melhor..

- HÁ, OTÁRIA - ele abriu um imenso sorriso ironico. - otária por acreditar que UM DIA eu iria te dar um beijo apaixonado, ou melhor.. aquele beijo apaixonado que você sempre sonhou né? idiota - ele cuspiu a palavra.

Eu não consegui responder, olhei fixamente para ele, tentando achar um pouco de verdade no que tinha acabado de acontecer, que não tinha sido apenas uma brincadeira de mal gosto devolvida na mesma moeda, mas era.. era só isso o que tinha acabado de acontecer, uma brincadeira.. eu queria.. queria dizer muitas coisas, mas por culpa de um nó que se formou na minha garganta depois daquelas palavras, eu não conseguia. Apenas puxei o meu braço tentando me soltar.

- Onde você pensa que vai? - ele me apertou ainda mais. - Queria um beijo é? aaah que dózinha, toma - ele me deu um selinho a força - só para você não ficar com vontade ta? - ele ria e eu tentava segurar as lagrimas que pesavam em meus olhos.

- Droga, me larga Lucas - Eu tentava me soltar, só que em vão.

- Tudo bem, tudo bem, eu te solto. - ele me largou e eu permaneci intacta na frente dele.

- Ué.. vai, eu já te soltei - ele sorria.

- Eu te odeio. - Sem querer deixei escorrer uma lagrima.

- Isso não é novidade - ele sorria.

- Você está se divertindo né? Mas tudo bem Lucas, se divirta mesmo com os sentimentos dos outros. Você quer uma verdade? então ai vai uma, sim eu te amei, eu te amava até ontem eu acho, só que agora eu descobri que não era amor, descobri que o que eu sentia por você não passava de uma paixãozinha, de um tesãozinho, que na verdade.. passa, e passou, eu esperei muito para que isso passasse e eu não sentisse mais nada por você e agora você acabou de me ajudar com isso. Obrigada. E quer saber? eu dou graças a Deus por não ser amor, porque nem se você quisesse, eu suportaria ser a sua namorada, aquela vaca, que sabe que você a trai,  mas continua no seu pé só por que é mal amada, e deve ser mal comida também com esse seu sexo de merda. Você acha que me exita né? mas eu vou te dizer uma coisa.. Você não me faz delirar nem a metade do que o Rafa faz.. Sim, o Rafa, seu "irmãozinho mais novo". Pois é Lucas, eu não vou mais virgem, agora pouco, lá em baixo eu estava DANDO PARA O SEU IRMÃOZINHO MAIS NOVO. Eae? sou mulher o suficiente para você agora?