Antigos Sentimentos escrita por Annie Chase


Capítulo 22
Morte.


Notas iniciais do capítulo

Leia todo o cap, não tente matar a autora sem antes ler todo o cap (Diego) A Annabeth_Campos está com um problema, fui visita-la no hospital e ela me deu esse cap para postar. Não sei bem o que aconteceu com ela, mas foi algo com alergia e Choque anafilático... Foi sério.
(Boa sorte aninha.)



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Pov: Annabeth.

Uma voz ao longe, mesmo mal podendo entender o que ela dizia, eu sabia que era a voz de Percy, ao longe eu podia ouvir algumas coisas sendo destruída, uma dor estranha no ombro, eu sabia que tinha sido atingida por uma flecha, a dor é insuportável, mas de certo ponto, sinto alívio em tê-la. Agora você deve se estar perguntando: Como assim alívio?

Não o culpo por pensar isso, mas acho que posso explicar o momento, não será inteiramente real, mas há coisas que não podemos descrever com palavras. Você já pensou que um dia as coisas poderiam ser diferentes? Já quis voltar no tempo e desfazer certas coisas que julgam erradas? Pois é. Eu não queria ter partido meu coração dessa forma, mas foi o que fiz o tempo não volta. A verdade é que tenho vivido uma marota de vida sem ele, á cada dia, á cada hora, cada instante sinto que as consequências de erros cometidos á tempos atrás ficam cada vez maiores.

Não, eu não me arrependo de tudo. Acho que de um jeito estranho, tudo que aconteceu, deveria acontecer dessa forma... Eu nunca soube lidar muito bem com a definição de “destino” e “sorte”, sempre tive raiva do fato de não poder dominar a minha vida. A forma com que as coisas podem acontecer e você não poder ter controle. O amor, por exemplo, veja o exemplo de Helena e Paris, eles eram sensatos antes de se apaixonarem e causarem uma guerra, matando milhares de pessoas. Se Afrodite estivesse aqui, diria que o amor tudo vence e que nada pode se colocar entre ele. Mas o fato é que eu não ligo para isso, sempre achei que o amor fosse a penas uma forma de ostentação da beleza e da inteligência, a verdade é que sempre achei isso perda de tempo. Afinal, onde estava o amor quando eu fugi de casa? Quando tive medo? Quando precisei de ajuda?

Era esse meu pensamento, sempre levei em conta a razão. Mas então, “ele” apareceu na minha vida... Como posso dizer? Tudo mudou radicalmente, por um segundo eu senti que poderia estar errada, que talvez isso pudesse ser verdadeiro e que eu pudesse entregar meu coração e me arriscar um pouco sem consequências, mas não foi assim que se sucedeu. Você não vê? Eu quebrei meu coração, eu deixei lágrimas rolarem em meu rosto, eu fui fraca.

Der repente, a morte não parece tão horrível assim, na verdade, ela se torna confortável, com a promessa de “esqueça seus problemas” ou de “descase”, agora você deve me perguntar se eu já pensei na morte antes... Sim, algumas vezes. E todas elas, estavam relacionadas á ele. Sempre seria ele, não? Claro que a única pessoa capaz de trazer devaneios profundos a mais sensata das filhas de Atena, deveria ser o causador dos pensamentos suicidas dela. Mas uma vez, eu provo o quanto o amor pode ser destrutivo.

O amor é como veneno, é doce no primeiro gole, mas, quando você o sente matar seu corpo por dentro, pouco á pouco, você vê o quanto ele pode ser perigoso. Foi assim comigo...

Eu fui dele, larguei de tudo que tinha um dia, de tudo, aquilo que estava acostumada a ter e a crer, fechei meus olhos e me arrisquei, não tive medo da queda, pulei de um imenso precipício, sem nem ao menos saber se ele me amava... Nunca vou saber ao certo...

Fiz tudo direito, não foi? Fui a melhor amiga, a companheira, rir com ele e aos poucos ele percebeu que não poderíamos ser apenas amigos... E depois, você recebeu meu coração, e eu, achei que recebi o seu de volta. E tão estranho quando paramos para pensar nessas pequenas coisas. Como o jeito que os olhos dele brilhavam á luz da lua quando estávamos na praia, era meu aniversário.

É por isso que muitas vezes a morte pode parecer até agradável, viver é muito mais difícil cheio de desafios e decisões importantes. E tenho de dizer que ela muitas das vezes é tentadora. Uma amiga distante que vem para te dar aquela luz no fim do túnel. Tenho que dizer que fiquei muito tentada em aceitar o convite de ir para ao Hades, mas...

Você se esquecer de quem sou, assim como eu mesma. Não, não... Não vou me entregar. Sou Annabeth Chase, filha de Atena, eu fui ao mundo inferior, estive com a medusa, ouvi as sereias, confrontei um ciclope, segurei o céu por alguém que eu gostava, pulei de um penhasco nas costas de um monstro pata salvar meus amigos e estava presente lutando contra os titãs. Eu sou forte demais para me entregar assim, tão fácil.

Meus olhos se abriam devagar... Demorou a conseguir enxergar o que me rodeava, minha primeira visão foi a de muitas arvores e uma luta bem perto, olhei para meu peito e vi a fecha, não iria me arriscar a tirá-la, mas sabia que deveria, fiz a única coisa que pensei, rezei para Apolo, e depois de um minuto ou dois, o mesmo estava parado ao meu lado. 

-Você devia tomar mais cuidado com as flechas voadoras Anni. –ele disse ao meu lado, com uma cara de preocupação.

-Tenho que ter cuidado com muitas coisas nessa vida. –respondi gemendo involuntariamente.

-Por sorte, não tem veneno na fecha, e ela atingiu só um pouco abaixo do seu ombro, quem te atingiu não queria te matar, acho que foi uma estratégia, para matar o Percy.

-Quer me dar uma boa notícia?

-Os yankes ganharam ontem.

-Apolo! –gritei de dor.

-Feche os olhos Annie, isso vai doer um pouco.

-Ok, seja rápido.

Não sei lhe dizer como é a dor de ter uma fecha arrancada de si, mas imagine, é o mesmo que levar um tiro, os músculos a dor se espalha par todo o corpo, é como um choque.

 -Annie, você está bem. –ele disse depois do meu grito ecoar por toda a floresta.

-Vou viver. Já posso levantar?

-Você ainda está mal. –ele disse me dando mais néctar.

-Isso é um sim?

-Nossa você é insistente. Pode sim. –ele disse contrariado.

-Tenho que lutar.

-Você está fraca!

-Você não entende aquele cara lá. –apontei para a floresta. –Está lutando e achando que estou morta, não posso o deixar morrer e ainda tenho que salvar a minha filha.

-Não se pode discutir com os filhos de Atena, vai lá, mas tome cuidado.

-Obrigada Apolo.

-Ainda sou o deus mais gato de todos?

-É, agora vai, tenho uma luta para vencer.

-Boa sorte Annie. –Apolo disse dando-me um beijo na bochecha. –Se nós não demos certo, espero que seja feliz com ele.

-Você é o melhor!

-Eu sei! –e com isso o deus do sol sumiu.


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Notas finais do capítulo

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