Eu acordei cedo, infelizmente meu dia não começou muito bem, afinal o traste estava na cozinha preparando o café dele, eu fui a geladeira e peguei as coisas para fazer panquecas, o Sasuke adora.

O clima tenso pairava no ar ate que Itachi tentou falar comigo.

- Amm, São panquecas de que?

- São panquecas de panquecas.

- Haha! Muito boa Sakura, mas to perguntando do recheio.

- Mel.

- Amm, Bom, isso é... Interessante.

O silêncio voltou e ate que Itachi esfaqueou minha tabua de madeira de cortar coisas.

Eu levantei meus olhos pra ele com a maior cara de peixe morto que pude.

- Da pra parar Sakura, nunca vá me perdoar não?

- Espera que eu vou pensar. Ummm... Não.

Ele suspirou e então se aproximou de mim e tocou meu rosto com leveza o acariciando.

- Por favor, me de mais uma chance, só mais uma.

- Eu vou contar ate três, se não se afastar de mim vai ver só.

- Sakura...

- TRÊS.

Então dei uma joelhada nas partes dele, que caiu gemendo no chão.

- AAAAAi! Onde foram parar o um e o dois?

- Não sei, talvez na panqueca.

Eu passei por cima dele para arrumar a mesa com as panquecas.

Logo que ele se levantou Sasuke entrou na cozinha.

- Bom dia familiaaa, senti cheiro de panquecas.

Ele veio ate mim e me deu um beijo estralado no rosto e me abraçou forte. Sempre que ele acordava com o cheiro das panquecas ele acordava animado.

Ele se sentou e me puxou para seu colo me fazendo encostar a cabeça na curva do seu pescoço, e comemos o café assim, juntos.

Itachi se sentou do outro lado da mesa, mesmo evitando olhar para mim e para o Sasuke ele tinha um leve sorriso no rosto, o que achei estranho.

Sasuke logo saiu para trabalhar e Itachi ficou lendo o jornal na mesa e eu fui arrumar a mesa do café.

De tempos em tempos eu via pelo canto dos olhos ele me observar por um tempo, balançar a cabeça e dar uma risadinha, ate que me enchi daquilo e taquei um copo na parede atrás dele a centímetros de acertá-lo.

Os olhos dele quase saltaram das orbitas com o susto, ele virou a cabeça para o meu lado bem devagar, depois seu olhos escureceram e ele colocou o jornal na mesa com um tapa e eu me assustei com isso ele se levantou e veio para cima de mim, eu tentei recuar mas estava presa contra a bancada.

- Sua... Doida... TA TENTANDO ME MATAR É?

Ele colocou os braços ao meu redor, ele estava tão perto que podia sentir o calor da fúria emanando dele.

- Se... Se quisesse te matar... EU TERIA ACERTADO, SAI DE PERTO DE MIM SEU...Seu...

Ele então mordeu meu pescoço, bem no meu ponto fraco, e eu dei um gritinho estilo hentai que depois senti vontade de me enfiar terra a dentro.

- Mesmo depois desses anos todos, acho que não perdi o jeito.

Então eu sentei um copo na cabeça dele.

- Pois é, mas eu consegui uma ótima mira.

- Doida...

Ele disse antes de cair desmaiado sangrando.

- Ai, eu mereço.

Então o limpei dos cacos de vidro e o levei ate a sala o colocando no sofá que foi onde consegui.

Limpei o ferimento que era bem superficial e fiz um curativo, depois continuei minha limpeza e a tarde sai para o trabalho.

Esse homem sempre me dava problema.