O garoto estava parado na frente porta admirando Sara:

-Hei Sara, não vai nem me dar um abraço?

Sara sorrio ao ouvir aquela doce e rouca voz num tom extremamente sensual:

- Oi Christiano... Saudades suas meu grande amigo.

         Ela foi ao encontro dele com calma, dando um largo e terno sorriso. Ele por outro lado admirava-a, queria sentir ela próxima a si, embora soubesse que sempre seria visto como o melhor amigo, ele a amava fervorosamente e não perdia a chance de ficar ao seu lado ainda mais quando poderiam ficar a sos. Assim ela o abraçou, o coração dele disparou em poucos segundos.

Sara estava afundada no abraço do seu grande amigo, por ele ser muito alto ela ficara a 3 dedos de altura do ombro dele, podendo assim sempre sentir as batidas de seu coração:

- O que houve Chris?

Christiano corou com a pergunta, mas julgava não ser aquela a hora de se declara para sua amada:

- Eu vim correndo Sáh.

Ela o encarou sorrindo com uma certa malicia inocente:

- Será que meu amigo tem uma namorada no hospital?

Christiano não sabia onde por a cara que a cada segundo ficava mais e mais escarlate:

- Eu corri pois não queria me molhar mocinha... Agora vai dormir que já esta tarde

Sara olhou para o relógio no canto de sua cama e falou com toda a manha que podia:

- Mais são duas horas da manhã, se você for ver é bem cedo.

Christiano a fitou severamente fazendo-a entender o recado e ir rapidamente para cama.

Ele olhava o muxoxo (famoso bico) dela e sentia muita vontade de rir mais não podia, pois sabia que ela iria se irritar mais e isso poderia prejudicá-la:

- Quer colo?

         Ela apenas consentiu com a cabeça, então ele caminhou até a cama onde ela estava deitada sentando-se em sua beirada.

Christiano fingindo estar irritado:

-Sáh, dá um espaço pra que eu possa me sentar direito?

         Ela levantou-se dando todo ele necessitava para deitar-se, mal ele se ajeitou e ela já deitou sobre seu colo, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Chris sorrio olhando-a começando assim a acariciar os cabelos da mesma deixando-a relaxada, calma e com a sensação de segurança que só ele e Lord Leon poderiam passar para ela. Em poucos segundos ela dormir e ele continuava ali acariciando seu rosto com toques leves e gentis.

Chris sorrio debruçando seu corpo por alguns segundo sobre o rosto de Sara e o beijando:

- Eu ti amo minha menina ingênua.

         Ele voltou seu corpo a posição anterior e ficou ali acariciando os cabelos de Sara até pegar no sono. Semanas se passaram, Sara sempre tinha um visita em seu quarto, até seu professor Luiz de álgebra tinha ido visitá-la. Dois longos meses se passaram até finalmente o dia de sua alta chegar e sua “família” ir buscá-la.

Sara acordo preguiçosamente, não queria abrir os olhos mais quando os abriu notou seu quarto tomado por vários balões vermelhos em formato de corações escrito ‘parabéns’:

- Para que tantos balões?

Vinícius ‘‘pai’’ de Sara entrando em seu quarto falando “alegremente”:

- Não sabe que dia é hoje minha querida? Hoje é dia cinco de julho...

Sara  não se lembrava do quão importante para ela seria aquela data:

- Não, não sei. E o que tem de especial.

Quione ‘‘mãe’’ de Sara balança levemente a filha tentando-a fazer se lembrar:

- Hoje é teu aniversário, minha bela dama. Hoje você deixa a fase de criança e, é apresentada como mulher.

Logo em seguida Sara se trocou sem falar nada, pois ainda estava muito confusa e sabia que eles não poderiam te ajudar em nada. A única pessoa, quer dizer o único ser que pode ajudá-la é o Lord Leon. Sara foi para casa quieta, apenas escutando aquilo que sua mãe, seu pai, seu irmão Van sua irmã Akire falavam.

Quando Sara chegou em sua casa, foi direto para o quarto com a esperança de encontrar Lord Leon. A primeira coisa que ela avistou foi um vestido branco de alças largas e decote médio bordado com algumas flores trabalhadas a mão e um cinto feito por fita de cetim extremamente branco amarado em sua cintura, ao seu lado um vestido preto de alças largas que cairia em seu corpo como mangas deixando seu colo totalmente a mostra com detalhes em uma renda vinho a parte de cima desse vestido ainda possuía um espartilho vermelho e na outra ponta um vestido azul escuro simples tomara que caia com brilho. Sara estava perdida no pensamento dos vestidos quando de repente a porta fechou-se e Lord Leon apareceu.

Sara dizia ele com frieza:

- Eu estava o esperando meu “protetor”.

Lord Leon ele estava surpreso com a frieza na voz de Sara mais não demonstrava apenas a encarava como os olhos de um guarda-costas... Sem nenhum sentimento:

- É... Eu também.

Ela fitava-o insegura do que poderia acontecer mais não demonstrava:

- Para que tantos Vestidos, se eu sou apenas uma?

Ele fala sem olhar para ela diretamente, evitando olhá-la nos olhos:

- Um para cada tipo de duelo.

Ela virou-se de costas, cruzando seu braços fitando a janela:

- Para que serve estes duelos, se não para o derramamento de sangue inocente?

Ele tinha vontade de abraçá-la, mais sabia que não poderia fazer isso:

- Todos que a querem não se importam em lhe dar suas vidas contanto que sejam lembrados como heróis de suas causas, mesmo que suas causas não sejam muito justas. Muitos só entraram na competição para se tornarem populares e conhecidos, mesmo que isto lhes custe à vida.

Ele fez uma pausa tensa:

- O vestido Preto deve ser usado para os duelos do mundo subterânio ou se preferir o inferno; O vestido Branco para os duelos Celestiais ou com dizem para o Céu; O vestido Azul para mundo do meio ou como vocês dizem o mundo normal.

Ela ainda mantinha o tom frio, mais a situação já a incomodava:

- Quando comerão os duelos?